Sem correção da tabela do IR, a defasagem comparada a inflação pode chegar a 62%

Jornal GGN – A defasagem entre a tabela do IR (Imposto de Renda) e a inflação pode chegar a 62% até o final de 2013, segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).

Para o presidente do Sindifisco Nacional (Delegacia Sindical de São Paulo) Rubens Nakano, entidade que articula uma campanha nacional chamada Imposto Justo, “além de denunciar os prejuízos causados pela falta da correção na tabela do IR, o propósito desta iniciativa é envolveos trabalhadores, em especial a assalariada e, fazer repercutir no Congresso Nacional os pleitos dos setores que não tem voz naquela casa”, afirma.

 A campanha “Imposto Justo” foi lançada em maio, de iniciativa popular, com recolhimento de assinatura on-line e abaixo assinado, a entidade pretende entregar 1,5 milhão de assinaturas aos parlamentares para “tentar convencer os congressistas a reduzir as injustiças fiscais provocadas pela não correção”.

Para Rubéns, “é preciso abrir na população o conceito de cidadania na à área tributária, pois sabemos das nossas obrigações quando temos que pagar os impostos, entretanto, pouco se sabe sobre os nossos direitos”, considera.

Para entender

Até o final de 2013, a correção do IR, conforme estabelecida pelo governo, ficará em 4,5%, que é o centro da meta da inflação estabelecida pelo governo pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Para dimensionar o prejuízo nos salários dos contribuintes com “a não correção da tabela, o contribuinte que, em 1996, ganhava nove salários mínimos, era isento do Imposto de Renda. Agora, informou, quem ganha 2,5 salários é obrigado a pagar.

O que explica esse fenômeno é que a não correção da tabela fez com que várias pessoas que estavam isentas, por causa da renda baixa, fossem paulatinamente ingressando na condição de contribuinte.

A tabela do IR já vinha sendo corrigida em 4,5% desde 2007 e a previsão era acabar com a utilização desse índice em 2010. No início de 2011, no entanto, por meio da Medida Provisória 528, o governo determinou a aplicação do mesmo percentual até 2014.

Segundo Nakano, a proposta é que a correção da tabela do IR seja atrelada à evolução de renda do trabalhador. O objetivo desta campanha é torná-la projeto de lei, ganhando a adesão de parlamentares. A proposta prevê uma correção gradativa da tabela do Imposto de Renda,

Para Sindifisco Nacional, a não correção faz com que as pessoas paguem mais do que deveriam pagar, principalmente os assalariados.

Redação

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