Seleção Brasileira: antes e após Tite, por João Sucata

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Esporte Bretão

Seleção Brasileira: antes e após Tite

por João Sucata

O futebol brasileiro dos últimos anos tem que ser dividido entre a era vexame da Copa do Mundo e o atual, sob mestre Tite. Foi 4 x 1 no Uruguai, lá, no velho estádio Centenário.

Durante a Copa, com a Casa Grande nos transformando em país conflagrado, dizia até que não ia ter Copa (lembram-se?), o velho Filipão botando ordem unida, jogadores intimidados, deu no que deu.

Na fase atual, com Tite, o time vem lembrando o Brasil de outros tempos, jogando um futebol brilhante, seguro, solto, competente. Felizmente ou infelizmente o ambiente de opressão não chegou a seleção, nem ninguém entre os perdedores na política tem interesse em fazê-lo. Não é o caso.

Bem analisado, percebe-se que a destreza, o talento, até a maioria dos jogadores são os mesmos, Neymar , o desequilibrista inclusive.

Não obstante,  o time voltou a ser uma orquestra, está sobrando.

Até Argentina e Uruguai, que por muitas décadas disputavam jogos parelhos com o  Brasil, foram esmagados pela seleção canarinho. Na saída de campo em Montevidéu, esta última semana, a fanática torcida uruguaia aplaudiu o time brasileiro, após os 4 x 1, o que deve fazer qualquer torcida que aprecia o futebol bem jogado, o espetáculo. Não havia o que discutir, a superioridade era gritante,  no conjunto, no plano tático, na segurança, nos destaques individuais.

Esperemos que essa trajetória continue, que essa seleção jogue na Rússia, sede da próxima Copa, o que está jogando nas eliminatórias. O povo  brasileiro, atualmente vivendo sob um regime de exceção, disfarçado, tem o direito de se alegrar, pelo menos nesta importante emoção de sua vida:o futebol.

João Sucata

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Redação

9 Comentários

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  1. Tite, até agora é o cara.
    Com

    Tite, até agora é o cara.

    Com uma safra mediocre está tirando leite de pedra.

    Só não pode queimar a largada, porque a Copa é ainda daqui a um ano e pouco.

    E não podemos esquecer que a safra é mediocre.

  2. ” o time voltou a ser uma

    ” o time voltou a ser uma orquestra, está sobrando.”

    Esse time, se jogar novamente contra a Alemanha, não perdera mais por 7×1, mas por 4×1.

    Se isto é  melhora, melhorou.

  3. Acho que o pessoal está vendo

    Acho que o pessoal está vendo somente o placar.

    Sim, o gol de empate um tanto incomum do Paulinho veio em boa hora. Mas parece que ninguém viu o sufoco que o time passou lá atras durante o jogo quase todo enquanto erravam quase tudo lá na frente até sairem os outros gols.

    Se o Uruguai tivesse acertado um pouquinho mais nas finalizações o jogo e o placar seriam outros. Aí eu ia querer ver tanta euforia…

  4. Tite está indo muito bem

    Tite está indo muito bem na condução da seleção brasileira de futebol. Acho que o grande sucesso dele deve-se a dois fatores:

    1. Ele é muito habilidoso nas relações interpessoais. Tem o respeito dos jogadores, que se sentem num ambiente amigo e sem privilégios, tem muita habilidade no trato com a imprensa, e imagino que tenha também muita habilidade nas relações com os burocratas do meio futebolístico.

    2. Ele priorizou o aproveitamento dos jogadores realmente talentosos na formação do time. Só para exemplificar o que quero dizer, lembro que João Saldanha juntou no ataque da seleção brasileira de 1970 alguns craques que em tese disputariam a mesma camisa de titular entre si, pois jogavam na mesma posição em seus respectivos clubes. Ele juntou, no mesmo ataque, Pelé, Tostão e Rivelino (todos camisa 10 em seus respectivos clubes), além de ter deslocado Jairzinho para a ponta-direita (ele era centroavante no Botafogo). Ou seja, priorizou os craques na formação do time. Mesmo sabendo que os tempos são totalmente outros, de certa forma Tite fez algo similar, ao juntar no mesmo time jogadores como Neymar e Philipe Coutinho,por exemplo. Ele está claramente priorizando a escalação de jogadores talentosos no ataque, apoiados por jogadores de meio-campo que tem força defensiva e também arriscam incursões consistentes ao ataque.

    Está indo muito bem mesmo.   

  5. Devagar com o andor….

    A imprensa anda enchendo a bola do Tite.

    Estamos carecas de saber que, do mesmo jeito que enchem a bola de um  treinador a imprensa esvazia, basta algum tropeco que porventura aconteca.

    A nossa mídia de futebol, polícia, economia, política…. é de baixissimo nivel, salvo algumas honrosas excecoes que podemos contar nos dedos, infelizmenre

    Portanto meu caro, devagar com o andor que o santo é de barro

     

    José Emílio Guedes Lages- Belo Horizonte

  6. E enquanto isso, a corrupção

    E enquanto isso, a corrupção na CBF e o controle do futebol pela Glolpe vão muito bem, obrigado. É pra isso que o Tite está lá, pra servir de biombo pra esses vermes.

  7.  
    A seleção apenas refleto o

     

    A seleção apenas refleto o estado de espírito do Brasileiro.

    Após 1 décad de opressão, e vivendo de mentira, e na desunião, cujo apice ocorreu no governo Dilma, a seleção desencantou, está desabrochando para uma nova era, a era da Lava-jato, a era da esperança de voltarmos a ser novamente uma nação.

    Gostaria que no próximo jogo do Brasil comparecessem ao estádio o Juiz Sergio moro e o ex-pres, Lula.

    Gostaria de ver a reação da torcida quando os altofalantes anunciassem a presença dos dois.

     

  8. O principal fator é tático

    Tite armou um esquema tático onde os mesmos jogadores estão rendendo bem mais, principalmente Neymar.

    Agora a seleção tem vários  jogadores para organizar as jogadas de ataque, e quando ataca concentra os jogadores nas laterais pelas laterais, atraindo a marcação adversária, deixando o meio livre, onde está sendo realizadas jogadas de velocidades na diagonal, principalmente com Neymar, que tem saído das laterais para o meio em grande velocidade.

    Na Seleção Brasileira isto é uma inovação, já que é características da Seleção Brasileira congestionar o meio, tentando as triangulações , para tentar abrir espaços para as jogadas de velocidade pelas laterais.

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