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Em ano eleitoral, quase todos os governadores do país vão conceder aumento salarial aos servidores públicos que, juntos, irão somar mais de R$ 28 bilhões das contas públicas.
O balanço foi feito por reportagem de O Globo, que verificou que 26 dos 27 governadores já apresentaram propostas ou deram o aumento aos funcionários públicos, de olho nas eleições 2022.
A maioria deles acatou a um aumento de todos os servidores estaduais. Alguns, somente de algumas categorias, como profissionais da segurança e professores. As propostas precisam da aprovação dos deputados estaduais, mas 16 já foram aprovados e 2 só esperam sanções.
No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) aumentou em 3% o salário de todos os servidores. Em Rondônia, foram os trabalhadores do DETRAN que receberam o maior aumento do Coronel Marcos Rocha (União): 36,5%.
João Doria (PSDB), de São Paulo, também ofereceu quantias acima da média: 20% de aumento para os servidores da segurança e da saúde e 10% a todos os demais, em um montante calculado em R$ 5,6 bilhões totais.
No Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) quis aumentar o salário dos policiais, que é uma competência do governo federal. Ele quer dar 10% a mais de salário, o que impactará em R$ 447,3 milhões nas contas públicas.
Assim como nos estados anteriores, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos), optou pela área de segurança, reajustando em 33% ainda no ano passado os funcionários de base e em 21% para os cargos superiores. Eduardo Leite (PSDB), no Rio Grande do Sul, ofereceu um aumento de 5,5% até 32% aos professores. No Rio, Cláudio Castro (PL) concedeu 13,02% de reajuste.
E na contramão de todos os anteriores, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), havia prometido no começo de seu mandato um reajuste de 41,7% aos servidores da segurança. Mas a proposta feita, somente neste ano, foi de 10,06%.
O funcionalismo é fatia significativa do eleitorado e aumento dos salários geralmente apresenta bons resultados nas urnas.
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