Controle da inflação é prioridade do governo em 2016, diz Barbosa

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

O controle da inflação é prioridade para o governo em 2016, informou sexta (8) à noite o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Em nota oficial, o ministro assegurou o compromisso da equipe econômica com o ajuste fiscal para ajudar o Banco Central a levar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de volta para o centro da meta, 4,5%, em 2017.

“O controle da inflação é uma prioridade do governo, e o Banco Central do Brasil está empenhado em adotar as medidas necessárias para alcançar o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional até o final de 2017. Nesse processo, o Ministério da Fazenda contribuirá no combate à inflação mediante a adoção de ações para o reequilíbrio fiscal e para o aumento da produtividade da economia”, divulgou o ministro.

Mais cedo, o Banco Central (BC) divulgou uma carta aberta ao Ministério da Fazendajustificando o estouro do teto da meta, de 6,5%, em 2015. Índice oficial de preços, o IPCA fechou o ano passado em 10,67%, no maior nível desde 2002 (12,53%). A última vez em que o BC tinha enviado o documento tinha sido em 2003, quando o índice tinha fechado o ano em 9,30%.

Os dados relativos ao IPCA foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a desaceleração de novembro para dezembro, a taxa do último mês de 2015 foi a mais alta para o mês de dezembro desde os 2,1% registrados em dezembro de 2002. Em 2014, o IPCA fechou o ano em 6,41%, ficando abaixo do centro da meta fixada pelo Banco Central, de 6,5%.

O IPCA se refere à alta de preços que afeta famílias com rendimento entre um e 40 salários-mínimos e abrange 11 das principais regiões metropolitanas do país (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília), e os municípios de Goiânia e Campo Grande.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. A prioridade deve ser o fim

    A prioridade deve ser o fim da recessão e  a geração de empregos e não a inflação.

    Combater a inflação  aprofundando a recessão é suicidio politico e social.

  2. Politicamente, Dilma se

    Politicamente, Dilma se suicida e leva o PT junto, ou vice versa. De qualquer modo, a banca ri sozinha. Eu, que não sou rentista, mifu.

     

  3. Entre a espada e a espada

    Se deixar a inflação “fugir”,  Dilma será inevitavelmente lembrada para sempre como a governante que acabou com a estabilidade da moeda conquistada a duras penas. Como disse o Nassif outro dia, com sangue e suor. E reintroduziu no pais o pior e mais cruel dos impostos.

    Uma inflação de mais de 10% ao ano numa economia desindexada, sem mecanismos de proteção dos salários, é o inferno para o trabalhador.

    Por outro lado, se tiver que baixar mais ainda o nível de atividade da economia para trazer a inflação para a meta, erá lembrada como a governante que jogou no lixo os milhões de empregos gerados na última década, que fez pessoas perderem seus bens, como casas e carros, simplesmente por não conseguirem mais pagar o financiamento e não encontrarem quem queira assumí-lo. Será lembrada também eternamente pelas crianças e jovens que terão que abandonar uma escola privada e ir para o inferno do ensino público. E aí será uma lembrança eterna, pois essa oportunidade perdida por eles nunca mais será recuperada.

    Enfim, Dilma terá que tirar coelha da cartola se quiser salvar sua biografia.

    Paga pelo erro imperdoável que cometeram ela e seu mentor poítico, Lula. Imaginnar que um país com as desigualdades do Brasil pode ter um crescimento contínuo e praticamente horizontal. Onde ganha o miserável e ganha também o milionário. 

    Pensaram que poderiam resolver todos os problemas atacando a pobreza extrema sem atacar a riqueza extrema. 

    Injetaram dinheiro na base da pirâmide podre e ele seguiu seu fluxo normal, subiu até o topo e lá ficou. Nesse percurso, por óbvio, movimentou a economia criando a ilusão do “milagre do crescimento econômico”. Mesma história do início dos anos 70. Lá com dinheiro de empréstimos generosos, agora com o dinheiro oriundo do boom das commodities.  

    Nem sempre  a máxima do barbudo alemão pode ser usada com tanta propriedade : A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

    No auge da popularidade não tiveram a coragem, Lula, Dilma e o seu partido, de lutarem a boa luta, de criarem regras e leis proibitivas para o acúmulo de riqueza e para combater o patrimonialismo. E no auge do crescimento criaram um país que gerava 30 novos milionários ao dia, 10 mil ao ano.

    Em 2011 haviam vários coelhos na cartola para fazer o que tinha que ser feito. Faltou visão de país, projeto de país e conhecimento histórico. Perderam-se nos pequenos números das macros e micros, todos a seu favor, e junto, a oportunidade histórica de mudar a estrutura social tão injusta deste país.

     

  4. manter os empregos – essa é

    manter os empregos – essa é saída mais sensata…

    senão é dar milho pra bode.

    isto é, municiar  ainda mais os midiotas do

    economês delirante-apocalíptico…

    mais conhecido como troglodita antes de levar uma

    porrada no pescoço e enfim dar o primeiro grunhido,

    o quaL iniciou o primeiro diálogo que permitiu  uma futura humanidade…

  5. Barbosa e o gato no telhado

    Há uma semana que o Barbosa dedica-se a avisar que o  gato subiu no telhado. Ao que tudo indica, conversou longamente com o Tombini. Primeiro dizendo que o BC tem autonomia para decidir – e tem mesmo -; agora a prioridade de combate a inflação, e por fim vem o BACEN envergonhadíssimo com a cartinha de justificativas para o estouro da meta. 

    Tradução livre: vem aí mais juros 

  6. alternativas ao aumento da selic?
    Quais são outras medidas que o governo federal poderia fazer para controlar a inflação sem aumentar a taxa Selic?

  7. Controle da inflação é prioridade do governo em 2016

    Numa economia em recessão aumentar os juros é o mesmo que apagar fogo com gasolina. 

    E pior, fala-se que o governo federal pensa em estimular a venda de automóveis !!!!!!!!!!

    Ou tem inflação e não tem por que incentivar vendas ou não há inflação de demanda.

    De toda forma existem medidas anti-inflacionárias que podem substituir o aumento de juros – redução do número de prestações, aumento dos valores das entredas, etc , as esquecidas medias prudenciais- que nada mais é que transferência de recursos do Tesouro para os 1% nacionais e estrangeiros.

    Combater a inflação aprofundando a recessão é suicídio polítco, social e ECONÔMICO.

    Com Tombini et caterva o “sindicato dos bancos”, isto é, o BACEN nos levará ao abismo.

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