Oi e Portugal Telecom preparam acordo para realizar fusão

Jornal GGN – Os controladores da Oi e da Portugal Telecom (PT) decidiram unir as duas companhias. Com a fusão, a operadora estará presente nos países de língua portuguesa, com 101 milhões de clientes e receitas anuais de R$ 64 bilhões.  Segundo a Folha de São Paulo, as negociações estão em andamento e há riscos de que a operação não seja efetivada. A Andrade Gutierrez e a La Fonte, sócias privadas da Oi, foram as únicas a se posicionarem sobre o assunto. Por meio de sua assessoria, as empresas negam que a fusão esteja em curso.

Segundo o jornal, ainda sem um modelo de negócio fechado, uma das ideias é que a Oi faça uma proposta formal de compra à PT. Mas, na prática, a engenharia financeira – e  societária – da operação seria a de uma fusão, sem desembolsos, já que os recursos serão reinvestidos na empresa, que precisa ser capitalizada.

O governo, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os fundos de pensão já deram sinais de que continuarão na operadora, mas não disseram se a participação de cada um será mantida, o que exigiria novos aportes. Ainda segundo a Folha, pelo desenho do negócio apresentado ao governo, o BNDES teria de fazer um aporte de cerca de R$ 3,5 bilhões para manter sua participação atual (13%).

Outro ponto polêmico é a governança, já que, para haver acordo, o comando da companhia terá de ser compartilhado, uma exigência dos portugueses, que querem ter repetida na Oi a gestão da época em que dirigiam a Vivo com a Telefônica. Foi assim até a decisão da PT de sair da Vivo e entrar na Oi, em julho de 2010. A transação só aconteceu com a interferência do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, que articulou a retirada do veto do governo português. Os portugueses fizeram, então, um aporte de R$ 8,3 bilhões e passaram a deter 13% da Oi. Em contrapartida, a Oi adquiriu 10% da PT.

Por meio de sua assessoria, a Andrade Gutierrez Telecom disse que o principal foco [do acionista] é maximizar os ganhos com as sinergias operacionais entre a Oi e a Portugal Telecom, já previstas no acordo de aliança industrial assinado em 2010, e, com isso, ter uma empresa forte na abrangência e qualidade de seus serviços e na satisfação de seus clientes. 

Segundo a Folha, os sócios portugueses não se manifestaram até o fechamento da edição da reportagem e o BNDES não quis se pronunciar.

Redação

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