Jornal GGN – A Europa, que hoje enfrenta uma crise humanitária relacionada aos imigrantes e refugiados que querem entrar no continente, já foi, durante um bom período, o ponto de partida de milhões de pessoas que fugiam de conflitos e procuravam novas oportunidades de vida.
Historiadores estimam que, de 1815 a 1930, entre 50 a 60 milhões de europeus saíram de seus países e foram para lugares como Estados Unidos, Brasil, Austrália e até a Sibéria. Segundo o Censo americano, cerca de 50 milhões de habitantes dos EUA são descendentes de alemães, e, no Brasil, 370 mil alemães chegaram entre 1824 e 1960, com um número estimado de 5 milhões de descendentes.
Enviado por Maria Carvalho
Da Deutsche Welle
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Anche qui, siamo tutti oriundi.
Muito oportuna a reportagem da DW.
Muito oportuna a reportagem da DW, deviam publicá-la especiamente na Alemanha, Itália e outros países europeus.
Imaginem o que ocorreria na Alemanha se estes milhões de pessoas descedentes dos alemães tivessem ficado na Alemanha, ela teria uma população de uns 70 milhões de alemães a mais, aí que não teria emprego para ninguém.
Comparações descabidas
O artigo oportunamente esquece de desconsiderar algumas importantes diferenças:
1) A migração dos europeus aconteceu em um contexto aonde haviam pleno emprego e crescimento econômico. Esse mundo não existe mais: não há trabalho não-qualificado para milhões de pessoas.
2) Nenhum europeu chegou ao novo mundo com direito a médico, escola, casa, comida e todo tipo de assistência. Não raro, chegavam devendo dinheiro e precisando trabalhar para garantir o teto da próxima noite e a comida da próxima refeição. Independiente destes direitos serem certos ou errados, eles custam dinheiro dos cidadãos-contribuintes, portanto estes tem o direito de opinar se, quantos e quais refugiados querem receber.
3) O novo mundo sempre escolheu quais imigrantes receber. Alemães e italianos podem não ter tido tantos problemas, mas judeus, japoneses e chineses foram vítimas de legislações racistas.
4) Finalmente, os números são completamente diferentes. O artigo fala de 11 milhões de ingleses em um século distribuídos no mundo todo, essa crise é sobre 800 mil sírios só na Alemanha apenas em 2015.