Do Universo HQ
Não é possível contar a história moderna do México sem levar em conta a vida e o legado de Emiliano Zapata (1879-1919). O revolucionário lutou contra a ditadura que vigorava naquele país no início do século 20 e pegou em armas para defender os direitos dos camponeses à terra e à liberdade.
O livro de Daniel Esteves (roteiro), Alex Rodrigues e Al Stefano (arte), refaz os passos do revolucionário desde os primeiros confrontos com os soldados do ditador Porfirio Díaz até seu assassinato numa emboscada em Chinameca.
A história é contada pelo ponto de vista do brasileiro conhecido apenas como “Brasileño”, que fugiu para o México e se converteu num dos principais companheiros de Zapata. O personagem, fictício, faz o elo entre a Revolução Mexicana e outro evento histórico envolvendo a opressão aos mais pobres – no caso, o massacre da comunidade de Canudos, ocorrido no interior da Bahia entre os anos de 1896 e 1897.
A narrativa se dá em dois momentos distintos e intercalados: nos flashbacks que constroem a ascensão de Zapata como líder do Exército Libertador do Sul, e outro que acompanha a busca de “Brasileño” por seu líder e amigo, quando o movimento já havia perdido a força. A convergência das duas linhas temporais forma um mosaico que lança um novo olhar sobre este importante momento histórico da América Latina.
Durante o FIQ, Daniel Esteves lança outras duas HQs: 147 (24 páginas, R$ 10,00), com arte de Hugo Nanni, e Archimedes Bar (32 páginas, R$ 10,00), uma coletânea com vários autores, como Danilo Pereira, ex-aluno da escola HQ em FOCO, de Esteves.
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