Oito motivos e um destino, por F. Ponce de León

Enviado por Felipe A. P. L. Costa

Oito motivos e um destino

Por F. Ponce de León, do blogue Poesia contra a guerra

Na última sexta-feira (31), em meio a perdigotos e flatulências incontidos, um tribunal de gente miúda evocou motivos estratosféricos para retirar o nome de um ex-presidente da campanha presidencial deste ano. Não havia necessidade de toda aquela malandragem. Afinal, há oito motivos substantivos pelos quais o referido réu deveria de fato ser mantido à margem do processo eleitoral. Como diria o bem-amado que dorme no Palácio Jaburu, citá-los-ei a seguir:

(1) O mais óbvio de todos: o ex-presidente é uma figura querida e popular, mas tem a língua presa.

(2) O temperamento ardiloso, a ponto de ter decepado o próprio dedo mínimo da mão esquerda, visando obter a primeira de muitas aposentadorias imerecidas.

(3) Todo mundo sabe que a Lua é feita de queijo. O que nem todo mundo sabe é que o ex-presidente é pau-mandado de Cuba.

(4) Fotos de satélite comprovam: a laje no Guarujá e o pedalinho em Atibaia eram apenas os estágios iniciais de um plano muito maior. O objetivo final do ex-presidente era invadir e tomar para si o Afeganistão.

(5) A Terra é plana, mas o ex-presidente gosta de futebol e torce pelo time errado.

(6) Apreciador de uma boa cachaça mineira, o ex-presidente nunca bebeu o sobejo dos irmãos Metralha, aqueles que controlam a TV, uma regra de ouro no reino dos bruzundangas.

(7) O ex-presidente não sabe ler ou escrever em javanês, de modo que ele jamais poderia ocupar uma cadeira na escatológica ABL.

(8) E o mais definitivo de todos: aos seis anos de idade, ainda em Garanhuns, em visita ao antigo Instituto São José, o ex-presidente conheceu e se apaixonou pela irmã Amancia. Era o segredo maior da sua vida. Até que o jaz aqui o mouro descobriu e decidiu persegui-lo. E é o que o mouro tem feito. E é assim que gente de vida vazia preenche os seus dias: perseguindo uma criança que se apaixonou aos seis anos de idade.

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Redação

1 Comentário

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  1. enquanto se puser na figura de uma pessoa, zero de politização

    Num meio de simpatizantes crentes,ponho uma opinião:O PT deve dar graças a Deus por não ter nem o único líder solto,nem que possa concorrer.Tenho dúvidas se ele ganharia.Mas ganhar no contexto é outro risco:Governaria com muitas dificuldades ,acho q ou faria um governo amarrado,boicotado,ou sofreria a invenção de um impeachment qualquer (ambas as situações trariam mais desilusões, e alimentariam votos nulos,brancos ou voto de protesto irracional,por exclusão,num nazista q apare-cesse).Mas fé é fé,os crentes não vêem,não ouvem,continuamos despolitizados,achando q o fervor,vestindo camisa e gritando Lula Livre e Eleições Sem Lula é Fraude,comportamentos q só animam quem já está convertido.

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