Contra repercussão da Lava Jato, reforma ministerial será a conta-gotas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios foi alvo de longa reunião entre Dilma Rousseff, Aloísio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardoso (Justiça), Jacques Wagner (governador da Bahia) na terça-feira (18), segundo informa o Estadão desta quarta.

O jornal crava que a presidente começará a reforma ministerial a conta-gostas nos próximos dias, numa tentativa de evitar mais desgastes ao governo, que que vem enfrentando uma avalanche de notícias sobre a Operação Lava Jato na Petrobras. A ideia, portanto, é acelerar as mudanças para o segundo mandato, para “imprimir no noticiário” assunto menos espinhosos à petista.

Jacques Wagner, segundo o periódico, terá papel de destaque a partir de 2015. Ele é cotado para assumir um dos três ministérios: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no lugar de Mauro Borges; do Planejamento, substituindo Miriam Belchior, ou Justiça. 

A verdadeira expectativa ainda gira em torno do novo ministro da Fazenda. Durante a disputa presidencial, Dilma teve de se comprometer a fazer mudanças na área econômica, a começar pela troca de Guido Mantega – que, por sua vez, alegou “problemas pessoais” para justificar um pedido protolocar de afastamento. Para seu lugar, ventila-se que o ex-presidente Lula sugeriu Henrique Meirelles. Nelson Barbosa também já ocupa espaço na mídia como potencial novo ministro do Planejamento, e Alexandre Tombini como nome do Banco Central.

O Estadão destacou que “para quitar a fatura pelo apoio eleitoral do PROS à sua candidatura de reeleição, Dilma quer indicar o governador do Ceará, Cid Gomes, para a pasta da Educação”. Hoje, o Ministério está a cargo do economista Henrique Paim.

“E, como cota pessoal, [Dilma] estuda dar a pasta da Defesa ao secretário executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas”, acrescentou o jornal. Boatos acerca da substituição de Celso Amorim por Gabas circulam pelo menos desde o final de 2013. De lá para cá, Dilma já moveu as peças na Esplanada dezenas de vezes.

15 Comentários

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  1. Continua a prioridade por

    Continua a prioridade por nomes e se esquecem do modelo de uma estrutura de governo e principalmente do plano.

    É incrível a falta de preparo dos partidos quanto a estes objetos e do PT em especial. Tomam decisões cruciais como se fossem um picolé de limão na padaria.

    E o pior: deixaram de lado a capacidade de formar ótimos quadros e de idealizar ações que tanto motivam quanto desafiam as pessoas.

    Pelo que tudo indica até o momento o segundo mandato da Dilma será melancólico. Ótima pessoa, ótimo conhecimento sobre o aparelho administrativo do Estado, péssima líder.

    Incapaz de motivar, de traçar um objetivo, de juntar o país na travessia.

     

    1. “Continua a prioridade por

      “Continua a prioridade por nomes e se esquecem do modelo de uma estrutura de governo”:

      Da pra analisar a estrutura da reportagem primeiro?  Ela eh lunatica.

    2. É bem por aí.
       
      A eleição

      É bem por aí.

       

      A eleição acabou, acabou o plano.

      Agora é dividi o quinhão e estabilizar a economia. O resto…que resto?

      1. Pode já ir considerando sem

        Pode já ir considerando sem medo de errar um governo INCAPAZ de agir em qualquer dimensão relacionada a reforma tributária, política, ações de transparência no judiciário, mídia…

        Já nasceu morto.

         

  2. O item eh MUITO

    O item eh MUITO artificial!

    Dilma seria louca de montar equipe pensando em escandalo quando tem um pais pra governar.  No entanto, o jornal insiste em falar em Lava Jato na montagem de um ministerio como se nao houvesse outro assunto, e na contagem de palavras escandalo e crise aparecem mais vezes que “ministro e ministerio!  Perdoem me por nao acreditar.

    Que cara de pau!  Paulistas pensam que o Brasil eh colonia deles.

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    1. Terá outra função

        Basta que queira, pois Celsinho Cineasta é quota Lula.

        Quanto ao Gabas, um especialista em seguridade social, funcionário de carreira concursado, ótimo técnico nas lides atuariais e previdênciarias, onde le-se o nome “Gabas”, leia-se: SBTA, Luiz Marinho, ABIMDE, SAAB, FIESP.

  3. O que o governo deve fazer é

    O que o governo deve fazer é acompanhar atentamente a Operação Lava Jato. Todos os ministros do novo governo já deveriam ter sido anunciados. A Siemens não faliu ao fazer uma lavagem em seus quadros após a descoberta do envolvimento de alguns executivos nas lambanças financeiras do metrô de São Paulo. Como consequencia de vazamentos que a própria PF admite ter ocorrido nenhuma empreiteira, a fonte de toda a rapinagem na Petrobras, será punida, sequer declarada inidônea.  O governo se comporta como se fosse réu ou tivesse perdido as eleiçoes. Como diz o Paulo Henrique Amorim o PT virou o Partido da Tremedeira. Acima de tudo governabilidade!!!.

  4. Educaçao como sempre tratada sem a menor responsabilidade

    Como prêmio a aliado político? É o fim da picada, se for verdadeiro mesmo (a fonte é o Estadao, nao é confiável). Sempre o ministério é entregue a economistas, políticos, etc. Nao há EDUCADORES neste país? Nem PROFESSORES? Arre! 

    1. Procure conhecer para depois emitir seu ponto de vista preconcei

      Quisera o Brasil ter Cid Gomes como Ministro, principalmente o da Educação, Procure saber o que ele fez pela Educação de um dos m,ais pobre Estados do Brasil, talvez assim vc emita um comentário menos preconceituoso.

      1. Vc está com dificuldades de interpretar textos…

        Nao houve preconceito nenhum no meu comentário. Pode ser que COMO GOVERNADOR ele tenha tido uma boa política de Educaçao. Mas ele é um educador? Nao é, né? E a Educaçao precisa ser gerida por quem entende de Educaçao, nao apenas de gestao. 

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