Alckmin espera “solução divina” para crise de abastecimento de água

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – “O cenário é dramático. Parece que o governo (de Geraldo Alckmin, do PSDB) espera uma solução divina para a crise de abastecimento de água em São Paulo. Estão acreditando que vai cair uma chuva que nunca caiu em um período de estiagem, que é o que está por vir nos próximos meses. Durante anos, o Estado não pensou em criar estratégias para usar pequenos mananciais [e reduzir a dependência do Sistema Cantareira para abastecer a Região Metropolitana]. Tudo que tem pequena capacidade foi sendo relegada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) em nome das grandes obras – que também não vão solucionar a crise atual.”

A sentença assertiva, compartilhada por profissionais com conhecimento em gestão de recursos hídricos consultados pelo GGN, é de Ricardo de Souza Moretti, professor do curso de Engenharia Ambiental Urbana da pós-graduação em Planejamento de Gestão de Territórios da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Crítico aos investimentos feitos pela Sabesp – que, segundo ele, não darão conta de salvar a Região Metropolitana de São Paulo de um rodízio na distribuição de água nos próximos meses –, Moretti considera que frente ao colapso do Sistema Cantareira, o governo do Estado só tem duas alternativas que parecem “pouco tangíveis”.

“As únicas possibilidades que temos de evitar uma crise feia no segundo semestre envolvem um período de chuva completamente fora do usual e não prevista para os próximos meses, ou Alckmin finalmente conseguir a reversão de águas do Rio Paraíba do Sul, de gestão federal, para Cantareira. Mas haverá uma dificuldade política gigantesca para isso”, pontua.

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Hoje, com uma obra emergencial de 80 milhões de reais, a Sabesp conseguiu aumentar o volume de água retirado do Cantareira. Mas, ainda assim, o sistema opera com apenas um quarto da capacidade total e, segundo especialistas, há riscos de seca nos reservatórios nos próximos meses.

“O grande risco de usar o volume morto do Cantareira é que não temos uma previsão de como e quando vamos repor essa água. Não sabemos se essa estiagem de agora pode ocorrer novamente em 2015, ou em outro ano. Se tivermos só saída de água, sem entrada com chuva, o sistema vai acabar”, disse João Sérgio Cordeiro, docente do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

Uso do Paraíba do Sul para na Justiça

A dificuldade prevista pelo professor da UFABC Ricardo Moretti em relação ao uso das águas do Rio Paraíba do Sul é evidente e preocupante. Tanto que o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro entrou recentemente com uma ação para impedir a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e à União de autorizarem obras de transposição do rio enquanto não forem realizados estudos ambientais e consultas públicas sobre a possibilidade.

Em reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), Alckmin explicitou suas intenções de utilizar o sistema que nasce em Minas Gerais para suprir a demanda da Região Metropolitana de São Paulo, onde cerca de oito milhões de pessoas são atendidas, segundo a Sabesp. Porém, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, argumentou que isso prejudicaria o abastecimento de 11 milhões de pessoas só na capital fluminense. 

“O governo de São Paulo foi completamente irresponsável na gestão das águas. Foi ganancioso e inconsequente. A Sabesp é o que se pode chamar de símbolo de insustentabilidade, se preocupando mais com os lucros de seus acionistas do que com sua função social. Apesar disso, não dá para deixar o contingente de milhões de pessoas sem água. Vamos rezar para que os governos se entendam e o Rio Paraíba seja a solução, embora eu ache muito difícil”, opinou Ricardo Moretti.

A disputa por mananciais, na avaliação de João Sérgio Cordeiro, não é um problema isolado de São Paulo ou mesmo de estados da região Sudeste. Mas, segundo ele, Alckmin poderia ter se empenhado mais para consolidar novos reservatórios de água, já que a Sabesp mantém estudos desde a década de 1990 apontando para essa necessidade.

São Paulo tem apenas 1,6% de recursos hídricos

“No Sul e no Sudeste temos pouquíssima quantidade de água se comparado ao volume existente no resto do Brasil. O estado de São Paulo tem apenas 1,6% do total de água que tem em todo o território nacional. Temos 40 milhões de pessoas no Estado, fora a indústria, agricultura e outros setores que demandam água. Mesmo com esses dados, o poder público nos mantém um século atrasados em termos de tratamento de esgoto. A pouca água que temos não é manejada adequadamente. Tanto o Sistema Guarapiranga quanto o braço Rio Grande da Billings [que, segundo a Sabesp, passaram a fornecer mais água para a Região Metropolitana diante da crise no Cantareira, assim como o Sistema Alto Tietê] têm despejo de esgoto, o que compromete o volume e a quantidade de água nas bacias”, pontuou.

A ação do MPF contra o governo de São Paulo prevê o pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil por eventual descumprimento da decisão. A Justiça do Rio pediu que as partes acionadas no requerimento se posicionassem no prazo de 72 horas.

Enquanto a discussão pelo Paraíba do Sul se intensifica, a Sabesp amplia o número de municípios beneficiados por desconto na conta de água caso haja redução no consumo. Mais 12 municípios do interior paulista entram na lista. A região é, até agora, uma das mais afetadas pela crise de água, além de bairros onde se concentra a parcela mais pobre da população, segundo estudo do Instituto Data Popular – questionada na Justiça pelo partido político de Alckmin.

“Distribuição de água com canequinha”

Nesta quarta (28), durante audiência na Câmara Municipal de São Paulo, Paulo Massato, diretor da Sabesp, disse que a companhia e o governo Alckmin já fizeram tudo o que poderiam fazer em relação à escassez de água em São Paulo. Segundo ele, se a situação se agravar nos próximos, restará à Sabesp a distribuição de “água com canequinha”.

Para Alexandre Moana, diretor técnico da Abesco (associação de empresas que atuam em projetos de eficiência energética), a Sabesp tem agredido o consumidor, principal vítima da falta de execução do planejamento focado em recursos hídricos e saneamento básico. Segundo ele, a companhia força a barra quando diz que está dando seu máximo. Ele lembra que apesar dos investimentos bilionários divulgados pela Sabesp, há regiões onde 30% da água produzida se perdem por causa das condições ruins do sistema de distribuição.

“Em 2013, quase metade dos serviços contratados pelas nossas empresas resultou em otimização do sistema de abastecimento. Nossas obras têm o objetivo de melhorar a eficiência energética, mas no final das contas o cliente acaba economizando mais em água. Isso acontece porque enquanto trabalhamos, nós vemos que os sistemas instalados para distribuição de água são antigos e registram muitas perdas. Posso falar tranquilamente que 30% é um número ultraconservador e reduzido para se falar em desperdício de água que acontece no caminho da estação de tratamento até as residências”, afirmou.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

35 Comentários

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  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

       ‘Solução divina ”é ótimo.

      E pra mim que sou agnóstico, como faço?

        A maior mentira do planeta é ser agnóstico. Tradução:

            Não há prova que Deus existe.E que não existe tbm.

          Parece resposta política.

         kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. “Parece que o governo (de

    “Parece que o governo (de Geraldo Alckmin, do PSDB) espera uma solução divina para a crise de abastecimento de água em São Paulo”:

    Pagou Deus?

    Entao nao vai ter solucao ainda.

  3. Há cerca de 3 semanas ou 1

    Há cerca de 3 semanas ou 1 mês atrás, o nível tinha rompido a bareira dos 10%, se não me engano estava em 8,9% quando começaram a usar o volume morto. No dia seguinte declarou-se em letras garrafais que o nível por conta do que foi feito, era agora de 26% (não lembro o número exato).

    Dias depois, eu soube que o governo sagazmente retirou um link que havia na internet onde as pessoas poderiam acompanhar qual era o nível atual do Cantareira. E assim ficou até hoje, né? Quer dizer, a m#$%* pode acontecer a qualquer momento sem ninguém saber? E a qualidade da água? Será possível que nem um único cristão que se preocupe não pode colher umas amostras e ver se esta água realmente pode ser consumida?

  4. Ações da SABESP

    Olá, Todos!

     

    Alguém pode me explicar: Fui ver a cotação das ações da SABESP e elas estão realtivamente estáveis nos último três meses. Não era para terem derretido com tantos descontos e perspectiva de esgotamento do produto que vende: água? (SABESP ON (SBSP3.SA)) 

  5. Que me desculpem, mas

    Que me desculpem, mas paulistas e paulistanos tem que ficar com o bico seco até as próximas eleições para aprenderem à votar.

    Só fico com pena das crianças.

    1. A Batalha entre rotos e rasgados.

      Caro, me desculpe você, mas eleger de 1999 ate hoje, 2014, Antonio Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral, não me parece ser condição de ensinar ninguém a votar.

      Esse tipo de provincianismo bobo e sem sentido, de cada um de nós pensar o país a partir de sua aldeia, é que tem  pavimentado o caminho de governantes inépitos e incompetentes há décadas Brasil afora.

      Faça uma busca rápida no google e veja quem tem governado todos os estados brasileiros nos últimos trinta anos. Tenha por perto um lenço, pra não chorar no teclado.

       

  6. é só politica

    nucleação de nuvens sobre as bacias das represa, nada.

    eles só fazem política.

    mas o fim está próximo:

    agora que São Paulo está seca tal e qual uma laranja chupada,

    os tucanos vão entregar para o Padilha.

     

  7. Nível histórico do Cantareira deve zerar em julho de 2014

    No dia 15/05/14 o nível do Cantareira estava em 8,2% e o “volume morto” foi ressucitado. Com isso o nível foi aumentado em 18,5%, passando para 26,7%. Com isso tentou-se evitar que esse ano o nível histórico chegasse a zero. Hoje o nível “anabolizado” já baixou para 25,1%. Como o nível está baixando 0,2% por dia, fica fácil prever que por volta de 1º de julho o volume deverá atingir 18,5%, ou seja, nível 0,0% da serie histórica “normal”.  Em seguida passará a ser negativo. Que Deus proteja os paulistanos e outros paulistas que dependem dessa água.

  8. Site do ggn sob ataque

    O blog do Nassif se encontra sob ataque outra vez.

    Ao tenatar acessá-lo, recebemos a informação que que o site não é seguro.

     

  9. Tragédia anunciada

    Nassif,

    Como eu já disse, a ocorrer  um colapso desta envergadura, quando cerca de 12 milhões de pessoas ficarão sem água potável, o mundo estará diante de uma tragédia épica, dantesca, o desgovernador e sua tropa satânica ficarão internacionalmente conhecidos,ao ocuparem quase todas as primeiras páginas e principais noticiários do planeta por conta do espetáculo de proporções inimaagináveis, um circo dos horrores.

    Não acredito que eu esteja exagerando, por isto vou tratar de esquecer que detesto tucanos e torcer pelo milagre da chuva forte fora de época.

    1. Puxar agua da represa de

      Puxar agua da represa de Barra Bonita para o Sistema Cantareira poderia ser feito em 6 meses por dutos, se o planejamento tivesse começado eem janeiro de 2013, quando o reservatorio de Cantareira já estava muito baixo. Nada se fez, faltou decisão rápida, o Governador é um tocador de noramlidade, marinheiro de vento a favor, dificuldade não é com ele.

  10. o car(ol)a ligou um ‘forniquem-se’*

    li outro dia, acho que numa entrada ou comentário por aí, e matava a charada:

    se ele perder a eleição, f…-se quem elegeu os inimigo, e o próprio, e c/uma imprensa imbecil dessa, sai limpinho….

    se ele ganha a eleição, tem uma maioria que prefere (senão ‘crê’ nas) as mesmas ‘redes’ dele, e mais um enorme ‘idem’ sobre a mesma imprensa, e sai mais limpinho ainda.

    é um cara singelo e c/ alma guarnecida.

     

    *d’aprés (chique paca isso) nuno ramos.

  11. Não vai haver nenhuma “manifestaçãozinha”?

    Estou achando que essa notícia de “falta d’água em sumpalo” não é verdadeira, pois, senão, cadê o “pessoal” nas ruas pedindo por água?

  12. Ainda nao compreendo por

    Ainda nao compreendo por quantas cargas d ‘ agua o tucano das alterosas Aecinho das Neves nao envia ao seu incompetente parceiro de Sao Paulo um poderoso “Choque de Gestao?” Custaria, pergunto eu, ceder de seu acervo pessoal um pouco da merda que diz ter realizado em Minas?

    Orlando

  13. http://globoesporte.globo.com

    http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/05/laudo-veta-parte-de-provisorias-timao-vende-ingressos-para-jogo-na-arena.html

     

    Enquanto isso o estádio itaqueirão sendo preparado às pressas faltando pouco mais de 10 dias para a Copa.

    O Ronaldo é contra a Copa, joguem todas as pedras nele, façam essa ode à hipocrisia.

    Mas aponte quem defende tanta falta de competência, por favor.

     

    1. pau que bate num, bate noutro

      pela parte dos urbanismos e engenharias, acompanho a luta por um complexo esportivo, que era p/ o pan de 2007, desde 2005.

      em cidade grande, em minas.

      passou umas 3 prefeituras (já perdi a conta, teve de tudo nessa história) a passo de tartaruga.

      e dos mais diversos partidos.

      e c/ engenharia local – só c/ a estrutura, que era um pouco diferente do normal, arquibancada redonda em balanço, perdeu-se o tempo do pan: estavam acostumados a fazer tudo c/ programa de compu desatualizado (só usava p/ loja, predio e coisa reta assim), e o que dava de concreto era o custo da obra toda.

      teve que chamar consultor externo, c/ programa e estratégia de cálculo novas: caiu uns 50% do custo do concreto numa tarde.

      ainda vi pior que isso numa obra grande aqui em sampa, psdb, projeto de rede elétrica p/ um espaço público.

      o cálculo da contratada ia custar um monte (e era c/ isso que se ‘projetava’ ir p/ a concorrencia…), tiveram que chamar uns consultores que recalcularam s/, digamos, facilitar, e caiu pela metade.

      tb. numa tarde isso (e foi o que passou como solução, mas depois arrumaram outros caminhos, tinha eleição na época…).

      mas o caso aqui é que sabia-se dessa falta d’água p/ agora desde 2004, 10 anos atrás, tempo mais que suficiente, incomparável ao tempo de um estádio, um evento pontual no tempo.

      e qdo água, pruma cidade toda, tem que ser ‘prá sempre’.

      é o país que foi projetado em ’64, e o mesmo porquê de grandes atrasos no pac (pela engenharia), do estádio (pela gestão pulhítica) e na água (pela pulhítica só), tem uns que dá tempo de corrigir, e tem uns que é mais difícil, depende de muita gente numa ponta, e muito pouca gente na outra.

      temos um longo caminho pela frente, cada vez que um grande evento (pac, água ou copa, no caso) precisa ser realizado, aparecem nossas carencias.

      qto maior o evento, mais elas aparecem.

      melhor agora, pelo menos ficamos sabendo, socialmente falando, pq o que ouvi naquela época, 64/85, e que só podia nas internas, só bebendoo umas mineirinha p/ esquecer.

    2. Bom, se você está falando da

      Bom, se você está falando da incompetência do Governo do Estado de São Paulo, concordo em gênero, número e grau!!

    3. Belzonte dista 600km de SP pela Fernão Dias.

      Chico Pedro mineiro, que diabos o Itaquerão tem a ver com a falta d’água nesta Paulicéia Desvairada? Você já veio a São Paulo? Conhece os canos da SABESP? Foram instalados há mais de 60 anos. Você conhece a tecnologia dos canos d’água usados naquele tempo? Eram canos para dez anos de uso. Como estão, vazam para todos os lados. Água tratada, paga com o dinheiro do contribuinte. Com os materiais atuais, dá para fazer canos d’água para 50 anos. Mas precisa de manutenção. Mesmo assim, em qualquer ponto da cidade estão sujeitos a acidentes e consequentes vazamentos. Você, caro Chico Pedro, deve ser torcedor do Cruzeiro. Aliás, o Ronaldo Fenômeno iniciou a carreira lá, é o time dos Perrelas, do Helicóptero do Pó, e evidentemente, o time do coração (ou do nariz?) do Aécio..

  14. “…No Sul e no Sudeste temos

    “…No Sul e no Sudeste temos pouquíssima quantidade de água se comparado ao volume existente no resto do Brasil…”

    Na Região Metropolitana de Beagá tem água de sobra, se não em qualidade ideal é outra história.

    Para não dizer que são incompententes colocam tudo no mesmo balaio.

    Vá à merda

  15. Consertar os canos pra que?

    Por quea Sabesp iria gastar dinheiro dos acionistas com vedação de vazamentos se ela capta água de graça para vender?

     

  16. Vocês esperam uma intervenção

    Vocês esperam uma intervenção divina
    Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês
    Vocês se perdem no meio de tanto medo
    De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender

    E vocês armam seus esquemas ilusórios

    Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez

    Mas acontece que tudo tem começo
    E se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês

    Não quero ser como vocês
    Eu não preciso mais
    Eu já sei o que eu tenho que saber
    E agora tanto faz…

    E de repente o vinho virou água
    E a ferida não cicatrizou
    E o limpo se sujou e no terceiro dia
    Ninguém ressuscitou…

    https://www.youtube.com/watch?v=Zg6y7qJETic#t=81

  17. Aquífero Guarani

    Nassif,

    Uma opção estranhamente desprezada pelo governo estadual é a utilização das águas do Aquífero Guarani, que seria mais um ramal para atender a Grande São Paulo.

    O Aquífero se faz presente no subterrâneo do Estado, na região de Ribeirão Preto e Presidente Prudente, mas o governo estadual preferiu agradar o andar de cima e manteve a permissão para o o uso de defensivos agrícolas e pesticidas na região central do Estado, onde se localiza uma reserva de água doce de boa qualidade proveniente do AGuarani, ou seja, o desgoverno mandou às favas um ótimo tronco de água doce que ( em sendo bem tratado se torna inesgotável) fará falta à Grande São Paulo. 

    E a Sabesp, o que tem feito esta empresa, além daquela gambiarra caríssima prá bombear o volume morto ? Afinal, foram gastos R$ 80 milhões para adquirir um conjunto de onze tubos e bombas de recalque, e mais uma coisa ou outra, um montante $$$ que, a princípio, é um verdadeiro absurdo. 

    1. Alfredo, o Aquifero Guarani,

      Alfredo, o Aquifero Guarani, em sua borda mais proxima da RMSP, esta a mais de 300 km dela.

      Vc tem noção do custo para se bombear água a 300 km e mais de 500m de desnivel de cota ? Tem uma vaga ideia do quanto de energia seria necessaria para isso ? Tem ideia do quanto se gastaria para se desapropriar isso ?

      Certamente não. Então o palpite é dispensavel.

      Daqui a pouco vai ter cara propondo trazer iceberg pra SP…ou quem sabe reverter o Amazonas pra cá…

       

      1. Água

        Nagibe,

        Retorno muito atrasado, pois fiquei longe do teclado desde ontem e  só vi agora o seu comentário.

        Parece que você ainda não entendeu a situação que pode vir a ocorrer, um filme de terror.

        Tudo o que você fala procede, distância, energia e desapropriação, mas esqueceu de um detalhe, para evitar um colapso com uma dmensão nunca vista, não se pode pensar em mais ou menos $$$ – se só tiver água no Egito,do teu iceberg ou lá no Amazonas, o certo é que ela terá que aparecer. 

        Quem gasta R$ 80 milhões naquele “troço” prá arranacar água lá de baixo, não tem o direito de reclamar de grana.

        De qualquer maneira, reconheço que nenhuma das nossas diversas propostas, inclusive a do Egito, possam vir a resolver ou minorar os efeitos de uma falta d’água que pode vir a atingir mais de 12 milhões de pessoas, pois não dá mais tempo prá nada, a não ser rezar prá São Pedro fazer chover num período que dizem ser de estiagem..  

         

  18. 2001 faltou luz. 2014 falta água. Desde 1994 falta vergonha.

    O PSDB e seus especialistas passaram 2013 dizendo que faltaria energia elétrica no Brasil em 2014. Mas ninguém falou em água. Se não chover forte em agosto, estamos fu e mal pagos. Mas raramente chove em agosto em São Paulo, duvido que cnoverá no próximo agosto, num ano em que choveu pouco em janeiro e fevereiro. O ano passado terminou com o Sistema Cantareira com 60%. Essa é a tragédia: 60% do Sistema Cantereira não suportam um ano seco em São Paulo, uma região de enchentes. Para que o PSDB vai indicar um candidato de pouca competência, se eles têm tantos candidatos sem nenhuma competência?

  19. O volume morto, ressuscitado

    O volume morto, ressuscitado e sobrevivendo à custa de aparelhos superfaturados,  vai “remorrer” em julho. Alkimin abre, em caráter emergencial,  concurso público para contratar médiuns reencarnadores dos espíritos das águas. E a horoscopista da Folha? Será que não pode quebrar o galho não?

  20. Sinceramente?

    A água é “apenas” um dos problemas com a Sabesp. Não que seja um problema menor. Mas parece-me que esconde outros problemas. E não apenas da própria Sabesp.

    Cá entre nós, se você tiver três ou quatro problemas urgentes, qual você vai escolher? O incômodo do paradoxo é que você não vai lidar com todos eles e, “sem querer”, algum problema urgente deixa de sê-lo.

    Tem a Alstom, a USP, a dupla porta no HC, as CPIs que não surgem mas a sujeira sobe de algum outro esgoto e por aí vai.

    Se não há uma Pasadena, tem jornalão que entra em pânico – mesmo que houve uma Pasadena na Argentina e pouco querem lembrar.

    O que o PSDB tem a esconder?

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