Quem nos garante um futuro melhor sem a presidente? Por Fernanda Torres

Folha de SP

FERNANDA TORRES

Fouché

Dilma está longe de ser Luís 16, mas seu isolamento lembra as desventuras que levaram o rei à guilhotina

Radicalismos recíprocos, mágoas políticas, pobres versus ricos, morte à burguesia, arrocho financeiro, convocações, marchas, seca, escândalos, delações, a coisa tá preta.

Em meio à intempérie, dois livros têm me servido de guia: as biografias de Napoleão Bonaparte, a de Alan Schom e a de Andrew Roberts.

Sou artista e burguesa, mas não defendo o impeachment.

Os franceses deceparam a cabeça de Luís 16, enfrentaram uma década de horror e acabaram nas mãos de um general que se autocoroou imperador. Quem nos garante um futuro melhor?

Dilma está longe de ser Luís 16, mas a insatisfação popular, o isolamento, a corrupção, o revertério climático e a ruína de sua base partidária guardam paralelo com as desventuras que levaram o rei à guilhotina.

Napoleão surgiu no vácuo da turbulência que se seguiu à queda da Bastilha. Cabeças rolaram em série, primeiro a do monarca, depois a dos nobres, dos ricos, dos católicos, dos moderados girondinos e, por fim, dos extremados jacobinos.

É curioso notar o quão rápido o “em nome do povo” se transforma no “em nome dos meus”. Povo é um termo genérico, palavra retórica, usada de maneira indiscriminada pelos que almejam (ou detêm) o poder.

A campanha eleitoral que levou Dilma à reeleição é, hoje, seu maior inimigo. O feijão voando do prato dos menos favorecidos, a garantia de que não elevaria os juros e nem deixaria o trabalhador pagar pelo desajuste econômico vêm, agora, cobrar o preço da propaganda.

Existe, de fato, um erro de comunicação por parte do governo, mas ele não está no abandono da militância nas redes, como afirma estudo recente, mas, sim, no fato da reeleição ter obrigado o Planalto a adiar ajustes que deveriam ter sido feitos ao longo dos últimos anos.

Hélio de La Peña diz que a elite branca de todas as cores e ricos de todas as classes sociais foram às ruas no dia 15.

A oposição estava lá, não há dúvida, e também uma direita saudosa da ditadura, cujo crescimento preocupa não apenas no Brasil.

Se Dilma não resistir, a quem estaremos entregues?

A Revolução Francesa tem coadjuvantes tão, ou mais, interessantes do que Luís 16, Danton, Robespierre e Napoleão.

Dentre todos os que sobreviveram às mudanças abruptas da virada do século 18, Tayllerand, Sieyès, destaco aquele que entrou para a história como o Judas da Revolução.

Joseph Fouché era um plebeu, filho de marinheiros e comerciantes bem-sucedidos.

Formado em física e matemática no seminário dos Oratorianos, esteve perto de se ordenar padre, mas preferiu o magistério. Teve alunos influentes e desenvolveu estreitos laços com Robespierre –homens que, mais tarde, o ajudariam na sua ascensão política.

Prometendo lutar pela liberdade e pela igualdade, ou morrer defendendo-as, Fouché se tornou um jacobino fervoroso.

Votou a favor da decapitação de Luís 16 e promoveu a execração pública da Igreja que o formou e da nobreza que ajudou a formar.

Transmutou-se num homem do povo, laico, defensor do terror salutar. Em missão no interior do país, ainda relutante quanto às benesses da Revolução, aterrorizou Lyon, ordenando a invasão de 1.600 residências e a execução de 1.905 cidadãos, na sua maioria nobres e cultos.

Quando os jacobinos se transformaram em ameaça para o Diretório, o camaleão assumiu o cargo de ministro da Polícia, censurou jornais, prendeu jornalistas e perseguiu os radicais que, um dia, foram seus aliados.

Em seguida, tramaria com o general Bonaparte, recém-chegado do Egito, o bem-sucedido golpe de estado do “18 Brumário”, que daria cabo do Diretório, colocando um ponto final na Revolução Francesa.

Napoleão se tornaria primeiro cônsul e, numa eleição forjada, imperador. O temido Fouché preservaria o cargo de ministro da Polícia, com poder suficiente para investigar todo e qualquer cidadão, a família Bonaparte incluída.

Numa discussão acalorada, Napoleão pergunta ao ministro que atitude tomaria, caso o império caísse em desgraça.

Calmo, Fouché responde que faria tudo para apagar seu histórico bonapartista, procurando servir àquele que alcançasse o poder.

“É assim que se faz política!”, conclui Napoleão, com um sorriso admirado.

Pedir a cabeça Dilma é fácil, difícil é se livrar dos Fouchés.

Redação

69 Comentários

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  1. Falou mais da Franca do que

    Falou mais da Franca do que do Brasil.

    Poderia ser mais clara, mas informou de que lado esta.

    Não quer o afastamento. Prefere que ela sangre.

     

     

  2. No sentido oposto

    Muito boa a localização do ambiente e da situação, mas a analogia dos personagens está invertida. Aqui no Brasil o que acontece é o movimento contrário. Luis 16 está é querendo voltar ao poder.

  3. Quais cabecas rolariam na sequencia?
    Depois dos petistas, o nosso (s) Fouche moderno (s) pediriam imediatamemte as cabecas dos incomodos tucanos. So que eles ainda nao enxergaram isto.

  4. Lucidez e coragem!

    Que mais falar desta jovem? encontriei nos comentários acima o termo brilhante. Não é um exercício de futurologia nem de regressão histórica, retrata nossa perda do bom senso e boa convivência nesta disputa fratricida que deveria ter findado em outubro passado. Quem tente incendiar o Brasil certamente sairá carbonizado

  5. Nosso Fouché esta prestes a

    Nosso Fouché esta prestes a ser investigado na LISTA DE FURNAS.

    O outro Fouché, o falso, está sendo denunciado pelo antigo Fouché: CAIADO X DEMOSTENES ou vice versa.

    O antigo Fouché esta propondo entregar até a MÃE,

    a Petrobras.

    O velho Fouché ainda tenta orientar seus descendentes, mas a coisa vai mal, todos eles parecem estar envolvidos em sérias denuncias, inclusive o Juiz Fouché, que esta sendo denunciado por guardar processos em final de jultamento na gaveta.

    É, vamos aguardar o final do governo Dilma e o novo governo Lula.

    Será que a gloebels e congenes ne aguentam até lá?

    Creio que não.

  6. Nosso Fouché esta prestes a

    Nosso Fouché esta prestes a ser investigado na LISTA DE FURNAS.

    O outro Fouché, o falso, está sendo denunciado pelo antigo Fouché: CAIADO X DEMOSTENES ou vice versa.

    O antigo Fouché esta propondo entregar até a MÃE,

    a Petrobras.

    O velho Fouché ainda tenta orientar seus descendentes, mas a coisa vai mal, todos eles parecem estar envolvidos em sérias denuncias, inclusive o Juiz Fouché, que esta sendo denunciado por guardar processos em final de jultamento na gaveta.

    É, vamos aguardar o final do governo Dilma e o novo governo Lula.

    Será que a gloebels e congenes ne aguentam até lá?

    Creio que não.

    1. Que as pessoas podem ter

      Que as pessoas podem ter posições políticas diferentes da gente, mas defendendo a legalidade, a racionalidade e a decência.

      1. Parabéns pela

        Parabéns pela lucidez.

        Infelizmente, vc é minoria dentre a militância, para quem defender esse governo se tornou profissão de fé.

  7. ou, quem sabe, nessa

    ou, quem sabe, nessa Revolução Brasileira, a Globo quer ver a cabeça de Dilma, Lula e petistas?

    Ao contrário do que a revolução francesa faria, né! Imaginem, em 1794, nós cortando a cabeça dos Marinhos. E indo além, cortando a cabeça dos apoiadores, alguns artistas burgueses. Lembrando que era aquela um revolução de ideias e povo proletário.

  8. Péssimo! Quer mostrar cultura

    Péssimo! Quer mostrar cultura para justificar sua posição conservadora psdbista – em cima do muro. Falou da revolução francesa o que encontrou em buscas no google, e posou de intelectual… Ai, ai! Criam mitos e eles, os mitos, tentam justificar sua existência.

     

  9.  
    … E ex integrante do

     

    … E ex integrante do Conselho de Administração da Petrobras do “Petrolão”, hein?!…

    A operação Zelotes “enxugando” a Lava Jato!

    Estão vendo, estropícios?

    A Verdade Liberta!

    Não há melhor desinfetante do que a luz do sol!

    Ah essa transparência dos governos trabalhistas dos últimos doze anos!

    ####################

    GERDAU PODE TER PAGO A MAIOR PROPINA DA ZELOTES

    Polícia Federal identificou pagamento de R$ 50 milhões para interferir no julgamento de uma multa tributária de R$ 4 bilhões; empresário Jorge Gerdau Johannpeter é um dos criadores do Movimento Brasil Competitivo e um dos ideólogos da tese de que o setor público deve importar do setor privado seus métodos de gestão; ele também é um dos financiadores do Instituto Millenium, criado em parceria com a Editora Abril para disseminar teses conservadoras e liberais na imprensa brasileira; em nota, a Gerdau afirma que contrata “escritórios externos” para assessorá-la em questões tributárias e que pagamentos estão condicionados ao êxito dos processos; também foram descobertos pagamentos feitos pela RBS, afiliada da Globo, pelo Santander e pela Mitsubishi

    3 DE ABRIL DE 2015 ÀS 07:46

    (…)

    FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/economia/175712/Gerdau-pode-ter-pago-a-maior-propina-da-Zelotes.htm

  10. O futuro que nos aguarda? Várias Operação Zelotes não reveladas

    Zelotes: corrupção na Receita era técnico-empresarial

    2 de abril de 2015 | 17:18 Autor: Fernando Britohttp://tijolaco.com.br/blog/?p=26053

    zelotes

    Daqui a pouco, os leitores que acompanham a Operação Zelotes, sobre corrupção nos Conselhos Administrativos de Recursos Fiscais vão topar com uma expressão usada para alguns ex-auditores da Receita que usavam de seu conhecimento técnico para fraudar ou facilitar a fraude no pagamento de impostos por grandes empresas.

    Era prática, na Receita, fiscais licenciarem-se para prestar consultoria a escritórios de advocacia que as representavam no julgamento de autos de infração  lavrados por seus próprios colegas.

    O termo nasceu em 2003, quedo Paulo Baltazar Carneiro e Sandro Martins Silva, dois auditores fiscais, montaram a Martins Carneiro Consultoria Empresarial. Um se licenciava, depois o outro e, assim, vendiam facilidades aos empresários no julgamento de seus processos fiscais. Depois de anos de investigações e processo administrativo, foram demitidos em 2008 e, finalmente, condenados em agosto do ano passado, pela 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.

    Situação semelhante é a do ex-fiscal Paulo Roberto Cortez, apanhado na gravação que O Estado de S. Paulo divulga hoje. Cortez aposentou-se em 2009.  E foi, então, indicado como representante da Confederação Nacional do Comércio como representante da entidade no Conselho.formando com o auditor Nelson Malmann, recentemente aposentado e que integrou a formação de conselhos de 1994 a 2013, a Cortez & Mallmann Consultoria Tributária,

    Viu-se, agora, para que.

    Para os que gostam de generalizar, mesmo em meio a uma corporação “linha-dura” como a Receita, fica a prova de que a corrupção está longe de ser um “privilégio” dos políticos. Nem sempre os há nos casos escabrosos.

    Mas empresário, ah, isso não falta.

     

  11. Procuram-se Candidatos a Fouché?

    O “Magistério” já teve os seus dias de prestígio.

    Hoje, uma Carreira no Judiciário preencheria tal lacuna.

    Não faltam candidatos a “Jacobinos fervorosos”.

    A estes não faltam nem a “execração” ao Direito (“que os formaram”).

    O Direito à Presunção de Inocência pode ser relativizado, afinal o Terror pode ser “salutar”.

    E, para os Brazucas, incautos e não familiarizados com a Semântica Germânica, sempre existirá uma “Teoria do Domínio do Fato” a legitimar a punição de quem foi delatado, mesmo sem provas.

    Uma combinação perfeita de instrumentos à disposição dos novos Jacobinos.

    Afinal, é “assim que (sempre) se faz Política”.

    Pena que os Analfabetos Políticos estejam mais para Maitês do que para Fernandas…

     

  12. Discordo minha cara. Dilma
    Discordo minha cara. Dilma não tem a falha de caráter de Luís XVI, tampouco tem uma esposa tresloucada e infiel como Maria Antonieta. Além disto, os inimigos de Dilma são os aristocratas e não os “sans culotes”. Dilma está segura no poder, pois no Brasil não há fome e ninguém dirá ao povo para comer bolo quando falta pão. Você é uma boa atriz muito popular, como intelectual burguesa deixa a desejar. Se quer comparar algum presidente brasileiro a um rei francês, poderia ter comparado FHC a Luís XIV. Como seu duplo histórico o habitante da Avenida Foch adora brilhar e se comporta como tivesse direito divino ao poder. Acorde, menina… Quem sonha com a queda de Dilma está querendo ver uma guerra civil entrar pela porta da frente de sua casa. É ninguém precisa disto, preciosa. Os canalhas são muitos, mas eles também são covardes.

    1. Ela não  comparou a

      Ela não  comparou a personalidade de Diloma à de Luis XVI, mas determinadas circunstãncias presentes em ambos os governos.

       

      “Dilma está longe de ser Luís 16, mas a insatisfação popular, o isolamento, a corrupção, o revertério climático e a ruína de sua base partidária guardam paralelo com as desventuras que levaram o rei à guilhotina.”

      Fernanda não está mentindo.

      Ela só errou  a atribuir a corrupção apenas ao governo de Dilma, sem considerar  que ela existe no Brasil  desde os primórdios da república  Impressionante como foi extremamente  bem sucedida a estratégia da mídia de “colar” a corrupção no PT.  De tal modo que até a parcela  mais esclarecida da opinião pública cai no conto do vigário.

      É neste governo que a corrupção está sendo investigada para valer. Mas o povo não sabe disso. Pensam que Dilma tem culpa no cartório porque “deveria saber” .

      O governo Dilma com sua incompetência brutal no campo da comunicação, não ajuda a desfazer esse mito
       

  13.  
    A operação da zelite não

     

    A operação da zelite não vale nota

    Por jornalista Renato Rovai

    abril 2, 2015 16:02

    Ninguém sabe o que é a Operação Zelotes.
    Ontem à noite perguntei numa turma de Jornalismo com 50 estudantes quem sabia algo do novo escândalo. Só 3 levantaram a mão.
    A culpa não é dos alunos, mas do silêncio obsequioso da mídia que não quer entregar os verdadeiros corruptos da nação.
    A OPERAÇÃO ZELOTES (assim, em caixa alta mesmo, editor) é o maior escândalo de todos os tempos e ainda mal começou a ser apurada.
    Ela pega quase todo o sistema financeiro, grandes empresas e grupos de mídia, como a RBS.

    (…)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2015/04/02/operacao-da-zelite-nao-vale-nota/

  14. “Se Dilma não resistir, a

    “Se Dilma não resistir, a quem estaremos entregues?”

    Fernanda, interroguei minha consciência, enquanto manifestação de ser, e depararei, de um lado, com o capitalismo, forma irregular de apropriação da riqueza, e, de outro lado, com a negação do ser vivente pelo próprio Estado.

    De modo mais profundo, tudo que somos e temos são determinados por influências exteriores do dinheiro que aparece sempre de muitas partes, com o plano elevado para postular a sociedade à beira do abismo. 

    Mas acerca do ser, para o nosso intelecto representado pela alma, há uma grandeza filosófica que me oferece a localização de unidade ideal do valor humano; porque tem em si a existência exterior da dimensão real, decerto imanente ao trabalho sobre o papel verdadeiramente fundamental da razão, em relação a significação do homem e a natureza no dinheiro. 

    O homem e a natureza podem possuir juntos unidade interna/externa da riqueza, essencialmente, sobre a característica de regularidade e simetria, onde haverá resultados da ligação de sentidos entre ambos. 

    Sem dúvida, porém, é num grau de repouso mediante um novo espaço exterior do Estado, que a simetria se mantém na unilateralidade abstrata da produção – com o produto exterior à riqueza (flutuante) – que precisamos reproduzir a articulação de reservas do dinheiro (riqueza e trabalho).

    Passo essa informação, constantemente solicitada, para constituir o tempo deslocado para projeção do crescimento das atividades pesquisadas pelo capitalismo, posto que no mover do dinheiro e da realidade que a situação se inverte em ser ou não ser – ao se deslocar dos indivíduos, focalizados nas distinções de diferenças que alcançam uma projeção da dimensão real, como uma propriedade total, em meio da sociedade.

    A incompetência dos economistas, até mesmo para aceitar a responsabilidade da própria ignorância na situação de crise que atinge o país, encobre as manobras criminosas que eles inventam para orientar o pacote do ajuste fiscal mensurável e exterior por um nexo absurdo: o peso obrigatório do investimento externo, taxa de juros e emissão de títulos públicos – quando da mobilização da produção, a partilha e poder da moeda que não trás nenhum valor, nos tira da história, e os especuladores ganham tudo de graça; como se a ciência da economia fosse um sorteio da loteria.  .

    Sendo assim, o capitalismo, é uma planta especulativa dos ramos da grandeza pelos preços de localização de valor externo, negando a afirmação da objetividade na exterioridade. O que aconteceu com o ser? Deu seu espaço interno de multiplicação das atividades, mas segundo o conceito de coisa ininteligível – de dinheiro sobre o dinheiro – onde o futuro se manifesta na irregularidade da assimetria econômica por duas partes iguais: EUA e banqueiros.

  15. Olhando por esse prisma…

    Olhando por esse prisma…

    Qualquer hipótese de rima entre Fouché (lê-se “fuchê”) e Pmdb, deve ser mera coincidência… ou não?

      1. Sim, mas não haveria a

        Sim, mas não haveria a coincidência de fazer parte da base do poder, e do poder, em todos os governos pós-revolução no Brasil; Fouché era isso: um camaleão político.

  16. Uma coisa não é outra coisa

    Respeito a opinião  dela, assim com respeito dos demais debatedores.

    Mas, não deu pra formar opinião não viu, cara atriz debatedora.

    Aqui na terrinha estamos falando de 400 anos de escravidão( no mínimo).

    Aqui é outra coisa. 

    Quando foi nosso “feudalismo” mesmo?

    Ora, ora, Brasil é Brasil. França é França. 

    Dilma é Dilma, os outros são os outros, e por ai vai.

     

    Saudações

  17. Saluti di Sardegna, bella!

    Bela Nanda fizestes jus aos teus genes vindos da belíssima Sardenha, terra de brava gente simples e honrada.

    Lamento apenas o calvário que você trilhará, certamente, em seu meio, por sua coragem e lucidez a despontar num ambiente tão miseravelmente reacionário em que você trabalha, no caso, a globo.

    Te desejo muita força e coragem e uma boa pattada sempre com você para cortar fundo, no sentido figurado, as mentiras e calúnias que contra tí serão assacadas de pronto por teres ousado ir contra a corrente, pensando.

    Buon auguri, bella!

     

    Nota: pattada é uma pequena faca, feita à mão, muito afiada, de aço duro, com cabo de chifre, tradicional da Sardenha, It.

  18. E quem nos garante que sequer haverá futuro com Dilma?

    Opinião política é algo meio míope. Os que estão com barriga cheia, emprego garantido e talvez com estabilidade, sempre são a favor dos Governos, mesmo que a maioria esteja sofrendo.

    Verdade seja dita, Dilma ainda não alcançou o status de FHC, com seus lendários 15% de desemprego. Mas se continuar como anda a carruagem, está caminhando para lá. Garanto que se preguntarem aos que foram demitidos por conta da operação lava jato, direta ou indiretamente, nenhum deles aplaudirá Dilma, e com razão.

    Mas para os que ainda tem emprego, talvez estes desempregados simplesmente não existem, ou são tucanos disfarçados, reacionários. Mais respeito e solidariedade por favor. A próxima cabeça pode muito bem ser nossa, por mais incrível que pareça. Desemprego aumentando é coisa muito séria, não é “frescura”.

    Agora a reflexão, quando o sofrimento chega a um certo ponto num povo, como acontecia no Regime Francês pré Revolução, o povo não se pergunta sobre o futuro, o povo não hesita. Chega um ponto que qualquer futuro acaba fazendo mais sentido do que um presente insuportável.

    Espero que Dilma não espere chegar a este ponto para fazer alguma coisa, e decidir Governar de verdade.

  19. Generosa

    Uma bela redução da Revolução Francesa, a da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, aos Fouchés da vida, como se no Brasil não fossem suficientes Renans, Gilmares, Cunhas e Aécios, e dela, a Revolução (essa que se escreve com maiúscula), nada tivesse restado de positivo.

    Vai ver que os franceses lhe dão tanto valor e a comemoram como o dia da pátria, 14 de julho, por puro masoquismo.

    Ou que esteja nos livros da História Universal citada como mau exemplo a ser evitado mesmo sob um regime opressivo, ditatorial e excludente.

    E reparem, o traidor, o que não presta, o sem caráter é sempre de origem humilde, pobre, nunca nobre, coisa na moda em livros e filmes de autores anglo-saxões, que a autora atribui veracidade documental, inclusive ao inacreditável diálogo com Napoleão.

    Comparar Dilma e o PT a corte francesa do século XVIII e a Luís 16, em qualquer nivel ou extrato, é demais, os sinais foram obviamente trocados, mais por menos, mesmo sendo essa esquerda no poder uma esquerda medrosa, meia boca, os agressores sociais, os que pregam a exclusão, a diferença, a submissão a interesses externos, uma sociedade hierarquizada no poder econômico, são obviamente outros, provavelmente muitos dos quais tiveram seus representantes sufragados pela autora  e seus admiradores.

    Nem é comparável no alegado isolamento, a presidente tem um partido, e outros que a apoiam, e um detalhe, venceu recentemente a eleição majoritária, e vai, queiram ou não a autora, a imprensa oligopolizada, os partidos de oposição e os golpistas, governar até 1º de janeiro de 2018.

    Se a fizerem “sangrar” até essa data, o Brasil e sua economia estarão também sangrando, será pior para todos, sei que isso não importa a essa gente, afinal na realidade eles é que são a corte de Luis XVI, só se preocupam com manter e ampliar seus privilégios.

    A autora confundiu tudo, sem querer ou propositalmente, para demonstrar sua culta “bondade democrática” e condescendência de burguesa assumida em permitir ou tolerar que um governante eleito por maioria absoluta no segundo turno governe pelo período que lhe foi destinado no pleito, quase como se isso fosse um favor, não uma obrigação.

    Como é generosa a Fernandinha!

     

      1. burguês é um (mau) estado de espírito

        No texto ela é que escreveu: “sou artista e burguesa”.

        E parece estar fazendo um favor de não desejar quebrar o processo democrático , e pior, isso apenas porque acha que não tem ou não dá para colocar alguém  “melhor”  no poder, no momento, afinal com quem ficariamos?  

        Senão. …

        Um golpismo enrustido, disfarçado de democrata.

        Eu não aceito nem assumo valores burgueses, ou seja não aceito nem concordo com privilégios, de qualquer forma advindos do poder econômico, seja familiar, de herança, de classe, etc., por exemplo, sou entre outras coisas, pela absoluta e total igualdade de oportunidades entre meu próprio filho, o filho de um miserável ou o filho de um bilionário, deu para entender?

        Não  confunda desejar um mundo justo e farto para todos, abominar instituições burguesas como status e exclusividades, com deixar de aproveitar as boas coisas da vida, ao contrário, eu quero isso para todos, só assim o planeta seria melhor.

        Um abraço 

  20. Esse desastre tem que durar até o último segundo

    Só um oposicionista idota neste momento pode ser a favor da saída dessa tragédia político-administrativa chamada Dilma Roussef. Ela tem que ficar até o último minuto. Ela representa tudo o que há de errado em termos de política econômica que foi aplicado no Brasil desde 2008 até o final de 2014. Além de ser uma péssima líder política.

    A propaganda dela, mentirosa, hipócrita, de má-fé, iludindo os mais humildes e vulgarizando uma discussão interessante sobre a autonomia do Bacen, apenas para nomear um ex-diretor do Bradesco como chefe da economia semanas depois, foi o ápice da demonstração de que esse pessoal é tão mau intencionado quanto os “tucanos, coxinhas, elita branca, 3º turno”. Rótulo estúpido e mentiroso que eles adoram dar a qualquer um que ouse discordar da calamidade em que se encontra o Brasil.

    O Sr. Lula em 2018 vai ter que se pronunciar sobre a autonomia do Bacen. Vamos ver se dessa vez ele tem opinião sobre banqueiro dirigindo o mercado financeiro, ou então vai tentar enganar os trouxas de sempre com a velha máxima “eu não sabia”. Ele também é fiador da política do Levy.

  21. “Eu tenho Medo”

    O clássico “Eu tenho medo”  em uma nova versão. Imagine-se o mundo atual se o medo do futuro tivesse vencido os revolucionários e a revolução francesa, e suas consequências no curto prazo, não tivesse acontecido.

    Fernanda Torres escrevendo é tão boa quanto Dilma Roussef governando. Ambas conseguem enxergar uns dois palmos a frente do nariz.

    1. Vc entao, que sabe tudo, bem

      Vc entao, que sabe tudo, bem que poderia nos iluminar com sua sabedoria infinita e descrever, em detalhes, o tipo de paraiso que se tornaria o Brasil, caso golpistas que gozam de seu apoio, tivessem sucesso em depor a presidente democraticamente eleita. 

      Vamos! Estamos esperando!

      1. O paraíso não existe

        Nem o inferno.  Deixemos o sebastianismo, um dos mals do lulpetismo, de lado.

        O que há são ambientes sustentáveis e insustentáveis politicamente.

        O que há são governos sem credibilidade que levam ao imobilismo e à crise.

        Situações onde não é possível avançar.

        Essas são pior que qualquer outro cenário.

        1. Ah ah ah ah!
          Vc nao

          Ah ah ah ah!

          Vc nao desaponta!

          Mais improperios enquanto nao responde nada. Tambem, nao tem o que responder, nao tem ideias, propostas, ou qualquer projeto, como todos os que vociferam contra esse governo.

          A vc e sua turma um aviso / conselho. So chegarao ao poder via golpe de estado (vcs sabem disso). Pelo voto, ficarao cada vez menores, ate desaparecerem.

  22. “Em seguida, tramaria com o

    “Em seguida, tramaria com o general Bonaparte, recém-chegado do Egito, o bem-sucedido golpe de estado do “18 Brumário”, que daria cabo …”

    Fernanda Torres sobra nessa turma de neo-militantes da classe artísitca atual. Mormente, aqueles e aquelas que ficam twitando  e postando vídeos em que exibem caras e bocas de infezadinhos fakes. Fernanda II(se diz burguesa, mas é parte da aristocracia artística brasileira) além de talentosa é inteligente.

    Torres cita o periodo do terror da revolução francesa como exemplo de como as revoluções costumam se voltar contra alguns de seus apoiadores. Na nossa história temos o caso de Carlos Lacerda que conspirou o tempo todo para a derrubada de todos os governos democráticos que viu pela frente. Era a maneira do “Corvo” de chicanear a vontade do povo que era sempre contrária a seus interesses políticos eleitorais. Porém, quando pensou que tinha conseguido seu objetivo foi devidamente “guilhotinado” por seus aliados golpistas. Morreu no ostracismo político.

    Fernanda Torres quando usa a História para a compreensão do presente, dá um exemplo importante para as novas gerações. O desconhecimento da indispensável disciplina pode levar a equívocos como advertiu Marx. Este em seu livro sobre o golpe de Napoleão, citando Hegel, disse que a História se repete duas vezes: a primeira como tragédia, a segunda como farsa.

     

     

    1. “touche”. Em que pese eu e a

      “touche”. Em que pese eu e a F II, poderíamos é assistir  ‘a insusterntável leveza so ser” e ler outros do kundera, depois deste artigo e fingir temos contribuído à estabilidade das instituições; a sua leitura é precisa!

  23. Brasil dividido?
    Gostei da forma como Fernanda Torres se colocou. Casou bem com algo que venho pensando. O Brasil não está dividido entre Sul desenvolvido vs Nordeste feudal ou menos ainda entre Pobres vs Ricos (embora os ricos, ou aquilo que entendemos de maneira simplória por elite econômica esteja em sua maioria de um lado). A divisão que ocorre é entre legalistas-democráticos vs golpistas. Mas isso é ainda pior. Pior porque os golpistas não estão somente naquilo que o senso comum entende como direita. A maior parte da direita está assanhada esperando por um golpe. Porém, é óbvio que existe na direita alguns legalistas-democráticos. Também é importante dizer que o golpismo perpassa por todas as classes sociais. Já naquilo que o senso comum entende por esquerda, me parece, prevalece os legalistas-democráticos. Contudo, uma parcela considerável de petistas acéfalos, donos de uma vontade bovina e adeptos fervorosos da amoralidade, não teria nenhum pudor em apoiar um golpe de Estado caso esse partisse do PT. Portanto, infelizmente, os legalistas-democráticos são, no conjunto da sociedade, uma pequena parcela de sensatos lutando contra a turba

  24. Talvez a Fernandinha não

    Talvez a Fernandinha não tenha percebido, mas cabeças já rolam todos os dias. Se tiver uma estrelinha do PT na testa, corre o risco de rolar e voltar prá guilhotina mais de uma vez. E se além da estrelinha, ainda se chamar Lula ou J. Dirceu, terá guilhotinagem garantida até a quinta geração. A imprensa tomou para si a guilhotina, e carrascos não faltam, como ficou bem demonstrado no último dia 15, “Fouchés” temos em profusão, tanto no legislativo quanto no judiciário. Diariamente observamos nossos “Fouchés” sorrindo para as câmeras enquanto lustram as lâminas, como é bem do agrado da imprensa. Por enquanto, nessa fiita, os que não têm acesso aos brioches, são meros figurantes com pouca ou nenhuma participação e mínimas chances de concorrer ao “Oscar”.

  25. Existe vida inteligente no

    Existe vida inteligente no mundo das celebridades. Vamos ser menos intolerantes. A Fernandinha não é um José de Abreu, mas também não é nenhuma Maitê. Não vejo, pelo menos nunca li, ela endossar a hipocrisia moralista dos coxinhas globais. Muito pelo contrário.

    Também não se deduz desse artigo que ela seja anti-petista e que propõe que se deixe a Dilma sangrar, ínves do impeachmant. O que ela faz é constatar que a presidenta está isolada, perde autoridade e credibilidade e é ruim para um país ser governado por alguém nessa condição. Mas imediatamente rechaça a solução de tirá-la “constitucionalmente”.

    A comparação que faz com a revolução francesa não é para ser levada ao pé da letra. Ela demonstra com um exemplo icônico quais as consequências quando o radicalismo irracional toma conta de uma sociedade inteira.

    Foi muito feliz ao apontar que “os Fouchés” é que tomariam conta de fato, enquanto os “salvadores da pátria” exibiriam a cabeça da Dilma em praça pública, num espetáculo para deleite dos paneleiros. Passado algum tempo, desligam-se os holofotes. Ela também sabe que a verdadeira Bastilha no Brasil é a Rede Globo. O populacho invadir o Projac ou onde o Bonner grava o JN é muito mais “revolução francesa” do que invadir o Planalto. Mas isso ela não fala de jeito nenhum. Apenas dá umas alfinetadas de leve no Helio de la Pena, o exemplo vivo da tese do Kamel, ‘Nós não somos racistas”.

    Falando nisso, é verdade que havia crioulo no dia 15. Mas só os de olhos verdes

  26. No contexto……

    Uma atriz muito talentosa “emprestando” o seu prestígio para “vender” a ídeia de que a Vale ainda é uma empresa genuinamente brasileira, está no contexto, não?

  27. Pode parecer estranho, mas o

    Pode parecer estranho, mas o Taoismo* tem algo assim: “A ação pela não-ação”, às vezes qualquer reação a uma ação equivocada provoca equívocos maiores, que assim como a ação equivocada, produz marcas difíceis de serem corrigidas, uma reação que causa ressentimentos!

    Cristo, Gandhi não reagiram aos seus agressores!

    Um foi morto(?) e o outro concluiu seu objetivo!

    E vemos uma crescente evolução de nossa sociedade, com maior visão legalista e uma degradação feita pelos próprios opositores que NÃO CONSEGUEM esconder suas mazelas, Luta pela ética vis-a-vis Operação Zelotes onde patrocinadores dos paneleiros SÃO PEGOS CORROMPENDO onde a toda ética Mídia, além de participar da corrupção é IMPLACÁVEL com a corrução dos outros!

    O tempo dirá!

     

    * Sobre Não-ação

    http://sociedadetaoista.com.br/blog/sociedade-taoista/jornal-tao-do-taoismo/nao-acao-wu-wei/

  28. Aulas de história

    Conforme escreve a “burguesa” (seria a definição culta pra “coxinha”?) Fernanda, a Revolução Francesa foi só cabeças rolando e ódio jacobino. Na Europa pensam diferente. Mas, paciência…  O artigo da madame é bastante confuso, quer dizer algo, a moça não quer se comprometer. Tem medo de ficar desempregada? Ou de magoar o Farol de Higienópolis?

    Francamente, não entendi muito, sobretudo não entendi quem seria o Fouché tupiniquim. Alguém pergunta?

  29. “lado de lá”?
    Segue a

    “lado de lá”?

    Segue a militância dividindo o mundo entre “bons” e “maus”, “nós” e “eles”…

    Se o sujeito não diz amém ao governo, é “lado de lá”, está automaticamente no mesmo balaio dos Constantinos, das viúvas da ditadura etc…. A militância quer para si o monopólio da virtude, do conhecimento, da cultura, não admite que há muitas pessoas com esses atributos e que se reservam o direito de criticar o governo Dilma.

    1. Não se trata de dizer amém.

      Fernanda Torres, a quem admiro como atriz,  tem posições políticas conservadoras e  apoiou Aécio Neves. 

      O que não faz dela um ser humano pior,  mas justifica plenamente a expressão “do lado de lá”.

      O que eu não entendo é essa sua obssessão em atacar aqueles que você chama de militância por qualquer coisa. Quem está sendo maniqueísta mesmo?

  30. Zona de conforto

    Legal Fernandinha, muito bonita sua camisa.

    Da próxima vez diga isso antes da panela de pressão ferver.

    Saia da da zona de conforto.

    Apesar disso meus parabéns.

  31. A questão central do bom

    A questão central do bom artigo de Fernanda Torres reside no fato de que processos de ruptura institucional são, por excelência, imprevisíveis e incontroláveis.

    Ora, se temos todo um arcabouço jurídico que regula o funcionamento das instituições democráticas, a partir do momento em que se rompe tal ordenamento, nada pode garantir o que virá em seguida.

    Não precisamos sequer voltar muito no tempo ou cruzar o atlântico para ilustrar tal assertiva. Lembremos que em 1964 boa parte da classe política apoiava, de forma mais ou menos ostensiva, o golpe militar. Inclusos nesse grupo Lacerda e até mesmo Juscelino. Ambos tinham interesse nas eleições presidenciais de 1965, e a expectativa era que os militares removessem Jango e convocassem novo pleito. Hoje é amplamente sabido que, em 1964, os milicos não imaginavam implementar uma ditadura de 21 anos. Mas, como dito, uma vez rompida a ordem institucional, sabe Deus o que virá em seguida…

    1. Não se muda a história

      Mas suponhamos  então que Jango tivesse saído “institucionalmente” do poder, como teriam sido os 21 anos seguintes ?

      Vargas foi um ditador e portanto conhecedor profundo das consequência das quebras institucionais. Nem ele mesmo tinha a intenção de ficar 15 anos no poder como ficou. Teve a sua disposição a renúncia, mas preferiu o suicídio, e com isso conseguiu abortar as tentativas de quebra institucional já em 53.

  32. A atriz Fernanda Torres que

    A atriz Fernanda Torres que apoiou a candidatura de Aécio Neves faz uma leitura equivocada 

    do Brasil e mostra que  estudou bem superficialmente a história da França. A corrupção  não é uma novidade surgida no governo do PT, como parece acreditar a atriz tucana. Em distintos períodos da história do nosso país, a corrupção existiu. A atriz não poderia errar tão feio, afinal protagonizou o filme O que é isso companheiro? que trata do período militar, um dos mais corruptos períodos de nossa história.  Dilma permite que as investigações de corrupção ocorram e é neste governo que  o nome dos corruptores começam a aparecer, mas isso ela ignora solenemente.  Como também ignora a luta de classes inerente ao sistema capitalista e simplificada ao extremo da sua ignorância atribuindo  a Dilma os empates entre pobres x ricos.   O que a atriz que fugiu das aulas sobre os san culotes ignora é  que os inimigos de Dilma são as elites e as classes médias abastadas, o que numa aproximação grosseira pode ser identificado com a aristocracia dos tempos de  Luis XVI, aristocracia que apoiava o rei.  

    Dilma foi eleita por 54 milhões de eleitores que reconheceram suas qualidades como governante, pois constataram que não existe mais um enorme número de pessoas na miséria e passando fome. Graças as políticas adotadas por Dilma, hoje o Brasil não figura mais no vergonhoso mapa da fome. O “revertério” climático atinge São Paulo, governado por Geraldo Alckmin do PSDB. Meses de seca e falta de investimentos do governo tucano levaram a maior crise de abastecimento de água no estado de São Paulo das últimas décadas.  Ainda que o país passe por um momento de seca, podemos ligar nossos aparelhos, não há crise no abastecimento de energia elétrica. Já para milhares de paulistas a única coisa que sai da torneira é ar e a Sabesp cobra mais caro pelo serviço.   Saímos as ruas no dia 13 de março de 2015, sim, as esquerdas que apoiam Dilma também estiveram nas ruas. Mas, a atriz tucana que escreve para a Folha e trabalha na Globo não considerou na sua análise tendenciosa esse fato.

  33. Deixa a Democracia Trabalhar!

    Realmente, uma vez ocorra o impeachment – cada vez mais distante – o país entraria num curto-circuito. Imprevisível. Afinal, a elite polítca desse país é entreguista ou covarde. Um caledoscópio de crises! Terreno perfeito para aventureiros loucos!

    To com você, Fernanda: Deixa a Democracia Trabalhar!

     

  34. Eu conferi o horário e

    Eu conferi o horário e realmente superflexo colocou ests post antes de mim.Então ele merece crédito.

       Eu coloquei no fora de pauta e ele nas duas alternativas restantes.

            Deixando de lado minúcias neuróticas( EU MESMO!!!!) que baita artigo hein:

                 Parabéns pra sensibilidade do blogueiro que destacou e pra F T que escreveu.

  35. que beleza, gostei…

    sem alguém que saiba governar melhor, realmente ninguém pode nos garantir um futuro melhor

    mas, na falta, além da revolução ou insatisfação serem permanentes, precisam ser também inteligentes ou exatamente como a Fernanda mostrou

    é um redescobrir com base no que temos hoje e não no que tivemos no passado ou que poderemos ter amanhã

    Com foco somente na corrupção, nunca tivemos uma situação tão boa, com total liberdade para investigação, o que vejo como a garantia de um futuro melhor, independente dela ser de agora ou do passado.

    1. depende de onde se olha…

      além disso de como e para onde

      com uso desse prisma pode ser em qualquer em qualquer tempo e direção

      e se for na direção que se quer,  não há que usar este prisma, mas sim uma foto momento

      tire foto; não altere nada, incluindo situações, condições gerais desfavoráveis, marcação cerrada da imprensa…

      quem?

  36. É triste ver uma classe

    É triste ver uma classe importante conhecer mais a história francesa que a brasileira.

    Talvez daqui a uns 200 anos, reencarnada, leia a história do Brasil de hoje e entenda melhor.

     

     

     

     

     

  37. Impeachment de collor ela era

    Impeachment de collor ela era contra também?

    O impeachment de Dilma é só o começo de um processo não o fim.

    Todo politico terá nas manifestações de rua uma “espada de damocles”. 

    O PT será expurgado da politica por bem ou por mal e não apenas o PT, oposição vendida ma conta também.

    2015 ano zero da revolução verde amarela.

    1. o inicio da revolução………..

      ocreide…………….voce é um babaca de marca maior………o grande revolucionário.

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  38. Os que ficam pregando

    Os que ficam pregando impeachment são pessoas que não conseguem conviver em uma democracia. Penso que numa democracia quem vence a eleição governa e quem perde faz oposição fiscalizando o governo e fazendo propostas que achem que devem fazer e que considerem melhor do que o que está sendo feito.

    O resto é pura burrice e falta de respeito à democracia. Ainda mais, quando não há nada que desabone a condura da presidente.

    Podemos haver discordância sobre o que o governo está fazendo, neste caso há o congresso para fazer o contrapeso.

    No mais, acho que a elegemos para governar, e isto ela está fazendo, gostem ou não.

  39. Fernando Fogaça Filho: penso

    Fernando Fogaça Filho: penso exatamente como tu. Qurendo se passar por culta, só deixou bem claro que pode saber da história da frança, mas do Brasil, nadica. Aliás, todo eleitor do aócio não sabe que existia corrupçaõ antes de 2003. Vai encher palitos na frança, dona fernanda.

  40. Fernandinha….

    …meu bem, você como hstoriadora, é uma ótima atriz da globo. Adaptar a safadeza da mídia e o momento político que vivemos aos fatos da Revolução Francesa, é um exercício e tanto de imaginação. Mas avise seus pares da globo sonegadora  que flertam com o golpe, que os celerados que pareciam conduzir a Revolução Francesa só participaram dela enquanto simples instrumentos e quando tiveram a pretensão de dominá-la, cairam de maneira ignóbil  ( Joseph de Maistre _ Consideraões sobre a França ) !

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