Líder do MTST no Rio diz que governo precisa ir além do Minha Casa, Minha Vida

Jornal GGN – Em protesto contra o governo do presidente interino Michel Temer, no centro do Rio de Janeiro, o líder do MTST, Vitor Guimarães, disse que a política habitacional brasileira precisa melhor e ir além do programa Minha Casa, Minha Vida. “O primeiro governo Lula manteve a política habitacional que sempre existiu. Quando foi criado, em 2009, o Minha Casa,Minha Vida, mais para salvar a construção civil do que para construir casas, a gente já começou a ter política habitacional, centralizada, federalizada, que construía casas em todo o Brasil. O programa é insuficiente, criado para salvar as empresas, e não rompe com o defícit habitacional. As casas dos trabalhadores continuam a ser construídas na periferia, longe dos serviços e centros urbanos. Não é um programa para enfrentar o defícit habitacional, mas um programa para construir casas”, disse.

Em sua opinião, é preciso dar mais poder para o povo, permitindo que os próprios moradores participem da construção das residências, o que melhora a qualidade e barateia o custo final. “Quando o povo está gerindo, consegue construir casas melhores, maiores e de melhor qualidade, como foi o caso em Taboão da Serra, em São Paulo. Lá, com o mesmo dinheiro que as empreiteiras faziam apartamentos de 39 metros quadrados, fizemos prédio com oito andares, elevador, varanda e três quartos, com 64 metros quadrados, com o mesmo dinheiro, porque a gente não visava o lucro”, afirmou.

Da Agência Brasil

É preciso melhorar política habitacional, diz MTST em ato da oposição no Rio

Por Vladimir Platonow

A política habitacional do país precisa melhorar e ir além do programa Minha Casa, Minha Vida, que não resolveu o defícit de habitação no país. A opinião é do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Vítor Guimarães, integrante da coordenação nacional da entidade. Ele participou hoje (22) de um ato contra o governo do presidente interino Michel Temer, no centro do Rio.

“O primeiro governo Lula manteve a política habitacional que sempre existiu. Quando foi criado, em 2009, o Minha Casa,Minha Vida, mais para salvar a construção civil do que para construir casas, a gente já começou a ter política habitacional, centralizada, federalizada, que construía casas em todo o Brasil. O programa é insuficiente, criado para salvar as empresas, e não rompe com o defícit habitacional. As casas dos trabalhadores continuam a ser construídas na periferia, longe dos serviços e centros urbanos. Não é um programa para enfrentar o defícit habitacional, mas um programa para construir casas”, disse Vítor Guimarães.

Na opinião do líder do MTST, é preciso dar mais poder para o povo, permitindo que os próprios moradores participem da construção das residências, o que melhora a qualidade e barateia o custo final.

“Quando o povo está gerindo, consegue construir casas melhores, maiores e de melhor qualidade, como foi o caso em Taboão da Serra, em São Paulo. Lá, com o mesmo dinheiro que as empreiteiras faziam apartamentos de 39 metros quadrados, fizemos prédio com oito andares, elevador, varanda e três quartos, com 64 metros quadrados, com o mesmo dinheiro, porque a gente não visava o lucro”, contou . Na ocasião, segundo ele, foi escolhida uma construtora, que contratou os próprios moradores, com emprego formal, que construíram suas próprias casas.

O líder do MTST explicou que o movimento nunca teve adesão automática às gestões Lula e Dilma e que a postura é de independência política. O ato contra o atual governo se concentrou na Igreja da Candelária e depois seguiu pela Avenida Rio Branco, com destino ao Palácio Gustavo Capanema, sede histórica do Ministério da Cultura. A passeata contou com várias entidades de oposição, ligadas à Frente Povo Sem Medo, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Parceria Público-Privada

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Cidades, Bruno Araújo, disse que o governo estuda a criação de um programa habitacional e de saneamento que, por meio de parcerias público-privadas (PPPs), beneficiará parcelas da população que atualmente não são atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida. “[Ainda] Não estamos anunciando um novo programa, mas equipes técnicas estão sendo formadas no ministério para estudar medidas de captação do capital privado em habitações e saneamento. Quando esse desenho de programa estiver pronto e tiver autorização da Presidência da República vamos, em um outro momento, apresentar esse modelo de programa que, apesar de nada ter a ver [diretamente] com o Minha Casa, Minha Vida, poderá funcionar como linha de reforço auxiliar dele, tendo-o como linha mãe”, antecipou.

Redação

6 Comentários

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  1. MCMVida modernoso

    Nassif,

    O governos de Lula e DRousseff puseram prá funcionar algo que não existia nem mesmo em sonho, um programa habitacional muito bem alinhavado para ser aplicado em todo o país, haja vista a adesão das partes envolvidas, e em poucos anos foram construídas mais de 2 milhões de unidades que atingem positivamente a mais de 8 milhões de pessoas. 

    Todo o setor foi beneficiado com o programa, indústrias, fornecedores e construtoras, o contratado paga, ou melhor, pagava um preço/m² bem abaixo daquele praticado no mercado imobilário, e aparecem pessoas para propor mutirão ou contratação de mão de obra local, moradores construindo as suas próprias casas, tá certo.

    Até pode ter dado certo em Taboão da Serra, mas é idéia que equivale a sonho em noite de verão quando sugerida para todo o país. Em relação à localização dos terrenos, talvez tenha algum na Av.Vieira Souto ou adjacências, basta procurar que termina por encontrar um prá fazer o MCMVida modernoso.  

    Nunca existiu algo sequer parecido com o MCMVida no país, a preocupação com a casa própria para os que mais precisam era praticamente nula, nos últimos 40 anos não tinham sido construídas, estimo eu, um milhão de unidades habitacionais e aparece um prá dizer que Lula manteve a política habitacional que sempre existiu, é verdade, ele não deveria ter feito era nada, apenas mutirões do Oiapoque ao Chuí. 

    Opinião crítica é algo sempre bom, mas deste jeito, socorro.  

  2. o que ele diz que é preciso…

    já acontceu, com melhoria salarial, e ele nem percebeu

    deu uma de quem pegou o trem errado e, pior, do lado errado das plataformas, ou seja, pegou um trem que voltava do lugar aonde ele queria chegar

  3. como já falei de agentes provocadores…

    falarei agora dos provocantes

    …vão jogar os pobres coitados na arena dos construtores de araque, dos que começam e não terminam…

  4. Acho fundamental no programa

    Acho fundamental no programa MCMV o conceito de comunidade de casas com um centro de serviços e apoio para cada conjunto. Vejo imensos conjuntos de casas ou predios verticais sem um centrinho com comercio e parquinhos para crianças, um local para uma roda de samba, de choro, para festinha de criançss, quanto isso custaria a mais?

    O conceito de COMUNIDADE onde os moradores elegem um tipo de Conselho para ZELAR pela conservação, pela segurança, pelo lazer dos moradores, seria algo util e um aprendizado de democracia.

    Enormes grupos de casas ou apartamentos NUS E CRUS, sem nada em volta, dá calafrios. Um centro de convivio,

    de utilidades, um local para festas e reuniões, porque isso já não está nos projetos?

    1. centro de serviços

      Andre,

      O custo/ u.h. de um centro de serviços como este, a depender da quantidade de unidades do condomínio, não deve chegar a 2 mil reais.

      Centros como este proposto devem oferecer aos condôminos um caixa eletrônico, guichês da prefeitura, guichê do governo estadual, guichê do cartório responsável pela tal região, computadores para fornecer cópias de documentos dos moradores, dois banheiros, etc…, ou seja, o morador não precisa viajar para pagar o IPTU, para tirar dúvida a respeito de assunto de ordem municipal ou estadual, para resolver eventual dificuldade junto ao Ofício de Notas.

      Naqueles condomínios com quantidade reduzida de unidades habitacionais, seria possível obter toda aquela facilidade no condomínio mais próximo. 

      Não compreendo como tal detalhe possa ter “escapado” do grupo que tocou o Programa com muita eficiência, ao ponto de exigirem elevadores para os blocos de apartamentos.

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