Crise abafa ação “histórica” do governo Pimentel

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Investigado no âmbito da Operação Acrônimo – que apura se houve desvio de recursos públicos para campanha eleitoral em 2014 -, Fernando Pimentel (PT) foi questionado sobre corrupção durante cerimônia de sanção da lei que garante a equiparação do salário dos professores mineiros ao piso nacional da categoria, fato classificado como “histórico” pelo líder do governo na Assembleia de Minas Gerais, mas que foi abafado pela crise que recaiu sobre o governador petista.

Segundo relatos do jornal O Tempo, Pimentel foi provocado algumas vezes por manifestantes que faziam ligações entre ele e o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, alvo da Operação Acrônimo.

“O governador respondeu de forma genérica durante o discurso: ‘A cada acusação que fizerem contra nós, a cada calúnia lançada, a cada insinuação maldosa, nós vamos responder com mais trabalho, mais participação popular’. Minutos antes, no meio da plateia de cerca de 750 pessoas (segundo números da Polícia Legislativa), o administrador Paulo Beningo, 56, gritou, por duas vezes: “Cadê os R$ 5 milhões?”. Ele, no entanto, não explicou a que se referia ao citar o valor”, publicou o jornal, que focou nas falas de Pimentel sobre a Acrônimo.

Ao 247, o deputado Durval Ângelo (PT) comemorou o que chamou de “fim de uma era”, ao tratar da lei que equipara o salário dos professores do Estado ao piso nacional. “É bom termos claro que o projeto do piso salarial da educação sepulta o PSDB e o ‘Aecismo’ em Minas, pois se você quiser uma marca que caracteriza uma administração antipopular é a forma que eles trataram a educação. Isso é tradição tucana, em quatro anos do governo (Eduardo) Azeredo, ele deu 45 reais de aumento para a educação – nós estivemos na iminência de ter duas greves de professores”, afirmou.

Segundo o petista, “em 2003, Aécio acabou com o quinquênio e com todas as vantagens pessoais de quem entrava na carreira do magistério em Minas Gerais e em 2010 o Anastasia acabou com a carreira anterior, acabando com todos os privilégios e estabelecendo o subsídio e o tornando obrigatório”.

“Acho que Pimentel, ao sancionar essa lei, garante a anistia dos professores nos doze anos de greve dos tucanos, a equiparação com os 150 mil aposentados e pensionistas, aos 180 mil profissionais o piso nacional escalonado em três anos, que acaba com o subsídio e volta com a carreira, inclusive com contagem de tempo de serviço para promoções”, completou.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Enfim.

    Não seria melhor o Pimentel ter sido mais incisivo com esses que o atacam? Alguém gritar “5 milhões” e, segundo o jornal, não haver nenhuma resposta… Neste momento, todos os politicos do PT, precisam responder a qualquer ataque, mesmo que seja apenas provocação. Não da mais para fingir que não é consigo. No mais, parabéns ao governo mineiro por equiparar os salarios dos professores do estado. Liberdade ainda que a tardinha. 

  2. O PT ficou covarde
    Que fazer tem boca e nao fala. O PT gosta de apanhar, nos nao!
    tambem sendo usado na reuniao dos governadores do sul maravilha.
    No final, tb dou meus parabens e espero que ele chegue a todas outras classes.
    vamos q vamos.

  3. O PT ficou covarde
    Que fazer tem boca e nao fala. O PT gosta de apanhar, nos nao!
    tambem sendo usado na reuniao dos governadores do sul maravilha.
    No final, tb dou meus parabens e espero que ele chegue a todas outras classes.
    vamos q vamos.

  4. Hipocrisia.

    História conquista para os professores; legal!  O problema é que foi feita pelo PT, aí quem foi beneficiada, jura que isso não é nada não, é obrigação, e volta e vota no opressor novamente, tudo como dantes; Hipocrisia; sangue de traídor nas veias, Joaquim silvério dos reis.

  5. No meio de 750 pessoas, uma

    No meio de 750 pessoas, uma única qualquer gritou e a manchete é que o governador foi questionado. Haja paciência!

  6. Político só valoriza servidor qdo está com a corda no pescoço…

    Político só valoriza servidor publico qdo esta com a corda no pescoço. Este aumento foi dado mais para atingir o Aecio do que para valorizar os professores. Mutatis mutandi,Lula só valorizou os servidores federais em 2008 porque estava com a corda no pescoço, logo precisava fazer media com os sindicatos dos servidores federais. ISSO VALE PARA QUALQUER POLÍTICO.

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