Alto volume de gastos “causou estranheza”, diz Onyx sobre governo Temer

Ministro da Casa Civil fala em movimentação incomum de exonerações e recursos na gestão emedebista 
 
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 
Jornal GGN – Após “despetizar a administração pública”, exonerando cerca de 320 funcionários de cargos de confiança vinculados à sua pasta, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni fez declarações negativas à administração de Michel Temer (MDB). 
 
Segundo informações da Folha de S.Paulo, Onyx disse nesta quinta-feira (03) que o governo identificou “uma movimentação incomum de exonerações e nomeações e recursos destinados a ministérios”, feita pouco antes de Michel Temer (MDB) concluir seu mandato. 
 
“O alto volume causou estranheza”, disse Onyx, depois de quase três horas de reunião com o presidente Bolsonaro, o vice-presidente, general Hamilton Mourão e os outros 22 novos ministros. “O presidente pediu para verificar para onde foi o dinheiro, por que e se tem suporte para ter sido feito”, arrematou o ministro.
 
Ainda, segundo a Folha, Onyx disse que “faltou coragem” a Temer para “limpar a casa” se referindo a exoneração dos 320 funcionários anunciado ontem (02).
 
“Precisamos ter a coragem de fazer o que talvez tenha faltado ao governo que terminou no dia 31 [de dezembro de 2018], de, logo de início, limpar a casa”, pontuou o chefe da Casa Civil completando que as exonerações, definidas por ele como “despetizar a administração pública”, darão “um basta nas ideias socialistas e comunistas” que, por 30 anos, levaram o país “ao caos”.
 
Onyx comentou também que todos os ministros estão autorizados para aplicar a exoneração.
 
“O conceito está perpassando todo o governo para desaparelhar e permitir que o presidente Bolsonaro possa executar suas políticas.” Para ler a matéria na íntegra, na Folha de S.Paulo, clique aqui.
 
Esta é a primeira manifestação crítica ao governo Temer da equipe de Bolsonaro após a eleição. Durante todo o período da transição o diálogo demonstrado pelas duas partes foi de aparente cooperação. 
 
Na Câmara dos Deputados, o partido de Temer ficou insatisfeito com o presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM), que aceitou o apoio do PSL à sua candidatura a reeleição.
 
Caso vença a disputa na Câmara, o acordo entre Maia e o presidente da sigla, Luciano Bivar (PSL-PE), prevê a entrega da Comissão de Finanças e Tributação, Comissão de Constituição e Justiça e a segunda vice-presidência da Mesa Diretora ao partido de Bolsonaro, três espaços que estavam sendo negociados pelo MDB e PP. Continue lendo sobre em “O significado do acordo entre Maia e o PSL na Câmara dos Deputados
 
Redação

6 Comentários

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  1. Onyx não iria cortar 20 mil cargos no primeiro dia???

    Esse paspalho não disse que cortaria 25 mil cargos… aí foi corrigido pelo repórter “mas só existem 23 mil cargos”

    … “ENTÃO VAMOS CORTAR 20 MIL CARGOS”

    Agora mudou… vai “DESPETIZAR”…deveria ser corrigido de novo: “mas o governo foi do PMDB”.

     

    RESUMO: VAI CORTAR ZERO CARGOS… E TIRAR O PT DE ONDE ELE NÃO ESTÁ HÁ 2 ANOS!!!

     

  2. ou seja, o desaparelhamento

    ou seja, o desaparelhamento do aparelhamento que nunca houve, serve – agora, para o efetivo aparelhamento bolsonariano do executivo federal: haja passado a atormentar o presente e travar o futuro.

    esse ônix é por demais sem vergonha.

  3. É praxe

    É praxe que todos os detentores de cargo de confiança os coloquem à disposição da administração de novos governos, em todos os niveis do serviço público.

    Tais cargos, de livre nomeação e de exoneração “ad nutum”, não pertencem ao funcionário e sim ao exercício político do poder, posto que seus ocupantes não são concursados ou, em caso positivo, estão em posição funcional a serviço da política.

    A nova administração vai avaliar se mantem os nomeados remanescentes ou se  nomeia  outros,  de sua confiança, especialmente quando haja divergência de orientação política do governo anterior.

    A mídia está fazendo um escarcéu de um fato corriqueiro.

  4. Vejo a conduta de Ônix

    Vejo a conduta de Ônix Lorenzoni muito mais como a de um ser, de baixa densidade política, tal como certas pessoas, achar-se agora numa vaidade que pode vir a lhe trazer muitos prejuízos, porque em terra de galo macho não cabe mais galo nenhum que não seja tão ou mais macho que ele. 

    Muitos não observam por desconhecimento, outros por deixarem passar batido, que esse gaúcho de botas e chupador de chá pra se exibir, apareceu diante de vários jornalistas para escancarar seu pacote de maldade contra petistas anunciando que iria exonerar todos aqueles que estivessem no seu gabinete com cargos em comissão, ou de confiança, indo mais longe em suas grosserias, e no outro dia fez o prometido. Aonde esse Lorenzetti inovou? Em lugar nenhum. Exonerar cargos de um gabinete de autoridade política, para substitui-los por quem esteja alinhado com o seu partido é mais velho que andar pra frente. Claro que nenhum ministro outro precisaria de conselhos de Chuveiro de pobre pra agir de igual modo, pelas razões naturais.

    Vir, nessas alturas do campeonato, apontar o dedo contra Temer, é mais uma de quem tá querendo aparecer como limpinho, como se alguém duvidasse que isso é sujo falando do mal-lavado. Ambos se merecem em tudo por tudo.

    Tem razão Fernando Morais quando diz que não duvida que em poucos meses a maioria desse ministros vai dançar. Compara o dono do Brasil com o amarel de topete dos EUA, que manda um marechal, no meio de sua fala calar a boca, humilhando-o perante todos. 

    Sem saber o que Fernandinho pensava, eu já havia me adiantado com meus botões: ÔNIX Chuveiro não vai muito longe, porque gente como Bolsonaro é esperto demais pra ver quem é puxa-saco, sabujo além dos limites, portanto, incômodo.

    Por fim, pode ser, também, que ÔNIX esteja sendo moleque de recado, para dizer a Temer que ele tá fora do governo, e que pode ir aprontando suas malas pro xilindró. Será?

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