Segundo o autor estadunidense William Hinton:
http://en.wikipedia.org/wiki/William_H._Hinton
que, após ter ido para a China durante a II Guerra como assessor técnico do governo dos EUA para auxiliar a resistência chinesa contra os invasores japoneses, acabou ficando por lá e participando da revolução socialista de 1949 e da reforma agrária (que relata no livro Fanshen:
http://orpheus.ucsd.edu/chinesehistory/pgp/hinton.htm
http://www.amazon.com/Fanshen-Documentary-Revolution-Chinese-Village/dp/0520210409
o que ocorreu, na China, após a morte de Mao, foi a progressiva restauração capitalista, efetuadas por aqueles – como Deng Xiaoping – que Mao chamou, nos anos 60, de “zǒu zīpài” (“capitalist roaders”, seguidores da via capitalista) dentro do partido:
http://en.wikipedia.org/wiki/Capitalist_roader
http://es.wikipedia.org/wiki/Compa%C3%B1ero_de_ruta_capitalista
Hinton fez uma detalhada análise desta restauração em The Great Reversal, the Privatization of China, 1978-1989:
http://www.marx2mao.com/Other/TGR90.html
http://www.amazon.com/Great-Reversal-William-Hinton/dp/0853457948
Hinton também argumenta que, contrariamente à visão “oficial” dos meios de comunicação ocidentais a respeito da China durante o período de 1949 a 1978 como um período de estagnação econômica em contraposição ao “boom” da economia a partir de Deng Xiaoping, na verdade, o período maoísta foi de grande crescimento econômico e avanço nas estatísticas sociais (o autor aduz muitos dados estatísticos). Alega que, embora o período anterior a 1978 não possa se comparar com o crescimento posterior, ele não era desprezível por nenhum padrão racional de análise e foi a base mesma sobre a qual se erigiu o crescimento posterior. E o período maoísta partiu de uma base econômico social muito mais atrasada e de um período de um século de conflitos, invasão estrangeira e guerra civil.
A mesma avaliação é feita por Mobo Gao, professor chinês que vive e leciona na Austrália:
http://www.adelaide.edu.au/directory/mobo.gao
Autor de Gao Village: Rural Life in Modern China:
http://www.amazon.com/Gao-Village-Rural-Modern-China/dp/0824831926
Gao contrasta os avanços sociais, principalmente para a população camponesa, no período maoísta e a reversão desses avanços com a ascensão dos “capitalist roaders”.
Em The Battle for China’s Past: Mao and the Cultural Revolution:
http://www.amazon.com/Battle-Chinas-Past-Cultural-Revolution/dp/074532780X/ref=pd_bxgy_b_text_b
http://revcom.us/a/140/CIO-Mobo_Gao-en.html
Gao refuta a visão tradicional da Revolução Cultural e demonstra como o período é visto de maneira muito favorável pelos camponeses em contraste com o que pensa a cúpula atual do PC chinês e a nova burguesia pós-Deng.
Tanto Hinton como Gao denunciam a manipulação estatística utilizada para criar os altíssimos números de mortos normalmente atribuídos ao período do Grande Salto Avante. Embora admitam que a combinação de incompetência administrativa na implementação do programa com condições climáticas desfavoráveis realmente causaram fome, na China, no período, alegam que os números inflados tem uma clara intenção manipulatória tanto pelos defensores do capitalismo, no Ocidente, quanto pela atual direção chinesa:
http://chinabookreviews.weebly.com/4/category/mobo%20gao/1.html
Uma outra análise do período do Grande Salto Avante:
http://www.monthlyreview.org/0906ball.htm
Por último, Hinton ajudou Huai-Lu Chin e Qin Huailu a publicarem, no exterior, o livro Ninth Heaven, Ninth Hell, o relato de uma comuna-modelo do período maoísta, desmantelada e, praticamente, destruída nas políticas de privatização de Deng Xiaoping, precisamente por ser um exemplo de sucesso da política coletivista que embarassava os planos privatistas dos “capitalist roaders”:
http://www.amazon.com/Ninth-Heaven-Hell-History-Experiment/dp/1569800413
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