Campo de futebol vira campo de batalha na Bahia, por João Sucata

Campo de futebol vira campo de batalha na Bahia

por João Sucata

Conflito entre jogadores do Bahia e Vitória, somado à rebelião de presidiários e intervenção militar no Rio,  mostram mais avanços da violência. Enquanto isso boa parte do Judiciário parece ter como preocupação principal inviabilizar a candidatura do ex presidente Lula e defender seus privilégios adquiridos.

Os jogadores do Bahia e do Vitória, estes principalmente, deram uma demonstração indubitável de que em matéria de exibição e estímulo à violência, um jogo de futebol é tão propicio como qualquer rebelião de população carcerária ou guerra de gangue de traficantes. Antes do início, o jogo foi chamado de Ba-Vi da Paz, mas os convocados, apesar de hino nacional, declarações aparentemente bem intencionadas, faixas etc, logo revelaram seus instintos de pilhas e pulhas.

No jogo acontecido no Barradão o juiz expulsou quatro titulares do Vitória e então um jogador deste último provocou sua expulsão O juiz  encerrou o jogo 13 minutos antes do final, pois para continuar o time teria que ter sete jogadores e restaram apenas seis.

A violência começou quando Vinicius do Bahia, marcou um gol de pênalti e foi comemorar fazendo a dancinha do véu ou para os vitorianos, gestos obscenos, frente a torcida do Vitória. Vários jogadores deste, Denilson à frente, foram agredir Vinicius, o mais covarde Kanu, que lhe deu um soco por trás, fazendo jorrar sangue  do rosto do jogador do Bahia. Vinicius, que fez a provocação ou apavorado, ou devido a consciência culpada ou por bom senso, ou por esperteza, não reagiu. No entanto, outros jogadores correram para defendê-lo e as agressões se generalizaram.

A TV mostrou tudo, deu para ver quem foram os agressores de um lado e outro, principalmente, repita-se, do lado do Vitória, cujos “craks”  tomavam a iniciativa. No entanto, dificilmente haverá as punições que os agressores merecem, eis que no tapetão cada time, e são os dois que mandam na federação baiana, deverá por panos quentes. Não poucas vezes, são os dirigentes os autores da barbárie. Aliás, fora de campo, atiravam-se aos microfones para acusar o outro lado e dizer que o seu era inocente.

Nem se diga que os jogadores de Bahia e Vitória tem tanta motivação como os presidiários do Rio para partir para a violência. Os jogadores desses times ganham pelo menos vinte salários mínimos por mês, estão livres, tem qualidade de vida equivalente a 1% da população do país, no mínimo. Os presidiários revoltados são obrigados a se esmagar um contra o outro praticamente 24 horas por dia, em um ambiente que animais não manteriam a sanidade. Seria de se perguntar se não seria um bom corretivo colocar os jogadores covardes que geraram o conflito dentro do presídio, nem que fosse por uma semana.

O fato é que a violência campeia para todo lado, no Rio há até intervenção militar, enquanto boa parte do Ministério Público e do Judiciário corre atrás da condenação do ex presidente Lula, o político, mas na pessoa do réu cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, faltando apenas processá-lo por respirar. Inviabilizando o réu e cidadão, inviabilizam o político e então julgam que tudo estará bem, basta eleger um artista global (chega de intermediários); o problema é achar um limpo. Ou quiçá com intervenção militar em todos os estados, pois não existe um único onde a violência não está saindo do controle.

CURLING: BOCHA COM MARKETING

A nova moda no Brasil é o curling, nada fácil de praticar em país tropical, pois exige pista pista de gelo. Os jogadores procuram empurrar uma pedra de granito através da pista, de forma a que ela chegue próximo ao outro lado e fique o mais  próximo possível de um alvo esférico. Bem visto, tem tudo a ver com a velha bocha, tão procurada décadas atrás, com a diferença que nesta a pista é de terra batida e em vez de pedras temos bolas de madeira.  Pistas de gelo lisas eram inviáveis na maioria dos países, mas agora elas apareceram belas, brancas, com alvos coloridos, e viraram moda, coisa que a bocha, esporte milenar, humilde, trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos, nunca passou da periferia das grandes cidades. Sendo o curling esporte praticado nos países nórdicos, divulgados por TV e em jogos olímpicos, com presença de poucas pessoas e muito bem vestidas na audiência, logo os colonizados têm tendência a imitá-lo.

MENGO CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA

O Flamengo conseguiu levantar pela 21º vez a Taça Guanabara, ao vencer o Boa Vista. O jogo era para ser no Newton Santos, mas mais uma vez entrou em campo a intolerância e porque Vinicius, do Mengo, andou dizendo merda, os dirigentes do Botafogo proibiram o uso de seu campo e a taça da Guanabara acabou sendo disputada em Cariacica, no Espírito Santo. É o Rio se desmilinguindo.  O ex governador Sergio Cabral deve ser muito detestado, apesar dos “primos” e “irmãos”, até nas cadeias. O futebol carioca terá um período miserável.

 

João Sucata

Redação

6 Comentários

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  1. campo de futebol….

    O Brasil é de muito facil explicação. Ficamos discutindo briga de jogo, enquanto Torcidas Organizadas são infiltradas com criminosos protegidos pelo Podeer Público nas figuras de Desembargadores, Juízes, Delegados, Procuradores que são a maioria dos Diretores e Conselheiros de Clubes de Futebol. J. Hawilla voltou ao Brasil e a Imprensa simplesmente omitiu o fato. Marin está nos EUA para apodrecer na cadeia. “Boide Piranha”. Sempre foi um trouxa nos meios que atuou. Levou toda a culpa por décadas de sujeiras entre Hawelange, Teixeira, RGT, Nike. Estes estão ilesos de qualquer responsabilidade. No Brasil parece que nada aconteceu. O monopólio corre à solta. Exatamente igual ao monopólio dos ônibus do RJ. Baratas, Lavouras, Gilmar Mendes se esbaldam em Lisboa, enquanto tudo continua na mesma miserável extorsão carioca. O Brasil é um Circo, onde a infância tupiniquins brinca de ter um país. Brincadeira trágica que resulta em deixar crianças sem supervisão de adultos. Pobre Latrina.  

    1. campo de futebol…..

      Vamos falar de crimes em campo de futebol? Quem permitiu e quem vai pagar os 400 milhões de reais que a CEF quer cobrar do estádio doado como esmola ao time da várzea esquerda da Marginal Tiête S/N.o. Conhecido mundialmente como Small Faz Me Rir. 

  2. De fato, não estive no

    De fato, não estive no Barradão, pois hoje, considero até não fazer nada um programa mais animado que assistir futebol de baixa qualidade. Se bem, que desta feita, reconheço ter perdido uma ótima oportunidade de assistir a um espetáculo diversificado, pagando apenas um ingresso,

    Orlando

  3. Para muitos  que  criticam

    Para muitos  que  criticam mais nao sabem  realmente o que  aconteceu, fica dificil  tecer  algum comentario .Eu sou vitoria mais aqui faço minha  observaçao  nao  dando razao ao vitoria primeiro porque  o  juiz  poupo o goleiro do vitoria. mais  nao posso deixar de dizer que o jogador do Bahia  foi responsavel por toda aquela  bagunça. Vi tambem  um comentario  de um jornalista que ja cobriu muitas copas do mundo dizendo que  Messi nao sobreviveria ao classico BAVI, porque  Messi tirou  a camisa para  comemorar o gol provocando a torcida adversaria  que era do  real madri. Uma coisa é  voce comemorar  o gol da forma como Messi  comemorou. outra coisa é um jogador  dançar  mexer  e  fazer  gesto obceno  como se estivesse metendo no c,. dos torcedores. e ainda apontar com o dedo. Esse jogador foi responsavel por  toda a bagunça. Depois  foram expulso so 2  jogadores titulas  e  2  reservas do Bahia  desfavorecendo o vitoria  que  foram expulsos  4 titulares;. O Mancini achou por bem  encerrar a partida com mais um jogador expulso propositalmente. Se é uma atitude ant-desportiva nao me cabe  dizer. ele fez o que achou certo.naquela hora. Outra coisa que vou  dizer. b rigas  desse tipo tenho visto acontecer por todo esse Brasil. mais so  porque foi na  Bahia  todo mundo critica como se eles vivessem num mar de rosas. 

  4. todos os classicos no mundo

    todos os classicos no mundo inteiro sao meio nervosos, tem seus  altos e baixo. basta ver as provocaçoes  a jogadores negros  na  espanha e em outros países. 

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