Por autônomo
Comentário ao post “As semelhanças entre 1964 e 2014“
Com todo respeito discordo da análise do Nassif quando diz que “Jango não conseguiu segurar os seus e que houve radicalização intensa, conduzida por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, pelo PCB de Luiz Carlos Prestes e por lideranças sindicais, que acabaram proporcionando o álibi de que os golpistas precisavam.”
Jango foi tão ou mais “cauteloso de maneira até exagerada” de que Lula e Dilma. Era um político muito hábil e achava que poderia controlar a situação de forma pacífica.
Mas se hoje reclamamos dos “radicais de direita”, naquela época eles eram tão ou mais ativos. Os oficias superiores das FA eram reacionários até o último fio de cabelo. Lacerda, um tirano sem trono. E a mídia tão sectária quanto a atual.
Diferentemente do que diz o Nassif o PCB tinha uma linha de moderação. Darcy Ribeiro estava totalmente envolvido com a fundação da Universidade de Brasília. Brizola começou a radicalizar quando viu que o governo não tinha outra saída, seu destino já estava traçado.
A perigosa radicalização veio da tal Central de Trabalhadores e Militares. Nesse bolo tinham pessoas de estranha atuação, como o tal cabo Anselmo, que no final descobriu-se ser agente a serviço de interesses internacionais.
Em outras palavras, “o álibi de que os golpistas precisavam” foi montado pelos proprios golpistas.
Aliás, golpe velho. Tentaram novamente, anos depois, no atentado do Riocentro.
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Pelo que sei Jango caiu
Pelo que sei Jango caiu porque foi inerte além do razoável. Não articulou minimamente, não fez a sua parte. Nâo esboçou a mínima reação. Nâo que isso legitime o golpe, mas se ele tivesse esboçado uma reação ainda que mínima, provavelmente teria controlado a situação e não cairia. Haviam militares que apoiavam o Jango mas que não foram por ele respaudados a agirem. Na verdade a atitude que ele teve se assemelha muito a atual atitude do Governo diante do julgamento da AP 470. Só que é óbvio as circustancias externas são totalmente diferentes.