Grupo criado para acompanhar investigações de cartel pede informações ao governo e ao Banco Mundial

Do Estadão

Comissão de Alckmin questiona União sobre caso Siemens
 
Grupo externo criado para acompanhar investigações sobre cartel no Metrô pede informações ao governo federal e ao Banco Mundial
 
Pedro Venceslau – O Estado de S. Paulo

Criado pelo governador Geraldo Alckmin, o Grupo Externo de Acompanhamento do Caso Siemens, comissão formado por 12 entidades da sociedade civil para acompanhar as investigações sobre a formação de cartel em licitações do Metrô, expandiu sua atuação e enviou questionamentos formais ao governo federal, Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. O principal objetivo do grupo nesse momento é mapear em todas as instâncias quais são os procedimentos de rotina praticados para acompanhar o mercado internacional, formar preços de referência e evitar a formação de cartel.

“O BID financia projetos que estão sendo investigados. Precisamos saber qual controle ele faz. Também queremos saber qual é o procedimento padrão do governo federal para evitar cartel”, afirma o advogado Vicente Bognoli, representante da Ordem dos Advogados do Brasil na comissão.

O governo estadual também foi acionado por meio do grupo, que é coordenado pela Corregedoria Geral da Administração. A CPTM e o Metrô já enviaram documentos sobre seus métodos de controle anti-cartel, mas eles ainda não foram avaliados.

“Uma das questões que precisam ser analisadas é como são formados os preços de referência. Em uma das licitações houve recurso do Banco Mundial. Então a pergunta vale para eles. Esses mecanismos existem? Se existem, falharam? Queremos aproveitar esse caso para criar uma aprendizagem e prevenir no futuro”, completa Paulo Itacarambi, do Instituto Ethos.

O documento do Grupo Externo sugere, ainda, que o BID e o Banco Mundial publiquem informações relativas a concorrências no setor metroferroviário realizadas com seus recursos no período dos eventos abrangidos pelo Acordo de Leniência em todo o mundo. A ideia é averiguar os participantes, preços ofertados e vencedores.

Ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) também foram enviados questionamentos. “O CADE de alguma forma está analisando se o suposto cartel poderia ter dimensão internacional? Nesse sentido, o CADE está em contato com autoridades de defesa da concorrência de outros países?”, diz o documento, que foi aprovado na última reunião, realizada no dia 30 de setembro.

Siemens na mira. A Corregedeoria Geral informou ao grupo de entidades na última reunião que a multinacional Siemens é a única entre as 16 empresas mencionadas no Acordo de Leniência que não está colaborando com a investigação.

“De todas as empresas até o momento chamadas a prestar esclarecimento apenas a Siemens negou-se a cooperar”, diz a ata do encontro, que foi divulgada na internet. Em entrevista ao Estado, o corregedor do Estado, Gustavo Ungaro, revelou que o governador estuda criar um departamento permanente na máquina estatal para detectar potenciais cartéis.

“Seria uma espécie de observatório de licitações para evitar a ação cartelizada e evitar que o estado seja vítima do conluio de empresas privadas. Seria um grupo da própria administração formado por profissionais de várias áreas e que ficaria atento às licitações futuras”.   

 

Redação

6 Comentários

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  1. A comissão da comi$$ão

    Se todos os questionamentos deste “grupo” criado por Alkmim forem dos expostos no texto acima, acabarão colocando a culpa até no inventor da locomotiva a vapor, menos nos concordantes na “leniência” . É palhaçada. Se a intenção é elucidar o caso o instrumento é outro, chama Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Lembrem ao gov.Alkmim que deputados estaduais são eleitos e pagos tambem para este tipo de averiguação formal, promovendo CPIs para  investigação de desvios,roubos,etc. Não sendo isso é o mais deslavado arranjo.

    E.T. a palavra comissão neste caso, em qualquer sentido que se possa atribuír, é tabu,

  2. Parece que o governador

    Parece que o governador Alckmin não está confiando no tribunal de contas do estado de São Paulo, com atribuição específica de, como órgão técnico de controle, auxiliar o poder legislativo nas tarefas de fiscalização. Portanto, ao invés de exigir informações só agora, da Siemens, empresa que denunciou o esquema de propinas, coloca em cheque não só nossos sistemas de auditoria público e privado como os coloca sob suspeição. De incompetência ou conivência. No caso Perillo, o Álvaro trouxe o Aguinel para a roda. E a corrupção de um compensou a suspeição sobre outro. Agora, a Siemens, coloca em polvorosa a competente e honestíssima postura demotucana deixando o Álvaro sinucado. Para não perder o hábito, e não tendo alguém da base aliada para chantagear, serve a própria denunciadora.

  3. Ainda engana alguém ?

     Procura-se desesperadamente algum descendente da velhinha de taubaté, …. alguém que ainda tenha boa vontade e inocência para acreditar em qualquer iniciativa dos tucanos que vise a apuração do propinoduto do Metrô. …. Puro desperdicio de tempo … 

  4. Distribuição Gratuita

    A Secretária de Transportes do Estado de São Paulo vem a público comunicar que haverá grande e farta distribuição de adereços redondos vermelhos para cobrir as narinas, vulgarmente chamados de “Narizes de palhaços” a toda população paulista. Esta distribuição gratuita é uma campanha de apoio ao Governo Estadual que vem sofrendo reiteradas acusações de empresas multinacionais de tendência petistas e da “Turma do PT”.

    Os adereços poderão ser retirados com Geraldo (organizador), todos os dias de hoje até 31/12/2014 das 11:00 às 17:00 no seguinte endereço: Av. Morumbi nº 4500 – Bairro Morumbi -São Paulo Capital.

    Quantidades maiores para distribuição em cidades do interior (desde que administradas pelo PSDB e coligadas) poderão ser feitas pelo telefone: (011) 2193-8282 falar também com Geraldo (organizador).

  5. ………..   parece q estao

    ………..   parece q estao arrumando um jeito do culpar o governo federal pela formaçao de cartel, via falta de normas e procedimentos.

    ou seja: se federaliza o problema em ano de eleiçao e sai de fininho ….

    falta ao povo brasileiro (os politiqueiros) um pouco de BRASILIDADE. !

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