Ou o futebol brasileiro acaba com o fingimento, ou o fingimento ridiculariza o futebol brasileiro, por João Sucata

Ou o futebol brasileiro acaba com o fingimento, ou o fingimento ridiculariza o futebol brasileiro

por João Sucata

Se tem algo constrangedor, de dar raiva, falso, patifaria que precisa acabar, é o fingimento que assola nosso futebol, mais que o existente em qualquer país do mundo.

Quanto mais jovem é o jogador mais bufão, mais escroque, cada vez maior o espetáculo do fingimento. Note-se na Copa São Paulo Junior, basta um esbarrão e o sujeito esparrama-se como monturo de diarreia no chão, ergue os braços, dá murros no gramado, clama ao mundo por sua dor insuportável, e depois de ganhar um tempo e alguma atenção, sai lampeiro, correndo como se nada tivesse acontecido.

As quedas-espetáculos visam em geral resultados ilícitos: conseguir um pênalti, uma falta, um cartão amarelo ou vermelho para o adversário. Como todo ato ilícito, antiético, deve ser punido. Percebe-se isso quando se constata que os times que estão ganhando, esse recurso de ganhar tempo, a queda de jogadores que fingem contusões, acontece pelo menos vinte vezes mais que no caso dos times que estão perdendo.  Há casos de jogador carente, que gosta de chamar a atenção, pede dó, pena, sente-se desamparado, mas nem por isso deve ficar isento de punição.

O problema e que nem sempre é possível distinguir um fingimento de uma contusão real. E disso se aproveita o fingido, o canastrão. O excesso as vezes o denuncia: Neymar quando foi jogar no Barcelona começou a levar  vaias intensas da torcida devido a constância e forma escandalosa como se atirava no chão. No Brasil precisamos fazer o mesmo e que os árbitros sejam mais rigorosos quando fica visível o deboche, a desonestidade. Muitas vezes isso fica claro na TV e mesmo após terminado o jogo, a conduta desonesta deve ser punida.

COPINHA NA RETA FINAL

Na Copinha São Paulo Junior o mata mata selecionou 16 entre os melhores times de juniores, seis deles paulistas. Agora os jogos serão mais atraentes, mais disputados, mais imprevisíveis. Os times grandes do país prevaleceram, com poucas exceções. Quase todos os azarões ficaram pelo caminho. Eis os resultados deste domingo: Palmeiras 7 x 0 Taubaté ; Água Santa (VP) 1 x 1; Vasco-RJ ; Red Bull Brasil  1 x 1 (VP) Avaí-SC ; Portuguesa (VP) 1 x 1  América-MG ;  Goiás-GO 1 x 0 Grêmio-RS ; Flamengo-RJ 1 x 0 Coritiba-PR; Osasco Audax (VP) 2 x 2  Atlético-MG; Corinthians 3 x 1 Ferroviária. Onde está VP é vencedor nos pênaltis. Vamos ter muitas emoções nas disputas. O Corinthians é o atual campeão, mas o Palmeiras vem atropelando.  

AOS TORCEDORES DA PONTE, O TROFEU “SOMOS MAIS ESTÚPIDOS”

A Ponte Preta vive um inferno astral que pode resultar em destino semelhante ao do Guarani, da mesma Campinas, ou da  Portuguesa. No caso da Ponte, devido a invasão do campo, no final do Brasileiro, o time terá que jogar sem torcida em 2018. É muito; caiu de divisão e fica sem torcida: como sobreviver?. Claro que quando nomeamos os torcedores, nos referimos aos beócios, aos bocós, aos doentes, aos carentes, aos que precisam demonstrar macheza quando estão em grupo, os que invadiram o campo. O time terá prejuízo de milhões e devia cobrar desses desatinados, o que não seria difícil, pois há fotos e filmes onde podem ser identificados.

LIVERPOOL QUEBRA INVENCIBILIDADE DO CITY

Mesmo sem Coutinho o Liverpool venceu o incrível Manchester City. Uma certa hora pintou uma goleada do time de Firmino, os vermelhos tiraram os blues para dançar e  chegaram a 4 x 1, usaram a tática tão comum ao City: marcar  a saída de bola. E quem diria, a defesa do City entregou o ouro, tirar a esférica dos zagueiros dos blues pelos 30 primeiros minutos do segundo tempo estava mais fácil que tirar doce de criança,  deram de bandeja diversas bolas para os atacantes adversários empurrar para o véu da noiva, poderia ser uma goleada, mas quem não faz toma. O City entende do riscado, foi lá, chegou a 4 x 3 e quase empata no final. O brasileiro Firmino foi destaque, pintou e bordou (têm 17 gols na temporada) e no City os brasileiros Fernandinho e Ederson se perderam. O time do City, no entanto, já está com a mão na taça, mantém 15 pontos sobre o segundo colocado, continua entre os cinco  melhores do planeta. É soda enfrentá-lo.

João Sucata

Redação

5 Comentários

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  1. Falltou falar que até as

    Falltou falar que até as torcidas gritam por faltas que visivelmente não existiram. E pouco se importam quando o arbitro marca a favor do seu time qualquer cavada mal encenada. Aliás, chegam a achar engraçado seja a cavada bem ou mal encenada, contanto que o arbitro marque. Em qualquer lugar do mundo (e em qualquer pelada) essa viadagem é reprovada. Aqui, nos campos “profissionais”, se aplaude, em nome de uma suposta “malandragem”. Chega-se apo ponto de desperdiçar jogada de gol pra cavar uma falta!

    Mais: quando um arbitro “deixa correr” o jogo, em pouco tempo começam a partir pra agressão (“não marcou aquela lá, vai marcar essa aqui?”). E, pra completar, vem um besta de um comentarista dizer que o árbitro “não soube segurar a partida”…

    Enfim, é a cultura do esporte que já foi corrompida até a medula. E isso não é de hoje, não. Eu falo isso há pelo menos trinta anos: é irritante assistir a jogos com quarenta faltas de lado a lado e um mesmo número de passes errados por time.

  2. Fingimento no futebol.

    Acho que tem outra coisa que enfeia mais: medo da bola. Sim: medo da bola. Quantas vezes você já viu um time tomar gol porque o defensor virou as costas e tirou o corpo da frente da trajetória da bola? Muitos e muitos. É um princípio básico do futebol que ninguém aprende mais. Técnico nenhum ensina mais o fundamento: “tem de ficar na frente do adversário, resistir, fazer parte da turma da bolada.” E isso acontece hoje mesmo com a bola tendo diminuido de peso em relação ao tempo em que não se tinha medo dela e de boladas.

  3. Basta fazer uma auditoria de vídeo pós-jogo !!

    Caso seja  constatado má-fé, punição!

    Que seja  contratado  experts  em encenação para auxiliar os  juízes  auditores de vídeo: coreógrafos, treinadores de tele-catch, atores circenses,  e  os  maiores mestres na encenação: ex-políticos  e  ex-funcionários públicos em geral !!  ( finjam que me pagam, então eu finjo que trabalho  ) !!

    Vai vendo !!

     

  4. Não! A desonestidade

    Não! A desonestidade intoxicou também o futebol, não me digaaaaa!

    Em tempo: boa parte da culpa é de vocês da imprensa esportiva babaca, que adora babar em cima de jogadores de futebol imbecis.

    Queriam o que?

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