Dilma diz que não é alvo da Lava Jato: “Eu sei o que faço, tenho uma história”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em entrevista a uma TV francesa [veja o link abaixo], a presidente Dilma Rousseff (PT) saiu em defesa de sua reeleição e disse que é “impossível” que ela esteja envolvida em qualquer nível nos esquemas de corrupção na Petrobras investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

“Eu não estou ligada [às denuncias]. Eu não respondo a esta questão porque eu não estou ligada. Eu sei que não estou nisso. É impossível. Eu lutarei até o fim para demonstrar que eu não estou ligada. Eu sei o que eu faço. E eu tenho uma história por trás de mim. Neste sentido, eu nunca tive uma única acusação contra mim por qualquer malfeito. Então, não é uma questão de ‘se’. Eu não estou ligada”, assegurou.

Antes de responder se estaria pronta para assumir as consequências que podem surgir a partir das investigações que envolvem o caixa de campanha da reeleição, Dilma observou que os principais candidatos que concorreram à Presidência contra ela também receberam doações – registradas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral – das mesmas empresas que ajudaram o PT. Portanto, questionar “sem provas” apenas a campanha petista, na visão da presidente, é uma questão “política”, mas ela comentou que não gostaria de aprofundar esse aspecto da discussão.

Para Dilma, também não é correto falar em “corrupção da Petrobras”, pois o que a Lava Jato revela é um esquema envolvendo alguns ex-dirigentes da estatal, ligados a operadores do mercado financeiro e políticos de vários partidos. Os mais de 30 mil profissionais da empresa de petróleo não podem responder por essas acusações. 

A presidente ainda falou que é essencial jogar luz sobre o escandâlo de corrupção na FIFA, defendeu o ajuste fiscal encampado pelo governo em 2015, abordou as relações do Brasil com a União Europeia e América Latina, e afirmou que acredita que os Estados Unidos, sob a gestão Barack Obama, não voltarão a espionar a administração brasileira.

Concedida na última sexta-feira (5), a conversa com o canal francês faz parte de uma série de entrevistas concedidas pela presidente a veículos de comunicação europeus. Dilma também conversou com repórteres da TV Deutsch Welle, da Alemanha, e do Le Soir Belgique, da Bélgica. Na terça 9, ela embarca para Bruxelas, na Bélgica, onde participará da Cúpula União Europeia (Celac), com líderes europeus e do continente americano.

A entrevista completa pode ser assistida aqui.

Com informações do G1

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. A propósito…

    O ideograma não está apenas na lingua chinesa, na poesia, literatura ou cinema; está também na fotografia,  criando idéias. Justapoe-se duas imagens  e espera-se que a leitura produza uma conceito. O sentido – diferente da denotação, não é arbitrário e depende da participação e aceitação do leitor.  Tratando-se de ética no fotojornalismo, é permitido conformar a realidade factual a uma idéia ou deve-se ser fiel aos fatos, esperando que o acontecimento dispare? Dirá o fotógrafo: “é a linguagem da realidade, estava lá e  fotografei; eu não disse nada, o sentido é aberto, você é que está dizendo”?

  2. Dilma Tatcher

    Segundo o Brasil 247, na entrevista ao jornal Le Soir “A presidente disse ainda que o ajuste fiscal “não é uma escolha”. “O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo. E para isso é preciso coragem”, ressaltou.’

    Não há alternativa? Isso quem dizia era a Margaret Tathcer ao justificar as politicas neoliberais na Inglaterra, exatamente com essas palavras “there is no alternative”. Dilma tirou a máscara.

  3. “Eu não (…). Eu não (…)

    “Eu não (…). Eu não (…) porque eu não (…). Eu sei que não (…) . É impossível. Eu lutarei (…) eu não estou ligada. (…) Neste sentido, eu nunca tive (…). Eu não estou ligada…”

    Excesso de negações… Para bom entendedor a mensagem é cristalina.

     

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