Chile e Argentina entre as melhores seleções do mundo, por João Sucata

Esporte Bretão

Chile e Argentina entre as melhores seleções do mundo, por João Sucata

O futebol será o esporte mais popular dos EUA e ajudará os americanos a serem mais malemolentes

O encontro das seleções chilena e argentina nos EUA mostraram que elas são superiores à grande maioria das seleções europeias, perdendo apenas do futebol eficiente e brilhante da Alemanha, que continua vivendo um momento especial.

Na disputa da Copa América, neste domingo, os times se enfrentaram por 120 minutos (30 de prorrogação), ficando no zero a zero e encantando os mais de 82 mil espectadores no estádio e os milhões que viram pela TV.

O Chile se destacou pela energia, garra, aplicação tática e jogo de conjunto. Vidal, o grande volante do Bayern de Munique, pontificou pelo fato de estar em todos os cantos do campo, em especial atrás de Messi. A Argentina ficou mais nos seus valores individuais, mas não teve a mesma forma física e qualidades exibidas pelo Chile.  Ambos os times tiveram um jogador expulso, o Chile jogou 20 minutos com uma a menos, até que fosse expulso um cavalo argentino. Messi lutou mais que o costumeiro, esteve por todo o campo foi  causador da expulsão d chileno Diaz que levou dois cartões amarelos tentando detê-lo, mas não foi suficiente para determinar a vitória de seu time; exceto a expulsão, os chilenos provaram que é possível marcar o mais hábil jogador da atualidade. A nota triste foi o excesso de violência, de reclamações. O juiz evidentemente, não pode expulsar todos que exageram; fosse assim teria que parar o jogo antes do final. Mas algo precisa ser feito para acabar com isso, quiçá punição após leitura da súmula ou visto os detalhes por um tribunal.

O público médio foi de 50 mil espectadores por jogo durante toda a Copa América. Além disso, a TV levou aos americanos a graça e a emoção do futebol jogado com os pés, superior a esportes como o futebol que praticam com as mãos, o baseball e o basquete. O primeiro deles exige jovens fortes dando encontrões o tempo todo, sem nenhuma sutilidade. Pura força. O baseball é um jogo de taco, um pouco mais complicado do que as crianças praticam no Brasil;  uns poucos craques se limitam a bater na bola com tacos e a maioria a tentar pegá-la e jogar de volta fazendo papel um tanto semelhante ao gandula no futebol, é chatíssimo. O basquete só é atraente por ter atingido um nível elevadíssimo de sofisticação; mas não é o jogo das multidões. Tem ainda alguns onde poucos participam ativamente:  as chatérrimas  corridas de carros em circuito oval, mais grosseiras e superadas  que videogame antigo, o boxe, decadente, o jogo de golfe, mais sofisticado, mas onde os esportistas se ativam individualmente.  Só mesmo a TV , Hollywood, preconceitos, repressão de movimentos do corpo e cintura dura para transformar esses esportes em “das multidões”.

Ao contrário, o futebol originário da Inglaterra (por isso esporte bretão), e isso pode ser visto até em um zero a zero, exige muito mais complexidade, sincronia, jogo de conjunto onde cada peça é valorizada, em vez de força, velocidade, encontrões. O futebol tem principalmente ginga, jogo de corpo, malemolência, dribles, sinuosidade, táticas e estratégias complexas…que as vezes dão todas erradas. As firulas dos argentinos, grandes jogadores, exibiam um refinamento impossível em jogos de futebol americano ou baseball. O jogo de conjunto e o preparo físico dos chilenos não resolveriam coisa alguma sem a habilidade para tocar a bola, estar no lugar certo na hora de defender e passar no ponto futuro (lembram do técnico Coutinho) para sair jogando. O refinamento do bom jogador de futebol, a beleza plástica, a elegância, é muito maior.

Tudo indica que após tantos anos, finalmente os EUA irão se dobrar aos encantos do ludopédio. Pelo que se viu na Copa América, logo será o esporte mais popular no país, se não pelos eleitores de Donald Trump, pelo menos pelas multidões de latinos que já existem pelas periferias das grandes cidades e que se multiplicam muito mais rapidamente que os trumpeanos.

João Sucata

 

Redação

4 Comentários

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    1. Mas…

      Sempre haverá um lobby da CBF na imprensa e nas redes sociais tentando manter a peteca no ar, como aqui é provado por esta “coluna” periódica de esse João Sucata acima.

  1. Achei as atuações dos dois

    Achei as atuações dos dois times  medíocre, os dois times com atuações de seus principais jogadores  muito abaixo do que podiam dar : Messi,  Di Maria,Aguero, Higuaim, Sanchez. Vargas, Vidal,   todos tiveram desempenho fraquíssimo.  Muitas faltas, catimba, deslealdade, e falta de futebol.  Comparado com os jogos da Copa Europeia uma aut~entica pelada de aterro ou várzea.  O futebol sul-americano ( e o inglès, hehe ) estao em franca decadência. Não v~e quem não quer.

     

  2. Vi um jogo da Argentina,

    Vi um jogo da Argentina, confesso que gostei do time. Estava torcendo pela Argentina assim como torci no final da Copa do Mundo. Povo sofrido, com problemas políticos como o nosso, merecia um pouco mais de alegria.

    E mais, fiquei sensibilizado com os hermanos pela postura contra o golpe no nosso país país. Enquanto por aqui nenhum craque se dispôs a fazer declaração contra o golpe, muito pelo contrario, Romario votou a favor, o Maradona fez declaração pública contra o golpe. 

    Fiquei com pena dos hermanos por perderem mais uma final. Mas enfim, vida que segue.

    //////

    Quem se deu bem nessa Copa América foram os torcedores brasileiros.

    Nós livramos do Dunga, a Globo sifu na audiência. E o melhor de tudo, o despero do Galvão Buenos e seus comentaristas coxinhas com a eliminação do Brasil. Foi gostoso de ver !

    O desespero do Galvão não foi pela eliminação do Brasil porque ele sabe que o time é uma merda. O desespero foi porque ele vai deixar de faturar uma grana. O Galvão ganha um percentual de cada anunciante no seu horário, como o Brasil saiu antes, ele também sifu junto com o Dunga.

    Fala a verdade, essa Copa América Centenária não foi uma glória !

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