O modelo de gestão que colocou a Cemig no azul

Nos últimos quatro anos, gestão com foco no consumidor-cidadão melhorou competitividade da empresa e ampliou atendimento nas regiões mais afastadas dos centros urbanos 
 
Luiz Humberto Fernandes, vice-presidente da Cemig, no seminário Brasilianas
Luiz Humberto Fernandes, vice-presidente da Cemig. Foto de Euler Jr/Cemig 
 
Jornal GGN – “Uma empresa pública precisa ter a consciência do papel que desempenha no desenvolvimento econômico do Estado, levando energia aos mais distantes municípios, como os que estão na divisa de Minas Gerais com a Bahia”, destacou o vice-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais S.A (Cemig), Luiz Humberto Fernandes, durante sua participação no seminário As empresas públicas na promoção do desenvolvimento regional, realizado na última quinta-feira (09), em Belo Horizonte.
 
O gestor destacou o esforço feito nos últimos três anos e meio pela diretoria para o saneamento financeiro da empresa, dentro de conceitos modernos de gestão, governança e compliance, sem perder de vista o foco no consumidor-cidadão.
 
Um dos resultados desse viés administrativo foi colhido dia 6 de agosto, quando uma forte chuva de granizo interrompeu a partida entre Atlético Mineiro e Internacional, no estádio Independência, em Belo Horizonte. “O jogo parou, mas a luz não caiu”, completou o vice-presidente. E se caísse, teria sido imediatamente religada, acrescentando que novos equipamentos instalados e uma bem treinada equipe de profissionais da Cemig estão por trás dos procedimentos que evitaram um blackout naquele dia. 
 
A nova gestão da Cemig também contribuiu para o desempenho positivo no leilão, realizado dois dias após a partida de futebol, para a venda de ativos de telecomunicação nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do país. “A Cemig arrecadou R$ 648,89 milhões, acima do valor previsto”, comemorou Luiz Humberto. 
 
Os recursos obtidos com o plano de desinvestimentos, anunciado em junho do ano passado, e que incluía redes de fibra ótica, além de participações em empresas serão destinados para reestruturação financeira da companhia.
 
Com vasta experiência profissional como CEO de empresas do setor privado, Luiz Fernando sabe que o atual panorama da economia brasileira exige que a Cemig reduza o seu nível de alavancagem e aumente a capacidade de gerar caixa. Para isso, a empresa busca pagar parte da dívida com a venda de alguns ativos, além de implementar medidas focadas em aumentar a eficiência dos seus processos.
 
“Há quatro anos, a empresa enfrentou situação de crise, mas com medidas dolorosas, isso foi resolvido”, lembrou. Esse passivo aconteceu devido ao resultado de uma política agressiva, entre 2006 e 2014, nas aquisições de ativos e pela distribuição quase total do lucro líquido da companhia na forma de dividendos (R$ 25,6 bilhões), comprometendo a saúde financeira da empresa.
 
Agora, os resultados já podem ser sentidos no caixa da companhia, que honrou o pagamento de dívidas que estavam concentradas no curto prazo.
 
Números da expansão 
 
A Cemig e o Governo de Minas Gerais investiram, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 5 bilhões na rede de distribuição e para levar energia a mais de 50 mil mineiros que vivem em zona rural, além de cortar custos, renegociar dívidas e revisar contratos que geraram economia. A opção por diminuir gastos com pessoal rendeu, por exemplo, poupou R$ 450 milhões à Cemig.
 
Leia também: O case Cemig na história do desenvolvimento mineiro
 
Nos últimos anos, a empresa também aperfeiçoou processos e revisou contratos, o que gerou redução de custos da ordem de R$ 575 milhões, possibilitando mais investimentos para os 8 milhões da sua base de clientes. Humberto Fernandes explicou que esses recursos foram fundamentais para a expansão do sistema e melhoria da qualidade do fornecimento de energia em toda a área de concessão da companhia, composta por 774 municípios.
 
Atualmente, Cemig trabalha para levar energia elétrica para as pessoas que vivem em áreas rurais e que, até então, estavam fora da cobertura por esse tipo de serviço. Somente o Plano de Regularização do Atendimento Rural, que está beneficiando essas famílias, representou investimentos de cerca de R$ 800 milhões. Vale destacar que, em 2015, apenas 26 municípios tinham 99% de índice de atendimento rural na área de concessão da empresa.
 
Com os investimentos feitos pela companhia, nos últimos quatro anos, 604 municípios alcançaram o índice de 99% de atendimento rural, ampliando a cobertura para famílias e empreendimentos distantes das regiões que mais precisam do apoio do Estado.
 
“Mapear dificuldades e vulnerabilidades faz parte do trabalho do Comitê de Governança e do portal de governança”, uma mudança de atitude fundamental para blindar a companhia para evitar problemas, concluiu o vice-presidente da Cemig. 
 
 
 

Companhia Energética de Minas Gerais S.A (Cemig) 
Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Durante o referido jogo, a
    Durante o referido jogo, a partida foi interrompida duas vezes.
    Uma devido à forte chuva, outra devido à falta de energia.
    É certo que não houve demora para retornar a energia, mas que houve apagão, houve.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador