Governo Bolsonaro já passa de 30 militares em postos-chave

O ex-ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna, indicado para assumir a presidência da Itaipu Binacional, é a nomeação mais recente 
 
 
Jornal GGN – Segundo mapeamento do Congresso em Foco, o governo Bolsonaro tem 32 militares na ativa ou reserva: são sete ministros, vinte secretários ou chefes de gabinete (divididos em dez pastas) e três em cargos de comando em estatais (Itaipu, Funai e Petrobras), com um militar a frente do Conselho de Administração, além do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e do general Otávio Santana do Rêgo Barros, atual porta-voz do governo. 
 
A última nomeação foi a do ex-ministro da Defesa no governo Temer, Joaquim Silva e Lina, que assumiu nesta quinta-feira (17) o posto na presidência da Itaipu Binacional. 
 
Para o ministro da Secretaria de Governo, general Santa Cruz, o aumento da participação de militares no governo “não tem vantagem nem desvantagem”. A afirmação foi feita nesta semana, em Brasília, quando também disse que “coloca só mais responsabilidade” porque eles representam “uma corporação inteira”.
 
Os ministérios com a maior quantidade de militares, até por sua natureza, são os da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As duas pastas são chefiadas por militares: o general Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e o general da reserva Augusto Heleno (GSI). Este último, terá como assessor especial o general Eduardo Villas Boas, que acabou de deixar o comando do Exército, para atuar como uma espécie de consultor. 
 
Mas outras pastas que, tradicionalmente, não contavam com o trabalho de militares agora têm forte presença desses profissionais, como a Secretaria-geral da Presidência, comandada pelo advogado Gustavo Bebianno, com quatro nomes das Forças Armadas na Cúpula, e a pasta da Ciência e Tecnologia, que, além de Marcos Pontos, terá mais quatro militares apoiando a direção.
 
Veja a seguir os nomes
 
1. Vice-presidente da República – General Hamilton MourãoGabinete de Segurança Institucional (GSI)
2. Ministro do GSI – General Augusto Heleno
3. Secretário-Executivo do GSI – General de Divisão Valério Stumpf Trindade
4. Secretário de Coordenação de Sistemas do GSI – Contra-Almirante Antonio Capistrano de Freitas Filho
5. Secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional do GSI – Major Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck
6. Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI – General de Brigada Luiz Fernando Estorilho Baganha
7. Secretário-Executivo Adjunto do GSI – Brigadeiro do Ar Osmar Lootens MachadoSecretaria-geral da Presidência
8. Secretário Executivo da Secretaria-geral – General de Divisão Floriano Peixoto Vieira Neto
9. Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Secretaria-geral – General Maynard Marques de Santa Rosa
10. Secretário-Executivo Adjunto da Secretaria-geral – General de Divisão Lauro Luis Pires da Silva
11. Assessor Especial da Secretaria-geral – Coronel Walter Félix Cardoso JuniorMinistério da Defesa
12. Ministro da Defesa – General Fernando Azevedo e Silva
13. Secretário-Geral da Defesa – Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos
14. Secretaria de Produtos de Defesa – General de Divisão Decílio de Medeiros Sales
15. Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto – Tenenete Brigadeiro do Ar Ricardo Machado VieiraMinistério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
16. Ministro do MCTIC – Tenente-coronel da reserva da Força Aérea Brasileira Marocs Pontes
17. Chefe de Gabinete do MCTIC – Brigadeiro do Ar Celestino Todesco
18. Secretário de Políticas Digitais – Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Franciscangelis Neto
19. Secretário de Radiodifusão – Coronel da reserva Elifas Chaves Gurgel do Amaral
20. Secretário-Executivo Adjunto – Coronel-Intendente Carlos Alberto Flora BaptsitucciMinistério de Minas e Energia
21. Ministro de Minas e Energia – Almirante Bento Costa
22. Chefe de Gabinete  de Minas e Energia – Contra-almirante José Roberto Bueno JuniorMinistério da Infraestrutura
23. Ministro da Infraestrutura – Tarcísio Gomes (tem formação militar e é da reserva não remunerada)
24. Secretário de Transportes Terrestre e Aquaviário – General da Reserva Jamil Megid JúniorSecretaria de Governo
25. Ministro da Secretaria de Governo – General Carlos Alberto dos Santos CruzMinistério da Justiça e Segurança Pública
26. Secretário Nacional de Segurança Pública – General Guilherme TheophiloMinistério da Cidadania
27. Secretário de Esportes – General Marco Aurélio VieiraControladoria-Geral da União (CGU)
28. Ministro da CGU – Capitão da reserva Wagenr RosárioFundação Nacional do Índio (Funai)
29. Presidente da Funai – General Franklimberg de FreitasPetrobras
30. Presidente do Conselho de Administração da Petrobras – Almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar FerreiraItaipu Binacional
31. Presidente da Itaipu – General Joaquim Silva e LunaPresidência
32. Porta-voz do governo – General Otávio Santana do Rêgo Barros
Redação

7 Comentários

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  1. Já Era Esperado…

    Nassif: estão dizendo que isto é café pequeno. Parece que a promessa é um alta patente por quartel. E parece o que não falta no Pais é quartel com alta pagente. Até o dono do quintal deu uma ligadinha pra saber se não dá pra encaixar uns milicos de Passadina, que ele está com dificuldade de mandar pra algum canto do planeta. O Serviço de Inteligência local (dizem) está meditando sobre a ordem…

     

  2. Governo Militar

    Alguém ainda tem dúvidas de que estamos sob um governo militar ?

    Para piorar, são militares entreguistas que desprezam o povo brasileiro e a Democracia. São autoritários em relação aos brasileiros, e subservientes aos EUA.

    O paspalho na Presidência serve pra manter a aparência de “normalidade democrática”. Mas se o ignorante fascista não parar de fazer besteira, assume o “jumento de carga” (motivos não faltam).

    Deus, meu Deus !!!  Por que nos abandonastes ?

  3. Trinta e três.

    Esqueceram de relacionar o ministro chefe do estado maior do supremo tribunal federal, órgão subalterno da presidência da república, nomeado pelo nanico tofolli. Não é preciso mandar cabo e soldado, já tem um general lá.

    Estão todos borrados na toga, o golpe está dado sem tanques nas ruas. Vão fazer de tudo pra história do motorista ser abafada.

    O próximo passo, depois da milicada asssumir repartições governamentais, é ver milicos de pijama contratados em diretorias de bancos, empreiteiras e outras empresas que tenham negócios no governo, para exercerem o papel de lobistas com seus antigos comparsas de caserna; o mesmo filme asistido pós 64.

    O fracasso desse governo vai esculhambar as principais instituições republicanas, civis e militares, que conspiraram para o golpe. É hora de esquecer um pouco os cachorros e começar bater nos donos. Os milicos estão esmerdados nesse processo e assim devem sair, de onde se meteram sem serem chamados; só deste modo será possível uma faxina geral das casernas, para que se tornem força subalterna da autoridade civil. A escolha foi deles, bem feito por baterem continência pra um ‘bunda suja’ e suas legiões de dementes e arrivistas.

  4. VIERAM PARA FICAR

    Essa presença maçica de militares em cargos estratégicos no governo Bolsoburro é sintomatica. Isso quer dizer que os militares vieram para ficar, e não somente quatro anos, mas muito mais tempo. Mesmo que a oposição ganhe as próximas eleições, talvez não assumam o governo na sua plenitude. Certamente, terão de alocar uma penca de militares no governo, a fim de garantir os ideais “democráticos” da redentora.

  5. Cargos de confiança

    Este quadro relatado no post´é da maior fidelidade com histórico de nossa vida política . Os detentores de mandato executivos escolhem  no preenchimento de cargos as suas referências pessoais e afinidades.A caserna cobre parte importante das referências de Bolsonaro. Menos natural foi a busca de elementos em cargos importantes dentro de determinado espectro releigioso. Nossos governos primam pelo de serem laicos. Se Bolsonaro tem referencias de confiança da vida militar isto passa como elevado risco para estas adesões e para as FFAA  face seu passado militar e político tão controverso. É indesejável para intiuições da república se assemelharem a partidos  políticos , mais ainda dentro de tão pífias expectativas de boa imagem

  6. Qual patente do oficial que esta lendo o que está aqui escrito?

    A pergunta que ninguém faz, e que ainda menos ninguém sabe a resposta é a chave dos futuros desdobramentos de toda esta revoada de altas patentes para as altas mamatas:

    Qual patente do oficial que esta lendo o que está aqui escrito?

    Provavelmente nos serviços de informações das três armas, há alguém atrás de uma tela de computador lendo a descrição de todo este processo de “lambuzamento” que os altos postos das três armas estão participando.

    Se este oficial de patente intermediária estiver lendo tudo o que aqui está escrito, e sabedor que tudo isto escapa de alguma postura nacionalista ou mesmo de objetivo de levar o Brasil para o futuro, fico pensando o seguinte:

    Qual é a opinião deste jovem oficial que deve ter entrado nas forças armadas porque gostava de armas, de tanques, de aviões ou de submarinos, vendo seus comandantes simplesmente garantindo a multiplicação de seus ranchos por números bem maiores do que dois ou três?

    Ou seja, até que ponto estas infoemações chegarão corretas a todas as patentes inferiores que muitos entraram nas Forças Armadas não para ficarem ricos, mas sim para cumprir uma vontade que escapa destes objetivos de enrequecimento pessoal.

    Politizar as Forças Armadas é uma faca de dois gumes, pois não podemos pensar que como brasileiros que os mesmos são, serão honestos como a maioria da população brasileira.

    Se vai demorar é outro problema, porém mais cedo ou mais tarde toda a verdade será revelada.

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