Número de servidores com salários acima do teto mais que triplica em 10 anos

 
Jornal GGN – Ao menos 13,1 mil funcionários dos três poderes da União, Estados e municípios tiveram ganhos mensais acima do teto constitucional de R$ 33,7 mil em 2015. Há dez anos, este número era de 3,9 mil servidores, um aumento de 3,5 vezes.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, com dados da  Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, 54 servidores chegaram a ganha mais de R$ 100 mil por mês, em média, durante o ano passado. Um funcionário da saúde do Legislatvio do Pará teve o maior salário registrado na base, de R$ 118 mil ao mês.

Como a Rais registra somente funcionários na ativa e o levantamento leva em consideração só o teto do funcionalismo federal (municípios e Estados tem tetos menores), é provável  que o número de servidores recebendo mais que o teto é maior que o apontado.

Funcionários aposentados acabam recebendo a maioria dos maiores salários, já que acumularam gratificações ao longo da carreira.

Além disso, outros mecanismos que justificam supersalários não entram na Rais, como o auxílio-moradia, auxílio-saúde e outros tipos de benefícios recebidos por promotores e juízes.

Em decisão de 2008, o Supremo Tribunal Federal considerou que toda vantagem pessoal entrar dentro do limite constitucional. Depois, em 2014,  determinou que servidores que recebiam supersalários antes de 1988 deveriam ter o excedente cortado.

Entretanto, decisões de instâncias inferiores da Justiça acabam permitindo o recebimento de salários acima do teto permitido pela Constituição Federal.

Comissão

No começo deste mês, o presidente do Senado, Renan Calheiros instalou uma comissão que vai fará um levantamento sobre os salários acima do teto constitucional pagos nos três poderes da República. Kátia Abreu (PMDB-TO), relatoria da comissão, disse que também será analisado o  aumento automático de salários de acordo com o reajuste concedido ao Supremo Tribunal Federal, o chamado efeito cascata. 

O objetivo é elaborar uma proposta para dar fim aos chamados supersalários. “Estamos apenas regulamentando e tentando fazer valer a Constituição Federal, que impõe um teto de salário para o país”, afirmou a senadora. 

Redação

4 Comentários

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    1. Ironia

      Não tenho provas mas, tenho convicção de que a maiorias dos que recebem supersalários apoiaram o golpe contra uma presidente honesta que não recebe supersalário.

  1. E juízes fazem comício por essas mamatas.

    Como se não bastasse o absurdo de juízes e procuradores, além de funcionários dos legislativos, receberem um monte de penduricalhos e mamatas (como auxílio-moradia, mesmo possuindo casa própria e tendo residência na cidade em que trabalham; auxílo-creche, mesmo para filhos adultos, até 24 anos de idade; férias de 60 dias; adicional de produtividade se excederem metas pré-estabelecidas; abono pecuniário extra, quando não gozam férias e trabalham durante o príodo que seria de ferias – descanso- remunerado; gratificações e adicionais, quando juízes fazem revezamenteo entre varas, como é comum no TJ-RJ), esses funcionários públicos se consideram acima da Lei, como deuses e semideuses. Eles têm a audácia de convocar os colegas para um comício em frente ao STF, por ocasião do julgamento de um processo em que o senador Renan Calheiros é rú nessa côrte ‘suprema’.

    É bom lembrar que esses juízes que convocam para comício não estão interessados em combater a corrupção de que o senador é acusado, mas coagir e humilhar esse senador, que presidindo o congresso, pode apresentar Projeto de Lei que limite a farra dos super-salários, nos três poderes. Ou seja: esses juízes que convocam colegas para comício fazem DESCARADAMENTE aquilo de que acusam o senador Renan Calheiros: CORRUPÇÃO.

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