Instituições do mercado e indústria elogiam nova equipe econômica

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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FEBRABAN, CNI e ANBIMA revelam mais otimismo com próxima política econômica do governo Dilma
 
 
Jornal GGN – Instituições do mercado brasileiro receberam com satisfação a escolha da nova equipe econômica de Dilma Rousseff. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) classificou como excelentes escolhas “nomear Joaquim Levy para ministro da Fazenda, confirmar Alexandre Tombini como presidente do Banco Central, e indicar Nelson Barbosa para o ministério do Planejamento”. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou a competência técnica reconhecida dos três indicados, e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) disse estar otimista.
 
“Os três têm larga experiência na formulação e implementação de políticas macroeconômicas, sempre colocando o interesse público em primeiro lugar”, afirmou em nota o presidente-executivo da FEBRABAN, Murilo Portugal.
 
Ao se referir a Joaquim Levy, o executivo elogiou o trabalho do ex-secretário do Tesouro, durante o governo Lula, ampliando o superávit primário e reduzindo a dívida pública. “Os bons resultados destas políticas contribuíram para a retomada da confiança, a conquista pelo Brasil do grau de investimento, e a aceleração do crescimento econômico que se seguiu”, completou.
 
Murilo Portugal afirmou que Tombini renova “a expectativa do combate firme à inflação e a confiança na continuidade do excelente trabalho de regulação e supervisão prudencial exercido pelo BACEN”. Disse, ainda, que “Tombini tem sido um comandante exemplar do Banco Central”.
 
Já a Nelson Barbosa, o presidente-executivo da FEBRABAN relatou que suas experiências trarão a “contribuição positiva para uma atuação coesa e harmônica da nova equipe econômica”, disse Murilo, concluindo que a Federação está mais otimista com o próximo ano, a considerar a retomada da confiança que os mercados já começaram a indicar.
 
A CNI também reconheceu o histórico de experiência dos três nomes indicados. “Os novos ministros certamente atuarão de forma eficiente e eficaz para implementar as medidas capazes de elevar a competitividade da economia brasileira. Essa agenda é fundamental para o futuro da indústria”, disse a Confederação, em nota.
 
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade destacou que a indústria quer aprofundar o diálogo e ajudar a vencer os desafios nos próximos quatro anos. “Queremos continuar trabalhando em colaboração com o governo para, juntos, construirmos uma agenda para o Brasil aumentar a competitividade, alcançar o crescimento vigoroso e sustentado”, disse o presidente, desehando aos ministros “êxito no trabalho”.
 
A presidente da ANBIMA, Denise Pavarina, também enfatizou que os nomes continuarão mantendo o diálogo com o mercado de capitais. “Recebemos com otimismo o anúncio da composição da nova equipe econômica do governo. Manteremos, como temos feito ao longo de nossa história, o diálogo frequente e franco que tem caracterizado nossa interlocução com os representantes do setor público, sempre com o objetivo de desenhar medidas que fomentem o desenvolvimento de canais privados de financiamento de longo prazo”, afirmou, em nota.
 
Denise Pavarina celebrou a nova equipe econômica e se colocou à disposição “para contribuir na construção de uma agenda ambiciosa para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

16 Comentários

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  1. Faltou perguntar pro Armínio

    Faltou perguntar pro Armínio Fraga e pra Neca banqueira o que eles acham da nova equipe econômica. A Luciana Genro já se manifestou, hehe.

    1. Uns querem que o governo

      Uns querem que o governo gaste menos no pagamento de juros. Outros preferem os cortes no social sociais.

      Quem levará?

      Obs.: Países europeus que gastavam menos do que arrecadavam, começaram a inverter essa lógica para conter o desemprego e fazer suas economias voltarem  a crescer.

  2. – Levy vou colocar você no

    – Levy vou colocar você no Ministério , mas não vou mexer no social

    – Todo bem presidenta. Sou independente

    – Vamos fazer a Terceira via. Usar uns instrumentos do neoliberalismo e pincelar com desenvolvimentismo.

    Todos aplaudiram

    Quem se arrependerá?

  3. Se eu soubesse que o Aécio

    Se eu soubesse que o Aécio Neves iria nomear  ortodoxos “homens de mercado” para os Ministérios da Fazenda e da Industria e Comércio e uma ruralista latifundiária para a Agricultura, teria votado na Dilma.  

    Se soubesse que Aécio tomaria medidas duras, antipopulares, que aumentasse o preço dos combustíves, energia, juros, tarifas e perseguisse as metas fiscais para o superavit primário,  eu teria votado na Dilma.

    Aécio me enganou! não voto mais nesse estelionatário eleitoral. 

     

     

     

  4. Definitivamente um ótimo

    Definitivamente um ótimo ministério …

     

    Definitivamente uma ótima equipe econômica, digna do PSDB. o partido que não ganhou, mais levou.

  5. O rentismo está feliz

    Que bom, o rentismo está feliz. E o povo? O povo a gente trata é na bala… Já serviu a seu propósito, que se cale pelos próximos 4 anos. 

  6. Isso que preocupa.
    Banqueiros

    Isso que preocupa.

    Banqueiros e industrias estão muito felizes para o meu gosto.

    Para alguém ganhar, alguém tem que perder.

    Alguém vai  dançar nessa conta.

    E pela alegria não são os banqueiros.

     

  7. “Os três têm larga

    “Os três têm larga experiência na formulação e implementação de políticas macroeconômicas, sempre colocando o interesse público em primeiro lugar”, afirmou em nota o presidente-executivo da FEBRABAN, Murilo Portugal.”

    Eis que surge o pensamento que passa para além do seu tempo.

    Mas eles não entendem absolutamente nada de fundamento da base econômica com causas políticas (administráveis).

    Todas as ideias projetadas serão um produto que resulta de financiamentos dos bancos (BC liberando Selic até quebrar o Estado).

    “Os três têm larga experiência na formulação e implementação de políticas macroeconômicas…” E o governo à deriva…

  8. Surge a grande estadista que

    Surge a grande estadista que todos esperavam

    Nasce a grande mãe que contentará à todos

    A conciliadora

    Aquela grande líder que atenderá à interesses tão antagônicos

    Os rentistas exultam, a mídia aplaude

  9. Amanhã será outro dia, a única verdade absoluta

    Daqui a 4 anos essas entidades estarão apoiando o Aécio ou outro que seja contra esse governo.

  10. esses indicados são e já

    esses indicados são e já foram governo.

    portanto, nada de novo no front.

    cabe aos movimento sociais, sindicais, apoiarem o governo

    da melhor forma possíve para manter e aprofundar as

    conquistas dos últimos doze anos.

    será iso ou nada.

    ou muito pior.

     

  11. Era do conhecimento de todos

    Era do conhecimento de todos a necessidade do ajuste fiscal, contas públicas deterioradas não servem a ninguém, nem a indústria, nem aos bancos, nem aos trabalhadores, nem ao País.

    A queda na arrecadação em função das desonerações e o baixo crescimento trouxeram problemas que precisam ser equacionados, contas públicas desorganizadas não favorecem o crescimento econômico, os investimentos, a manutenção do nível de emprego, nem o aprofundamento das ações sociais.

    O próprio Nassif concordou que a meta de superávit primario de 1,2 para 2015 e 2,0 para 2016 e 2017 estão de acordo com um ajuste moderado e não o proposto pela oposição que era não deixar pedra sobre pedra.

    Estamos olhando a árvore (Levy) e não a floresta (os objetivos da política econômica) que serão perseguidos.

    Precisamos ter um pouco de cautela e darmos a Presidente Dilma um voto de confiança.

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