Por Eduardo Guimarães
Respostas ao post “O massacre dos coxinhas na Cantina Brasil“
O Rovai me mata de rir. Eu digo a esse menino quem é alguém que critica os coxinhas.
Meu avô era diretor comercial da Mercedez Benz. Minha família tinha grana. Quando atingi a maturidade, por volta dos vinte anos, morreu a família toda e eu não tinha quase mais herança – torrei tudo porque coloquei a mão nela muito jovem.
Casei-me falido aos 22. Tive que ir trabalhar como estoquista numa distribuidora de autopeças. Morava eu e a mulher num cortição. Como a situação estava muito ruim, passamos fome – eu ganhava pouco e a esposa tinha que cuidar da nenê.
Eu caminhava todo dia 7 quilômetros para ir, 7 para voltar do trabalho. Cheguei a ficar 2 dias sem comer. Não tinha nem como levar marmita. Só comia à noite. Por fazer trabalho pesado, desmaiei várias vezes no trabalho.
Lutei e logo virei chefe de todo mundo na empresa – tinha estudado em colégios como São Luis, São Bento e Dante Aligheri, então tinha mais preparo e ultrapassei meus colegas, todos de origem pobre.
Logo, virei comprador, gerente de compras e, depois, investidores me ofereceram sociedade e virei empresário. Essa trajetória durou uma década.
Mas vivi o outro lado. 3 anos na pobreza. Pobreza de verdade, com fome, privações de todo tipo.
Será que o Rovai conhece esse lado da vida?
Os coxinhas são um bando de mauricinhos e patricinhas mimados que não reconhecem os avanços do Brasil porque nunca experimentaram a pobreza e não sabe como a vida desse setor da sociedade melhorou.
Mas o Rovai é menino, ainda. Um dia ele aprende.
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