Levy avalia que corte foi adequado, mas cita preocupação com arrecadação

Enviado por Photios Andreas Assimakopoulos

Da Reuters

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, expressou nesta segunda-feira preocupação com a queda da arrecadação, apontando que é preciso atenção a essa questão após o governo divulgar na sexta-feira um corte de despesas de 69,9 bilhões de reais no Orçamento de 2015

Por Marcela Ayres

Falando a jornalistas, Levy afirmou considerar que o contingenciamento foi no “valor adequado”, mas ressaltou que essa é apenas uma parte das políticas que estão sendo postas em prática pelo governo.

“É uma parte importante, outras partes são até mais estruturais, têm a ver com o realinhamento de preços, atividades de concessões, vamos ver como a gente reorganiza o financiamento de longo prazo agora que acabou o dinheiro via aquele modelo mais baseado em recursos públicos”, pontuou o ministro.

Ele ressaltou que o corte nas despesas não obrigatórias se faz necessário porque as receitas previstas no Orçamento da União aprovado há um mês “não têm conexão com a realidade da arrecadação”.

“(O governo) cortou com muita cautela, com muito equilíbrio, na medida que se poderia fazer, inclusive sem por o menor risco em relação ao crescimento econômico”, disse.

“Como eu tenho dito, o PIB não está devagar por causa do ajuste. A gente está fazendo o ajuste porque o PIB vinha devagar”, completou.

Segundo Levy, a queda da arrecadação desperta preocupação em um momento em que o governo busca o reequilíbrio de suas contas, com a meta de atingir um superávit primário de 66,3 bilhões de reais este ano, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Nos últimos anos a arrecadação sistematicamente não tem atendido às necessidades de governo. Tem se vivido de receitas extraordinárias, de programas como Refis, outras coisas, ao mesmo tempo em que se dava um número de desonerações”, disse.

“Precisamos ter uma situação um pouquinho mais equilibrada porque a gente está vendo esse ano que as receitas não têm sido muito significativas. E a gente tem que prestar atenção”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o governo anunciar novos impostos para compensar a retração no volume de recursos recolhidos, Levy afirmou que é preciso “ir com calma” na frente tributária.

“Não adianta a gente meter novos impostos como se fosse isso que vai salvar a economia brasileira, não é por aí”, afirmou.

Levy disse ainda que agentes econômicos já estavam com grande expectativa acerca de uma retração do PIB no começo do ano, acrescentando que, por isso, “não seria surpresa a gente ver uma situação dessa” para o resultado do primeiro trimestre.

Redação

11 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Problema com queda na arrecadação?

    Vai procurar quem sonega entre seus amigos do mercado financeiro! Só em 2014 o Brasil perdeu mais de 500 bi com sonegação, é patético se falar em ajuste fiscal e fingir que sonegação, principalmente entre empresas e bancos, não existe ou não é parte central do problema.

  2. Mas que surpresa, faz

    Mas que surpresa, faz contração monetaria via Banco Central, destruição de empresas pela Lava Jato, pessimo ambiente

    economico e quer que a arrecadação suba?

  3. Ou o governo entra na

    Ou o governo entra na chincha ou o ministro pede demissão, isso foi sinalizado pelo seu não comparecimento no lançamento do pacotão maldoso fiscal.

    Mas tudo bem, sem desespero almas boas, se com Joachin Levy está sendo ruim, com o Trabuco seria pior…

  4. Joaquim Levy foi o máximo, um

    Joaquim Levy foi o máximo, um empréstimo, que a banca fez para salvar o natimorto segundo governo Dilma.

    Inferir e fazer deduções sobre o tema não custa nada.

     

  5. Desde a hora do almoço estou

    Desde a hora do almoço estou com os “pelos de punta “, como dizem os espanhóis. Posso jurar que ouvi o ministro da fazenda do Brasil dizer que o dinheiro acabou. Vixe. Simplificou legal para nós botocudos entendermos bem…

  6. Seria cômico, se não fosse trágico

    Levy impõe medidas que deprimem a economia. Como os impostos são percentual da economia, se a economia é deprimida, os impostos também o são. Das medidas de Levy, era de se esperar que a arrecadação diminuísse, e Levy sabia muito bem disso. No entanto, Levy se diz preocupado com a redução da arrecadação que ele mesmo provocou! Rir, ou chorar?

  7. O Bradesco chamou seu

    O Bradesco chamou seu embaixador no Governo do Brasil e ele não pode comparecer ao anúncios das “MEDIDAS”…KKK

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador