Gestão Haddad estuda criação de ‘gabinetes digitais’

Por: Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual

São Paulo – Inspirada no modelo criado pelo governo petista do Rio Grande do Sul há quase dois anos, a prefeitura de São Paulo estuda montar, ao longo de 2013, gabinetes digitais com o objetivo de facilitar o diálogo com a população na elaboração de políticas públicas. O gestor de Rede Sociais do Gabinete Digital do governo gaúcho, Everton Rodrigues, esteve em São Paulo no começo deste ano apresentando a ferramenta para membros da gestão municipal. De acordo com Rodrigues, as secretarias de Cultura, Direitos Humanos e Comunicação estão interessadas na ferramenta.

A Secretaria de Cultura deve iniciar hoje (5) o processo para criação da ferramenta, com o encontro público #ExistediálogoemSP. O gabinete digital é uma das metas da pasta para este ano. De acordo com a secretaria, o mecanismo deve ser lançado em maio e terá como objetivo receber demandas, transmitir audiências públicas e levantar propostas da população para a área cultural. A secretaria de Direitos Humanos também confirmou o interesse na ferramenta. A Secretaria de Comunicação pediu à RBA que enviasse um e-mail sobre a questão, pois a assessoria não tinha informações sobre o assunto.

A criação de um gabinete digital consta do programa de governo do prefeito Fernando Haddad (PT). De acordo com o programa, a ferramenta terá quatro funcionalidades: Agenda Colaborativa, através da qual a população sugere agendas para o Prefeito; Prefeito Pergunta, em que a sociedade responde a questões e temas lançados pela Prefeitura; Prefeito Responde, com perguntas feitas pela sociedade; Prefeito Escuta, através da qual serão feitas audiências públicas via internet, com bate-papo nas redes sociais.

O modelo é uma réplica do que foi desenvolvido no Rio Grande do Sul. Rodrigues esclarece que, apesar da plataforma digital, a ideia é usar a ferramenta para potencializar o debate presencial e não substituí-lo. “Uma interface deste tipo melhora a relação entre governo e população, pois amplia o número de pessoas que podem acompanhar e opinar. Além disso, realizando consultas e escutas anteriores, podemos dinamizar as audiência públicas e outras ações do tipo”, disse o gestor.

Luis Nassif

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