Um Príncipe Negro no Brasil

O Príncipe Negro de Porto Alegre e a Cultura Religiosa do Batuque

O Príncipe Custódio é um mito e a figura mais lendária que está guardada na memória dos integrantes do Batuque.

Seu nome tribal era Osuanlele Okizi Erupê, filho primogênito do Obá Ovonramwen que, ao chegar ao Brasil, adotou o nome de José Custódio Joaquim de Almeida, Príncipe de Ajudá (1832-1936).

Vindo da tribo pré-colonial de Benis, dinastia de Glefê, da nação Jejê, do estado de Benin, na Nigéria, o lendário Príncipe Custódio do Xapanã Sakpatá Erupê paira no imaginário negro do Rio Grande Sul, como um dirigente tribal africano, exilado no Brasil, onde se tornou famoso como curandeiro e líder religioso. 

https://www.youtube.com/watch?v=DIer08E_bTE width:700

Reverenciado como o introdutor do batuque no Rio Grande do Sul, Príncipe Custódio morreu no dia 26 de maio de 1936 aos 104 anos.

Redação

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  1. Quem foi

     

    O Príncipe Custódio

    Do Batuque dos Orixas

    Vindo da tribo pré-colonial de Benis, dinastia de Glefê, da nação Jeje, do estado de Benin, na Nigéria, o lendário Príncipe Custódio do Xapanã Sakpatá Erupê  foi um dirigente tribal africano, exilado no Brasil, onde se tornou famoso como curandeiro e líder religioso. Seu nome tribal era Osuanlele Okizi Erupê, filho primogênito do Obá Ovonramwen. Ao chegar ao Brasil, adotou o nome de José Custódio Joaquim de Almeida, Príncipe de Ajudá (1832-1936)

    São João Batista de Ajudá era uma fortaleza portuguesa no Daomé, tendo sido descoberta pelos portugueses quando navegavam na costa da Guiné. Era a capital do antigo Reino de Daomé, edificado numa vasta planície outrora muito povoada de cristãos negros.  O rei D Pedro II de Portugal mandou construir a referida fortaleza a fim de proteger o importante comercio que então os portugueses faziam na Costa da Mina. Foi ocupado pelos Ingleses, que ali estabeleceram importantes feitorias, que passaram a ser defendidas pelas guarnições das fortalezas antes pertencentes a Portugal, entre as quais a de São João Batista de Ajudá. Daomé foi colônia de vários países que se estabeleceram ao longo de seu território à margem do Atlântico, mas em 1876 a Grã-Bretanha terminou a ação que iniciara alguns anos antes, comprando toda a parte dos demais ocupantes, tornando, então, a Costa do Ouro inteiramente de propriedade dos ingleses, os quais também tiveram de entrar em acordo com os reis e príncipes negros que lá governavam.  Desta determinação britânica resultou a deportação de um rei africano, que somente em 1934 teve autorização para voltar a fim de passar, sossegadamente, o resto de seus dias na terra natal. Com outros governantes foram feitos acordos financeiros por eles aceitos a fim de ser evitado o massacre do seu povo. 

    Entre estes estava o Príncipe de São João Batista de Ajudá, que deixou sua terra na Costa da Mina em 1862 quando tinha 31 anos de idade. Ninguém sabe como e em que circunstancias este príncipe governante deixou o Porto de Ajudá, que era perto da Costa do Ouro (hoje Republica de Gana), onde em algumas décadas anteriores, funcionava um dos principais locais de embarque de escravos para o Brasil, mas o certo é que ele partiu ante a promessa solene dos ingleses de que o seu povo não sofreria o que haviam sofrido os grupos vizinhos ante a violência dos alemães e franceses. Os portugueses antes poderosos tinham se contentado com uma parte do Guiné e com as ilhas de São Tome e Príncipe, cedendo as suas fortalezas. As condições para que o Príncipe de Ajudá não oferecesse qualquer resistência aos invasores, alem do respeito pela vida dos seus súditos, era a de que ele se exilasse e jamais voltasse aos seus domínios.  E, como parte do convênio, a Grã-Bretanha se comprometia a fornecer-lhe uma subvenção mensal paga em qualquer parte do mundo onde estivesse, por intermédio dos seus representantes consulares. Por qual motivo o exilado escolheu o Brasil como sua nova pátria, não se sabe.  Talvez por haver aqui grande numero de descendentes dos escravos nativos da Costa da Mina, os chamados “Pretos Mina” ou outra razão qualquer. Sua chegada a nossa terra foi assinalada como acontecida em 1864, dois anos depois de ter deixado Ajudá.

    Inicialmente, fixou-se em Rio Grande, mais tarde foi para o interior de Bagé, e já encontrou por lá rituais religiosos de origem africana, popularmente denominada de Batuque. Ele contribuiu sim, e muito para nossa religião, com seus contatos políticos, pois Custódio vinha de uma família nobre e sua saída da África foi política. Ele sabia como se destacar e fazia bom uso de sua sabedoria religiosa, o que ajudou a travar as perseguições às casas de culto africano e foi onde se tornou famoso como curandeiro e líder religioso. Ninguém sabe como e nem em que circunstâncias, ao final do século XIX este príncipe governante deixou São João Batista de Ajudá, no Daomé e por qual motivo o exilado escolheu o Brasil. Talvez por haver aqui grande número descendentes dos escravos nativos da Costa da Mina.

    De Bagé mudou-se para Porto Alegre, onde chegou em 1901, com 70 anos de idade. O Príncipe Custódio tinha oito filhos, três homens e cinco mulheres. Seus conhecimentos de idioma português não eram muito corretos, porém podia expressar-se fluentemente em inglês e francês, além de falar vários dialetos das tribos africanas que havia governado. As festas que promovia na data de seu aniversário duravam três dias com a casa sempre cheia de gente, de manhã à noite, quando se comia e se bebia do bom e do melhor, ao som dos tambores africanos que batucavam sem parar naquelas setenta e duas horas. Mensalmente o consulado britânico local entregava-lhe um saquinho cheio de libras esterlinas, cuja troca em mil-réis servia para manter a pequena corte da Rua Lopo, a família numerosa, os agregados, os empregados, e ainda serviam àqueles que o procuravam nos momentos de dificuldades financeiras.

    No dia 26 de Maio de 1936 morreu o Príncipe Custódio aos 104 anos de existência. O velório e o enterro, atendendo ao seu pedido expresso do morto, foi feito dentro das tradições africanas com muito batuque e muitos trabalhos religiosos.

    Também foi Príncipe Custódio quem fez o assentamento do Bará no mercado público de Porto Alegre, onde todos os adeptos dos cultos africanos fazem reverência cada vez que terminam uma obrigação aos seus Orixás. Isso de certa forma indica que, se o mesmo não foi o introdutor do batuque em nosso estado, provavelmente tenha sido um dos primeiros.

    Fonte: http://batuquedosorixas.blogspot.com.br/2012/04/quem-foi-principe-custodio.html

  2. Batuque Afro-Sul

     

    REDESCOBRINDO O CULTO NÀGÓ DO PRÍNCIPE CUSTÓDIO NO BATUQUE AFRO-SUL

    Rudinei O. Borba | Março / 2012

    (…)

    O mau entendimento dos fatos apresentados, fez que as pessoas pensassem que todo culto do Batuque foi misturado e criado nas senzalas, no período da escravidão e colonização do nosso país.

    (…)

    Há fortes evidências que o Príncipe Custódio veio de Ouidah, de onde partiu milhares de escravos Nàgó para o Brasil, podendo ser “um dos difusores” do nosso Batuque Sulino.

    (…)

    Ao ler trecho do livro publicado pelo autor (*), bem como, as fotos fornecidas em seu livro, fica evidente que os escravos eram agrupados para depois serem enviados nas embarcações, partindo de Ouidah, portanto fica evidente que não tem como a Religião do Batuque ter sido estruturada em senzalas já situadas no Brasil. Pensar que o culto foi estruturado aqui é o mesmo que achar que não havia religião e cultura na África e também acreditar que não havia organização de culturas no continente Africano, sendo os povos todos misturados.

    O Batuque é a Cultura religiosa trazida pelos escravos iorubás Nàgó da Rep. Pop. do Benin, mas que sofreu mescla antes da escravidão.

    (…)

    Ao verificar o trecho apresentado por Elbein dos Santos ficam evidente que os povos de origem Bantú foram os primeiros trazidos para o Brasil, onde participaram de toda agricultura, plantações de café no período pré-colonial do Brasil e estes sim viveram em senzalas como escravos e tiveram grande participação na estrutura do Brasil, tanto em idioma, quando em cultura Brasileira como exemplo o “Samba”.

    (…)

    Lembramos que quem dá o nome sempre são os vizinhos, por isso os Bantú chamavam os ritmos e toques de tambor dos Nàgó de “Batuque” no Estado. O que pra eles já era um tanto estranho, toques de tambor, pois os mesmos já haviam sido escravizados e “digamos” cristianizados. Estes sim mantiveram o sincretismo católico dentro das senzalas. Originando a “Macumba Carioca” e a “Umbanda”, onde analisamos que essas modalidades de culto possuem mais influência do sincretismo, afinal, de onde provém o culto dos Pretos Velhos na Umbanda? Geralmente vemos Pretos Velhos do Congo, de Minas, da Guiné, de Angola, etc. É a maneira de manter viva a ancestralidade destes que tanto ajudaram no Brasil e que sendo assim, seu culto está associado após escravidão. São espíritos de Velhos, e não espíritos deles jovens antes de serem trazidos para o Brasil.

    (…)

     O “Príncipe Negro” de Porto Alegre, mesmo acreditando que esse título não seja real, é um título para um “Príncipe do Batuque Afro-Sul”, onde acreditamos que sua contribuição foi fundamental para estrutura do mesmo.

    Lembramos também que se Custódio não tivesse influência política e religiosa com personalidades importantes da época, ficaria difícil a estrutura do nosso Batuque no Rio Grande do Sul, pois seria difícil a polícia da época interferir nas festas dos Òrìsà que Custódio fazia, tendo a presença de pessoas ilustres e influentes, como a esposa de Borges de Medeiros e outras pessoas importantes do meio político na época. Custódio foi um grande personagem da cultura do Batuque, mesmo que não do Dahomey como se acredita na atualidade da crença Afro-Gaúcha e mesmo que não venha do Império Edo e tenha sido filho do Imperador do Benin (Nigéria).

    Por outro lado tivemos a intenção de demonstrar conceitos de Nação Yorùbá, onde muito se discute que nosso culto teria sido estruturado nas senzalas do Brasil, e misturados, adaptados e eleito o idioma dos iorubás para os cultos. Acreditamos sim que foi falta de escritores, pesquisadores da época para analisar com mais precisão nossa estrutura antes de um estudo mais amplo desse assunto, e que foi ao longo dos tempos tido como uma “verdade absoluta” dentro do Batuque.

    (*) OMOTOBÀTÁLÁ

         OMOTOBÀTÁLÁ, Bàbá Osvaldo. Àse Bàbá mi, Bayo Editores, Montevidéu 2008.

         OMOTOBÀTÁLÁ, Bàbá Osvaldo. Cultura y Religiosidad Djédjé Nàgó, Bayo Editores, Montevidéu 2008.

    Mais informações:

    https://ileaseekundeyi.files.wordpress.com/2013/04/redescobrindo-o-culto-nago-do-principe-culstodio.pdf

  3. Ouidah

     

    A Rota dos Escravos na África

    Ouidah é conhecida pelo seu papel central no comércio de escravos durante os séculos 17, 18 e 19, durante os quais mais de 1 milhão de pessoas foram embarcadas em navios e transportadas através do Atlântico.

    Originalmente, porém, Ouidah era uma pequena aldeia no pequeno reino Xwéda que se apoiava na agricultura, na caça e na pesca nas lagoas costeiras da região marinha temida pelos habitantes devido traiçoeiras marés.

    O primeiro encontro de Ouidah com os europeus ocorreu durante o século 16. Embora o tráfico de escravos, ao longo do Golfo do Benim, tenha começado logo depois, os comerciantes europeus começaram, efetivamente, a comprar escravos do reino Xwéda, a partir do final do século 17, estabelecendo pontos comerciais e fortalezas na cidade de Glewe (agora Ouidah). 

    O reino de Xwéda prosperou muito com este comércio, até que em 1727, o militarista reino de Dahomey destituiu o reinado de Xwéda, matando, capturando e dispersando os seus cidadãos, e usurpando o comércio com os europeus.

    Até colonização de Dahomey pelos franceses, a cidade de Ouidah permaneceu sob controle Dahomeano. O comércio de escravos foi extremamente ativo, e, na metade do século 18, a população de Ouidah beirava a 10.000 habitantes, atingindo o seu apogeu econômico. Em 1818, Francisco Félix de Souza, conhecido como ‘Chacha’ pelos Dahomeanos, instalou-se no Dahomey para gerir o tráfico de escravos, em nome do reino de Dahomey e, até hoje, os descendentes dos ‘Félix de Souza’ ocupam um lugar de importância na sociedade Ouidan.

    Chacha Praça

    Quando os governos europeus começaram a denunciar o tráfico de escravos como brutal e injustificável, o comércio foi fechado através do Atlântico. No final de 1800 a cidade de Ouidah começou a concentrar os seus esforços na exportação de óleo de palma muito menos lucrativa. Após a diminuição do comércio de escravos, começou uma repatriação de muitos dos descendentes de escravos exportados para o Novo Mundo. A maioria destes era da terceira geração de indivíduos escravizados que viviam no Brasil, e, como eles voltaram para Benin (e particularmente para Ouidah) levaram muitos dos seus costumes e tradições. Remontam aos nossos dias, muitos exemplos da arquitetura afro-brasileira em Ouidah que decorrem daquele período.

    O reino de Dahomey (incluindo Ouidah) foi colonizado pelos franceses em 1902 e obteve a independência da França em 1961.

    Árvore do esquecimento

    Estátua de Mamiwata instalada ao longo da Rota dos Escravos

    Ouidah é um maior centro da religião Vodu em Benin, e, possivelmente, do mundo. Em 1992 Ouidah realizou o primeiro festival internacional dedicado à arte e à cultura de Vodu. Além disso, o Festival anual de Vodu, realizado no dia 10 de janeiro em Ouidah, foi declarado feriado nacional.

    A Porta Sem Retorno

    A praia Djègbadji era a última etapa, onde os erscaleres aguardavam os escravos acorrentados para levá-los para os navios negreiros. Alguns engoliam areia ou se jogavam na água para morrer na terra dos seus antepassados. Uma vez no barco, os escravos eram amontoados em “posição de sardinha” e 20% deles morriam durante a travessia.

    Cabana Zomaï

    Esculturas atrás Zomaï Cabin, Zoungbodji

    A Cabana Zomaï – zomaï é “onde a luz não vai” – era um lugar escuro onde os escravos eram aprisionados antes da partida, para se habituarem às condições que enfrentariam a bordo dos navios negreiros.

    Os leilões de escravos, onde várias potências européias selecionavam e compravam os escravos para revender no Novo Mundo, era realizada na Praça Chacha, na frente da casa de Francisco Félix de Souza, homenageado no monumento acima.

    Árvore do Esquecimento

    Os escravos eram marcados de acordo com a marca do comprador na ‘Arvore do Esquecimento’. O nome do lugar decorre do ritual realizado pelos escravos, em torno da árvore, para ‘forçar o esquecimento’ dos seus lares. Os homens caminhavam ao redor da árvore de 9 vezes e as mulheres 7 vezes.

    A estátua de ‘Chacha’, o empresário nascido no Brasil que se tornou famoso por ter enriquecido através do comércio de escravos. A sua estátua foi construída no local onde ficava o principal mercado de escravos, à frente da sua própria casa.

    Árvore do Retorno

    O Rei Agadja de Dahomey plantou uma ‘Árvore do Retorno’ na Grand Place de Zoungbodji, marcando o ponto do último adeus. Ao girar três vezes ao redor da árvore, os escravos podiam garantir que os seus espíritos iriam retornar à sua terra natal após a morte.

    Memorial das Recordações

    Memorial of Remembrance, Zoungbodji

    Também chamado de Muro das Lamentações, o Memorial da Memória é de 6 metros de altura, e as imagens exibidas em conta a história da escravidão no Benin. O muro foi erguido no local de uma massa de escravos graves que morreram antes de deixar a África.

    Zougnbodji foi o primeiro ponto de costumes, onde o movimento de escravos foi controlado, e o último ponto onde os escravos viram os solos de África.

    Porta Sem Retorno

    A partir da praia de Ouidah, os escravos eram carregados em escaleres e levados para grandes navios de escravos. Na praia hoje há um notável monumento ao comércio de escravos erguido pela UNESCO conhecido como o ponto de não retorno .

    Point of No Return, Ouidah Praia

    A praia Djègbadji era a última etapa, onde os escaleres aguardavam os escravos acorrentados para levá-los aos navios negreiros. 

    Porta do Não-Retorno, Ouidah, Benin

    Alguns engoliam a areia ou se jogavam na água para morrer na terra dos seus antepassados. Uma vez no barco, os escravos eram acomodados em “posição de sardinha” e 20% deles morriam durante a travessia.

    Route des Esclaves, Ouidah, Benin

    A estrada de 4 km entre o Museu de História e a praia de Ouidah é, provavelmente, a mesma estrada onde milhares de escravos cruzaram para embarcar nos navios negreiros para o Novo Mundo.

    Museu Ouidah

    Informações e imagens da Internet

    “É triste, mas é verdade!”

  4. Tenho um fato guardado na memória.

    O esposo da minha tia bisavó que faleceu na década de 70 contava uma história de uma das festas de aniversário do Príncipe. Como este senhor na época era Presidente da Protetora do Turfe (como se chamava o Jóquei Club da época) ele e toda a diretoria foi convidado para um dos almoços festivos (O Príncipe tinha cavalos no Jóquei), ele falava que nunca havia comido uma feijoada tão apimentada como comeu, porém era tão boa que todos choravam mas não deixavam de comer!

    O fato é interessante pois deve ter ocorrido ou na década de 30 ou 40, e toda a fina sociedade portalegrense quando convidadas iam até as festas do Príncipe devido a alto status social e político que o mesmo tinha.

    Um dos motivos do status político do Príncipe é que fala a tradição que alguns Presidentes do Estado quando tinham alguma decisão importante chamavam o Príncipe para jogar os seus búzios e ajudá-los na decisão.

    É interessante que o ex-governador do Estado do Rio Grande do Sul, Alceu Collares no seu discurso de posse lembrou que ele era o segundo negro a entrar no palácio do governo, um primeiro pela porta dos fundos (pois não ficaria muito político com a poderosa igreja católica da época um governador se aconselhando através de Búzios) e ele, Collares, pela porta da frente como governador.

    1. Vargas

       

      Caro Maestri

      O Principe Negro era ‘chegado’ ao presidente Getúlio Vargas.

      O Príncipe Custódio adestrava cavalos que ele levava para exercitar na beira do mar.

      Ele usava cavalos da cor negra em dias chuvosos e cavalos da cor branca nos dias de muito sol.

      Abs!

    1. NÓDOA

       

      Francinho da Viola

      => A HISTÓRIA SUPREENDE por abordar a cultura do BATUQUE a partir do rançoso Rio Grande do Sul.

      Nesta semana conversei com um profissional, que está atuando nas obras de ampliação de um belíssimo shopping da minha cidade, quando ele contou que, há poucos meses, foi comprar cigarros e pediu uma informação banal para uma balconista em uma conhecida cidade do Rio Grande do Sul:

      => ELE QUERIA SABER ONDE PODERIA COMPRAR UMA DIPIRONA.

      O bom rapaz, oriundo da cidade de FLORESTA, no Pernambuco, notou a nódoa do preconceito sulino – ele tem a mesma cor morena, que eu tenho -, quando a funcionária, que o atendia, M-A-N-D-O-U procurar o frentista do posto de combustível, onde a loja de conveniências estava instalada.

      => O FRENTISTA INDICOU, ENTÃO, UMA FARMÁCIA QUE ESTAVA SITUADA DO OUTRO LADO DA RUA.

                Ele disse que nunca mais quer retornar ao Rio Grande do Sul.

                É triste, mas é verdade…

                Abraços!

      1. Tá bem, só no RS que existe racismo!

        Agora vem a famosa afirmação, só no Rio Grande do Sul que existe racismo!

        Gostaria de saber quantos estados brasileiros que já elegeram um governador negro e mantém no congresso um senador negro!

        Todos os estados ao norte do RGS posam como estados sem racismo e sem discriminação. A principal discriminação que se pode fazer é não colocar os possíveis discriminados em cargos importantes. Na Bahia, por exemplo, onde menos de 22% são autodeclarados brancos, enquanto no RGS inverte esta proporção. A onde estão os representantes do estado? Quantos governadores e senadores negros foram eleitos na Bahia?

        Há duas espécies de racismo, o racismo gentil dos demais estados brasileiros em que os negros são considerados como bons músicos, futebolistas ou artistas em geral, e o racismo declarado de determinadas regiões do sul do Brasil, onde as pessoas não gostam de negros mas nem por isto acham que estes são incapazes de ocupar os maiores cargos na administração. Isto se chama na linguagem dos racistas colocar as pessoas no seu lugar.

        Agora o estado natal do reclamante? Segundo dados do censo 2010 somente 40% é autodeclarada branca, e pelo que eu saiba seus representantes no governo do estado e no senado são desta minoria.

        É completamente idiota estas pequenas histórias que querem através de exemplos declarar o RGS como o estado racista do Brasil. Claro que existe racismo no RGS, idiotas tem em todo o Brasil, mas não temos o privilégio de termos os únicos imbecis do Brasil.

  5. O Príncipe Negro Custódio Joaquim de Almeida

      O ano do óbito do príncipe negro num dos videos está como 1936.  O dado é  incorreto, pois  o príncipe faleceu em 1835.

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