O golpe, visto pelos secundaristas de Poços e São João da Boa Vista

Quando o golpe aconteceu, morava em Poços de Caldas e com 13 anos, meu apelido ainda era Lacerdinha, influência de meu avô Issa Sarraf, correligionário e amigo de Carlos Lacerda.

Nos anos imediatamente anteriores, as Semanas do Estudante da cidade cativavam a rapaziada local. A rigor, havia três grupos se digladiando: o do Colégio do Arinos, da Maçonaria, de jovens comunistas e trabalhistas; a parcela poçoscaldense dos Colégios Marista e São Domingos, ligados à esquerda católica; e um grupo restrito de internos do Marista, a maioria filhos de famílias abastadas de São Paulo, e o Lacerdinha aqui, com 12, 13 anos.

Bebíamos Brasil, debatíamos reforma agrária, reformas de base, nordeste. E nossos ídolos eram Lacerda, Brizola. Julião, JK, Bilac Pinto. O sonho maior era promover um debate entre Lacerda e Brizola. À esquerda e à direita, era uma geração se preparando para fazer o país avançar.

Os ecos da disputa ideológica chegavam até Poços por vários meios.

Meu avô me encaminhava a revista Ação Democrática, bancada pelo IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática). (clique aqui) Mais liberal, meu pai me passava a revista Política & Negócios.

De Belo Horizonte, vinha um jornalzinho católico extraordinariamente reacionário. Mas a grande voz da direita era mesmo O Cruzeiro e seu principal colunista, David Nasser.

Do lado da esquerda, havia o Brasil Urgente, do frei Josaphat, que teve vida curta. Última Hora não chegava até lá.

Em Poços, a Igreja Católica tinha dois campos opostos. Os Maristas, extremamente conservadores; as dominicanas, um oásis no acolhimento de jovens.

No Colégio São Domingos, das freirinhas, havia as reuniões do GGN (Grupo Gente Nova), dominado pela esquerda católica da JEC (Juventude Estudantil Católica).

O GGN surgiu em Belo Horizonte, criado pelo padre Maia, jesuíta conservador, mas apropriado pelas freirinhas do Colégio Sion, que lhe deram uma feição progressista. Uma das militantes era a estudante Dilma Rousseff. O GGN hegou a Poços através das freirinhas do São Domingos e em pouco tempo foi dominado pelos quadros da JEC (Juventude Estudantil Católica).

Discutíamos política, a encíclica Mater et Magistra, amávamos João 23, às quartas-feiras tínhamos um bailinho (brincadeira, como se chamava na época) e, aos domingos, ação social na favela do Serrote, distribuindo alimentos fornecidos pela Caritas norte-americana.

Nas férias, o Colégio São Domingos recebia os seminaristas dominicanos de São Paulo, liderados por frei João Batista, já marcado por ter liderado os trabalhadores de uma fábrica de móveis quebrada, a Formaespaço, assumindo a direção com um modelo de autogestão que recuperou a empresa (clique aqui para ler tese sobre a experiência de auto-gestão).

Assim como nos dias de hoje, qualquer desculpa valia para enormes manifestações contra o comunismo e para a exacerbação do ódio. Uma charge de Otávio (do Notícias Populares) com a cara de Pelé em uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma charge de Millor Fernandes sobre o dia da criação, tudo era motivo para marchas indignadas e uma estratégia sistemática de atribuir a responsabilidade ao governo.

Pouco antes do golpe, Poços teve sua Marcha da Família com Deus Pela Liberdade. O grande estimulador era um pastor norte-americano, Padre Peyton, empenhado em uma “cruzada moral”.

Quando veio o golpe, eu tinha 13 anos incompletos, quase 14. Durante algumas semanas mantive minha posição de “lacerdinha”.

Mas a revisão veio rapidamente. Um ou dois meses depois entrei na JEC impressionado, de um lado, com as notícias de espancamento de estudantes, prisões, casos de tortura. De outro, pelo clima que se espalhou pela região. As discussões acesas, porém amigas, entre esquerda e direita, muitas vezes terminando nos bancos dos jardins da cidade, foram substituídas por um pesado clima de delação.

Os comunistas amigos fugiram da cidade. Sumiram Gerinho, Zé Caé, o dono da funerária, o eletricista Sebastião Trindade, todos nossos adversários amigos comunistas. E corriam histórias de que Juarez Távora, amigo da família, distribuíra metralhadoras entre os fazendeiros locais.

O pior do caráter humano – a delação – emergiu em pessoas que, pouco antes, pareciam cidadãos dignos e de boa paz. E esse clima se espalhava por todo o país. Na vizinha São João da Boa Vista, os dois líderes do PTB – prefeito Miguel Jorge e seu irmão Durval Jorge Nicolau – foram expulsos da cidade por fazendeiros armados com metralhadoras do Exército.

Clique aqui para um breve histórico da saga da família Nicolau em São João. Antes de 64, meu avô udenista participou de alguns encontros regionais com Miguel Nicolau. Anos depois, me relatou a belíssima impressão que teve dele.

Poucos ousavam resistir ao macartismo que se instalou. E esses heróis da resistência tornaram-se para sempre nossas referências.

Em Poços, o grande líder foi o jovem advogado Arthur de Mendonça Chaves Filho, cujo pai era do PTB. Destemido, com uma oratória poderosa, contrapunha-se à canalhice dos delatores.

Morreu duas semanas atrás.

Nos anos seguintes, a ditadura foi se aprofundando.

Em 1967 ou 1968 houve um encontro da UNE (União Nacional dos Estudantes) em um convento dominicano em São Paulo. A bancada de Minas passou por Poços e ficou hospedada na casa do tio Leo e na nossa. Em meio a uma rapaziada esfuziante, imprudente até, a figura mais madura era do jovem José Carlos da Matta Machado, filho do pensador católico Edgard da Matta Machado.

No ano seguinte, a prima Rosa foi presa no Congresso da UNE em Ibiúna. Pouco tempo depois recrudesceu a repressão e estourou a guerrilha.

Certo dia apareceu por Poços o Leozinho, nosso primo carioca, sobrinho do tio Leo, filho de um militar falecido. Tinha 17 ou 18 anos, chegou com uma bala nas costas e passou algum tempo escondido, até se restabelecer. Poderia ter se tornado grande liderança política. Morreu em Paris, exilado, sem bandeiras, em uma greve de fome em favor da paz mundial.

Matta Machado foi morto no Recife. O doce frei Tito, que, na copa da casa do tio Léo, por tantas noites encantou a família com sua prosa amena, enlouqueceu e se matou. Os colegas mais velhos, que seguiram antes para São Paulo, terminaram presos ou exilados.

Livrei-me da fase brava inicial por ser mais novo e devido ao Tiro de Guerra que me segurou na região até 1969.

Mas as nuvens cinzentas da ditadura espalhavam-se por todos os poros sociais do país e chegavam também ao interior.

Em 1967 musiquei uma peça de teatro de um amigo, aluno de História na PUC de Campinas. Foi censurada e gerou uma passeata no centro da cidade até o pátio da PUC. Ah, a PUC, de dom Amaury Castanho, conservador, reacionário e digno, quando colocou-se na porta da Universidade e impediu a entrada do Exército para prender seus estudantes.

Em outros festivais, tive uma música censurada devido ao título “As curvas da Marquesa de Santos”. Doutra feita, censurado em um Festival da Tupi devido ao termo “bengala gala” – um censor erudito descobriu que, no nordeste, gala é esperma de galo.

Na Feira Permanente da Música Popular, na TV Tupi, foi censurada parte da letra de meu parceiro João Jurity, que falava em senhor K. Nem adiantou explicar que era um personagem de Kafka. A censura disse que era propaganda subliminar de Kubistcheck e obrigou a trocar para Senhor F. E não éramos nada: apenas jovens compositores do interior.

Em 1968 houve um momento inesquecível em São João da Boa Vista – onde fui estudar a partir do 2o científico- , na campanha de Durval Nicolau, pelo MDB, contra três candidatos da Arena. A campanha foi conduzida por estudantes secundaristas e por militantes trabalhistas e comunistas da cidade. Tive a honra de compor o jingle da campanha.

Terminada a apuração, Durval foi vencedor com cerca de 50 votos a mais que a soma dos concorrentes. Festejávamos na praça quando, pela rádio local, soubemos que a policia tinha fechado o Palmeiras – onde ocorria a apuração – para uma recontagem dos votos. A Arena venceu por 7 votos de diferença. E nem havia para quem reclamar.

Em 1974, o filho de Durval, Nelsinho Nicolau, conquistou pela primeira vez a prefeitura de São João. Talvez tenha sido o mais relevante prefeito que a cidade conheceu

No meu último ano de interior, 1969, montamos um grupo de teatro em São João da Boa Vista e levamos “Liberdade, Liberdade”, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel. Excursionamos por Uberaba e outras cidades.

No final do ano, com o Tiro de Guerra de Poços (fazia o Tiro em Poços e estudava em São João) já encerrado, fui procurado por vários colegas atiradores, com um recado do Sargento Mignoni: “Não apareça em São João da Boa Vista pois estão te preparando uma armadilha”.

Um sanjoanense, do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), aluno do Largo São Francisco e que havia participado da invasão do teatro Ruth Escobar, delatara nosso grupo de teatro para o Segundo Exército. Mandaram militares do serviço de inteligência em São João. A diretora da escola, dona Adélia, prudentemente livrou os sanjoaneses da fria – o Ercílio, o Paulinho Salomão, o Ricci, Erimilio, rapaziada de 15 a vinte e poucos anos – e jogou as responsabilidades nos ombros do poçoscaldense.

Como morava em Minas, encaminharam as denúncias para a delegacia de polícia e para o tenente Hélio. O delegado Honório e o próprio Tenente Hélio correram na Farmácia Central para alertar meu pai para não permitir que eu passasse por São João. ” Estão querendo aprontar uma armadilha para seu filho”, foi o alerta, o mesmo trazido pelos colegas de Tiro.

No ano seguinte estava em São Paulo. Agora, gritos e sussurros, torturas e assassinatos se multiplicavam, mas sem incomodar a paz dos cemitérios da opinião pública.

Luis Nassif

33 Comentários

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  1. Nassif, o problema da

    Nassif, o problema da democracia é deixar quem a tripudia e a renega, livre e faceiro por aí e o problema da ditadura é deixar quem a contesta e renega, esfacelado e desaparecido para sempre. Simples como nossa existência nesse mundico sem eira nem beira.

  2. Nassif,
    Ontem vi um

    Nassif,

    Ontem vi um documentário do Silvio Tendler,  sobre o pernambucano Josué de Castro,( Geografia da Fome) que morreu no exílio de depressão, querendo voltar para o Brasil.

    Exilaram além dele, grandes intelectuais, como Darci Riberio, Paulo freire, Betinho e tanta gente boa que estavam transformando este pais para melhor.

    Só por isto a ditadura merece condenação eterna.

    Enquando isto, o coronel torturador Brilhante Ustra da risada de nossa cara e o General Newton Cruz, adimitiu que sabia duas horas antes do atentado ao Rio Centro e nada fez.

    Precisamos iniciar o movimento de retirada de nomes de ditadores de ruas, avenidas e predios públicos.

    Urgente!!!!

     

     

    1. nomes de ruas

      Podemos começar trocando o nome da Avenida Marechal Tito, na Zona Leste de São Paulo, e retirar todas as homenagens aos ditadores Floriano Peixoto, e Getúlio Vargas.

  3. Sua história, Nassif,

    Sua história, Nassif, repetiu-se à náusea pelo Brasil. Nunca se discutiu tanto o país quanto naquele início dos anos 60. Dava gosto verificar o interesse da juventude e das pessoas de bem. Praticamente não haviam pessoas distantes dos acontecimentos, mesmo que do lado errado (os da arte pela arte, os leitores do David Nasser, entre outros). A ditadura nos tolheu e nos castrou como participantes da discussão nacional. Como brasileiros à procura do futuro. Fizemos nossas vidas e nossas carreiras pisando em ovos, no mais absoluto silêncio. E fomos esquecendo de como era bom viver democraticamente. Os interesses pessoais (dinheiro, posição) sobrepujaram os últimos resquícios civilizatórios. E assistimos as delações, as prisões, as torturas: o silêncio calhorda da imprensa em geral, a transformação de pessoas de bem em carrascos, “baba ovos”, vivandeiras de quartéis. E usaram os milicos como massa de manobra para seus negócios e negociatas (na Assembléia Legislativa do RS tiveram de cassar até deputados da Arena para elegerem o Perachi governador e o irmão do Costa e Silva para o TCE). Deu no que deu: o tal MDB tão incensado, na verdade era o refúgio dos políticos que interessavam ao estamento negocial-militar, discursavam meia pataca (sem ofensas, sem ofensas aos militares) e davam ares de normalidade ao país. Conseguiram emascular duas a três gerações, deixando como legado os políticos-negociantes que nos atormentam até hoje: a televisão virou negócio, os colégios viraram negócios, os negócios viraram negociatas. E o Brasil paga o preço (hoje, menor, depois dos 11 anos do PT no poder).  Lastimável.

  4. Debater reforma agrária com

    Debater reforma agrária com 12, 13 anos nossa, era outro nível. Com essa idade, eu lembro do Massacre de Eldorado Carajás e da novela O Rei do Gado que abordou brilhantemente a questão (não parece a Globo atual), mesmo assim não entendia nada e com o tempo pude entender a importância da questão agrária.

    O melhor sistema partidário que o Brasil teve foi nessa época, riqueza ideológica e visões diferentes sobre o desenvolvimento do Brasil. Sem o golpe haveria o sonhado debate Brizola X Lacerda.

    Imagino quem governaria o Brasil sem a ditadura, com certeza um país muito melhor: Juscelino era favorito em 1965, em 1970 em diante seria a vez de Brizola, Lacerda ou Arraes.

  5. “Um sanjoanense, do CCC

    “Um sanjoanense, do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), aluno do Largo São Francisco e que havia participado da invasão do teatro Ruth Escobar, delatara nosso grupo de teatro para o Segundo Exército. Mandaram militares do serviço de inteligência em São João. A diretora da escola, dona Adélia, prudentemente livrou os sanjoaneses da fria – o Ercílio, o Paulinho Salomão, o Ricci, Erimilio, rapaziada de 15 a vinte e poucos anos – e jogou as responsabilidades nos ombros do poçoscaldense.”

     

     

    Nassif, você sabe quem é esse sanjoanense? Pela descrição eu tenho a impressão que ele me deu aulas na faculdade, já que eu tive um professor que é de São João, era da Sanfran e, segundo uma matéria de O Cruzeiro, fazia parte do CCC.

     

    5 reais que o nome dele é Acácio.

  6. Fiquei arrepiada com o texto,

    Fiquei arrepiada com o texto, é como se a história nos acordasse de novo. Como disse o Shell, muitos de nós viveu essa realidade e cresceu, amadureceu, tendo que lidar com as terríveis contradições que nos cercavam. Além do medo que acabou por se instalar no país nos anos de chumbo. Se minha memória fosse melhor, poderia somar alguns relatos com maior fidelidade. Mas, tenho uma lembrança de umas freirinhas que frequentavam o curso de teologia da CNBB, no Rio de Janeiro que ficou marcada. Foram elas que me falaram da JEC e da JUC (juventude cristã estudantil e universitária). Duas trabalhavam em favelas, onde viviam. Estávamos conversando e uma outra freira, de outra congregação, disse: O ideal será o dia em que virmos unidos os símbolos da cruz, da foice e do martelo. Para que ninguém viaje muito, isso quer dizer apenas o Espírito, o trabalho do campo e da cidade unidos. Uma humanidade completa. Isso me emociona.

  7. Secundaristas Poços de Caldas-S.J.da Boa Vista

    Acompanho sempre você que continua genial.

    Obrigada pelas pesquisas em multiassuntos que você faz e conhece muito.

    O maestro Azevedo da banda de Poços de Caldas,Santos e Policia Militar de S.Paulo,que você citou tempos atrás, é meu avó.

    Beijos da colega secundarista,

     

      Terezinha Prímola

    1. Salve Terezinha
      fucei tudo

      Salve Terezinha

      fucei tudo atrás da história do maestro Azevedo, sem saber que era seu avô. Depois, me mande mais coisas dele e mais composições suas.

  8. Caríssimo Nassif,
    Lendo este

    Caríssimo Nassif,

    Lendo este post me senti no momento exato! Em 1964, estudava no Colégio São Domingos, era interna, tanto eu como minha irmã Iza! Na época, eu tinha 14 anos, meu pai foi nos buscar em Poços! Pertenci a JEC  e me lembro perfeitamente de tudo isso e também de você! Foi o Colégio São Domingos que me deu a base da minha formação política! Não foi fácil, meu pai foi um dos fundadores da UDN de São João, mas sempre foi uma pessoa tranquila e generosa! Era primo irmão da tia Néia, casada com o tio Durval Nicolau e sempre nos quisemos muito bem, a família inteira! Tempos difíceis aqueles, delações de todo o tipo! Fiquei no Colégio São Domingos até 1965, em 1966 voltei para São João para fazer a 4ª série ginasial!

    O episódio da eleição do tio Durval, jamais esquecerei, foi revoltante demais, e, meu pai, embora de outro partido, ficou trsite e revoltado! Quando fecharam o Palmeiras, desandei a chorar, sabia que” arrumariam “alguns votos para que ele não vencesse, de jeito nenhum! Naquele dia, o tal do CCC estava em frente a minha casa, pois namorava a filha do ex-prefeito! Tentou fazer gracinhas, mas, eu, aos gritos o expulsei (queria entrar na nossa casa)!

    Tempos que jamais esquecerei, lembro também da dona Adelita e de tudo isso, agradeço de coração essas lembranças tão caras, tristes e ao mesmo tempo tãovibrantes que fazem a gente voltar ao tempo!

    Obs.- Naquela triste eleição do tio Durval, em compensação, o Nelson, filho dele e meu primo, foi o vereador mais votado em São João da Boa Vista!

    Um abraço carinhoso,

    Maria Olimpia

  9. “gynaikothrips ficorum”

    Vulgo lacerdinha.

    Também chamado de azucrinol:

    “Azucrinar

    Importunar, apoquentar alguém. Em linguagem bem popular, encher o saco. O berço dessa palavra tem a ver, acredite, com um diminuto inseto chamado azucrinol, de nome científico gynaikorthrips ficorum (sic), com cerca de 2 milímetros, verdadeira praga para as lavouras. É também conhecido como lacerdinha, vive em bando na copa das árvores, de onde se atira para picar as pessoas. Nos anos 50/60, era muito lembrado, sobretudo pelos cariocas, como apelido dado pelos adversários do jornalista e político Carlos Lacerda, que passou boa parte de sua vida pública azucrinando os presidentes e pregando golpes para derrubá-los, até que ele mesmo acabou cassado pelo governo militar. Feitiço contra o feiticeiro.”

    Fonte: http://www.citltda.com/2011/02/sobre-os-gynaikothrips-ficorum.html

    Era uma praga que infestava as figueiras das praças públicas. Quando atinge os olhos, causa uma irritação semelhante a pior das conjutivites. Voce não era fácil, hem, Nassif? Merecer tal apelido, somente o Corvo:

     

     

     

     

     

    Esta aqui é ótima. Qualquer semelhança com tucano não é mera coincidência, é porque a história se repete como farsa:

     

     

     

  10. Ditadura nunca mais

    Ola Nassif, embora tenha eu vivido em outra regiao, leste de Minas Gerais, o seu texto com pequenas mudancas de nomes e endercos poderia ser utilizado para descrever as acoes e movimentacoes no periodo da ditadura. Estou pasmo com a reedicao de eventos pro-ditadura, penso que sao pessoas que gostariam de exercer o papel de algozes. O seu texto é bastante oportuno, é preciso continuar escrevendo sobre isto para que nunca mais tenhamos que nos emudecer.

  11. Ditadura nunca mais

    Ola Nassif, embora tenha eu vivido em outra regiao, leste de Minas Gerais, o seu texto com pequenas mudancas de nomes e endercos poderia ser utilizado para descrever as acoes e movimentacoes no periodo da ditadura. Estou pasmo com a reedicao de eventos pro-ditadura, penso que sao pessoas que gostariam de exercer o papel de algozes. O seu texto é bastante oportuno, é preciso continuar escrevendo sobre isto para que nunca mais tenhamos que nos emudecer.

  12. O Golpe Made in Brazil

    “Os brasileiros fizeram a maior parte do trabalho sujo na destruição da própria democracia.”

    O valor real das discussões como esta pode ser histórico em um sentido diferente do que identificar onde os marines iriam pousar. O Brasil recentemente ultrapassou o Reino Unido como a sexta maior economia do mundo. 

    Brasília estourou no cenário mundial e, em vez de fazer o papel de vítima perene dos grande mau irmão Sam, pode ser hora para os brasileiros olharem para o seu próprio país, de modo diferente como os outros o viram. 

    Algumas das mensagens da CIA e outros agentes norte-americanos são particularmente reveladoras e outras não.

    Um mensagem a cabo do Departamento de Estado descreveu o novo Presidente Castelo Branco como “baixo, atarracado, pescoço muito curto e cabeça grande lhe dá aparência de ser corcunda”.

    De forma comovente, em um cabo enviado à Casa Branca três dias após o golpe, a CIA descreve um dos principais golpistas, o empresário conservador Adhemar de Barros, governador de São Paulo Estado por três vezes: “Um indivíduo dinâmico, volúvel, com uma personalidade agradável, forte, Barros é um conservador ideológico, cujo oportunismo notório o levou a colaborar com todos os tipos imagináveis ​​de político. Sua ação em termos de cargos públicos têm sido geralmente marcada pela energia, capacidade administrativa excepcional e notória desonestidade pessoal em grande escala”.

    Pode-se argumentar que o golpe foi a base do progresso econômico que o Brasil vê hoje, mas Goulart, que morreu no exílio em uma fazenda na Argentina, teria argumentado que a sua gestão, com o apoio aos trabalhadores e a mudança econômica mais imediata, o Brasil teria chegado lá mais rápido. 

    Goulart foi o último presidente brasileiro liberal até a posse bem sucedida de Lula e a pergunta mais interessante em torno da leitura das novas revelações da correspondência da CIA pode ser, no entanto, que a ‘revolução’ ocorreu como se os ministros e generais tivessem deixado as reuniões e chamado Langley no telefone mais próximo.

    As mensagens da CIA mostram que os brasileiros fizeram a maior parte do trabalho pesado na destruição da própria democracia.

    O Exército dos EUA tinha planos para mais, muito mais, mas, os generais brasileiros fizeram um trabalho tão bom na execução golpe, que nunca teve que agir.

    Os registros parciais, disponíveis na Lyndon Baines Johnson Presidential Library, em Austin, parte de uma documentação desclassificada da CIA, reúnem, majoritariamente, informações sobre os movimentos de tropas na véspera do golpe e sobre a política interna do Exército Brasileiro.

    Washington enviou um porta-aviões para o Atlântico-Sul “para estabelecer uma presença dos EUA nesta área, e realizar tarefas adicionais que lhe sejam atribuídas”, como o Pentágono, eufemisticamente descreveu a missão em cabos secretos. 

    Foram encaixotadas 250 espingardas calibre 12 para serem entregues a polícia brasileira, para controlar os distúrbios, na eventualidade do povo não ficar de acordo com os generais. 

    Tanques de combustível também foram enviados para a costa próxima do Uruguai e foram preparadas 110 toneladas de suprimentos militares para o transporte aéreo, incluindo bombas de gás lacrimogêneo para os amotinados, em caso de necessidade.

    Nada disso é novo, embora não possa, atualmente, fazer parte do currículo escolar da história brasileira.

    Nem o plano de back-up discutido por Washington, para pousar fuzileiros navais dos EUA em São Paulo, se fez necessário. 

    A contingência, como apresentado à Casa Branca, resumiu-se “as forças americanas envolvidas para fornecer proteção em termos de produtos alimentícios para a tropa brasileira. As armas serão usadas de acordo com a necessidade, para proteger as forças dos Estados Unidos, a base de apoio logístico e ou alcançar a realização de outros objetivos”.

    Uma indicação da importância que a atribuída EUA para sua operação era de que o oficial da Força Aérea encarregado de organizar algumas destas logísticas foi Paul Tibbits, que voou o avião que lançou a bomba atômica sobre Hiroshima.

    Aparentemente, não havia planos para o núcleo do Rio de Janeiro, onde o presidente esquerdista estava sediado.

    Mas havia plano de contingência para, se necessário, e, se aprovado pelo então presidente Johnson, realizar ataques aéreos pela aviação americana ao Brasil, partindo de bases argentinas. 

    Como muitas vezes acontece quando o Pentágono começa um planejamento de guerra, não é claro se os argentinos não tenham sido consultados sobre esta intervenção. 

    No entanto os EUA sabiam que, entre as metas para a intervenção militar, “o principal objetivo será a área de São Paulo. Baseado em informações de inteligência atual, [São Paulo] fornecerá às forças dos EUA os meios necessários para as ações logísticas aéreas e marítimas”, que, aparentemente, incluiriam os ataques aéreos em apoio às forças brasileiras e outras alternativas, dependendo da situação, podem ser o Rio de Janeiro ou Porto Alegre”.

    Nenhum dos planos norte-americanos foram de fato necessário instrumentalizar e um cabo do embaixador dos EUA no primeiro dia do golpe cita o General Humberto Castelo Branco, o líder da revolta: “Ele nos disse que não precisa da nossa ajuda”.

    No dia seguinte, uma nota da US Joint Chiefs of Staff resumiu a situação: “O pacote de armas e munições continuam a disposição no McGuire [Base da Força Aérea dos EUA] dependendo da determinação do Embaixador Gordon sobre se as forças militares brasileiras ou as forças policiais estaduais exigirão apoio inicial dos EUA. A força-tarefa vai permanecer na direção do Atlântico Sul até o embaixador determinar que escaladas ou outras demonstrações de poder naval dos EUA não sejam absolutamente necessárias”.

    Depois, houve o comentário sinistro, aparentemente referindo-se à tentativa de desestabilização secreta da CIA: “Só a parte da movimentação política, que o embaixador considera essencial para a atual situação, deve ser continuada”.

    Os novos documentos da CIA contam que, no mesmo dia, quase em tempo real, ocorreu uma reunião entre o presidente Goulart e o general Amaury Kruel, comandante do Segundo Exército, pivô brasileiro da única grande força que até aquele momento não tinha mudado de lado para apoiar os rebeldes. 

    “O Presidente disse que pretendia manter o apoio de Kruel” de acordo com os relatos CIA resumidos sobre a reunião, mas Kruel exigia concessões sobre o projeto político que o presidente estava conduzindo. 

    Goulart disse que, antes de fazer quaisquer alterações nas suas alianças políticas, ele teria primeiro de consultar a liderança do Comando Geral dos Trabalhadores. 

    “Neste momento, Kruel interrompeu a conversa e disse que não se sentia obrigado a seguir Goulart por amizade pessoal ou como comandante do Segundo Exército.”

    E isso representava o início ou o fim do golpe – o ponto de vista de Goulart – e Kruel levou o seu exército para o acampamento rebelde e Goulart fugiu do país, para nunca mais voltar. 

    Transcorrida uma semana, o secretário de Estado dos EUA Dean Rusk cabeou o embaixador dos EUA no Rio: “A Força -Tarefa da Marinha foi instruída a parar e se envolver em algum tipo de exercíciopara dar cobertura limitada e depois retornar. Pretendemos manter, m segredo permanente, o nosso propósito original”.

    Aa revolta tinha recebido apoio substancial dos EUA mesmo sem o envolvimento dos fuzileiros navais e a CIA já havia sido implicada em fomentar manifestações de rua contra Goulart, que queria levar o país à esquerda, mas não, provavelmente, para o campo comunista. 

    O maior erro de Goulart pode ter sido o seu timing ruim e não ter percebido o momento fervilhante no Vietnã, um par de anos depois da invasão da Baía dos Porcos e um ano antes do golpe contra Sukarno na Indonésia, todos com uma pesada contribuição do Irmão Sam para bloquear e cercar por conta própria o seu “quintal” – os cães de guarda, na verdade, já estavam no Brasil.

    Muitos dos oficiais que ajudaram a derrubar Goulart, como Castelo Branco, que serviria como presidente da junta militar, foram treinados pelos EUA ou serviram na Força Expedicionária Brasileira que lutou junto com as tropas aliadas na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

    Castelo Branco tinha sido diretor da FEB e, no momento do golpe de 1964, as informações americanas indicavam que seu filho, um oficial da Marinha do Brasil, estava recebendo treinamento avançado na Califórnia. 

    A CIA descreveu para a Casa Brancaa situação evolutiva para formar a nova liderança militar do Brasil : “O presidente [Castelo Branco] nomeou o tenente-general Costa e Silva como Ministro da Guerra. Ele é o general do exército sênior na ativa, altamente respeitado, um centrista, pró-EUA e um anticomunista convicto. Correa de Mello, da Força Aérea, foi nomeado Ministro da Aeronáutica. Ele também foi treinado nos EUA e é militante anticomunista. O almirante Rademaker, o ministro recém-nomeado da Marinha, tem sido fortemente anti-Goulart, pró-EUA e anticomunista” – uma varredura total.

    A CIA informaou também que o novo presidente do Banco do Brasil e da Petrobras foram nomeados, bem como o novo ministro do Trabalho, que iria substituir engenheiros por ideólogos.

    Os EUA e seus aliados ofereceram planos aliviar a dívida externa brasileira: “Um retorno à ordem financeira é uma condição prévia para qualquer progresso a longo prazo e não é impossível”, recomendou a CIA, no segundo dia após o golpe. 

    “Além disso, um novo governo também terá em lidar ao longo do tempo com problemas crônicos como o subdesenvolvimento do nordeste, a reforma agrária e terá que mostrar progresso.”

    As informações são do MercoPress

  13. Nassif, gosto muito dos seus

    Nassif, gosto muito dos seus textos no cenário de Poços daqueles tempos. Neste sobreleva a identificação de alguns de nós com essa mesma ambiência, ainda que em cidades diferentes. Emociona também o post da Maria Olímpia. Com sua licença, registro um poema de Cecília Meireles que me parece adequado ao que sentimos hoje, por meio das lembranças daqueles dias:

    O tempo no jardim

    Nestes jardins – há vinte anos – andaram os nossos muitos passos,

    e aqueles que então éramos se contemplaram nestes lagos.

    Se agum de nós avistasse o que seríamos com o tempo, todos nós choraríamos,

    de mútua pena e susto imenso.

    E assim nos separamos, suspirando dias futuros,

    e nenhum se atrevia a desvelar seus próprios mundos.

    E agora que separados vivemos o que foi vivido,

    com doce amor choramos quem fomos nesse tempo antigo. 

                                             (Cecília Meireles)

  14. Medo da delação

    Seu relato trouxe a tona o medo que se tinha de externar qualquer opinião. Parecia que sempre tinha um dedo-duro a nos rondar. E é impressionante como apareceu tantos caçadores de “comunistas”.

  15. kkkkkkkkkkkk
    De

    kkkkkkkkkkkk

    De Lacerdinha à Dilminha você está progredindo Nassif. KKKKKK

    Bela história, mas, só quem tem pode contar, porém, gostaria muito de ouvir aquelas que não podem ser contadas…

    Continue genial, como sempre foi!

  16. a memória

    Coicidentemente estoy lendo Minhas viagens con Heródoto de Ryszard Kapusscinski (é o segundo dele que leio erecomendo entusiasmada) e ele conta que Heródoto escreveu a História para preservar a memória.

    E esta crónica sua, resgatando a vivência cotidiana en essa época… maravilhosa, fazendo História.

    Muito grata.

     

  17. Democracia sem Ditadura e sem camuflagem

         Realmente extraordinária esta matéria. Mas nos dias de hoje gostaria de enxergar um país democrático, mas sem manipulações, sem mentiras e com governantes envolvidos com a realidade do povo. Seria possível existir políticos que pudessem ler este tipo de reportagem e utilizar um pouco de amor ao próximo, diante de tantos que morreram por este País de norte a sul e leste a oeste se utilizando apenas de sua mente democrática. Será que o nosso Brasil vai continuar exercendo esta democrácia burocrática e com esta transparência mentirosa.   

  18. A favela do Serrote continua a mesma

    Por aqui, a favela do Serrote não mudou muito. Pelo menos não ao ponto de deixar de ser uma favela para se tornar um bairro como os outros. A diferença para aquela época é que, hoje, as casas são feitas de alvenaria e não de folhas de zinco.

  19. secundarista – Poços e São João

    Caro Nassif,

    Major Rubens Vaz morreu com a bala destinada ao Lacerda.

    Quiz a ironia do destino que esse é o nome da rua onde morava o Leozinho quando foi preso, entegue de bandeja pelo grupo da Dilma do Chefe, para desviar a atenção dos agentes da repressão que estavam no encalço dos “chefes” da ação guerrilheira, no exato momento seguinte à ação. Não tive a oportunidade de despedir-me dele quando foi libertado pela sua  advogada, que por sinal se apaixonou por ele ao longo da lide judicial que se seguiu à sua prisão, e o levou prá frança para morrer vítima de uma grave de fome, desiludido.

    Dona Ilda, o Dante e o Leo foram meus amigos e convivi todo o tempo com eles enquanto fui da PQD no Rio. A última vez que nos vimos, todos juntos, foi no Natal de 1972 – eu já fora do Exército e morando e trabalhando e estudando em SPaulo – quando Leo e eu, conversando muito sobre todo tipo de assunto durante a viagem, fomos até Barra de São João buscar o Dante que trabalhava em uma fazenda de criação de gado para passar o Natal com todos no Rio.

    Fico-lhe muito grato por lembrar do Leozinho nessa sua crônica. Foi um homem de valor. Um martir da suas idéias

     

     

     

     

  20. Lembranças de Poços na década de 1960

    Nassif,

    Acho interessante suas memórias de adolescente em Poços. Em pesquisa que fiz no jornal “Diário de Poços de Caldas”, na PUC, para escrever sobre a UEC, aparecem alguns nomes que, talvez, possam merecer lembranças. A pesquisa tem poucas anotações e começam em 1959 a 1962.

    1959- 18/fev: “Todas as 6ª feiras da quaresma são de abstinência de carne”. – 18/março: artigo do padre João Botelho: “Às moças do Brasil – basta tanta profanação do sexo da Virgem Maria”. 18/julho: Teatro do Estudante de Poços de Caldas apresentou “Testemunha de acusação” e retorna com “Almas em conflito”. Direção: Benigno Gaiga (um dos atores, Degeney Diniz de Melo, foi candidato a deputado estadual, em 1978, pelo MDB).

    1960- 12/outubro: “1ª Semana Nacional do Estudante Secundário”. – 13/outubro: Encontro dos estudantes com a diretoria da UEC de BH e núcleos presentes. Conferência da irmã Rafaela Bimbi sobre ‘Liderança estudantil’. Testemunho do jovem estudante de BH Marco Aurélio Veloso. – 19/outubro: Fundada a UEC de Poços (reportagem de José Asdrúbal). Em seguida, aparecem os nomes da diretoria da UEC-Poços).

    1962- 16/setembro: 15h, Conferência do catedrático da Faculdade de Direito, dr. Edgar Godói da Matta Machado: “Formação política do estudante”.(outros conferencistas durante a IIIª Semana do Estudante Secundário: dr. A. Mello Cançado e o encerramento com o dr. Geraldo Freire, deputado federal: “O estudante nos movimentos populares”). – 10/novembro: eleição da diretoria do GGN.

    Outra informação da UEC: Gustavo Loyolla (presidente 1961/62) – Luís Nassif (vice-presidente 1961/62) e o nome do Luís José Rosa.

    Espero que alguma coisa possa ser útil e mais histórias apareçam por aqui.

    1. 1. O Benigno Gaiga era bem

      1. O Benigno Gaiga era bem mais velho, quase idoso. Foi o grande estimulador do teatro em Poços. Creio que existe até hoje.

      2. O Djaney era um dos poucos vereadores do MDB, ao lado do José Maria Chaves.

      3.  A UEC (União Estudantil Católica) precedeu a fundação da UME (União Municipal dos Estudantes). Na época eu tinha 11 anos. Confesso não me lembrar das circunstâncias em que me tornei vice-presidente. O Gustavo devia estar no científico. Depois, formou-se em engenharia pelo ITA. Mas não consta que tenha ficado na atividade política.

      4. O Geraldo Freire era um deputado combativo. Seu slogan, se não me engano era “ah, se o boi soubesse a força que sei”.

      Em uma dessas Semanas, o Napoleão Stanziola, retórico, verborrágico, lançou uma frase de efeito:: “Só não devolvemos Brasil para Portugal porque temos certeza de que ele não aceitaria”.

      Do fundo do salão um senhor levantou-se, pediu a palavra, apresentou-se como lente da Universidade de Coimbra, e retrucou: “Queria informar ao ilustra debatedor que Portugal aceitaria sim, mas para poder entregar o país a jovens como este”.  E apontou um moleque na sala.

       

  21. DITADURA MILITAR

    Parabéns pelo texto.

    É preciso que as pessoas saibam o mínimo do que foi a ditadura militar. Saber que a simples posse de um livro em sua biblioteca, seria motivo de indiciamento e muito mais…

    Uma sociedade construída na obscuro, na delação, no medo, no ódio…  As pessoas não tem a mínima idéia do que isso significa

    Seu texto revela um pouco disso tudo, de um tempo que não queremos que volva.

  22. “Pretty Mary, minha bichinha,

    “Pretty Mary, minha bichinha, todo cuidado é pouco, que esses “macacos” são ardilosos, visse?!” – Taschibra Ferreira da Silva

  23. O golpe visto pelos secundaristas de Poços e São João da Boa Vis

    Caro Nassif,

    Passei por “um bocado” na época, mas trabalhei para o Nelsinho na primeira eleição dele. Realmente a coisa aqui em São João era feia.

    Grande abraço! 

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