Joaquim Levy, segundo Mendonça de Barros

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O engenheiro e economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, está otimista em relação às indicações econômicas do segundo governo Dilma Rousseff. Isso porque, segundo ele, a presidente foi sabiamente “radical” ao provocar uma “ruptura” com o entendimento do PT sobre economia (fruto dos pensadores da Unicamp) e optar por um representante do “inferno” que é a escola de Chicago. No caso, o novo ministro da Fazenda Joaquim Levy. Mendonça apontou que diferente dos nomes que orbitam em torno do PSDB, Levy sabe balancear as teorias econômicas liberais com a leitura política e social do que o Brasil precisa. 

‘Levy é um ‘diabo’ mais inteligente’

Por Alexa Salomão

No Estadão

Luiz Carlos Mendonça de Barros está otimista com o que chama de “ruptura”. Primeiro porque, na sua avaliação, a presidente Dilma mudou. Não só abandonou o grupo formado por egressos da Unicamp, a Universidade Estadual de Campinas, como foi buscar para o Ministério da Fazenda Joaquim Levy, que fez doutorado na americana Universidade de Chicago, conhecida por suas tendências liberais.

“Ela fez uma opção radical”, diz. “Para Unicamp, Chicago é o diabo”, diz. Sua segunda boa surpresa é a habilidade de Levy de fazer um equilíbrio entre a teoria econômica ortodoxa e as necessidades do novo Brasil. “Levy tem o fundamental da teoria adaptado à situação política que está aí – algo que o PSDB não entende”. Abaixo trechos da entrevista que concedeu ao Estado.

Muitos analistas ainda não acreditam que ele conseguirá fazer o ajuste que propôs. É pessimismo ou realismo?

É burrice. Você me desculpe, mas ao 72 anos eu gosto de usar as palavras corretas. Isso sempre acontece. Gente que trabalha no mercado financeiro tem uma visão muito fechada do mundo. Fechada nele. Na grande maioria do tempo, tudo bem. Mas tem certos momentos em que a política e a sociedade entram no processo, e passamos a ter toda uma lógica diferente daquela seguida no dia a dia do mercado financeiro. Acho que estamos vivendo um momento desses. Para entender o que está acontecendo, precisa ter uma visão um pouco mais ampla da questão econômica. Por exemplo: eu não tenho dúvida de que a presidente Dilma fez uma opção radical. Eu, que penso ser um analista da economia, pela minha idade, pela minha experiência, mais cínico do que a média dos analistas, venho olhando de uma forma diferente a nomeação do Levy.
Diferente como?

A presidente Dilma é uma mulher que tem uma certa capacidade intelectual. Ela pode ter alguns defeitos de personalidade, mas burra não é. Ninguém chega a ser presidente da República se não tem um mínimo de capacidade analítica, de compreensão do Brasil. Eu parto desse pressuposto. Ela percebeu que ter seguido a política econômica do PT, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas, considerada centro de estudos do social-desenvolvimentismo), nos primeiros quatro anos de mandato quase lhe custou a reeleição.

O senhor diz que ela adotou a política econômica do PSDB, a qual se opôs durante a campanha?
É aí que vem o meu cinismo. Eu aprendi uma coisa com Sérgio Motta (falecido ex-ministro das Comunicações), no tempo em que trabalhamos juntos no governo de Fernando Henrique. A política tem um código de ética diferente. Na política é permitido mentir e enganar. Todo mundo faz isso. Evidente que há certos limites. Mas Sérgio dizia: não há um linha ética na política, há uma faixa ética. Aquilo que para nós, cidadãos comuns, ou é ético ou não é ético – não tem outra opção –, na política é diferente.

Por isso, o que me interessa não é o que ela falou na campanha, mas a decisão agora. E é uma decisão corajosa. O que ela diz? ‘Eu rompi com esse pessoal que trabalhou comigo no primeiro mandato e por uma razão simples: eu acreditava nisso, mas os resultados são tão óbvios que no segundo mandato eu mudei.’ Ela tirou todo mundo. Ela, de certa forma, cuspiu no prato que comeu nos últimos quatro anos. Não deve ter sido fácil. Ela fez doutorado na Unicamp. Tem grandes amigos da Unicamp. O chefe da Casa Civil dela é um ex-professor de lá. Não deve ter sido fácil descartar, de uma maneira tão clara, a influência dela. E trouxe – eu dei aula seis anos na Unicamp, sei o que estou falando –, diretamente do inferno, um representante do diabo, que é o Levy. Para a Unicamp, o diabo é Chicago (Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, considerada centro de estudo da teoria econômica liberal). E ela foi buscar um cara de Chicago. Mas ele é um diabo mais inteligente do que outros. Sabe que saiu do inferno, segundo a Unicamp, e foi para a Fazenda, onde vai lidar com aspectos mais controversos, tipo opinião pública, Congresso.

O senhor está otimista, então.

Estou otimista pela busca da solução. Não é otimismo do tipo: vai dar tudo certo. É o otimismo porque houve uma ruptura. Da mesma forma que o Lula fez uma ruptura com o discurso dele e do PT, quando tomou posse, ela fez agora. Como Levy veio do inferno, tem muito mais legitimidade perante os outros diabos de ser um pouco desenvolvimentista. Eu tenho nove netos. Estou olhando para o Brasil deles, daqui a 10, 15 anos. Para esse Brasil, a decisão dela foi absolutamente correta. Se tentasse replicar no segundo mandato as políticas do primeiro, realmente, a gente perderia o grau de investimento e voltaria no tempo.

Não há mais risco de perda do grau de investimento?

Como o Levy, certamente não. Essas agências de risco são sediadas no inferno. Você acha que esses diabinhos vão tirar o grau de investimento desse diabão que está agora no Ministério da Fazenda? Não vão. Da mesma forma que Lula acertou em pegar um deputado do PSDB, presidente de banco internacional (Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central) – o que naquele momento foi um ato de sabedoria. Calou a boca de todo mundo e quem não calou perdeu muito dinheiro. Ela fez isso agora. Pergunta: é certeza que vai dar certo? Não sei. Mas manter a política do primeiro mandato seria um desastre.

A divergência entre governo e Nelson Barbosa em relação ao salário mínimo foi um sinal ruim?

O Nelson Barbosa (ministro do Planejamento) não deveria ter falado nada. É o tipo de coisa que acontece com quem ainda não está preparado para o cargo que ocupa. Ele vai aprender. Mas não tinha de ter dito nada. O Levy não escorregou. É aí que vem a parte mais interessante da atual mudança. Se você olhar o discurso do Levy, vai ver que ele é muito interessante, porque não é o discurso do Malan (Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda). Levy acomoda a parte social, a parte do crescimento, dentro de arcabouço ortodoxo. E por que não é o Malan? Porque Malan diria que precisa fazer isso e aquilo porque a teoria econômica me manda. Isso deu um monte de problemas na época do Fernando Henrique. Tinha horas que exageravam na busca da ortodoxia, sabendo que a política não permitiria que tudo fosse feito.

A gente sempre falava: o ministro da Fazenda precisa buscar o que se chama de ‘second best’, o segundo melhor. O Levy entendeu. Tem o fundamental da teoria econômica adaptado à situação política que está aí. Tem uma parte do discurso dele que é muito importante e que o PSDB não consegue fazer.

Qual parte?

O trecho em que ele reconhece o crescimento da classe média. Talvez uma das coisas mais importantes que aconteceu no Brasil nos últimos 12 anos – 8 anos do Lula, mais 4 dela – foi o aparecimento dessa classe média nova. Pegue as faixas de renda do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divida em dois grupos. Coloque ABC de um lado, DE de outro. Por que é importante fazer essa divisão? Porque ABC vive no mundo formal da economia e DE, no informal – não tem carteira, vive de bico. Em 2003, um terço era ABC. Dois terços, DE. No fim do primeiro governo Dilma, 70% são ABC, 30% DE.

Essa classe média é um legado do governo do PT, então?

Não tenho dúvida. Não tenho dúvida porque essa é a realidade. Se você perguntar para o sujeito que passou de uma classe para outra ele vai dizer que foi durante o governo de Lula ou de Dilma. Nós sabemos que isso é um fato que precisa ser explicado. Por que isso aconteceu? Porque houve o Plano Real, as reformas, a ajuda da China. Só que no âmbito da política e da comunicação social, você não tem tempo de explicar isso. As coisas são mais simples. Certo? O PSDB tem uma dificuldade imensa de aceitar isso. Levy aceitou. Está escrito no programa. Ele colocou de forma muito inteligente. Disse que “agora temos de preservar esta mudança de classe que ocorre”. E esse pessoal que mudou de classe só melhora se o País crescer. É uma lógica para a frente. Não é uma lógica para trás. Essa parte do discurso do Levy – e nem sei se ele percebeu isso – legitima a mudança na política econômica.

Quando Levy diz que vai tirar o foco do consumo e fomentar a poupança, não vai castigar um pouco essa nova classe média?

Se for isso, está errado. O brasileiro poupa pouco porque é brasileiro. O indivíduo. É por isso que o Estado brasileiro deve poupar. É só olhar o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. O consumo das famílias é dois terços do PIB. Isto é uma marca indelével da sociedade. Não dá para achar que o brasileiro vai convergir para uma poupança tipo chinesa, de 40%. Só mudando o povo. Mas você não muda o povo. É por isso que a política econômica no Brasil precisa ser feita no pressuposto de que a sociedade poupa pouco e consome muito. Como isso é verdade, não posso transformar o governo em consumidor – o que ela fez nos primeiros quatro anos. É preciso recompor a poupança pública e ganhar a confiança do exterior, porque precisamos da poupança externa para complementar a poupança aqui dentro, investir e crescer. É essa lógica que a Unicamp nunca teve. Queria que o Brasil crescesse pelo aumento do consumo e, portanto, o governo deveria aumentar o seu gasto. Isso é uma leitura absolutamente equivocada do ponto de vista macroeconômico. Mas isso agora ficou para trás.

Avaliando essas mudanças que o sr. está mencionando, qual é o cenário daqui para a frente?

Depois de um longo período de crescimento, o desemprego é 4,6%. Temos pressões horríveis no mercado de trabalho. Os sindicatos, cumprindo a função deles, aproveitaram para impor reajustes e ganhos sociais que acabaram pressionando o custo das empresas e criando na indústria uma situação dramática. O que ela vai ter de fazer – e a nova política já está fazendo: flexibilizar o mercado de trabalho. Em outras palavras, gerar algum desemprego. Isso já está ocorrendo no setor automobilístico. Os sindicatos vão perder força e negociar coisas mais razoáveis. Ao fazer isso, também tira a pressão do consumo, o que afeta a inflação, principalmente nos segmentos como serviços, onde há uma inflação de demanda.

Também haverá um ajuste na conta corrente. O Brasil chegou a ter superávit de 3% na conta corrente no governo Lula. Hoje tem 4% de déficit, na fronteira do risco. Essa política vai trazer a conta corrente num nível mais adequado, que é 2,5%. Mas para fazer isso, economia não vai crescer por dois anos. Mas não pode desandar o angu: apertar demais e provocar uma queda acima da suportada no consumo. Bom senso será importante. 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. O Pt ganhou a eleição, mas

    O Pt ganhou a eleição, mas quem assumiu o governo foi a oposição, não á toa esse senhor está “feliz”; não acreditaria se me contassem na campanha que estaria elegendo um governo que, para economizar uns caraminguas, cortaria pénsões pela metade; a Marta apesar da ira está certa, ou o PT muda ou acaba.

     

  2. CANTANHEDE TAMBÉM???

    Parece que aqui também temos as digitais da Eliane, entendidíssima pena-alugada, variando desde medicina profilática (febre amarela) à economia, passando por convenções de “massas cheirosas” e outros científicos assuntos.

    Sei! O BNDES não deve emprestar capital a juros baixos para o capital produtivo. Esse dinheiro deve ser emprestado a juros menores aos Bradescos e Itaús da vida para, estes SIM, reemprestar a juros conhecidos. Sei…

    Na Folha de HOJE, de onde a doidivanas levou um pé nos glúteos, o Mendonção também fala do banco.

    Abrs.

  3. Surpreso

      Reluto em acreditar que uma entrevista desta, suas respostas, sairam de Luiz Carlos Mendonça, um dos icones maiores do neoliberalismo nefasto que o PSDB de FHC implantou nesse País. 

      Estarão sendo “mais” realistas com as necessidades do Brasil ?

      Só falta agora o Arminio Fraga assinar essa entrevista.

      Mas a realidade é essa mesmo e se, realmente não forem apenas palavras da boca para fora, parabens !  Sinal que alguma coisa esta a mudar do outro lado, venha a nós o vosso reino (só no que pensam) e, talvez, o demônio PSDB esteja a começar a mudar, afinal este “S” na sigla do partido nunca teve nada a haver com a politica que praticam,  de privilégios aos já privilegiados e esmagamento incondicional aos menos favorecidos economicamente.

  4. Dúvidas

    Fiquei com mais dúvidas que respostas. Afinal, o setor produtivo que passa por dificuldades, ou os bancos, que navegam em ágas plácidas, terão os mesmos tratamentos ? Investiremos na recuperação da indústria, no agronegócio, no capital financeiro, no capital associado à produção ? É duro não ser economista e tentar entender economês. E o Mendonça de Barros elogiando, é bom ou é preocupante ? 

    1. investimento no curto prazo é demanda

      Faltou o contexto, que não tem nada a ver com Unicamp vs Chicago. O contexto é de uma reestruturação da ordem econômica do pós-crise. Boa ou ruim, essa reestruturação seguiu o ajuste dos EUA. Um ajuste que inviabilizou o modelo lulista em sua versão mais simplista: aumento do consumo via distribuição de renda gerando aumento do investimento e assim da produtividade. Inviabilizou porque o câmbio crescentemente valorizado fez com que grnade parte do consuo fosse vazando para fora, tanto mais quanto mais sofisiticado fosse o produto. Ora, grau de sofisitcação e aumento da produtiviade andam juntos. Ao se desfazer de cadeias mais complexas, cada vez mais perdemos, relativamente, capacidade de canalizar a parte da demanda que ainda ficava aqui dentro para alavancar a produtividade. Isso começou a acontecer ainda em 2010, provavelmente antes, mas os efeitos só ficaram claros em 2012, quando Dilma já não tinha mais tempo para tentar fazer o ajuste. 

      Agora o caminho está claro: é preciso relainhar o câmbio e o nível (e perfil) de dívida pública para poder voltar a crescer sustentavelmente. Só que ajuste de câmbio traz inflação e imediatamente desorgnização das cadeias produtivas. O ajuste fiscal ajuda a reduzir o impacto do câmbio nos preços e ainda a permitir uma queda dos juros futuros, que abrem espaço para que a modificação do câmbio estimula, gradativamente, os capitalistas a investirem para reconstituir as cadeias produtivas mais sofisticadas. 

      É bem mais fácil fazer essa passagem com um ministro novo na economia, sobretudo se for um com elevada confiabilidade entre os formadores de opinião na banca. O fato de Levy, como corretamente observa LCMB, ser um cara mais capaz de trabalhar com pinceladas menores e de usar mais cinza do que preto ou branco (porque além de ser menso dogmático, é um ótimo “prático” de política econômica) ajuda muito a minimizar os solavancos. 

      Passada essa fase – para a qual a maior ameaça é uma nova mudança nas atuais tendências de reconstituição do padrão de crescimento capitalista, por exemplo com uma queda muito rápida do crescimento chinês ou uma reversão da retomada americana – é que se colioca o problema da alocação do investimento. 

      Por incrível que pareça, quanto a isso não há muito o que discutir: um país como o Brasil, pelo seu grande porte e pelo estágio atual de desenvolvimento, tem de optar pela interesecção entre setores que exigem mais aplicação de C&T com aqueles em que ele tem vantagens competitivas potenciais. Os dois principais candidatos são os complexos de saúde, de defesa e aeroespacial, seguidos da exploração dos oceanos, bionergia e da área de convergência entre qupimica fina e biodiversidade (não adianta ficar só catalogando veneno de cobra e receita de pajé).

      1. problema

        Mas Gentilhomme, há ainda o problema do tal ajuste fiscal: isso pode querer dizer muita coisa (nem sempre agradável), e vindo do Mendonça é mais provável que seja um remédio amargo para nosotros que não estamos no andar de cima, ou não? E eleger prioridades de investimentos com um ministério um tanto quanto “misturado” de correntes e orientações distintas ? Tendo a achar que vai ser de lascar.

  5. Essa questão de “brasileiro não poupa”

    é um tanto duvidosa: o FGTS e a “contribuição ao INSS” não seriam, de certa forma, poupanças, ainda que compulsórias?

    1. Ô WK, se é compulsória e não

      Ô WK, se é compulsória e não voluntária (como o FGTS e a contribuição previdenciário) não derruba a tese do Mendonça de Barros de que brasileiro não é chegado culturalmente à poupança.

    2. W K, o FGTS sim, mas o INSS

      W K, o FGTS sim, mas o INSS não. Poupança é tudo aquilo de que se pode dispor, por isto a contribuição do INSS não pode ser considerada poupança,  até porque o uso do dinheiro arrecadado com as contribuições previdenciárias só podem ser empregadas em aposentadorias, pensões e todos aqueles benefícios previstos na legislação específica. 

  6. Uma realidade

    Goste ou não de Mendonça de Barros, hoje pode se dizer devido ao seu currículo e a experiência acumulada tanto na área técnica quanto política,que possui uma visão importante para o contaponto no desenvolvimento econômico do país. Não é preciso concordar com tudo diz, mas sem dúvida ele tem muito a contribuir com o debate, desde que se deixem as armas em casa.

  7. o ajuste é comprovadamente

    o ajuste é comprovadamente necessário…

    mas elogiar levy porque se adapta à questão política leva a outra pergunta:

    até que ponto essa política – mesmo adapatada à questão política –

    não atingirá os interesses dos trabalhadore s e da produção?

     

     

  8. acho que vacilei no meu

    acho que vacilei no meu comentário anterior.

    vou direto:

    acho que o elogio do mendonção denota que os trabalhadores

     pagarão  – por um tempo, pelo menos – parte da conta.

    espero que seja por pouco tempo.

  9. Medonça é bom, mas falou

    Medonça é bom, mas falou besterira em algo fundamental: a matriz econômica do primeira mandato consistia em estimular o aumento da demanda via investimento e não consumo. Parece que os teóricos do PSDB não conseguem enxergar isso, porque só veem a teoria ortodoxa, e um caso particular da realidade

  10. O pior não é a ruptura,

    O pior não é a ruptura, mudanças eram necessárias, mas ouvir o recém-chegado com a máxima dessa escola de Chicago “não há almoço grátis” … Rodrigo Contantino deve estar ovulando depois de ler tal afirmação…

  11. Mendonção sempre foi um

    Mendonção sempre foi um empresario com ocasionais incursões em politica. No memento tem varios projetos em curso, inclusive uma fabrica de caminhões chineses, como tal precisa estar bem com o Governo, vai sempre elogiar, é do grupo que o Brizola dizia “”está costeando o alambrado” sempre procurando estar bem com o Poder, nessa categoria tambem Claudio Lembro e Bresser Pereira. Nunca foram conservadores ideologicos, birutas de aeroporto, estão onde sopra o vento, se amanha o Brasil virar comunista desfilarão de camiseta vermelha.

  12. A forma abrupta em relação ao

    A forma abrupta em relação ao corte das pensões, em um tema tão fundamental na vida das pessoas, por Medida Provisória, sem discussões e uma ação do tipo “pegadinha” foi realmente lamentável.

    Se as pessoas estão morrendo cedo com a violência urbana, deve ser atacado o problema e não os direitos, sabemos que existem realmente distorções no caso das pensões, mas realmente foi uma facada nas costas dos trabalhadores. E a histórinha de abrir o Capital da Caixa e colocar os recursos do FAT E FGTS nas mãos do mercado financeiro…..esta soando estranho este início de governo.

  13. A moral burguesa

    Do alto de sua autoridade, Mendonça de Barros não aquele que durante as privatarias tucanas, exercendo o cargo de Ministro das Comunicações, foi pego em dialogo telefonico comprometedor com o sinistro ex-diretor do banco do Brasil, Ricardo Sergio de Oliveira  cunhando a celebre frase “Estamos no limite da “nossa” irresponsabilidade”? A moral burguesa é mordaz, para não dizer hipócrita. 

  14. Mendonça, tá aqui meu cartão

    DNA de tucano não muda, tai um bom retrato, Já que Levy foi aceito, apesar das promessas de campanha ,  avaliou, não custa me apresentar e tentar um carginho, quem sabe na equipe do amigão na Fazenda. Fora isso, acredito quando toca no cinismo, que aprendeu coisas com Sérgio Motta e Fernando Henrique. Ninguém duvida sobre código de ética diferente ou falta que aceita mentir, enganar e outros pecados . E não seria diferente nesse ponto no tempo.

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