Ministro sugere demissão de servidores da CGU contrários a Temer

Jornal GGN – Durante vídeoconferência com servidores do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, o novo ministro Torquato Jardim afirmou que os servidores que tiverem uma “incompatibilidade insuperável” com o governo Temer tenham a “dignidade de pedir esponteneamente a sua exoneração”. Torquato assumiu o ministério após a saída de Fabiano Silveira, que foi gravado criticando a condução da Operação Lava Jato em conversa com o senador Renan Calheiros.

No vídeo, transmitido internamente pela TV CGU, Torquato também afirma que os trabalhos no ministério pressupõem que os servidores tenham “compatibilidade política, filosófica e ideológica” com o governo interino de Michel Temer. A fala do ministro foi recebida com receio pelos servidores, que são contrários à extinção da Controladoria-Geral da União. 

Para Rudinei Marques, presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), o novo ministro está intimidade os servidores, fazendo uma “ameaça expressa”. Os servidores voltaram a se manifestar, cercando o carro do ministro em sua chegada ao ministério na tarde de ontem (2). Assista o vídeo abaixo:

Enviado por Alf12

Do Congresso em Foco

Redação

47 Comentários

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  1. Aparelhamento petista

    Que os servidores tenham “compatibilidade política, filosófica e ideológica” com o governo interino de Michel Temer ou que tenham a “dignidade de pedir esponteneamente a sua exoneração”.

    Para quem acha que sabe o que é aparelhamento e acusava o PT de fazê-lo.

    1. Exato. Meu esporte agora é

      Exato. Meu esporte agora é ler, mesmo às custas de nauséas violentas, os comentários do Reginaldo Azevedo e outros da mesma laia. Não tem preço ver a ginástica lógica e verbal para analisarem essa conjuntura pós-PT. 

      Sem exagero: temos uma geração de jornalistas, cujo exemplo máximo é esse pedante citado, que sem o PT simplesmente não existiriam nem como ectoplasma. Camulflaram suas mediocridades e exporam suas infinitas estupidez em razão desse partido e de seus líderes. Mais coitados ainda são os que se deixaram levar pelos seus cantos de sereia. 

      Está aí um belo mote para um daqueles excelentes textos da tua lavra.

  2. Muito irônico !

    O mais irônico é que muitos servidores públicos são radicalmente contrários à Dilma, Lula e ao PT. Muitos tem saudades dos tempos de FHC ( não consigo entender o por quê). O novo governo, aos poucos, está mostrando para que veio. A liberdade e os ganhos (salariais, principalmente) que tiveram nos governos do PT, se bobear, serão apenas um capitulo na história ! Depois, não adianta reclamar !

  3. Eu acho é pouco!

    Na CGU o apoio ao golpe foi maciço! Então agora lidem com quem tanto desejaram!

    Na virada do governo FHC para o Lula não vi ninguém ser convidado a se retirar por questões ideológicas. Inclusive conheço pessoas que tinham cargos comissionados no governo FHC e continuam comissionados até hoje.

    E depois dizem que foi o PT quem aparelhou o Governo! Bando de inocentes úteis…

  4. ele não tem a mais leve noção

    ele não tem a mais leve noção do que seja um servidor público. Não é funcionário de governo, mas do Estado. Ele, como ministro – ainda mais de um governo usurpador – é temporário. As instituições ficam. A única coisa que pode fazer é entupir a CGU de cupinchas, temporários também

  5. Chico e Francisco

    “Temer tenham a “dignidade de pedir esponteneamente a sua exoneração”.”

    Então tá.

    No, cada dia mais próximo, retorno da PresidentA Dilma, que todos os nomeados pelo governo interino tenham a mesma dignidade.

    E, por favor, limpe as gavetas do seu lixo.

    Vão pela sombra! 

  6. Isso, peçam demissão. O

    Isso, peçam demissão. O “governo enterino” precisa de mais cabides para pendurar apadrinhados dos políticos que apoiam o golpe.

  7. min

    Mas que bando de truculentos esse  mimi foi buscar para sua “união nacional” !!!  Os caras não têm a mínima vergonha de se mostarem ratos – eles que  verberavam catilinárias contra o “aparelhamento”. Mimi da mama está escolhendo a dedo seus capangas.Alô JB !

  8. Aos poucos, aos pouquinhos ,

    Aos poucos, aos pouquinhos , vão emergindo fatos e situações nesse governo usurpador que mostram bem a que veio. Estão simplesmente remontando toda a estrutura do Estado. Convenhamos, isso é de uma pretensão incomensurável por se tratar de uma interinidade. 

    Mas tem um lado “bom” nisso: o constrangimento dos anti-petistas doentios, incluindo, claro, os incrustados na imprensa. Não demora muito,  é até possível que os menos desonestos reconheçam explicitamente que foram injustos para com o PT; que com todos os erros e defeitos eram, foram mil vezes melhor que seus adversários e que muitas das imputações a seus governos foram mais por ânimo político-ideológico. 

    Essa CGU, por exemplo, só passou a atuar de forma incisiva a partir de 2003 quando recebe essa denominação. Antes era uma decorativa Corregedoria e não um órgão efetivo de Controle. Os prefeitos que o digam. Não raro parlamentares subiam nas tribunas da Câmara da Câmara e do Senado para reverberarem reclamações de gestores públicos, em especial prefeitos do interior, contra essa Controladoria. 

  9. Estadão -O mau começo do ministro
    http://m.opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-mau-comeco-do-ministro,10000054968
    Opinião
    O mau começo do ministro
    O Estado de S. Paulo
    03/06/2016 | 03h00

    O mais recente ministro do governo de Michel Temer começou mal. Antes de sua posse na chefia do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Lorena Jardim, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez uma inadequada declaração sobre os acordos de leniência – na verdade, mais imprópria que as declarações sobre a Lava Jato que alijaram do governo Romero Jucá e Fabiano Silveira.
    “Leniência vai ser uma prioridade, porque, se a prioridade é retomar o crescimento econômico, gerar emprego e investimento, temos que ter um quadro legal que reabsorva legalmente as empresas com mercado de trabalho de negócio com o governo”, afirmou em entrevista ao Estado.

    Torquato Jardim repetia assim o mesmo diapasão da presidente afastada Dilma Rousseff, como se o objetivo do acordo de leniência fosse salvar empresas envolvidas em escândalos. Acordo de leniência é instrumento de investigação e de normalização do ambiente conspurcado pela corrupção, e não um meio para a impunidade. É um equívoco grave – incompatível com quem deve comandar o combate à corrupção na administração federal – o argumento de que os empregos gerados por uma empresa podem justificar uma menor punição de seus ilícitos. Ora, princípio básico de um Estado de Direito é que todos devem cumprir a lei. Sendo assim, também as empresas – e por elas não respondem apenas gerentes e executivos, mas também e principalmente diretores, conselheiros e acionistas – devem respeitar o ordenamento jurídico. A geração de empregos não pode ser pretexto para uma espécie de imunidade empresarial, como se fosse possível desrespeitar determinadas regras e sair impune simplesmente por ter uma ampla folha de pagamento.

    Foi esse o equívoco da Medida Provisória (MP) 703 – conhecida como a MP da impunidade –, com a qual Dilma tentou alterar regras dos acordos de leniência previstas na Lei Anticorrupção, facilitando enormemente a vida de empresas envolvidas em corrupção. Felizmente, a MP 703 perdeu sua vigência antes de o Congresso tê-la transformado em lei.

    É, pois, totalmente descabido trazer a mudança das regras dos acordos de leniência de volta à pauta, e ainda mais nos termos postos pelo novo ministro e como prioridade. Na entrevista ao Estado, Torquato Jardim deu a entender que o atual governo está disposto a afrouxar as regras. “Não me falaram se vai ser projeto de lei ou medida provisória”, disse.

    A declaração de Jardim a favor de um “quadro legal que reabsorva legalmente as empresas” – em outras palavras, a defesa do retorno impune aos negócios com o poder público de empresas envolvidas em ilícitos – é muito mais grave que os conselhos de seu antecessor Fabiano Silveira gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e que foram o motivo para sua saída da pasta.

    A sociedade exige um novo patamar de moralidade no trato com a coisa pública. Ainda que venha revestida de desculpas aparentemente bem-intencionadas – como o crescimento econômico ou a geração de empregos –, a impunidade não merece ter qualquer espaço na administração pública. E cabe ao governo federal dedicar seus melhores esforços no combate à corrupção, evitando zelosamente enviar qualquer mensagem em sentido contrário. A Lei Anticorrupção, não custa insistir, está em vigor e deve ser aplicada como todo o seu rigor.

    Já foi um erro a mudança de nome da antiga Controladoria-Geral da União (CGU) para Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. De caráter técnico, a denominação anterior é bastante difundida no mundo empresarial. Todos sabem o que uma controladoria faz e qual é sua posição hierárquica em relação às demais áreas da empresa.

    Além de ter gerado natural indisposição dos funcionários do órgão com o novo governo – cizânia absolutamente desnecessária no momento –, a mudança de nome provocou dúvidas sobre a relação do agora Ministério da Transparência com os outros órgãos do Executivo. O trabalho de controle exige uma ascendência institucional que, no momento, ficou turvada.

  10. Estão vendo? A CGU não mão de ministro perde independência.

    Nunca se ouviu falar que órgão de fiscalização e controle tem que seguir pensamento ideológico de político.

    Órgãos de fiscalização, auditoria, controle devem seguir procedimentos totalmente isentos e sem 

    subordinação com ministros, para que façam seu trabalho de forma independente, técnica e eficaz.

    Isso aí de imcompatibilidade, na verdade, órgãos de fiscalização e controle são incompatíveis com políticos

    e corrupção.

  11. Estão vendo? A CGU não mão de ministro perde independência.

    Nunca se ouviu falar que órgão de fiscalização e controle tem que seguir pensamento ideológico de político.

    Órgãos de fiscalização, auditoria, controle devem seguir procedimentos totalmente isentos e sem 

    subordinação com ministros, para que façam seu trabalho de forma independente, técnica e eficaz.

    Isso aí de imcompatibilidade, na verdade, órgãos de fiscalização e controle são incompatíveis com políticos

    e corrupção.

  12. Acho engraçado.
    Gente que

    Acho engraçado.

    Gente que ontem estava abismada com a data-base dos servidores concursados, com seu direito a uma revisão anual de salário sendo respeitado. Acusando a todos que estão congelados há uma década de marajás.

    Hoje viraram defensores das carreiras de estado, da objetividade do concurso público. Da não submissão das carreiras de estado ao governo. Defendendo que o governo não pode achacar o Estado.

    Não, não pode.

    Mas tomem vergonha na cara.

  13. Temer vc nao é concursado,

    Temer vc nao é concursado, mas também não tem voto portanto logo, faça-nos um favor e tenham a dignidade de pedir espontaneamente a sua exoneração.

  14. E se o Governo é incompatível com a Nação?
    Nassif, como o ministro fala em nome do Governo ou expressa a vontade do ministério, não custa pedir-lhe a recíproca: como apenas 2% do eleitorado votaria em Temer, segundo os institutos de pesquisa, temos 98% dos votantes com uma “incompatibilidade insuperável” com o governo Temer. Logo, por uma questão de coerência e vergonha na cara, não seria o caso de Michel “ter a dignidade de pedir espontâneamente a sua exoneração”???

  15. Eu tenho outra sugestão…

    AGU TEM O DEVER SER DE CUNHO JURÍDICO!

    Que os SERVIDORES AJAM DE ACORDO ESTRITAMENTE COM A JUSTIÇA!

    E DENUNCIE AQUELE QUE NÃO O FIZER!

    Essa lorota de que peça demissão quem não for com a cara ideológica do Temer, É INTIMIDATÓRIA E VEXATÓRIA PARA O QUEM O FEZ!

    Cria-se o ambiente para a PODRIDÃO, UM VALE-TUDO!

    QUE NINGUÉM PEÇA DEMISSÃO, MAS REAFIRMEM QUE SÃO FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E EXERCERÃO OS CARGOS DENTRO DOS MELHORES PRINCÍPIOS E PRÁTICAS QUE O CARGO DE CADA UM EXIGE!

    Não foi isso o exigido para que tomassem posse do cargo?

    Basta reafirmar isso em stricto sensu!

    E se ele propor alguma coisa FORA DA LEI, quem sai é ele…

    Os golpistas em breve passarão, a dignidade dos funcionários não pode ser perdida!

  16. Bem feito, CGU era antro de

    Bem feito, CGU era antro de coxinha.

    Nada melhor que um dia depois do outro.

    Não estão satisfeito com o governo que ajudaram colocar no poder, que peçam demissão coletiva, do menor ao maior.

  17. Mais legítimos

    Embora contendo muitos coxinhas golpistas, os servidores públicos, concursados, são muito mais LEG[ÍTIMOS  do que esses ministros oportunistas e golpistas, arregimentados para um trabalho sujo na interinidade desse traíra e golpista-mor, temer. Se tivesse dignidade e fosse mais honesto – o que pronunciamentos anteriores já mostraram não ser o caso – essa figura carimbada é que não deveria ter aceito o cargo.  

  18. Nassif,
    O título do post fala

    Nassif,

    O título do post fala em “demissão”, enquanto a transcrição da fala do ministro menciona “exoneração”. São institutos diferentes.

    O ministro se referiu aos servidores que ocupam funções de confiança. De fato, não faz sentido alguém que discorde da linha de atuação do órgão ficar em uma função de confiança. O servidor pede pra sair da função e permanece no cargo. Não é demitido.

    1. É tão curioso notar que ainda

      É tão curioso notar que ainda há quem defenda esses golpistas sob a alcunha de “governo interino”.

    2. Beleza. Aí só vai para aquela

      Beleza. Aí só vai para aquela função funcionário que apoia o governo do Temer. Já imaginou se o Jorge Hage faz um pronunciamento como esse quando comandava a CGU?

      Amigo, você fica aí se preocupando com a diferença entre demissão e exoneração, e fazendo o papel de bobalhão, só pra rimar. Cai na real.

    3. Firulinha verbal…

      Firulinha verbal, papinho furado pra defender golpista. Você sabe exatamente o que o ministro quis dizer, e qual a gravidade disso, independente das pomposas palavras (ou “institutos”) usadas…

  19. Imagina se fosse com a Dilma

    Mais uma para a série “Imagina se fosse no governo Dilma”.

    Imaginem o que aconteceria se um ministro dissesse que o servidor que não tivesse afinidade ideológica com o PT deveria se demitir?

  20. cara

    Será que esse elemento não tem um pingo de vargonha na cara  ? Não tem mesmo? Então está no lugar certo; na curriola do mimi. 

    1. Ele está jogando o jogo que encomendaram a ele

      Mas quem não tem uma gota de vergonha na cara são os servidores da CGU, que felizes publicavam em seus feicibúquis fotos de manifestação contra a Dilma com o indefectível “eu fui!!!”, e agora reclamam do governo que tanto desejaram.

      Nunca, jamais poderão dizer que não sabiam quem vinha assumir o poder, ou alegar ignorância do que estavam fazendo. E se acreditaram naquele papinho de “primeiro a Dilma, depois o resto”, então são otários mesmo. E chapéu de otário é marreta…

  21. Brincadeira, um interino de

    Brincadeira, um interino de passagem, falando besteira para funcionários de Carreira, concursado e com compromissos com o Estado Brasileiro…..Passou da hora deste desgoverno interino sair de cena.

  22. Apesar do momento trágico,

    Apesar do momento trágico, está lindo ver os coxinhas tomando na cabeça dia após dia.

    Os servidores do CGU apoiaram maciçamente o golpe, agora não sabem à quem chorar.

    Aliás, eis uma jabuticaba: Direitista, neo-liberal-capitalista, e concurseiro/concursado.

  23. Boatos de Brasília

    Boa Tarde, Luis Nassif, eu gostaria de ter 5 minutos de prosa offline como Sr. só para saber dos boatos que correram essa semana, sobre 6 mandados de prisões que foram redigidos pelo ministro Teori.  Eu gostaria de saber sobre esses boatos, e se eles tem algum fundo de verdade. Sabemos que o que chega ao grande público é filtrado por uma série de critérios, até mesmo legal. Mas eu realmente estou interessado no que fica retido nesse filtro, quero saber o que todos falam mas ninguém ousa publicar…. Então eu gostaria que o Sr. comentasse mesmo que brevemente esses boatos, e que deixasse nas entrelinhas informações sobre os bastidores do poder em Brasília.

  24. Sei lá. Pelo que li os

    Sei lá. Pelo que li os servidores da CGU que não estão contentes com Temer nunca apoiaram o impeachment. Não estou dizendo que na mesma não existam coxinhas e paneleiros, provavelmente a grande maioria, só que não são esses os que se opõem a Temer. E outra, são concursados. Algo que o golpista não é.

    1. Não senhor…

      Na CGU o apoio ao golpe foi maciço. 90% dos servidores odiavam Dilma, Lula e o PT. Falo porque conheço, trabalhei lá e vi as esmagadora maioria dos servidores ativíssimos no apoio ao impeachment. No dia da votação no Senado foram todos trabalhar de camisa da Seleção, símbolo da coxinhada. O único lugar da Administração Pública Federal onde houve apoio maior ao golpe do que na CGU foi na AGU.

  25. Ministro sugere demissão de servidores da CGU contrários a Temer
    Não acho isso correto quando vejo na mídia golpista e não acho aqui também! O título da matéria deveria informar q a exoneração sugerida seria d cargos d confiança.

    1. Caro Nonato,
      Os cargos de

      Caro Nonato,

      Os cargos de confiança da ex-CGU, com exceção do cargo de secretário executivo, todos, mas todos são peeenchidos por servidores de carreira sem nenhuma vinculação política, por isso esse espanto. Desde que a CGU foi criada em 2001 o processo de preenchimento desses cargos foi escolha técnica sem interferência partidária, daí a sua independência funcional e imparcialidade nas auditorias e fiscalização. Por isso ela é respeitada pelos trabalhos junto à PF e o MPF. Também no plano internacional.

      Muitos perguntam por que então não impediu o petrolão. Um, porque o acesso às estatais sempre foi uma barreira por falta de uma lei definindo esse acesso pela CGU. Segundo, porque o esquema era bem montado pelos diretores e que as auditorias rotineiras não eram capazes de determinar o alcance do esquema. Contudo, com o acúmulo de vários trabalhos em pareceria com a CGU e PF, o MPF teve condições de fazer a operação Lava jato, ainda mais com a remodelação da delação premiada pela Lei 12.850/2013 e cooperações internacionais. 

      Penso que esse ato do Ministro Torquato não foi desprosital ou destemperado de pessoa, mas sim devidamente pensado de maneira a desastabilizar os servidores e manter a rédia curta sobre o Ministério. Também a extinção da CGU desmonta todo o sistema de controle do poder executivo, dando maior liberdade de ação aos políticos, agora sem o incômodo da fiscalização do órgão. 

      A corrupção, infelizmente, sempre existirá e nenhum órgão será capaz de impedi-la, mas órgãos fortes institucionalmente e articulados tem condições de combatê-la.

      Sem dúvida esse fortalecimento dos órgãos de controle foi o principal fator de desistabilização do governo do PT, que o Temer está temendo. Os governos passam e continuaram passando, mas o Estado tem que continuar minimamente íntegro. Não podemos culpar o PT por sua forma “republicana” de fortalecer órgãos como MPF, PF e CGU. Sem dúvida a sua culpa foi deixar se envolver de forma “não republicana” com os demais partidos da sua base (era um imperativo devido a estrutura do sistema político). Ora, se tinha começado uma banda da reforma (fortalecimento do controle) deveria ter implementado a outra banda, sem abandonar o apoio dos movimentos sociais como fez, acomodando-se dentro do status quo (essa crítica o PT tem que fazer para se reconciliar com sua história). 

  26. O pessoal da ex-CGU está

    O pessoal da ex-CGU está pedindo apoio do MBL e do Delagnol, não sei como se escreve, e mandando dizer ao Temer que a única coisa que querem de volta é a CGU, não importa com qual governo.

    Entao, está tudo certo, coxinhas golpistas! Aguentem o tranco, obedeçam ao novo chefe e não reclamem, trabalhem ! Ironia

  27. #ficaCGU

    É desalentador ver colegas desse fórum, progressistas em suas idéias, regozijarem-se com o qualquer novo ataque sofrido pela CGU, alegando alguns que se trata de um órgão formado por “golpistas”.

    Se vão nos chamar de golpistas, por favor, pelo menos expliquem isso a Mainardi e sua trupe. Quem sabe asssim ele para de nos chamar de petistas.

    http://www.oantagonista.com/posts/petistas-em-estado-de-choque

    Pessoalmente, não me surpreendo em ver hipócritas do golpe fecharem os olhos para a extinção de um órgão de controle que combate a corrupção, mas observar progressistas que sempre cultivaram a construção de um país mais justo e um Estado moderno, capaz de implementar políticas sociais com eficiência e reduzir nossas imensas desigualdades, agirem dessa maneira, realmente é de dar um aperto no coração.

    Já disse isso em outra mensagem e faço questão de repetir. O mais irônico de tudo é que, se o radicalismo de direita vê como essencial a demolição de símbolos do Estado, principalmente os que possam de alguma forma ser ligados a um governo de esquerda, nossos progressistas preferem a mesma demolição, só que por um motivo ainda mais banal, a pura vingança.

    Peço aos colegas progressistas desse fórum que assistam à verdadeira aula de cidadania ministrada pelo inigualável Bemvindo Sequeira e não se deixem perder pelo sentimento de vingança contra alguns que nem de longe são maioria, pois o ódio não fica bem desse lado.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=BzSyNAmgb6w%5D

    Somos progressistas. Somos melhores do que isso.
     

    1. Não senhor!

      Ninguém aqui está feliz com o desmantelamento da CGU. Todos os progressistas daqui lutaram, e muito, pra impedir isso, lutando contra o golpe, apanhando de coxinha na rua por estar com a bandeira do PT, discutindo em tudo que é canto. E enquanto isso, os servidores da CGU maciçamente apoiavam o golpe, e eles sempre souberam quem estavam colocando no poder. Sempre souberam que essa turma do Temer vinha pra arrebentar com eles. Fizeram uma escolha consciente e estão agora reclamando?

      É disso que falamos: estamos nos regozijando com esse aprendizado que não veio pela consciência, quando tiveram oportunidade de fazer o contraponto à mídia golpista, quando puderam se informar melhor mas optaram pela empulhação da Veja, da Globo e do Estadão. Agora que aprendam pela dor! Pela formação e pelo trabalho, os servidores da CGU são os mais qualificados de todos os brasileiros pra saber que as pedaladas nunca existiram e que não havia razão para impeachment.

      Agora é tarde pra querer defender a CGU. A corja tomou o poder e não vai mais largá-lo. Deviam ter lutado antes, como nós. E tenho certeza que se houvessem eleições gerais HOJE, esses servidores da CGU que hoje bradam contra a extinção do órgão votariam convictos em FHC, Aécio, Gilmar Mendes, Bolsonaro, Joaquim Barbosa, Moro e outros artífices do golpe!

      1. #ficaCGU

        Caro Alan,
        compreendo sua insatisfação, mas me permita discordar.

        A CGU, como qualquer outro órgão público, possui servidores com ideologias diferentes, o que aliás é muito bom. O pior dos mundos seria a imposição de um pensamento único, qualquer que fosse este. A história nos ensina isso.

        Discordo frontalmente do que você entende por apoio maciço ao golpe e tenho clareza de que o seu cálculo é errado.
        Dilma nem de longe caiu por causa da CGU ou de seus servidores, assim como não se pode esperar de nenhum servidor público, a omissão para proteger o partido A ou B.

        O Governo da Presidenta Dilma infelizmente tratou-se de uma gestão muito ruim, que esqueceu promessas de campanha, adotou medidas neoliberais de carteirinha, afastou-se dos movimentos sociais, errou reiteradamente na manutenção de ministros fracos e, para não fugir do tema, também tentou desmontar a CGU na reforma de out/2015.

        Nada disso, contudo, é justificativa para afastá-la do poder.

        Assim, por uma questão de justiça e apego à democracia é que espero que ela retorne à Presidência da República, assim como espero que ainda exista uma CGU para fiscalizar e apoiar o governo na medida que lhe cabe. Porém, o problema real que enfrentamos é a inexistência, mesmo no âmbito da esquerda brasileira, de um consenso ou pelo menos um rascunho sobre o Estado que se quer.

        O pior de tudo é que a estruturação dos órgãos de controle ocorrida no Governo do Presidente Lula agora se encontra ameaçada, e essa ameaça não deriva apenas do governo plantonista, mas da própria militância de esquerda que enxerga nos órgãos públicos um inimigo.

        A liberdade concedida pelo Presidente Lula, transformou-se em excesso no vácuo de poder criado durante o Governo da Presidenta Dilma e agora a desconstrução da administração pública nos mais diversos setores pode causar um retrocesso de décadas.

        Existem exageros? Com certeza, mas a saída não é, e nunca foi, pela omissão dos órgãos públicos, mas sim, pela construção de um Estado equilibrado, sem desprezar o sistema de freios e contrapesos previstos na CF/88 e sem tolher os órgãos público com um inimaginável alinhamento político e ideológico de seus servidores.

        Finalmente, se alguém acha tanto que CGU contribuiu para a queda de Dilma, explique isso ao Aécio:

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=HDCOjV96iDo%5D

        E mais uma vez peço que reflitam, o ódio não fica bem desse lado.

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