A arte como reividicação das prostitutas argentinas

Com a frase “86% das trabalhadoras sexuais são mães – Necessitamos de uma lei que regule o nosso trabalho”, a Associação de Mulheres Meretrizes da Argentina – A.M.M.A.R., iniciou em abril deste ano, uma campanha pela regulamentação da prostituição utilizando colagens feitas em esquinas e cantos de casasde Buenos Aires, onde retrata numa parede a mãe no trabalho e na outra os seus filhos.

 

 

Fonte: http://www.ammar.org.ar/El-arte-como-medio-de-expresion.html

Redação

7 Comentários

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  1. A existência de prostitutas,

    A existência de prostitutas,  nesse século XXI, é sinal inequivoco de que sexo ainda é tabu. Prostituta é algo anacrônico depois da “revolução sexual” dos anos 1960, isto é, não tem sentido haver mulheres que vendam seus corpos por que homens não conseguem transar sem pagar. Ao invés de o sexo ser proscrito em prostibulos e afins, deveria ser levado para casa – namorados/namoradas deveriam levar  suas/seus namoradas/namorados para casa e transar no quarto enquanto os pais, na sala, assistem à novela.

    A prostituição, ou mulheres exploradas ou serem obrigadas a sobreviver vendendo seus corpos, é algo ~que não combina com um mundo que pretende ser igualitário e novo.  

    1. Anacronismos à parte

      A prostituta (e aqui estão vocês lendo as palavras de uma) não vende seu corpo, ela aluga seu tempo. Nos dias correntes, a prostituta representa muito mais uma orientadora sexual do que uma transa sem compromisso. Abram suas cabeças para o mundo à sua volta….. Necessário ser muito obtuso para entender o sexo como algo realmente restrito a prostíbulos e a prostituta como sinal de que sexo ainda é tabu. Cobrar por sexo ainda é tabu.

      Por um mundo REALMENTE justo e igualitário, lutamos pela regulamentação do ofício, e direitos para as profissionais.

      Tenhamos todos um bom dia.

      1. Concordo total com você, Monique

        Mas não se assuste muito com a frequência do blog, a área de comentários é um conhecido reduto do progressaurismo.

        Abraços!

  2. Orlando, acho que o “sinal

    Orlando, acho que o “sinal inequivoco” nesse século XXI da persistência da prostituição é de que falhamos socialmente. Não conseguimos promover igualdade, fraternidade e liberdade, como sonharam os revolucionarios. Nem no Brasil, nem nos Estados Unidos, nem na França.

    Pode até ser que seja uma escolha para uma ou outra mulher, como é mostrado no sensivel filme de François Ozon, “Jovem e Bela”, que saiu a pouco tempo em cartaz.. Para a maioria, no entanto, é somente uma maneira de não passar fome, não ir para a rua, de alimentar os filhos abandonados pelo pai etc.  

    Eu acho que o maior tabu sobre essa questão é ainda a de uma sociedade muito desigual.  E acho também que as prostitutas precisam de uma proteção social, como todo trabalhador. 

     

  3. Há prostitutas que se

    Há prostitutas que se prostituem por desesperança – não vêm outro modo de se sustentar e àqueles a quem amam. Em geral são mulheres pobres, sem educação nem oura profissão.

    Há outras prostitutas que vivem do meretrício porque querem, pois não lhes causa qualquer horror fazer por dinheiro algo que talvez fizessem de graça. Geralmente são moças de classe média, com boa educação e possibilidades profissionais fora dessa atividade.

    Há também – e muitas – as que, tendo sido uma ou outra das duas primeiras, são agora vítimas do lenocínio.

    As primeiras e as últimas são encargo da sociedade: é preciso extirpar as razões que deixam a prostituição como única saída e punir severamente quem explora o trabalho de quem se prostitui – isto é tão torpe quanto a escravidão, e ninguém aceita esta como normal ou natural.

    Restarão então somente as que queiram viver do sexo por sua própria vontade e decisão. Se abandonarmos nossos preconceitos sexuais, nosso moralismo, que mal pode haver em alguém alugar, como foi dito mais acima, seu corpo e seu tempo para aplacar a fantasia e o desejo de outrem? A verdadeira liberdade sexual não está em permitir que os jovens se tranquem nos quartos para fazer sexo, enquanto os pais vêm tv na sala. Está, isto sim, em se poder satisfazer seu desejo sexual com alguém que não lhe cobre vínculo ou relação afetiva, senão apenas a boa e velha plata, sem que a sociedade os condene pelo crime de ter e sentir desejo à margem do “amor”.

     

  4. Monique
    Creio que você não

    Monique

    Creio que você não tenha frequentado bordéis de beira de cais, na verdade tenho certeza disso. Essa forma romanceada e feminista de ver a prostituição, não é, em absoluto compartilhada pelas próprias prostitutas. Frequentei durante anos uma das maiores bocas do Brasil, a do cais do porto de Santos -, seria interessante que você tivesse visto as condições de “trabalho” das prostitutas e, sobretudo, as brigas por clentes. Enfim, dignidade zero ou melhor humanidade na forma mais animal possível.

    Abs.

  5. Regulamentando tem que passar

    Regulamentando tem que passar recibo e pagar imposto…

    Só isso que tenho a dizer.

    isso tudo é porque as prostitutas QUEREM pagar imposto? É isso?

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