As Apaes contra os direitos dos deficientes

Ainda é um tabu, no país, discutir a atuação das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Mas sua atuação política ultrapassou os limites do razoável, tornando-se uma organização de duas caras.

O lado positivo é de estímulo à solidariedade dos pais, o atendimento a deficientes. Mas ajuda a blindar o lado deletério: uma politização absurda.

A campanha movida pela Federação das Apaes contra a educação inclusiva é um dos capítulos mais vergonhosos da longa caminhada civilizatória do país rumo à inclusão social.

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Há cerca de trinta anos, um grupo de pais de crianças com deficiência constatou que o melhor ambiente para seu desenvolvimento seria junto a não deficientes.

Seguiram uma tendência mundial. Em 2006, a própria Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU (Organização das Nações Unidas), consagrou esse princípio.

Em depoimento histórico, a própria fundadora da Apae, dona Jô Clemente disse que, se fosse hoje em dia, seu filho estaria em uma escola inclusiva.

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Quando o MEC (Ministério da Educação) lançou a política de educação inclusiva, em 2009, destinou papel especial para as Apaes.

Poderiam ser as instituições a auxiliar no preparo da rede escolar, a fiscalizar a adaptação das escolas denunciando aquelas que relutassem em se preparar para a inclusão.

Para estimulá-las, criou a figura da segunda matrícula no âmbito do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Por cada aluno com deficiência na rede escolar, o Fundeb paga 1,3 matricula. Se houver atendimento especial, paga uma segunda matrícula, que poderia ser destinada à Apae.

A resposta das Apaes foi de dar engulhos no mais empedernido politiqueiro: se a rede escolar convencional fosse preparada para a inclusão, as Apaes perderiam a influência sobre os novos alunos com deficiência. Passaram a combater a inclusão e a disputar não apenas a segunda matrícula, mas as duas. Atrasaram em três anos a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação).

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Nos últimos anos, as políticas de educação inclusiva lograram preparar 39 mil instituições públicas para a inclusão, 800 mil matrículas, cerca de 5.000 municípios com salas multifuncionais, com toda espécie de equipamento para pessoas com deficiência, 88 mil professores que se declaram formados em educação especial.

No Paraná, o vice-governador e secretário da Educação Flávio Arns anunciou, em agosto, um programa de R$ 420 milhões para atendimentos aos deficientes. Não era para reforçar a rede estadual. Toda a verba destina-se às Apaes, para impedir que possam ficar inferiorizadas perante a rede escolar.

O jogo paroquial paranaense envolveu a ministra-chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann, que valeu-se de seu cargo para pressionar parlamentares a atender às demandas da Apae. A ponto de provocar reação do próprio ministro da Educação Aloizio Mercadante.

Que tentem explorar politicamente uma causa nobre, é questão de pudor. Que coloquem seus interesses políticos acima dos interesses das pessoas com deficiência, é um crime contra a cidadania.

Redação

158 Comentários

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  1. “Nos últimos anos, as

    “Nos últimos anos, as políticas de educação inclusiva lograram preparar 39 mil instituições públicas para a inclusão, 800 mil matrículas, cerca de 5 mil municípios com salas multifuncionais, com toda espécie de equipamento para pessoas com deficiência, 88 mil professores que se declaram formados em educação especial”.

    Luis Nassif apresenta informações sobre as quais não tenho como fazer avaliação. Não sei se 800 mil matrículas atendem a necessidade dos alunos deficientes ou são muito poucas, “com toda espécie de equipamento para pessoas com deficiência” é claramente uma hipérbole. Tampauco  tenho vivência prática do fato.

    Tenho algum conhecimento do estado da rede pública de ensino da zonal sul de São Paulo. Não está preparada nem para dar educação aos alunos ditos normais, quanto mais para alunos portadores de necessidades especiais, ou deficientes, ou como queiram e a moda diga que é certo chama-los agora. Sendo assim, creio sim que primeiro o Estado deve prover os meios para a educação inclusiva e,após isso, naturalmente a APAE  será uma organização complementar.

    Outro problema e a dupla matrícula,qualquer pai que precisa trabalhar sabe o quanto é complexo enviar o filho para a escola e recebê-lo após as aulas até que a família se reuna de novo, ao fim do dia. O ideal seriam escolas integrais para todos os alunos, mas ela não existem. Imagine agora os pais de um deficiente, terá de fazê-lo duas vezes ao dia, primeiro para a escola regular depois para a APAE.

    Luiz Nassif , deveria visitar algumas escolas estaduais da periferia de São Paulo, é um jornalista, e racionalmente avaliar se estão preparadas para receber alunos especiais. Jogar crianças deficientes no mesmo depósito onde são colocadas  as crianças ditas normais inclui em quem?

    Ideologia, neste caso, não é resposta.

    1. Sérgio,
      embora sua

      Sérgio,

      embora sua argumentação tenha um bom apelo, precisaríamos responde algumas perguntas para que seja válida:

      1) se as escolas não estão preparadas nem mesmo para pessoas sem deficiência, então o que fazer? privatizar todas escolas?  Nem mesmo isso justifica a permanência das crianças com deficiências em escolas apartadas.

      2) se o processo de socialização de qualquer pessoa se dá na idade escolar, qual a razão de manter crianças com deficiência em ambiente apartado? Aqui temos uma questão que não é ideológica, mas pelo menos pedagógica, para não dizer o de garantir os direitos de qualquer criança de frequentar a escola regular, como assegura a Convenção da ONU, incorporada pela constituição brasileira.

      Mas o que o Nassif fala não é só disso.  Talvez o Estado ainda tenha muito o que melhorar e as escolas em tempo integral para todas as crianças (juntas) talvez seja mesmo a melhor solução.  O que ele está a falar é de como isso se tornou uma disputa paroquial, em especial no Estado do Paraná, envolvendo o Vice-Governador e a Ministra Chefe da Casa Civil.

    1. Usar a educaç inclusiva p/ oposiç política é o fim da picada

      Cúmulo do oportunismo. A questao  é séria e deve ser discutida por si mesma, independentemente de vieses políticos. 

  2. Infelizmente as escolas

    Infelizmente as escolas públicas não conseguem fazer o básico. Infelizmente um portador de necessidades especiais será posto de lado e tratado com um peso pos professores preconceituosos e sem preparo para levar adiante mais uma dmeanda imposta sem a construção da estrutura necessária.

  3.  
    Congresso ameaça afastar

     

    Congresso ameaça afastar crianças com deficiência do ensino regular

     

    Leonardo Sakamoto

     

    11/11/2013 23:44

     

     

    Há um lobby em curso no Congresso Nacional que pode levar à segregação de estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Pesquisas científicas e a experiência mostram que os alunos com deficiência podem aprender mais em ambientes inclusivos. Ganham eles e ganha a sociedade com a redução da discriminação devido ao convívio.

    Para tratar do assunto, pedi um artigo para a jornalista Patricia Almeida, coordenadora da agência de notícias Inclusive/Inclusão e Cidadania e membro do Conselho da Down Syndrome International. Ela participou dos esforços que levaram à ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência pelo Brasil. E, mais importante, é mãe de Amanda, de 9 anos, que nasceu com síndrome de Down:

    O Plano Nacional de Educação (PNE), que norteará a política do setor nos próximos dez anos, está sendo debatido no Congresso Nacional. Para um grupo de brasileiros, aqueles com algum tipo de limitação, o plano pode não cumprir a meta de aprimorar a educação. Ao contrário, poderá ser visto como um grande retrocesso nas políticas de inclusão social e capacitação de pessoas com deficiência.

    Com “as melhores intenções”, um grupo de deputados federais e senadores lidera campanha para segregar estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Utilizam o argumento falacioso de que nesses estabelecimentos as crianças e adolescentes recebem atendimento exclusivo em ambiente protegido. Talvez pudessem dizer que sua ausência no ensino regular também beneficia o rendimento dos alunos “comuns”.

    Ambos os argumentos são enganosos, mas extremamente difundidos entre os brasileiros. Pesquisas científicas e a experiência mostram justamente o contrário: os alunos com deficiência aprendem mais em ambientes inclusivos – e não apenas seus colegas, como toda a comunidade, ganham com o convívio. A inclusão escolar é também o melhor antídoto contra a discriminação e, por isso, nos países desenvolvidos já é prática desde os anos 70.

    Embora ainda precise melhorar muito, o Ministério da Educação tem se esforçado para receber esses novos alunos na rede de ensino. Cada vez mais, eles estão saindo de casa ou deixando as escolas especiais e migrando para o ensino regular. Prova disso é que houve um impressionante aumento de quase 1.000% das matrículas de alunos com deficiência nas escolas entre 1998 e 2010.

    Mesmo assim, ao invés de concentrar os esforços em garantir a qualidade necessária para que os estudantes que estão sendo incluídos progridam em salas de aula comuns, o lobby das instituições assistenciais que se dizem representantes das pessoas com deficiência como Apaes, Pestalozzis e outras no Congresso Nacional é na direção contrária.

    E é também na contramão da lei e dos direitos humanos o posicionamento dos senadores da comissão de educação, que apoiam o texto defendido pelas escolas especiais. A redação proposta inclui que as crianças com deficiência devem estudar “preferencialmente” nos estabelecimentos de ensino regular. Embora pareça uma mudança pequena, essa palavra cria duas classes de alunos, os “mais deficientes” e os “menos deficientes”, os “incluíveis” e os “não-incluíveis”. E isso, além de inaceitável, vai contra a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada em 2009 como norma constitucional.

    Imagine uma mãe que vai matricular seu filho numa escola perto de casa e tem que ouvir da diretora que por conta daquele “preferencialmente” a escola não precisa mais aceitar a criança? São mais de 600 mil estudantes com deficiência incluídos na rede regular de ensino público e privado. O que dizer a essas famílias? Acabou a festa? Mande seu filho de volta pra exclusão, de onde ele nunca devia ter saído?

    Mas por que a inclusão não interessa às entidades filantrópicas? A resposta é simples – os recursos governamentais que as mantém são pagos per capita, e requerem que os usuários estejam lá dentro. Quando são incluídos, a verba se vai. Desesperados, os dirigentes e seus padrinhos políticos têm provocado campanhas para aterrorizar os pais, dizendo que seus filhos vão ficar sem escola.

    A receita tem dado certo. Não houve um senador sequer, nem dos mais progressistas, que tenha ousado elevar sua voz contra as Apaes.

    Mas afinal, senhores senadores, o que o PNE trará de concreto e afirmativo para a educação inclusiva das crianças e jovens com deficiência e para o combate à discriminação nos próximos 10 anos? Qual é a mudança proposta pelos senhores? Algum avanço ou só mesmo a volta à segregação de seres humanos?

    http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/11/11/congresso-ameaca-afastar-criancas-com-deficiencia-do-ensino-regular/v

    1. Tá misturando questoes diferentes

      Uma coisa é as escolas terem que estar preparadas para atender crianças com deficiências. Outra é só o ensino na escola regular ser oferecido como opçao às famílias. 

      E, mais uma vez, só se fala de crianças com Down. Mas crianças com deficiência NAO É SINÔNIMO de crianças com Down. Essas sao realmente educáveis em escolas comuns, desde que recebam o suporte necessário (E OS PROFESSORES TAMBÉM…). 

      Agora, ideologias nao mudam a realidade. Há crianças que realmente nao ganhariam nada na escola regular. Tenho um primo que nao fala, nem ao menos sustenta a cabeça. O que ele iria fazer numa escola regular? O que ele precisa aprender sao habilidades que ele possa fazer na vida cotidiana, como, por ex., tomar banho, se vestir, etc. Vai aprender a ler, se nem fala? 

      Cada tipo de deficiência é um caso diferente. Surdos podem estar na ESCOLA regular, mas precisam estar em TURMAS separadas, porque precisam ter aulas em LIBRAS (INTÉRPRETE NAO É PROFESSOR). A integraçao pode se dar no recreio. 

      Cegos tb precisam ser alfabetizados em turmas separadas, porque têm que ser alfabetizados em braille (o que é muito diferente de “aprender braille”; nao basta aprender como se codificam as letras em braille, têm que aprender os usos da escrita, as correspondências fono-gráficas, ou seja, ser alfabetizados; só que em braille). Depois de alfabetizados podem ser educados junto com nao-cegos, sem problemas. 

      Você iria colocar uma criança com autismo grave (nao estou falando de Síndrome de Asperger) numa turma? Você é favorável à tortura? Isso seria torturar a criança nesse caso. 

      Enfim, tomar posiçoes em abstrato pode parecer muito avançado, mas na prática é outra coisa, tem que se usar o bom senso. 

    2. Ou seja que você é dos que

      Ou seja que você é dos que querem substituir a palavra “preferencialmente” por “obrigatoriamente” ? Ou seja você vai condenar um deficiente e sua familia aos designios de uma lei autoritária (stalinista diria eu se aparecer a palavra “obrigatoriedade”) ? Parece que certas pessoas desconhem o verdadeiro significado da palavra “democracia”. A educação inclusiva deve ser incentivada, ampliada e integrada às instituições que já existem. Porqué tem tanto medo que os pais escolham ? Se a escola inclusiva for tão boa assim como dizem seus simpatizantes qual é o medo da “concorrência” (APAES e asemelhadas) ? A grande maioria dos pais vai tratar de proporcionar o melhor para seus filhos e estou convencido que têm espaço para os dois tipos de ensino. Haverá alunos que se adaptam melhor ao modelo inclusivo e outros que serão melhor atendidos nas escolas especiais. Varios foristas pontificam como se tivessem doutorado em pedagogia de alunos deficientes, mas ninguém foi perguntar aos verdadeiramente atingidos por essa lei o que eles acham melhor p/ seus filhos. Essa ditadura de certos setores da esquerda apenas dá munição à direita retrógrada para dividirnos e assim implantar o modelo deles, que é a privatização.

      Finalmente gostaria que, honestamente, todos os que apoiam a educação inclusiva OBRIGATÓRIA para crianças deficientes (começando pelo Nassif)  informasem se enviam ou enviaram seus filhos às escolas públicas.   

  4. As APAEs tem sim muitos

    As APAEs tem sim muitos méritos, mas pelo visto agora não querem perder o butim.

    O problema que vejo é que recebem uma grande quantidade de recursos públicos e mesmo assim não oferecem vagas a todos que necessitam. Fora a questão se manterem os alunos segregados, mesmo os que não tenham deficiencias tão grandes, digamos assim.

    Por outro lado, é preciso que as APAEs não sejam asfixiadas financeiramente com esse projeto. Talvez a constituição de um fundo de transição seria o ideal, com um periodo de uns 3 a 5 anos para se adaptarem sem o recurso.

    Mas tem que ficar claro que a responsabilidade de ofertar serviços públicos a todos, deficientes mais ou menos graves e não deficientes, é do poder público e não de entidades privadas que recebam dinheiro público, como as APAEs.

    Ainda que no começo seja difícil, é uma política de longo prazo que tem de ser implantada.

  5. Flávio Arns tem um escritório

    Flávio Arns tem um escritório jurídico em Curitiba que dá assistência a todas as APAEs. Precisa dizer mais alguma coisa?  Sem demérito contra o que ele faz, mas demérito contra o que ele quer manter, relutante em evoluir. 

    1. acusação grave essa!!! prove!

      pobre Falvio, depois que saiu do PT por causa da roubalheira, ele sempre será tratado como desonesto e bandido, como se os mensaleiros fossem todos herois da patria!

       

       

      1. Vc acaba de confirmar que a

        Vc acaba de confirmar que a questão é mesmo política, é anti-PT. Algo que, na verdade, já sabíamos: as Apaes (ou grande parte delas) estão alinhadas com o Serra, aquele da privataria, do trensalão, do propinoduto dos fiscais de São Paulo etc etc etc

  6. a Gleise e a bola da

    a Gleise e a bola da vez??

     

    ô Nassif, talvez porque suas filhas estudem em escolas privadas vc não tenha a menor noção do que é uma escola publica, não é lugar para crianças comuns, muito menos para crianças com necessidades especiais!

    drogas, arrastões, agressões contra professores e alunos e coisa do dia a dia!

    o Haddad inicial queria obrigar a mudança, as APAES reagiaram e a Gleise e que deu os contornos mais adequados ao processo de inclusão.

     

     

     

     

    1. Os maiores problemas de

      Os maiores problemas de segurança se encontram nas grandes cidades. Nem por isso a APAE da capital deixou de apoiar a educação inclusiva.

      1. e o mal das grandes cidades, mas fica nisso apenas?

        acho que sua postura com relação a atuação da Gleise e equivocada, quem colocou gasolina na fogueira foi o senador Jose Pimentel do PT-CE que congelou o repasse para as APAES que fazia parte da meta nº 04 do PNE!

         porque ele tem a vontade de congelar recursos para as APAES e manter por exemplo os recursos para os estadios e centros de treinamento e um misterio. 

        sobre a criminalidade nas escolas, sim e um mal das cidades grandes, mas acha mesmo a simples aceitação que é uma mal das grandes cidades, e o suficiente para concordar que crianças mais ingenuas que as demais possam ser jogadas aos lobos?  antes de pensar em cuidar a inclusão não deveriam cuidar das escolas e da universalização da segurança e da qualidade do ensino?

  7. Antes de tudo, sou 100% a

    Antes de tudo, sou 100% a favor da inclusão.

    Já me manifestei sobre esse assunto e, portanto, não pretendo me alongar.

    Quando escrevi era diretor, agora sou vice-presidente da Apae da minha cidade. Não faço parte da Federação e nem acompanho seus pleitos.

    O conselho diretivo da nossa Apae possui 3 diretoras, dentre as 5 principais escolas publicas do meu municipio (100.000 hab) e um proprietário de escola particular, muito respeitado aqui na cidade. São pessoas que conhecem a fundo a educação no municipio, suas qualidades, seus problemas e seus desafios.

    Aqui se pratica a inclusão. Nossa Apae é uma engrenagem do sistema educacional onde  ajuda as escolas tradicionais a receber o aluno excepcional. ALGUNS alunos tem carga horária dupla, parte na Apae e parte nas escolas. Mas, todos os educadores, de escolas publicas e privadas, são unanimes em dizer que o sistema não tem a menor condição de receber esses alunos da forma como se propoe a mudança da lei.

    Não posso dizer de onde o Nassif tira os numeros dele mas, a educação se dá localmente, nos municipios e, posso afirmar, que na minha cidade, a inclusão, como deseja o Nassif e a lei que tanto defende, não tem a menor condição de ser aplicada sem que haja uma grande perda pros alunos.

     

    1. Falta de informação do

      Falta de informação do diretor da escola da sua cidade. Amanhã trarei mais dados. Há um enorme conjunto de programas no MEC, financiamento, capacitação, materiais, a serem fornecidos a escolas que adotem a inclusão. Tendo uma APAE bem intencionada, como você diz ser aí, em pouco tempo a escola ganhará capacitação.

      1. Eu acho que é falta de

        Eu acho que é falta de informação sua sobre a realidade da educação nos municipios.

        Estou dizendo: São 3 diretores de escolas de publicas e um de escola privada. Todos tem alunos excepcionais em suas escolas. 

        Vc realmente acha que o MEC ou você ou sua fonte saibam mais da realidade da educação na nossa cidade do que eles? Por favor, Nassif.

         

        E, a partir do momento que você questiona a Apae ser bem intencionada ou não, fica claro pra mim que não faz o menor sentido seguir na discussão. Sua agenda, em relação as Apaes, está mais do que clara. Siga seu lobby e eu seguirei tentando ajudar a instituição que, com certeza, é muito bem intencionada.

        1. Não apele. Não o acusei de

          Não apele. Não o acusei de lobista nem insinuei nada. Nem mencionei o fato de ser uma entidade privada recebendo recursos públicos sem passar pelos processos convencionais de controle. E não mencionei porque sei que grande parte das APAEs é formada por gente séria. Agora vem você me acusar de lobby? Que lobby? O de exigir que o Estado se responsabilize pelas pessoas com deficiência?

      2. Gestão Haddad, no MEC.

        Nassif, o leitor que tenta defender as Apaes, que conforme ele, não estão politizando estas instituições, está comprometido até a alma, com esta divisão irregular das verbas do Estado, destinadas a elas, e não quer permitir que tais recursos, sejam compartilhados com as escolas inclusivas, e querem ficar com o “bôlo” inteiro, e não convence a ninguem, da imparcialidade, nem da não-ganância. Assim aquele sonho apartidário apolítico e de sentimentos sem fins lucrativos, da Jô Clemente, está sendo disvirtuado.

        E na gestão do ex-ministro Haddad, a intenção era a melhor possível, porem os princípios foram desvirtuados, e deram no que ora ocorre. 

        1. Vc fala isso p. princípio, né? Se foi o Haddad q fez, é bom.

          Simples. Entre nos argumentos que estao sendo apresentados, em vez de fazer defesas incondicionais só porque aprova o político. Diga-se de passagem, sou petista tb. Mas isso nao me faz cega para a realidade de situaçoes concretas e particulares. É muito oportunismo misturar política com essa questao. 

      3. Nao adianta, né, Nassif? O q vc nao quer ver, nao vê nem a pau..

        Citando trecho do comentário a que você respondeu, e que esqueceu de considerar… 

        “ALGUNS alunos tem carga horária dupla, parte na Apae e parte nas escolas. Mas, todos os educadores, de escolas publicas e privadas, são unanimes em dizer que o sistema não tem a menor condição de receber esses alunos da forma como se propoe a mudança da lei.”

         

    2. as informações não batem

      mas o engraçado e que a federação das apaes não são contra um processo de inclusão, mas como o processo de inclusão foi definido pelo governo na gestão haddad, que pelo jeito não ouviu a associação, 

       

      Experiências da Rede Apae na inclusão escolar

      Após décadas de existência e de profundas mudanças sócio-culturais no tocante a questão da deficiência no Brasil e no mundo, a Rede Apae tem acompanhado, junto a outras organizações sociais, uma mudança de paradigma sobre a questão da inclusão escolar. Tais mudanças influenciam diretamente na vida das pessoas com deficiência intelectual, no funcionamento da entidade, no foco de sua prestação de serviços e nas suas ações de articulação de promoção de políticas.

      A maioria das Apaes possui, além de outros serviços e áreas de atuação, a estrutura de escola especial. Tendo um conhecimento acumulado de décadas de atendimento e defesa de direitos a pessoa com deficiência intelectual e múltipla (em todo o seu ciclo de vida, além da prevenção), a Apae hoje possui um posicionamento claro e responsável sobre a questão da inclusão escolar.

      A Apae é a favor de um processo de inclusão escolar gradativo (processual) e responsável, com o qual as escolas comuns sejam devidamente preparadas para o recebimento dos estudantes, que necessitam não apenas de recursos para acessibilidade física, mas, sobretudo de treinamento de professores, preparação dos alunos, dentre outras ações. Além disso, a Rede Apae defende o direito de escolha da pessoa com deficiência intelectual e de sua família sobre o local onde deseja estudar.

      Tendo como premissa a inclusão responsável, a Federação Nacional das Apaes reúne e divulga, nesta página, experiências de Apaes de todo o Brasil que há muito tempo lutam para incluir e/ou acompanhar seus alunos na rede de ensino.

      Clique aqui e conheça o Posicionamento do Movimento Apaeano em Defesa da inclusão escolar de pessoas com deficiências intelectual e múltipla.

      EXPERIÊNCIAS DE INCLUSÃO:

       

      – Apae de Salvador/BA

      – Apae de Araputanga, Aripuanã & Itaúba/MT

      – Apae de Arujá-SP

      – Apae de Campo Belo do Sul/SC 

      – Apae de Campos do Jordão-SP

      – Apae de Carmo de Minas-MG

      – Apae de Cristalina/GO

      – Apae de Guaraí/TO

      – Apae de Marília-SP

      – Apae de Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Itaquaquecetuba-SP

      – Apae de Monte Alto-SP

      – Apae de Nortelândia/MT

      – Apae de Nossa Senhora do Livramento/MT 

      – Apae de Nova Mutum/MT

      – Apae de Paracatu/MG 

      – Apae de Passos/MG 

      – Apae de Pindamonhangaba-SP

      – Apae de São José do Rio Claro/MT

      – Apae de São Mateus/ES

      – Apae de Visconde do Rio Branco/MG 

       

      1. Não é verdade. Se fosse a

        Não é verdade. Se fosse a favor da inclusão, o Flavio Arns estaria colocando os R$ 420 milhões para aprimorar a rede pública e as APAEs estariam assessorando as escolas a buscar recursos do MEC para se adaptarem.

        1. nos sabemos que esse dinheiro se dispersara antes de chegar lá!

          a APAE é uma organização conhecida e capaz, $ 420 milhões destinados a ela serão realmente aplicados para a finalidade fim!

          se der os mesmos 420 milhões para ser aplicados na rede publica duvido que consigam atender 10% do numero de crianças necessitadas que a APAE atenderá com o mesmo valor!

          isso foi amplamente comprovado quando o governo federal entregou recursos para a pastoral da infancia de Dª Zilda que conseguiu resultados extraordinarios com a redução da mortalidade infantil, coisa que o ministerio da saude com sua mega-estrutura não conseguiria com verba semelhante!

  8. O sempre sábio caminho do meio.

    A inclusão é uma conquista ainda a ser conseguida pelos exepcionais (as barreiras são maiores do que pensam, são até perversas). Dito isto, completo: existem casos (muitos) que exigem atendimento especiais (que até as APAES não atendem). Inclusão sim, atendimento especial também sim. Se existe uso político das APAES? SIM. Políticos conseguem verbas para as APAES  a troco de apoio (e alguns com uso indevido). Mas isso não invalida as APAES, QUE DEVEM SER MELHORADAS EM ATENDIMENTO INDIVIDUAL (atendimento psicológico individual inclusive para famílias e cuidadores). Que tipo de atrendimento? A análise do comportamento (terapia comportamental), a única com relação causa e efeito comprovado. 

    O mesmo tem que ser dito e repetido sobre os transtornos mentais: internações perpétuas? NÃO. Mas deixar de ter hospitais (ou leitos, ou alas) psiquiátricos para atendimento de caos agudos (surtos) é criminoso. Qual o tempo das internações? Em média uns 30 dias, podendo ser alongado para 90. 

  9. Olá Nassif!
    A questão não é

    Olá Nassif!

    A questão não é ser contra ou a favor do projteo do governo. O que preocupa é que o governo impõe e quer imediatizar o assunto.

    Ora porque não trabalhar democraticamente.

    1 – Continua apoiando as Apaes, controla os seus repasses, pune com cadeia os que desviarem (palavra suave para roubarem) os recursos;

    2 – Prepara de fato as escolas do ensino público e privado para receberem os novos alunos diferentes e oferece as vagas para eles.

    3 – Deixa os alunos e pais testarem o sistema e escolherem o que é melhor para eles.

    Isso se chama projeto democrático, sem demagogia e outros interesses políticos.

    A mídia poderá acompanhar de forma isenta (muita gente diz que você não é) e divulgar.

     

     

    1. Há cerca de trinta anos, um

      Há cerca de trinta anos, um grupo de pais de crianças com deficiência constatou que o melhor ambiente para seu desenvolvimento seria junto a não deficientes.

      Seguiram uma tendência mundial. Em 2006, a própria Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU (Organização das Nações Unidas), consagrou esse princípio.

      Eu tenho uma filha de 3 anos que está em uma escolinha que é famosa por ser especialista em autismo e problemas do tipo. Aquela que semanas atrás até apareceu no Fantástico.

      Quando decidimos por matriculá-la, achei importante a convivência dela com crianças excepcionais, para fazer parte da concientização cidadã. Não me arrependo e sei que diferente de outras crianças, seu olhar é bem comum para com estas crianças excepcionais. E de quebra, sua presença também ajuda aqueles que se sentem excluídos.

      Assim, vejo que a esta democracia está mesmo politizada, onde os fatores e resultados clínicos e sociológicos comprovados não podem ficar submetidos às decisões políticas e burocráticas.

       

       

  10. A politicagem das APAES.

    A saudosa Jô Clemente, certamente está se revirando no túmulo, vendo a que ponto chegou o seu sonho, de criar esta rede de solidariedade e atendimento apolítico, àqueles que são “diferentes” e que só conseguem socializar-se, se tiverem apôio moral e de um atendimento diferenciado, como são os atendidos nas Apaes.

    Ver que estas organizações, viraram cabides de empregos, e trampolins políticos, que “pensam” apenas em “mamar” todo o leite, que o Estado, declina para o atendimento dos excepcionais.

    1. Conheço um caso exemplar disso

      Um aluno surdo, quase com 12 anos (limite geralmente reconhecido para a capacidade de adquirir uma língua), SEM LINGUAGEM (nao falava e nao sabia LIBRAS). Foi conseguida uma vaga para ele no INES, onde ele poderia aprender LIBRAS rapidamente, convivendo com outros surdos (no caso dele, isso era URGENTE, um ser humano sem linguagem nao passa de um primata com mais capacidade cerebral, mas excluído do mundo humano).

      O asilo em que ele estava nao tinha como levá-lo até o INES e o “depositou” numa dita escola inclusiva perto de lá. Cuja “política de inclusao” era colocar todas as crianças com deficiência numa turma separada. Ou seja, jogá-las no lixo. 

      Esse é um caso extremo, claro. Mas nao acredito que seja único… 

      1. E o pior é que vira e mexe

        E o pior é que vira e mexe ameaçam fechar o INES e o Instituto Benjamin Constant. Sempre sem apresentar uma justificativa honesta.

  11. No papel é bem diferente que na prática

    Seria realmente maravilhoso que as escolas inclusivas funcionassem.

    Sou mãe e sei na pele que o que se fala não se aplica. A própria deficiencia na efetiva aplicação dessa pseudo inclusão já diz por si só.

    O que se vê são profissionais despreparados ( qdo estão disponíveis) para que haja um aprendizado eficaz.

    Não basta na fotografia, o dia a dia é que faz a excelência na apredizagem. As prefeituras mal e mal conseguem suprir com profissionais que são exigidos ao máximo com 40…45 alunos por sala, como esperar que uma criança com deficit consiga acompanhar???? Auxiliares…hahahahaha….isso é uma lenda…poucas escolas contam com eles…daí a importância das APAES…caro senhor o olhar de fora é muito fácil…é gélido… quem está dentro é quem têm a verdadeira visão ampla, geral e irrestrita da semática apresentada.

    Sim as Apaes, elas são necessárias e na sua maioria são apolíticas com profissionais dedicados e com imenso amor ao próximo…

  12. Repensar as Apaes.

    É necessário, repensar inteiramente as Apaes, que viraram efetivamente um cabide de empregos dos diretores destas, e rever os valores que o Estado destina às mesmas, e principalmente, separar o jôio do trigo, senão tudo aquilo que a instituição prometia, cairá no ostracismo, e fracassarão os esfôrços de uns poucos abnegados, em prestar esta assintencia e esta inclusão, dos assistidos.

  13. Inclusão

    Não sou especialista do tema, mas é muito claro para mim que as escolas não estã preparadas para isso, nem públicas e nem privadas. Numa época onde os professores não são respeitados pelos alunos, seja por terem egos inflados e se sentirem os donos da escola (privadas), seja por não valorizarem o estudo como oportunidade na vida (públicas), como vã conseguir conduzir as turmas à inclusão? Como deixar alunos especiais num ambiente sem segurança intrínseca? Exposto a ‘buling’ e drogas, po exemplo?

    Que a inclusão é a melhor alternativa, não há dúvidas. Mas a pergunta é: qual inclusão?

    Pelo que vejo, as APAEs (em qq instituição, empresa, etc. tem os bons e os ruins) cumprem o papel de ajudar o especial a se incluir na sociedade, a ter uma vida que décadas atás não teriam. Isso já é, de forma inscipiente, inclusão.

    Obviamente, é necessário avançarmos muito mais, mas antes disso, precisamos preparara as escolas, para, depois delas serem boas para os alunos ‘comuns’, que hoje em dia não são (já foram, eu estudei em escola pública!), serem preparadas para os especiais.

    Não vejo com bons olhos pularmos etapas. Via de regra, em nosso país, ao deparar-se com um problema, buscam-se supostas soluções, quase sempre óbvias demais e que não atacam, as causas. E toca o barco. As consequencias disso só vão se acumulando e nosso país não progride, fica patinando.

    Essa proposta sobre o tema educação/inclusão é apenas mais um exemplo de como os problemas não tem um ‘approach’ correto no nosso BraSil!

  14. Nassif + uma vez demonizando quem pensa diferente dele

    Estou sem tempo para comentar o tópico em detalhe, voltarei. Mas achei muito interessante a mençao a professores formados em “Educaçao Especial”.

    Como é que é? Sao ao mesmo tempo preparados para alfabetizar em Braille (o que é muito diferente de apenas “ensinar Braille” para quem já é alfabetizado, e conhece as regularidades das correspondências fono-gráficas), ensinar em Libras, responder às necessidades de autistas graves, etc e tal?

    Falar só de crianças com Down é fácil, elas sao realmente incorporáveis às escolas comuns, desde que com bastante apoio, a elas e aos professores. Agora quero ver uma “formaçao”  genérica para qualquer tipo de deficiência. 

    1. Sabe que me lembraram o caso

      Sabe que me lembraram o caso dos Yorkshires. Aqueles cachorrinhos….

       

      Os ativistas são ótimos para yorkshires mas péssimos com ratos, porcos e outros bichos.

      É o ativismo seletivo. Mas para fazer política e ganhar “corpo” colocam tudo no mesmo saco.

      Eu penso que eles perdem credibilidade em NÃO diferenciar quem deve ter acesso ou não.

      Se for pra dar acesso a todos assim de bate pronto sou contra. 

    2. Anarquista, nem vem. Quem

      Anarquista, nem vem. Quem demoniza é você, inclusive vendo apenas o ângulo do professor na questão da deficiência. O Fundeb reserva R$ 1.500 por mês para cada criança com deficiência. O suficiente para qualquer diretor de escola bem intencionado contratar professores especializados para atendimento individual. Não avançam por comodismo, egoísmo e falta de solidariedade.

      1. Verba para o atendimento especializado

         A verba não vem diretamente para a escola. Os diretores apesar de “bem intencionados” não tem autonomia para contratar professores como o missivista acredita.

        1. A verda destinada ao aluno

          A verda destinada ao aluno deficiente não, mas ha ainda dinheiro que chega direto à conta da escola. Pelo menos era assim até pouco tempo.

      2. E não apenas por esses itens

        E não apenas por esses itens citados. Não avançam porque alguns se apropriam de subvenções e desviam para outras funções da escola, isso quando não desviam para o proprio bolso, como ocorreu na escola de uma amiga professora, que acabou denunciando a diretora corrputa. Um agulha no palheiro. 

         

      3. O Nassif, pensa então  que

        O Nassif, pensa então  que inclusão significa contratar um profissional para acompanhar a criança? Primeiro que para cada deficiência necessita-se de um profissional diferente, que muitas vezes não existe ou quando existe não vai trabalhar por R$ 1.500. Segundo, além do profissional a escola precisa de um conjunto de materias didáticos específicos para cada deficiência. Terceiro, algumas deficiências necessitam  de mais de um profissional. Quarto, é preciso desenvolver um programa de ensino específico para o aluno com deficiência. Quinto, a sala de aula as vezes vai necessitar de ajustes para atender algumas necessidades. Sexto, o professor regente precisa passar por treinamento. Sétimo, alguns equipamentos são necessários para o atendimento de determinada deficiênca. OItavo, muitas vezes para cada tipo de deficiência será necessário um conjunto específico de recursos humanos e materiais. E tudo isso numa instituição falida como é a escola pública brasileira, onde muitas vezes faltam carteiras, o teto está caindo, os ventiladores não funcionam, a merenda não é regular, não possui livros, bibliotecas, laboratórios, sala de informática, sala de vídeo, material didático, as salas são superlotadas, etc. Onde os professores não passam por capacitação, são mal remunerados, possuem carga de trabalho excessiva, são obrigados a assinar contratos temporários, com demissão programada de seis em seis meses (ficando sem trabalho  e dinheiro todo meio e final de ano), além  de não terem direito ao Suguro Desemprego e ao FGTS. Pontanto, é uma instituição que não tem sequer o necessário para promover desenvolvimento educacional nem mesmo para as crianças normais. Então falar que o diretores das escolas não avançam com a exclusão (disfarçada de inclusão) porque são cômodos, egoístas e  insolidários só pode ser por total falta de conhecimento de como está ou como funciona a educação pública no Brasil. Na verdade todos os profissionais que trabalham com educação pública são verdadeiros heróis, por ainda assim conseguirem algum resultado positivo diante da atual realidade.  

        1. Mas então.
          A instituição

          Mas então.

          A instituição escola pública brasileira está falida e voce defende que o Governo continue enviando gordas verbas públicas as APAEs, é isso ?

          1. Isso nao é flaXflu, APAE X NAO-APAE

            A questao é séria demais para ser enfocada desse modo. Para mim tanto faz se for nas APAES ou fora delas, desde que seja em escolas especializadas para atender as dificuldades das crianças, de preferência públicas, para serem de acesso geral, mas nao em todas as escolas regulares, porque isso seria uma farsa. Alguns poucos centros especializados em dificuldades específicas; e, de preferência, que incluam tb algumas turmas de alunos sem deficiência, facilitando a interaçao das crianças NO RECREIO e em atividades pára-didáticas. Se esses nao existirem mas existirem APAES, que seja nas APAES. Isso é uma QUESTAO MENOR, o que importa é o bom atendimento aos alunos. 

          2. Resposta DanielQuireza

            É isso aí, não enteressa onde a criança vai estudar, mas sim como iremos garantir a inclusão. O que eu busquei argumentar é que obrigar todos as escolas a matricular crianças com deficiências é irracional, simplesmente porque não é possível que todos as escolas disponham dos recursos necessários para atender as diferentes deficiências existentes. Nem a escola pública, nem a escola privada pode garantir isso. A inclusão só pode ser alcançada através de centros. Qualquer outro forma não é aplicável, fica apenas como um boa intensão, mas que não pode ser concretizada. O que eu defendo são as duas únicas possibilidades que eu consigo vislumbrar: uma é mais rápida, a outra mais difícil e demorada, no entanto, possível. A primeira, seria incorporar as Apaes no ensino regular, permitindo que crianças sem deficiência também possam ser matriculadas nas mesmas. A Segunda, seria dentro do ensino regular tanto público como privado criar centros especializados onde tantos as crianças sem deficiência, como as crianças com deficiência poderiam estudar. Então, DanielQuireza são essas as minhas propostas (em 15:25 eu falo mais sobre isso). Na vejo na critica ao trabalho das Apae algo que possa contribuir para encontramos uma solução para inclusão. 

      4. Estou vendo o ângulo dos professores? Nao, sobretudo DOS ALUNOS

        Nassif, me desculpe, mas você está comprovando o que eu disse. Nao ouve argumento nenhum, apela para a desqualificaçao direto. Falei dos professores super lateralmente, e nao preocupada sobretudo com eles, e sim com os alunos. Nao existe formaçao em crianças com deficiência em geral, cada tipo de deficiência exige uma formaçao diferente, o que estava muito claro no meu comentário. 

        E se é atendimento individual com professores especializados na escola regular, OK, mas onde está a inclusao nisso? É apenas territorial? Se for possível ter atendimento realmente individualizado para cada tipo de deficiência na escola regular bato palmas. Você acredita mesmo nisso, que todas as escolas tenham professores (de todas as disciplinas…) que saibam LIBRAS, outros que saibam alfabetizar em Braille, outros especializados em crianças autistas, etc.?

        Nao é muito mais lógico concentar os professores com uma especialidade específica (com desculpas pelo aparente pleonasmo) numa única escola por município, ou por regiao administrativa, nas grandes cidades? Essas escolas até poderiam ter tb turmas de alunos sem deficiências, poderia haver integraçao no recreio, etc., mas atendendo-se o que há de particular em cada situaçao, e nao ficando na defesa de uma educaçao inclusiva “genérica”, que nao servirá bem a ninguém. 

        1. É exatamente isso que deve ser feito

          É exatamente isso que tento dizer em meu comentário (em 15:25). Simplesmente não é factível esse proposta de garantir todos as condições necessárias as diferentes deficiências em todos as escolas. A único forma possível é através de centros. Na verdade essa proposta não tem nem pé nem cabeça. Não existe meios possíveis de aplica-lá. A  Anarquista resumiu de forma brilhante. Essa suposta inclusão provocaria invariavelmente uma grande exclusão. 

  15. Um dos problemas também é a

    Um dos problemas também é a atual desvalorização dos professores, tanto da rede pública quanto da privada.

    Muitos chegam a ganhar menos do que vendedores de lojas, sem desmerecer estes, mas não é uma profissão de nível superior.

    1. Exatamente, vou fazer o papel

      Vou fazer o papel do escroto aqui.

      Sei que vc não disse exatamente isso mas… aí vai.

       

      Temos problemas demais pra cuidar de 99% dos jovens para poder sonhar em gastar R$420mi com 1%.

      Alguem tem que falar. A realidade é dura. Não se adminsitra um sistema pensando em 1%.

      A solicitação deles é irreal. Pensam que estão na Finlândia? Aqui as crianças terminam o estudo sem saber ler e quando o sabem não conseguem entender o que leram.

      Isso pra mim é coisa de gente sem noção com a realidade.

  16.  
    Basta isso Nassif? R$420mi?

     

    Basta isso Nassif? R$420mi? É só isso? Eu acho que não. O MEC não consegue se organizar para ensinar a crianças normais.

    Pra resolver o problema do ensino de matemática quanto custa?

    E o de Português custa quanto?

    É só isso, definir valores?

    Sou absolutamente contra uma lei que OBRIGUE escolas a aceitar. A definição de quem deve ser aceito OU NÃO deve vir do MEC e não de uma lei imposta.

     

    Na prática, se esta lei passar o futuro dos deficientes será ceifado. Toda uma geração, talvez mais será perdida.

    Há deficientes que absolutamente NÃO podem ir para escolas normais. Há essa distinção na Lei?

    Quem tem paralisia celebral por exemplo, não anda, não fala, precisa de alguém pra limpar a bunda. Essa criança vai pra escola comum porque tem direito?

     

    Se os pais dos deficientes concordarem QUE os deficientes devem ter a mesma atenção, absolutamente o mesmo tempo dedicado, a qualquer criança normal, eu mudo meu posicionamento.

    Mas isso não vaia contecer porque por definição isso não é possível.

    1. Por fim ainda tem este

      Por fim ainda tem este ponto:

      “Há cerca de trinta anos, um grupo de pais de crianças com deficiência constatou que o melhor ambiente para seu desenvolvimento seria junto a não deficientes.”

      A prov

       

       

      A prova é essa? Um grupo de pais de deficientes constatou? É isso que vai mover uma lei e R$500mi do Estado? A constatação de um grupo de pais há 30 anos?

      Sinceramente…vamos discutir outro assunto.

  17. DEIXEM AS FAMÍLIAS E AS CRIANÇAS ESCOLHEREM

    Sinceramente as crianças especias devem ser acolhidas em ambientes seguros e infelizmente a nossa escola pública não oferce condições de acolhimento.  A APAE é o porto seguro para muitas crianças e  o governo já falha na educação em vários pontos, e não acredito, que esteja preparado para tal missão. Deixem as famílias e as ciarnças escolherem, o governo tem mania de se meter em tudo, e acaba não fazendo nada direito. Até hoje não se tem um cadastro de crianças desaparecidas, imagina o governo fazendo o mesmo com as crianças especias. 

    1. A escolha

      Isso, deixe os pais escolherem se querem que seus filhos trabalhem na roça ou vão para a escola. Deixem eles escolherem se querem segregar seus filhos com deficiência ou não. Se querem colocá-los na vida ou não. Deixem que o poder de escolha dos pais seja mais importante do que o direito dos seus filhos de conviverem com seus pares..

      1. O ESTADO CUIDA DE TODOS?

        Você prefere que o estado escolha? O Estado cuida tão bem de todos, que já estou vendo como essa crianças vão ser tratadas com o descaso de sempre! Entre o amor de uma boa familia, e o descaso do estado,  fico com a família! 

        1. Ah, o amor… tudo em nome do

          Ah, o amor… tudo em nome do amor. Se eu tivesse tempo, escreveria aqui um artigo sobre do que o amor é capaz. Para o bem. E para o mal. Mas prefiro perder meu tempo aqui para falar de direito e cidadania. TODAS as crianças têm direito ao convívio social, sem segregação. E se o Estado toma a frente, com polóticas públicas, para fazer valer esse direito, eu só posso aplaudir.

          1. DILMA NÃO MEXA COM A APAE

            Uma coisa é certa se o estado acabar com as Apaes pode ter certeza, nunca mais terão o meu voto e farei sempre campanha contra, o mal das pessoas é que acham que o governo  está sempre certo.! Não é acabando com um trabalho social, que se constroi um nação. 

          2. Todas as crianças têm direito, mas nem sempre é possível…

            Você acha que leis mudam a realidade? Entao tente passar uma lei contra a gravidade, que coisa horrível o peso. Há crianças que nao falam, vao fazer o quê na escola comum? Francamente, isso é de uma obtusidade inacreditável. 

            E há casos intermediários, em que as crianças precisam de ensino especial, mas podem — e nesse caso, devem — estar numa mesma ESCOLA (o que é diferente de numa mesma TURMA) que as outras. E conviver com essas no recreio, nas atividades esportivas, se puderem fazê-las, nos passeios, etc. 

      2. COM ESSA EDUCAÇÃO ISSO É UM CRIME

        Não prefiro mil vezes que os bons pais ecolham, do que um estado ditador, que não cuida direito de muitas crianças abandonadas nas ruas e muitos abrigos. A inclussão não precisa ser feita, só numa escola falha do estado brasileiro. 

          1. Infelizmente você deve

            Infelizmente você deve pertencer a minoria de filhos maltratados pelos pais. Dá p/ perceber seu enorme ressentimento. Não deixe essa sua carência julgar os demais. A final a grande maioria dos professores também são pais, então se a tua tese é que os país são um bando de sádicos que gostam de maltratar os filhos duvido muito que se preocupem mais pelos filhos dos outros.

             

          2. “você deve”… mais

            “você deve”… mais conjecuturas… por que será que as pessoas preferem fazer ofensas pessoas a quem elas nem conhecem a desenvolver bons argumentos, em um debate?

          3. Você generalizou dizendo que

            Você generalizou dizendo que os pais não sabem o que é melhor p/ seus filhos e que preferem levá-los à roça p/ trabalharem. Ou seja fala barbaridades e depois se ofende ? É vocês que não tem argumentos. Na sua cabecinha só existe um Flá-Flú contínuo e geral e não querem permitir as pessoas de exercerem suas escolhas democráticas. Ah, e a grande maioria dos que criticam as APAE estudou (ou enviou os filhos) em escola particular. Por que será? Sou petista e apoio o Haddad, mas não acredito na infalibilidade das pessoas (nem falo do Papa porque sou ateu). Como disse a Anarquista Lúcida: as leis não mudam a realidade. E a realidade é que a escola pública tem que melhorar bastante para ensinar de modo satisfatório as crianças sem deficiência. Qué dizer dos alunos deficientes então.

      3. Cristiana, eu acho que você

        Cristiana, eu acho que você não é mãe, pois caso contrário você deve ser uma mãe omissa e que vê seus filhos como uma carga a ser transferida para o “estado”. O ensino e o funcionamento das escolas públicas brasileiras é sofrível para dizer o mínimo. Existem exeções, é verdade. Mas os pais e familiares das crianças com deficiências são as que melhor podem avaliar o que é melhor para suas crianças. De volta, com as exeções de praxe. Você colocou opções totalmente descabidas (mandar os filhos p/ roça … ) quando claramente NÃO se trata disso. O caminho democrático é simples: Informar os pais do aluno deficiente que existe a escola X que pode atender seu filho. Então os pais poderão conhecer e verificar se a escola realmente é uma opção à instituição que a criança esteja frequentando. 

        1. vc “acha” que eu. pois eu não

          vc “acha” que eu. pois eu não “acho” nada sobre vc. eu não lhe conheço. quando quiser discutir sobre temas e não fazer ofenças pessoais, estarei aqui, ok?

          1. Como pai responsável eu fui

            Como pai responsável eu fui ofendido primeiro. Você falou despectivamente dos pais no geral e também falou despectivamente do amor que os pais sentem pelos filhos. Então não venha se fazer a inocente. Os seus comentários são simplesmente ridículos: Quem que vai tomar a decisão de quál escola enviar o filho aos 3 anos de idade ? O prefeito da cidade ? O juiz da comarca ? Por acaso o delegado ? Talvés jogando uma moeda ? Qualquer opção serve menos os pais da criança ?. So tenho uma certeza é que jamais sequer perguntaria a uma pessoa como você.

  18. Olá, Nassif
    Não é possível

    Olá, Nassif

    Não é possível concordar com estes argumentos. Tenho um filho com Síndrome de

    Down e conheço muitos e muitos casos de outros portadores. Apesar de 

    todos os Down serem afetuosos e sociáveis, sua capacidade intelectual

    varia enormemente. Há aqueles (a minoria) que conseguem se alfabetizar

    plenamente (gramática, matemática e outras disciplinas do currículo normal),

    e há muitos que não conseguem, independente de sua idade. E para este

    grupo, a opção é sim a escola especial, com atendimento mais individualizado,

    menos alunos nas classes e professores preparados. Para estes, a inclusão

    não funciona e muitos pais tiveram que tirar seus filhos de uma escola inclusiva

    pelo fato de eles não se adaptarem, não acompanharem o resto do grupo e,

    finalmente, sentirem-se infelizes e não reconhecidos (que é uma demanda

    legítima de todos). Portanto, o que se advoga é a liberdade de escolha dos pais.

    Que eles possam observar em qual situação escolar seu filho se sai melhor.

    No caso das Apaes, há que se lembrar que muitos alunos carentes nada pagam e

    para eles, praticamente a Apae é a única opção.

     

     

     

    A questão é muito mais que política, é sobretudo humana e de direitos.

     

    1. Tenho cunhada que viveu igual

      Tenho cunhada que viveu igual problema. E olha que ela é professora, pesquisou, estudou,lutou, tentou para que a filha estudasse em escola inclusiva mas viu que nadava contra a corenteza, A filha sofria por diversos motivos. Optou por por a filha em escola p/ aluno especiais.

    2. Parabéns, Regina. É

      Parabéns, Regina. É exatamente a minha posição (e não tenho filho deficiente, mas tenho filho de primo meu, também com Dawn, e conheço essa problemática). De acordo com a opinião do Nassif, meia duzia de “especialistas” chegam a uma conclusão qualquer e decidem enfiar goela abaixo da sociedade porque eles são “esclarecidos” e o resto é burro.

      Não sou contra as escolas inclusivas, mas obrigar os pais a tirar os filhos de uma escola especial p/ colocar numa escola pública, não só é uma barbaridade como um crime. 

    3. Inclusão

      É isso… falou tudo. Tem de haver as 2 opções e os pais avaliam qual a melhor para o caso do seu filho.

      Ah… mas aí os pais poem isso e aquilo, não serem esclarecidos etc. Bem, aí cabe ao governo providenciar orientação para os casais nessa situação, propiciando informação para que eles possam tomar a melhor decisão.

      Perfeito.

  19. Nassif, a Apae sabe, tanto

    Nassif, a Apae sabe, tanto quanto nós, que os programas para educação do gov.federal são o melhor caminho o  e tem a consciência que a inclusão é o ideal , mas de sola não tem como fazer esse processo, ainda mais que grande parte dessa inclusão serão geridos pelos governos estaduais e municipios. A Apae vem, grande parte de professores, que já trabalharam nas redes municipais e estaduais de educação, e sabem o tipo de suporte dado e as trocas de gestores a cada 4 anos com reflexos no suporte dado aos professores, e consequentemente, no sucateamento da rede pública, que vem melhorando sem dúvidas, graças a pressão, controle e programas do MEC.

    A inclusão é uma meta no minimo para médio prazo, pois há ainda um longo caminho a trilhar, e as Apaes também farão parte desta bandeira no momento certo. E claro que já é hora de fazer experimentos em no minimo todos os estados e nas capitais, com intenção de experimentar para multiplicar posteriormente, porém aindm a reitero que pra hoje ainda, infelizmente, não tem como fazer essa inclusão sem deixar cicatrizes nesses sensiveis cidadãos.

  20. Elogio

    Excelente matéria do Luís Nassif. É importante, sobretudo para os pais das crianças com deficiência, que saibam valorizar a inclusão. Afinal, o aluno com deficiência, numa escola inclusiva, pode ensinar tanto ou mais que um aluno sem. Parabéns

  21. Apartheidless

    Tirada da frente as discussões sobre os interesses de tal ou qual grupo, a questão principal está relacionada à possibilidade de QUALQUER CRIANÇA conviver e APRENDER com as outras. E isso se faz na ESCOLA, também. Estamos falando de criar cidadãos melhores e mais tolerantes às diferenças, de qualquer natureza.

    Qualquer coisa diferente disso, é APARTHEID. É segregação no mais puro sentido da palavra.

    Se o Estado não está preparado para isso, que o faça. Se já está fazendo, que melhore.Com o apoio de qualquer instituição especializada ou não. O que não pode é ser negado o DIREITO da criança em ir à educação.

    P.S.: Ninguém nasce preparado para nada. Nos preparamos na vida. A escola também se prepara e se altera constantemente. Os alunos são diferentes a cada ano. Vale para as escolas públicas e privadas também.

  22. Parabéns pela postura inclusiva

    Meu filho de 14 anos está se formando no Fundamental II (nosso antigo ginásio), desde o começo da vida escolar numa escola comum. Assim como tantos outros, seu progresso é resultado de uma vida compartilhada com todos

    O problema das Apaes é o medo de perderem a mamata de mais dinheiro público (até porque boa parte já está garantida na lei)…e, claro, o risco das pessoas com deficiência começarem a descobrir que não precisam viver em ambientes segregados

  23. via Movimento Down

    via Movimento Down :

    “Multipliquem esta ideia!

    A inclusão escolar dos alunos com deficiência de 4 a 17 anos está sendo debatida no Senado dentro do Plano Nacional de Educação. Seu filho ou algum estudante que você conhece tem deficiência e estuda em escolas regulares? Que tal mandar uma mensagem para que os senadores garantam o direito à inclusão escolar? Pode ser uma foto, um texto curto ou um vídeo.

    Quer uma inspiração? A Carol Rivello, do blog Nossa vida com Alice, criou uma série chamada “Nossa vida com Inclusão”. No primeiro episódio, a Ana Luisa mostra como ela e seus amigos ganham muito com a convivência em escolas comuns.

    Para entender melhor este debate, visite o nosso portal: http://bit.ly/1fGw32r “

    [video:https://vimeo.com/78784314# align:left]

  24. Direitos humanos

    Antes de ser uma questão pedagógica, a inclusão de crianças com deficiência nas escolas comuns é uma questão de direitos humanos. A discussão é nessa esfera.

  25. Repensar as APAES

    A APAE e o atendimento ao portador de deficiência 

    Minha vivência profissional junto a escolas públicas do Estado de São Paulo por mais de trinta anos leva-me a não concordar integralmente com a argumentação do Sr. Luis Nassif. Infelizmente, mesmo após a implantação do FUNDEB, popular fundão, as condições materiais das escolas públicas, que atendem a imensa maioria dos estudantes da educação básica, ainda são muito precárias. Agravando este quadro, a formação dos profissionais da educação, muito discutida atualmente, está ainda distante de garantir a competência necessária para incluir os estudantes das classes menos favorecidas, quanto mais de crianças que realmente necessitam de um atendimento muito diferenciado. Por que não possibilitar a existência das diversas instituições que promovem a educação? Será que uma criança com múltiplas deficiências e deficit intelectual severo tem condições de ser incluída em classe comum sem um acompanhamento individualizado? Será que crianças orindas de famílias onde prevalece a comunicação quase que exclusivamente oral não precisam também de mecanismos de inclusão? Estas questões não devem ser melhor discutidas?

  26. APAEs

    As APAEs tem o seu papel reconhecido e não podem ser extintas ainda mais por que o Estado não tem condições de oferecer nem educação de qualidade para os não deficientes.

      1. P/ variar repetindo as mesmas questoes… Essa já foi respondida

        Daniel, as crianças que nem as APAES recebem nao teriam CHANCE NENHUMA numa escola regular. Essa história de que a vontade move montanhas é mito religioso. Existem na vida limitaçoes reais, e ideologias muito bonitas nao vao fazê-las desaparecer. Crianças com paralisia cerebral, por ex. Nem precisa de tanto, crianças com déficits cognitivos tao sérios que nao puderam aprender nem mesmo a falar (essas podem receber educaçao, mas de um tipo BEM especial; aprender coisas da vida cotidiana, tenho um primo nesse caso). 

        1. Eu sei.
          A questão é que a

          Eu sei.

          A questão é que a estrutura atual deve ser modificada.  Pode ser aos poucos, mas como faltam recursos, mantando simplesmente as verbas às APAEs não acho que seja o caminho.

          1. O que você propõe não é

            O que você propõe não é lógico. Se reconhece que a escola pública aínda não está preparada, a solução NÃO é tirar as verbas das APAE e sim incluir mais verbas p/ as públicas terem condições. Até lá, seria criminoso afundar as APAE para colocar NADA como opção. Se quizer colocar mais fiscalização no uso das verbas pela APAE, ótimo, quanto mais transparencia melhor, mas não tirem as verbas de uma entidade que na sua maioria é exemplo de instituição e não aquelas ONGs fantasmas de parentes de políticos que só roubam.

  27. o governo com a demagogia de

    o governo com a demagogia de sempre ignora a realidade e determina que a mesma seja alterada com magicas e atalhos movidos a muita demagogia e boas intenções

    pena que delas o inferno esteja repleto

  28. agora ja nao bastasse o

    agora ja nao bastasse o professor ser agredido emocionalmente , funcionalmente ( pelo estado ) e até fisicamente pelos alunos, tera que suportar o estresse ( GIGANTESCO )  de lidar com alunos com necessidades especiais

    só pode ser piada mesmo

    é facil para quem nao é pofessor achar que cabe mais essa ( pequena adiçao ) ao dia a dia ja absolutamente caotico e sem garantias algumas dos profissionais da educaçao…

    1. Leonidas, se o seu interesse

      Leonidas, se o seu interesse é não dar aulas a todos (sem exceção) procure outra ocupação, peça demissão. Meu filho tem deficiência e desde os dois anos frequenta escola regular. Está se desenvolvendo muito, graças ao esforço da escola e dos pais. Há mais de dez anos falasse em educação inclusiva, não é nenhuma novidade para escola ou professor algum.

       

      1. comentario ridiculo!

        se a Dilma acha dificil governar o pais que peça a conta!

        se o mantega acha dificil gerenciar a economia do pais peça a conta!

        entre achar dificil e desistir existe a diferença do carater e do profissionalismo, desistir qualquer um pode, perseverar e coisa para poucos

        achar que decisões erradas irão prejudicar os resultados finais e um direito de cada, somente pessoas grosseiras falam o que vc falou!

        vc em sua ansia de defender o governo ou a sua ala de poder não se importa de a medida de correta ou não, apenas a defende, pois o seu grupo politico não pode ser maculado com coisas como a verdade ou a lei!

        vc é o exemplo acabado da pequenes moral que vivemos hoje em dia no Brasil

         

      2. Inclusão

        Vagner, o Leônidas não atacou os especiais, apenas disse que seriam mais uma carga em cima dos professores. E isso é verdade. Pq falam em inclusão mas não se fala em aumentar o número de tutores por sala de aula, por aluno etc. De onde vem o recurso, como vai ser aplicado etc. Essa foi a crítica. Não precisa atacar dessa forma.

        Se acontecer desse jeito, todos saem prejudicados: alunos ‘comuns’, professores, alunos especiais.

        Difícil entender isso?

      3. Não sou professor, mas tambem

        Não sou professor, mas tambem nao sou cego

        E nao sou ingenuo de pegar um fato e achar que devido a pequenas ilhas de excelencia ou historias positivas podemos simplificar a questao deste modo tao raso

        Falamos do Brasil inteiro colega…rs

    2. inclusao

      Leonidas meu amigo, sou professora e mae de uma crianca com deficiencia intelectual e pelas minhas duas experiencias, posso dizer que voce escolheu a profissao errada meu querido. Se voce acha que como educador voce tem direito de decidir quem deve e quem nao deve aprender, simplesmente porque incluir te dara mais trabalho, isso significa que voce nunca sera verdadeiramente o que se propôs a ser, um educador. Infelizmente por pensamentos como esse seu, nossa classe anda tao em baixa e a qualidade da educacao brasileira, seja para pessoas com deficiencia ou nao, esta um caos. Faca um favor a voce e a sociedade, busque uma outra formacao, acredito que todos seremos mais felizes.

  29. Temos de desenvolver o hábito

    Temos de desenvolver o hábito de ler a Constituição Federal (não tem letra morta, é uma Carta repleta de conteúdo programático). Nesse caso temos:

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;

    III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

    Aqui, a Constituição Federal não dá exclusividadade para o ensino dos portadores de deficiência na rede regular de ensino.

    Contudo, desde 2009, vige no ordenamento jurídico brasileiro a estauído na Convenção de Nova Yorque, tratado internacional da ONU sobre o direito das pessoas com deficiência, com força de direito e garantia individual. E no capítulo da educação temos que:

    Artigo 24

    Educação

    1.Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida, com os seguintes objetivos:

    a) O pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade e auto-estima, além do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade humana;

    b) O máximo desenvolvimento possível da personalidade e dos talentos e da criatividade das pessoas com deficiência, assim como de suas habilidades físicas e intelectuais;

    c) A participação efetiva das pessoas com deficiência em uma sociedade livre. 

    2.Para a realização desse direito, os Estados Partes assegurarão que:

    a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob alegação de deficiência;

    b) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem;

    c) Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas;

    d) As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;

    e) Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena. 

    3.Os Estados Partes assegurarão às pessoas com deficiência a possibilidade de adquirir as competências práticas e sociais necessárias de modo a facilitar às pessoas com deficiência sua plena e igual participação no sistema de ensino e na vida em comunidade. Para tanto, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas, incluindo:

    a) Facilitação do aprendizado do braille, escrita alternativa, modos, meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação do apoio e aconselhamento de pares;

    b) Facilitação do aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade lingüística da comunidade surda;

    c) Garantia de que a educação de pessoas, em particular crianças cegas, surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados ao indivíduo e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social. 

    4.A fim de contribuir para o exercício desse direito, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para empregar professores, inclusive professores com deficiência, habilitados para o ensino da língua de sinais e/ou do braille, e para capacitar profissionais e equipes atuantes em todos os níveis de ensino. Essa capacitação incorporará a conscientização da deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de comunicação aumentativa e alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência. 

    5.Os Estados Partes assegurarão que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino superior em geral, treinamento profissional de acordo com sua vocação, educação para adultos e formação continuada, sem discriminação e em igualdade de condições. Para tanto, os Estados Partes assegurarão a provisão de adaptações razoáveis para pessoas com deficiência.

    Assim, os governantes do Estado se obrigaram a isso.

    Cabe ao legislador brasileiro não só garantir direitos, mas viabilizar a consecução destes, e com a internalização da Convenção de Nova Yorque a regra passa a ser da inclusão dos portadores de necessidades especiais, aplicando-se a exceção para os casos mais severos.

    Claro, pode-se dizer que não há sequer creches para atender o que é regra nos inciso I e IV para atender o mandamento constitucional, mas o Governo Federal tem destinado verba para as Prefeituras construírem as creches. O mesmo valerá para as adaptações a serem feitas para a inclusão e o ensino dos portadores de necessidades especiais.

    Isso pode modificar, e muito, a atenção básica para as crianças e adolescentes no ensino público já que as municipalidades terão de dispor de profissionais especializados (eis o problema a ser resolvido – deve ter um Mais Psicólogos, um Mais Fisioterapeutas, um Mais Terapeutas Ocupacionais, etc.) para atingir essa meta de inclusão social.

    As crianças que não necessitam, a princípio, desses profissionais poderiam se usufruir desse benefício, pois estará na rede pública. E mais, a APAE não existe em todos os municípios, e a obrigação do Estado e dos governantes é universalizar, e dar oportunidade a todos, é de integrar com a sociedade – isso vale para as crianças (tenho um filho de 5 anos que brinca com duas autistas da essma idade e pra ele não há diferença entre ele e elas).

    1. “Leis” nao funcionam como varinhas de condao. Nao mudam o real

      Acho impressionatne que alguém queira “decretar” soluçoes para problemas desse tipo, independentemente das situaçoes concretas e reais, apelando para leis. Leis nao alfabetizam, leis nao fazem surdos ouvirem, leis nao curam déficits cognitivos graves, com base cerebral, etc. Nao basta sacar a varinha de condao, a realidade existe, e apresenta limites. 

      1. Não se decreta nada.

        Não está se decretando nada, está se afirmando para aonde devemos ir. Só se muda quando há vontade de mudar.

        A norma de conteúdo programático tem eficácia e dá um norte para o legislador. Esse foi o caminho escolhido pelo Governo dentro do estabelcido como um dos objetivos fundamentais do Estado brasileiro, promover o bem de todos, sem preconceitos e discriminação.

        O como fazer, em que tempo, com quais condições, passa por etapa, começa pela identificação desse clientela de serviços do Estado e por fim pela instrumentalização, será definido em programas estatuídos em lei. Essa lei é a que se está discutindo agora. Ações governamentais. Definição de metas e estratégias. É o Plano Nacional de Educação (PNE) e está no endereço: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoes

        Mas esa foi a opção foi pela educação inclusiva, foi. Caso contrário não teríamos assinado a Convenção. Uma mudança. Um desafio. A integração da sociedade.

         

  30. Uma abordagem transversa

    Uma abordagem transversa ao candente assunto é a da chamada “caridade”, essa ação / sentimento / instituição mitificadíssima no sacrossanto território da vida burguesa, particularmente ostensiva no contexto brasileiro.

    Não serão todos os caritativos a se assalariarem através do reconhecimento social de seus atos, mas creio-os imensa maioria.

    Parte destes agentes da caridade integram direta ou indiretamente organizações como as APAE´s, e conformes à qualificação que imaginei, preocupam-se e rebelam-se ante à possibilidade de perderem parte daquele “salário”: mais educação inclusiva, mais Estado; menos clientela para as organizações tradicionais, menos necessidade de “agentes caritativos”.

    Sei que o assunto é vespeiro, mas creio já haver passado a hora de rediscutirmos o próprio conceito de caridade.

    Em tempo, o comentário não pretende negar a importância de instituições como a APAE, e nem mesmo desconsiderar por completo as ações culturais solidárias capazes de mitigar sofrimentos. São episodicamente necessárias e por vezes insubstituíveis.

    Isso não quer dizer que não possam ser criticadas pelo que contêm aquilo a que chamei, à falta de melhor denominação, de “assalariamento via reconhecimento social”.

    Mais um ingrediente jogado na ideologizadíssima panela de pressão das classes médias (e não só delas).

    Mas que precisa ser enfrentada. O nível de demandas do povo brasileiro não admite que o estado seja substituído por organização privadase seus agentes “inocentes” úteis, aquartelados pelos “privatizadores do mundo” para uma guerra que no fundo não é do interesse deles mesmos.  

     

     

     

     

  31. Nassif, essa batalha esta sendo ingrata para você!

    nassif, novamente vc voltou a esse assunto, menos radical que da ultima vez, ao acusar o estado do Parana de obscurantismo, mas novamente vc deixou a paixão assumir o comando!

    sem meias palavras, colocar crianças com dificuldade de aprendizado em turmas normais, poderá ser boa para essas crianças, eu sinceramente não sei, mas certamente será ruim para as demais, pois limitara o ritmo da classe, um numero maior de crianças serão prejudicadas apenas para que uma teoria demagogica e simpatica seja implantada?

    já comentei anteriormente aqui, sobre um colega que me contou que na empresa onde trabalha, pessoas com necessidades especiais foram contratadas para trabalhar em um departamento, bacaninha, ganhou materia do jornal local, etc e tal, mas os demais funcionarios ficaram descontentes pois tiveram a carga de trabalho aumentada, uma vez que os novos colegas tem um rendimento muito inferior, mas as metas departamentais são mantidas!  Teorias criadas por pessoas que não vivenciarão seus ideias são muito faceis de serem elaboradas e defendidas, 

     

     

    1. Prezado
      o mundo está dividido

      Prezado

      o mundo está dividido entre aqueles que consideram as pessoas com deficiência um fardo, aqueles que exploram e aqueles que as tratam como cidadas. Espero que nenhum AVC o torne deficiente e dependente de pessoas como esses seus amigos.

      1. não são um fardo!

        vc está enganado,  as crianças excepcionais não são um fardo, não as considero nem de longe isso, e impossivel não ver em seus rostos a pureza da inocencia total.  Mas temos que ser realistas, elas não tem o mesmo ritmo e capacidade cognitiva das crianças comuns,  tentar forçar a aceitação social diretamente nas costas de crianças que não estão preparadas para esse atributo como disse acertadamente nosso colega Heart não é justo nem para uma nem outro.

        acho que antes de tentar forçar a sociedade aceita-las e sim as pessoas que pensam assim aceitar que essas pessoas não são como as demais,  tentar fingir que são, isso sim e preconceito disfarçado. 

        sobre um AVC, meus amigos suportaram o peso que foi a introdução das pessoas portadoras com deficiencia na empresa, eles trabalharam para compensar a baixa produtividade dessas pessoas, meus amigos não são obrigados a gostar disso, mas cumpriram com suas obrigações. Por isso, se um dia eu tiver um AVC e me tornar um deficiente, sei que eles irão me apoiar, mas antes de tudo minha familia o fará, como eu amparei meu pai por 02 anos em uma cama onde ele somente podia mover os olhos para se comunicar comigo!  

        não sei se vc já passou por por esse experiencia Nassif, peço a Deus que nunca o tenha, mas imagine o que fazer a higiene em um homem de 65 anos?  não é agradavel, nem tanto pelo sujeira, mas pela indignidade para com ele!

         

         

    2. O problema não é esse

      O problema da inclusão dos deficientes está no modelo de educação. Nossa educação se resume a uma corrida para ver quem aprende primeiro a escrever, a fazer contas, enfim, todos esses rankings… Como podemos incluir os deficientes nesse modelo? Rubem Alves defende bem essa ideia, nessa maravilhosa entrevista aos 33 minutos (http://www.youtube.com/watch?v=25aYrszc_F8). Para ele, seria como incluir em uma corrida de 100 metros, alguém sem uma perna. A educação deve voltar ao desenvolvimento dos indivíduos de acordo com suas potencialidades, e não dividir as pessoas em coortes de idade e exigir que aprendam determinada coisa. A educação brasileira é uma catástrofe. Não adianta tentar resolver problemas específicos, se todo o sistema está em colapso.

      1. Clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap!!!

        . Já que a gente nao consegue mais atribuir estrelas com esse desgraçado do “Ver Mais”… Temos que abrir comentário quando realmente queremos aprovar ou criticar. 

    3. Viva as diferenças

      Com certeza se a luta pela inclusão tivesse começado ha décadas atrás, pessoas com a cabeça torta como a sua senhor Marcel Santo, não existiriam mais, pois os valores mais humanos estariam sendo prevalecidos, paradigmas quebrados e preconceitos superados. É lamentável que o senhor acredite em teorias prontas e ultrapassadas como estas. Eu, o que vejo por aí, é justamente o contrário, pessoas “normais” trabalhando com preguiça, sem rendimento nehnhum, e pessoas “especiais” muito mais dispostas e muito mais participantes no dia a dia e na rotina da equipe. E acho que não existe necessariamente uma regra, o que existe são seres humanos dignos e não dignos, que fazem jus ao seu emprego ou não. Que tem caráter ou não. Isso independe de serem portadores de necessidades especiais ou não. Aliás, pessoas com deficiência, costumam se esforçar até mais para manter seus empregos, por que gostam de se sentirem úteis.

      Além disso, sobre a sala de aula, o senhor deve saber, que na escola, as crianças não aprendem apenas matemática ou português, elas aprendem também a respeitar as diferenças, a compreender e amar o próximo, enfim, a viver em sociedade, valores que constroem um cidadão íntegro e que ajudarão elas a serem crianças felizes e adultos bem resolvidos, diferente do senhor.

    4. Viva as diferenças

      Com certeza se a luta pela inclusão tivesse começado ha décadas atrás, pessoas com a cabeça torta como a sua senhor Marcel Santo, não existiriam mais, pois os valores mais humanos estariam sendo prevalecidos, paradigmas quebrados e preconceitos superados. É lamentável que o senhor acredite em teorias prontas e ultrapassadas como estas. Eu, o que vejo por aí, é justamente o contrário, pessoas “normais” trabalhando com preguiça, sem rendimento nehnhum, e pessoas “especiais” muito mais dispostas e muito mais participantes no dia a dia e na rotina da equipe. E acho que não existe necessariamente uma regra, o que existe são seres humanos dignos e não dignos, que fazem jus ao seu emprego ou não. Que tem caráter ou não. Isso independe de serem portadores de necessidades especiais ou não. Aliás, pessoas com deficiência, costumam se esforçar até mais para manter seus empregos, por que gostam de se sentirem úteis.

      Além disso, sobre a sala de aula, o senhor deve saber, que na escola, as crianças não aprendem apenas matemática ou português, elas aprendem também a respeitar as diferenças, a compreender e amar o próximo, enfim, a viver em sociedade, valores que constroem um cidadão íntegro e que ajudarão elas a serem crianças felizes e adultos bem resolvidos, diferente do senhor.

  32. Só para ajudar na discussão e

    Só para ajudar na discussão e desfazer alguns mal entendidos, segue manifestação mostrando que nem todas as APAES são contra a educação inclusiva.

     

    Posicionamento sobre educação inclusiva

     

    A APAE DE SÃO PAULO esclarece que apóia a política oficial de educação no Brasil: a educação inclusiva. Com base nessa diretriz – na qual uma mesma escola recebe todos os alunos sem nenhum tipo de discriminação –, a Organização oferece, por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SP) o Atendimento Educacional Especializado para jovens de 4 a 17 anos, matriculados em classe comum da rede regular de ensino, com o objetivo de criar condições mais favoráveis para aprendizagem formal desses estudantes.

    Em mais de 10 anos de trabalho fundamentado na educação inclusiva, a APAE DE SÃO PAULO tem garantido o desenvolvimento efetivo para crianças e adolescentes com deficiência intelectual, apoiando-os na socialização; o fim da discriminação; e melhora da aprendizagem formal.

    Com relação à divergência entre as mais de 2.100 APAES no país, a APAE DE SÃO PAULO respeita as distintas opiniões entre as organizações, uma vez que a educação inclusiva ainda está se consolidando e é natural que o debate apresente opiniões diferentes.

    APAE DE SÃO PAULO

    FONTE: http://www.apaesp.org.br/Noticias/Paginas/Posicionamento-sobre-educa%C3%A7%C3%A3o-inclusiva.aspx
    (Texto disponível nessa página em 24 de agosto de 2013)

    _______________

     

    O mundo passa por um momento de transformações e mobilizações sociais. A forma como a informação é distribuída, acessada e compreendida pelo público também mudou, gerando um grande número de interpretações.

    Por esse motivo, gostaríamos de lançar luz sobre alguns pontos a respeito de recentes notícias que abordam as mudanças na Meta 4 do PNE – Plano Nacional de Educação, que prevê o fim do repasse de verbas públicas às escolas Especiais, gerando o entendimento do consequente fechamento de APAES em todo Brasil.

    As APAES são municipalizadas, independentes e, em alguns casos, conveniadas como Escolas Especiais, sendo que esta última situação não ocorre na APAE DE SÃO PAULO, uma vez que encerramos as atividades de nossa Escola Especial em 2010, pois há mais de dez anos atuamos com a educação inclusiva como forma de contribuir para o desenvolvimento efetivo e a integração social de pessoas com Deficiência Intelectual. Portanto, a mudança no texto do PNE não interfere diretamente nas atividades da APAE DE SÃO PAULO.

    Valorizamos a discussão como parte do exercício da democracia, entendemos ser natural a diversidade de posicionamentos de outras APAES, respeitamos as distintas opiniões entre as organizações, uma vez que a educação inclusiva ainda está se consolidando e nos solidarizamos com aquelas que necessitem alterar suas atividades.

    Dispostos a continuar a jornada que trilhamos há 52 anos para valorizar o ser humano e garantir cidadania a pessoas com Deficiência Intelectual e cientes da grandeza de nossa missão na sociedade, contamos com o apoio de todos para alcançar esses objetivos.

    Cassio dos Santos Clemente

    Diretor-Presidente da APAE DE SÃO PAULO

  33. Parabéns – Belo Post!

    Ninguém discorda de que a educação no Brasil está longe do ideal. Mas a solução para o ensino de qualidade para alunos com deficiência é mais investimento na escola regular, onde os alunos com deficiência estão cada vez mais sendo matriculados.

    Além da inclusão escolar ser garantida pela legislação, há pesquisas científicas comprovando os benefícios da inclusão não apenas para os alunos com deficiência, mas também para seus colegas, a comunidade escolar e a sociedade como um todo (ver http://producao.usp.br/handle/BDPI/11424 e http://ref.scielo.org/jhywqn ). Então, a luta deve ser no sentido de garantir uma educação de qualidade para TODOS, no mesmo ambiente escolar. –

     http://www.movimentodown.org.br/2013/10/educacao-de-pessoas-com-deficiencia-no-brasil-entenda-o-debate/#sthash.TPPipFPv.dpuf

    http://www.movimentodown.org.br/2013/10/educacao-de-pessoas-com-deficiencia-no-brasil-entenda-o-debate/

  34. Caso parecido

    Sinceramente gostaria de saber por que essa galera da blogsfera agora está pegando no pé da APAE, pergunto aos mesmos se irariam os seuss filhos que estudam em escolas particulares,para colocarem numa escola pública ? O caso não é um pouco parecido? Muita gente fala em inclussão vamos fazer essa também, filhos de politicos e jornalistas todos na escola pública! ,

  35. Trabalho em escola pública

    Trabalho em escola pública dentro de uma favela perigosíssima. Vou mostrar como os alunos com alguma deficiência são tratados. Cada aluno possui um estagiário que o acompanha e orienta. Todos procuram tratá-los de forma que não evidenciem tal deficiências. Na maioria do tempo escolar, ficam em sala. Aqueles que não conseguem, vão para o pátio, biblioteca, ou outros espaços da escola no qual se sentem melhor. Há problemas, sim. Temos uma aluna surda-muda. Ela tem uma professora de Libras e um adulto, também com a mesma deficiência, que se enteragem. Todas as suas colegas de sala já conhecem o código e interagem com a mesma. Cada aluno com determinada deficiência possui um monitor.

    Em contrapartida, o presidente da Assembleia de Minas, um dos candidatos ao governo indicado por Aécio, faz manifestos em cidades vizinhas pro APAES.

     

     

    1. É ótimo que assim aconteça

      É ótimo que assim aconteça nessa sua escola. Tenho certeza que pais de alunos com deficiências da região, se conhecerem essas condições, matriculariam seus filhos nela. Por outro lado não se pode demonizar uma instituição como a APAE que tantos serviços já prestou para a comunidade dos deficientes. Como já foi exposto por outro forista a inclusão deve ser um DIREITO mas não uma obrigação. Obrigação dos país deve ser enviar seus filhos à escola que eles estimarem ser mais conveniente, como acontece, alias, com TODAS as demais crianças e adolescente. 

      1. Mas e as gordas verbas

        Mas e as gordas verbas públicas para as APAEs – que são entidades privadas e como bem salientou o Nassif, não possuem todos os controles públicos – devem ser direito ou obrigação  do Estado ?

        1. E quantas ONGs obscuras e de

          E quantas ONGs obscuras e de parentes de políticos que recebem gordas verbas para não fazerem NADA, exceto engordar os bolsos de alguns espertos ? Acredito que exista algum dispositivo legal que regulamente a transferência de fundos às APAE e, em todo caso, se necessário for, efetue-se a fiscalização que corresponda. Não tenho filhos deficientes, mas contribuo periodicamente com a APAE da cidade em que vivo e tive oportunidade de conhecer um pouco do trabalho que fazem, então não vejo porqué essa perseguição a esta entidade. Outras entidades privadas (Escolas, Universidades, Santas Casa, etc) também recebem verbas e/ou isenções de impostos do estado pois é reconhecido o seu fim social, então não têm nenhuma exeção com as APAE. Volto a insistir, tem que aumentar as verbas p/ educação (o fundo do pre-sal vem ai !) mas não se pode destruir o trabalho e a excelencia de muitos anos das APAE. 

        2. Gordas Verbas?!

          Gordas Verbas?!

           

          Daniel Quireza, sou psicologa na APAE em minha cidade, respeito seu direito em opinar sobre o assunto, mas na próxima vez que resolver faze-lo, se familiarize mais com o assunto, busque informações antes de opinar. A instituição Apaeanas não recebem “gordas verbas” como o amigo mencionou. No meu município, mais especificamente na APAE onde trabalho, realizamos mensalmente vendas de pizza, e pelo menos uma vez por ano leilões beneficentes. Onde a verba arrecada ajuda a pagar os gastos da escola e o salario dos profissionais colaboradores. (inclusive o meu salario esta atrasado).

          Ainda não tenho uma opinião formada sobre o que é melhor para os alunos com deficiência intelectual, e/ou deficiência intelectual e múltipla,se é a escola regular ou a escola especial, como já foi mencionado em comentários, cada caso é um caso. Estou me aperfeiçoando nessa área. Existem pontos positivos e negativos nas duas vertentes. Li comentários sobre APAEs que prestaram o serviço de forma negligente, e isso me entristeceu, como também me entristece quando uma escola regular não realiza suas funções com eficiência, na verdade o sistema educacional brasileiro é bem falho e nos como cidadães fazemos poucas cobranças.

          Tenho muito orgulho de trabalhar onde trabalho, me orgulho da potencialidade dos alunos e buscamos incentiva-los sempre. 

    2. Interessante. Todos conhecem o “código”? Que código?

      LIBRAS nao é um “código” é uma LÍNGUA. Quanto tempo se leva para aprender Inglês? Agora imagine uma língua em outra modalidade, de que a pessoa nao tem nem noçao de como funciona. Crianças aprendem línguas rapidamente, é possível que as crianças da escola tenham aprendido uma espécie de “LIBRAS BÁSICO”.na convivência com a criança surda. Adultos nao aprendem assim. 

      E nao sei nesse caso específico (há crianças surdas sem língua nenhuma, e essas precisam sim aprender LIBRAS com urgência), mas geralmente CRIANÇAS SURDAS NAO PRECISAM “APRENDER LIBRAS”. Essa é a língua delas. O de que elas precisam é de aprender Matemática, Ciências, etc., inclusive Português, EM LIBRAS, com professores que saibam LIBRAS (intérprete nao é professor). Se é só para deixar as crianças zanzando na escola, nos “espaços em que se sintam melhor”, sem aprender nada, que merd@. de direito à educaçao é esse? 

      1. Você convive com uma criança especial?

        Voce convive com uma criança especial? 

        Pelo que li em seus comentarios vi que vc está preocupado com somente o aprendizado, mas não é assim como tá pensando que ter o direito ao aprendizado a criança tem que ficar as 4horas seguidas na sala de aula sentada numa cadeira prestando atenção…..

        Tenho uma filha especial, q tem a parte cognitiva afetada, mas entende e ouve o que vc fala, mas não fala e tem problemas com o sistema nervoso…. Então nem sempre, ela consegue ficar sentada numa cadeira de sala de aula, esse nem sempre, não significa que ela fica perambulando as 4hs de aula, mas alguns momentos, a monitora sai com ela da sala, leva p/outros lugares da escola, conversa com ela outros assuntos e depois volta, assim ela sai daquele ambiente que no momento está deixando mto nervosa (qdo ela fica nervosa, ela se bate, puxa cabelo, morde a si ou aos outros). Então eles tem direto a aprender mas isso não signifca que tem que forçar… 

        Minha filha tem 6 anos não consegue falar, mas ouve bem e entende algumas coisas, outras não…. não sabe escrever nada, mas sabe as cores, sabe fazer 1, 2, 3, 4, 5 com os dedos, entre outras coisas que aprende mas tem que falar muitas e muitas vezes a mesma coisa para aprender, então por isso falamos que talvez não vão aprender os ensinamentos todos do ensino mas algumas coisas aprende….. Aprende tb a socialização, antes de ir para escola convivia com poucas crianças, depois que começou ir, melhorou muito em relação as crianças, que antes ela beliscava ou mordia do nada, hoje ela já não faz mais…. (só se estiver nervosa) 

        Melhor coisa que aconteceu foi essa inclusão nas escolas, mesmo que as vezes não aprendam o alfabeto, porque nem sempre é possivel, cada criança tem deficiencias diferentes, mesmo vc insistindo eles não aprende, não entende aquilo, as letras ou numeros, mas aprende tantas outras coisas, que fazer a vidas deles melhores… 

         

    3. Taí um exemplo do tipo de “direito à educaçao” sendo oferecido..

      Quer dizer que as crianças ficam em sala, se podem, senao ficam no pátio, biblioteca, etc., onde se sintam melhor? Estao aprendendo o quê, exatamente? É apenas para deixá-las junto com as outras (mas nem isso estará acontecendo nesse caso…), nao é necessário que elas aprendam nada? 

  36. É, Nassif, o problema está

    É, Nassif, o problema está longe de ser resolvido!

    Como bem podes notar, a mesquinharia é grande, o “cidadão de bem, que paga os impostos e labuta sem parar” se considera prejudicado com as “artimanhas” e “maquinações diabólicas” do governo, diz que a educação é um caos, mas não admite nenhuma solução.

    Gostaruia de saber da opinião do Jô “Cardoso” Soares sobre isso!

  37. Eu não tenho filhos, mas se

    Eu não tenho filhos, mas se tivesse uma filho com deficiência com certeza ele iria estudar na Apae. Jamais colocaria meu filho numa escola pública que não tem nem infraestrutura necessária para atender crianças normais, imagina crianças com deficiência. Tenho uma amiga, que tinha uma criança com paralisia celebral e que na Apae ela encontrou todos os profissionais e recursos necessários para que a sua filha pudesse usufruir do pouco de vida que teve com dignidade. É irracional achar que seja possível fazer com que todos as escolas do país possa garantir os recursos, profissionais, materiais e  as condições necessárias para a infinidade de deficiências existentes. No entanto, é o que a Lei prevê, que toda escola é obrigada a matricular uma criança com deficiência. Seria a o mesmo que aprovar que todos os hopitais do Brasil tem que tratar as pessoas com câncer (não estou comparando pessoas com câncer com pessoas deficientes, estou apenas dando um exemplo de como a proposta de inclusão não é factível). A questão que fica é  a seguinte: como fazer? Como garantir que todos os hospitais do país tenho os profissionais, os medicamentos e a infraestrutura para tratar o câncer? Simplesmente não seria possível. Assim também acontece com as crianças com deficiência, não existe a possibilidade de montar em cada escola a infraestrutura necessária para a diversidade de deficiências. Seria bom se fosse possível, assim como seria bom que as pessoas não ficassem doentes ou nascessem com deficiência. No entanto, uma vez diante da realidade, só nós resta encontrar a melhor forma de garantir que todos aqueles que tenham alguma deficiência possam receber o que existe de mais moderno para o seu pleno desenvomvimento. Então, a pergunta que fica é como tratar as crianças com  deficiência? Como é feito em qualquer parte do mundo onde é preciso cuidar de pessoas ou programas que envolva grandes complexidades, através do uso de centros. É aí que as Apaes têm um papel extraordinário no tratamento e no desenvolvimento das crianças com deficiência. Ela é esse centro onde os país podem confiar que seus filhos vão ter asssegurados os materiais, os profissionais e a infraestrutura para atender as diferentes necessidades de cada criança.  Essa estória que as Apaes são centros de segregação, beira o ridículo. Seria o mesmo que dizer que os país que colocam os filhos em escolas particulares estão segregando-os do convívio com aqueles que estudam em escola públicas. O que são as Universidades, Laboratórios, Clínicas, senão centros de desenvolvimento. Assim também é  a Apae, um centro de tratamento e estudo voltado para aqueles que precisam de uma atenção especial, e que as escolas de forma geral não podem garantir. Ou seja, qualquer que seja o centro, ele não tem o papel de segregar ninguém, mas sim de possibilitar que as pontecialidades de cada um possa ser desenvolvidas ao máximo. Logo, imagino eu, que todo pai que tenha um filho com deficiência queira o melhor para ele. Na verdade essa proposta contida no PNE é uma proposta de exclusão disfarçada de inclusão. É uma forma de excluir a criança do ambiente que reúne tudo aquilo que é necessário para o seu desenvolvimento e joga-lá em um ambiente onde nem os não deficientes conseguem progredir. As Apaes precisam é receber mais recursos e não serem combatidas.

    1. Marcos Paulo,
      só para

      Marcos Paulo,

      só para traçarmos um raciocínio juntos, você diz que se tivesse um filho com deficiência jamais o colocaria na escola pública. Pois bem, você o colocaria numa escola privada, regular, de reconhecida qualidade?

      Se sua resposta for não e insistir em colocá-lo na APAE, minha argumentação já foi dada mais abaixo.

      Se sua resposta for sim, então estamos diante de um outro problema que nada tem a ver com as crianças com deficiência “na escola regular” como diz o texto constitucional.  Neste caso você estaria questionando a qualidade da escola pública, mas não a da escola privada.  Veja que é uma outra questão.

      Alguém já postou, nestes comentários, o texto constitucional. Não fala em escola pública, mas em escola regular.  Nenhuma escola pode recusar a matrícula de aluno com deficiência, pública ou particular.

      De qualquer modo, o texto do Nassif é bem claro: as APAEs (e outras instituições de apoio) têm um papel fundamental neste processo, até por todo histórico que construíram. E é o de apoiar as escolas públias e privadas, como já ocorre em muitos municípios.  Alguém também postou a carta de apoio da APAE de São Paulo à política de educação inclusiva.

      O ponto que o Nassif destaca é simplesmente que alguns políticos fazem disso uma politicagem paroquial, sem pensar como avançar na melhoria da qualidade da escola pública para as crianças com e sem deficiência e, aqui entre nós, das escolas particulares também, que, com exceções, também não veem dando show pedagógico.

      1. A questão não é essa

        Júlio Martorano

        A questão não é onde a criança vai estudar, mas sim como garantir que todos as crianças com deficiência possam ter uma educação digna e inclusiva. O que eu busquei argumentar é que obrigar todos as escolar a matricular crianças com deficiências é irracional, simplesmente porque não é possível que todos as escolas disponham dos recursos necessários para atender as diferentes deficiências existentes. Nem a escola pública, nem a escola privada pode garantir isso. A inclusão só pode ser alcançada através de centros. Então, se a questão é como diz vc:  “a  possibilidade de QUALQUER CRIANÇA conviver e APRENDER com as outras”, e eu concordo. Logo, a única forma eficaz de fazer isso é através da criação de centros regulares de ensino, onde tantos as crianças sem deficiência, como as crianças com deficiência poderiam estudar. Daí uma proposta que eu defendo, e que poderia garantir isso de forma rápida e eficaz, seria incorporar as Apaes no ensino regular, permitindo que crianças sem deficiência também possam ser matriculadas nas mesmas. Só existe duas opções possíveis, uma é essa que eu aponto, a outra seria dentro do ensino regular tanto público como privado criar centros especializados. O que é melhor? Um centro que garante que  crianças com e sem deficiência possam estudar e progredir de acordo com suas possibilidades ou espalhar as crianças por escolas sem nenhuma condição de garantir o seu progresso?  A Anarquista Lúcida, em resposta ao Nassif, também fala sobre isso.

  38. Esse é um assunto que precisa
    Esse é um assunto que precisa de muita discussão, pois tem MUITAS nuances.

    Como a Anarquista falou, é tortura colocar um aluno com autismo grave em uma sala “comum”. Quando eu estudava no 3º ano do 2º grau tinha em outra turma um autista grave em que alguns no intervalo ficavam gritando o nome dele e ele colocava as mãos nos ouvidos. Eu imagino que era pior ainda dentro da turma dele.

    Acho que uma grande questão aqui é cultural. As pessoas TEM que se acostumar com pessoas com deficiência, mas isso não significa jogar no ombro de crianças as responsabilidades de adultos. Uma criança especial precisa de muita atenção ADULTA. Crianças normais tem que ter contato, sim, mas de forma controlada. Como uma visita na APAE por mês ou parecido.

    É uma questão de várias vias. A escola é só uma das muitas vias. A TV é outra; A educação que os pais dão para os seus filhos é mais uma; entrar em contato com funcionários deficientes é mais outra; etc.

    Também é importante frisar que é um processo de construção de conhecimento gradual. Não se pode condenar uma pessoa preconceituosa, quando a sociedade como um todo é a verdadeira culpada.

    1. Mas o pensamento binário e simplista é tao mais fácil…

      Essa história de nuances, complicado demais para muita gente. Querem colocar todos os casos num saco só e “resolver” as questoes com a pura vontade, com adesao abstrata a uma tese bonita. 

      1. Nenhuma ação  vai resolver

        Nenhuma ação  vai resolver todos os problemas.

        Só que o Estado tem que começar a se mexer nesse campo. É obrigação do Estado, não das APAEs.

        Eu defendo que se faça uma transição, por um tempo, para que as APAEs não fiquem asfixiadas financeiramente.

        É preciso também fazer levantamentos para que casos extremamente graves, que necessitem realmente de escolas especiais tenham prioridades nas APAEs ou outras escolas especiais.

        Ora, se a APAE recebe dinheiro público então para os casos mais graves ela tem que dar prioridade. Dai os casos mais leves seriam por inclusão. O que acha ?

        É preciso, que minimamente se faça dessa forma. Senão não tem lógica.

        Do jeito que está não pode ficar.

    2. EXCLUSÃO E INTOLERÂNCIA, NÃO FAZ SENTIDO

      Estava confuso com tantos bons argumentos entre as opiniões a favor, contra ou muito pelo contrário, mas seu comentário depoimento acabou me convencendo que se faz mais que necessária a inclusão dessa gente “especial”, pois apenas com a inestimável ajuda deles um dia conseguiremos tornar melhores muitos dessa “nossa gente” nada especial, intolerante, sem contar a vantagem que, de quebra, muitos deles também serão ajudados ao sentirem-se menos “especiais”, não é mesmo? 

  39. Sou uma funcionária da APAE

    Trabalho numa casar lar para idosos com deficiência intelectual, eles perderam os pais, alguns já tem irmãos idosos com problemas de saude, então ficaram sem espaço em suas familias.

    Li alguns comentários e vejo que há muita ignorância não só pelo mundo dos que tem necessidades especiais, mas do que é educação.

    Alguns pontos p/ sua avaliação:

    1- Há pessoas com necessidades especiais em TODOS os munícipios, NÃO HÁ APAEs em todos os municipios, já temos por ai um bom começo para avaliar a educação inclusiva como um processo CIVILIZATÓRIO de extrema importância e urgência.

    2- Nos municipios onde há APAEs, não há vagas p/ todos que precisam, mais um motivo p/ necessidade de inclusão.

    3- Não, alguns alunos com necessidade especiais não vão “aprender”  coisas do currículo tradicional, mas convenhamos, há alunos sem necessidades especiais que também não “aprendem”.

    Eu acho que só estes três pontos já são suficiente p/ uma pessoa de bom senso aprovar esta busca pela civilidade e cidadânia de todas as pessoas envolvidas sejam portadoras ou não de necessidades especiais.

     

    As APAEs, estão sendo usadas como intrumento politíco? Sem dúvida, estão, e sem dúvida a maioria dos Apaeanos esta sendo manipulada nestas discussões por forças que não se interessam por um avanço de civilidade ou cidadânia de todos nós.

    Mas vejam este link, vejam como as coisas não são muito diferentes no Japão:http://naphthalin.wordpress.com/2013/11/11/uma-espiada-dentro-da-cabeca-de-meu-filho/ ele fala especificamente sobre o autismo, mas mostra muitas facetas da sociedade, vale muito a pena.

    Com certeza tudo que possamos falar a respeito ainda sera uma arranhãozinho na superfície, mas sempre bom colocar todas as opiniões, ler todas e refletir sobre a civilização que queremos.

    1. É essa a inclusao pretendida? Só social, sem ensino real?

      Repito o trecho do comentário da Ana pertinente para o que quero dizer: 

      “3- Não, alguns alunos com necessidade especiais não vão “aprender”  coisas do currículo tradicional, mas convenhamos, há alunos sem necessidades especiais que também não “aprendem”.

      Bom, já que alunos sem deficiência também nao aprendem, nao é preciso que os com deficiência aprendam? A escola é para ser só um lugar de convivência, aprender é algo dispensável? Mas para isso basta que as crianças deficientes participem dos recreios… 

      ESCOLA NAO É CLUBE! É lugar de ENSINO. Se algumas crianças nao podem acompanhar o ensino regular, elas devem receber o ensino apropriado a elas, em vez de ficar em sala de aula só distraindo os outros. Ou perambulando à toa pela escola, como disse outra defensora desse tipo de coisa. 

    2. Eu sou Obrigado a Manter minha Sobrinha ma Apae???

      Ana já que você trabalha na APAE eu acho que você é a melhor pessoa para me responder….

      Eu Sou Obrigado a Mander a Minha Sobrinha Madriculada na APAE????

      Ela já frequenta a APAE a 9 anos e só vem piorando e ainda eles tem a cara de pau de dizer que ela deve uma melhora muito boa….

      Eu fui obrigado a remadricular minha subrinha diante do promodor da cidade sob pena de desobidiencia….

      O que você tem a me dizer sobre isso….

      Só para você ter uma ideia minha sobrinha tem 27 anos tamanho fisico de uma menida de 11 anos mas o tratamento com ela e o mesmo de uma menina de 3 meses….

      Você sabe como cuitar de uma menina de 3 Meses…..

       

       

  40. mude o titulo do post Nassif!

    Meu amigo Nassif, 

    se mesmo aqui onde todos nos somos amigos, a discussão e intensa, imagine lá onde conflituosos e algumas vezes indignos interesses se chocam,  vc é um cara democratico, deveria sim dar espaço a opinião de outras partes com mais preparado que esses seus emotivos amigos aqui para esclarecer os porques das suas posições, a sua ja sabemos, e sou contra. mas de outros que também poderei ser contra! 

    mas antes de mais nada muda esse titulo da materia, que  é uma injustiça para com as APAES!

  41. OS OUTROS

    Supostamente o governo está tentando implantar a “educação inclusiva”  ns moldes de países desenvolvidos e/ou de Cuba. Nos comentários que li não observei nada de como é feito este trabalho lá fora. Alguém aqui sabe de algum exemplo?

    1. OS OUTROS 2

      O que o Brasil precisa para implantar o programa: tempo, capacitação  de profissionais, insfraestrutura de ensino:

      Brasileiro é referência em educação inclusiva nos EUA

      Um brasileiro está fazendo história nos EUA com um projeto de inclusão em escolas: Alexadre Lopes recebeu o prêmio de Melhor Professor do Ano de Miami-Dade.

      http://tudobemserdiferente.wordpress.com/2012/04/09/brasileiro-e-referencia-em-educacao-inclusiva-nos-eua/

    2. educação inclusiva

      Olá José Adailton,

      A discussão da educação inclusiva é mundial, existem problemas também nos países desenvolvidos. Abaixo coloquei um link de um site americano muito interessante que trata do tema onde vc poderá assistir a 5 vídeos de experências de inclusão em 5 diferentes escolas, com “casos difíceis”. Muitos por aqui não acreditariam que estas crianças pudessem ser incluídas, mas estão lá, na escola regular e além de ter progressos nos seu desenvolvimento, contribuindo para a humanidade de seus colegas.

       

      http://www.thinkinclusive.us/

       

      Ana Claudia Brandão

  42. Burocracia

    Nassif, graças a sua indignação o debate vai clareando as coisas, por isso sou grato a vc.

    Dias atrás alguém postou aqui uma palestra do Pedro Parente em que, apesar das vozes discordantes, observei muitas verdades. Sou secretário municipal em um município de 40 mil habitantes e poucos têm ideia pálida das dificuldades que vivenciamos no dia a dia. Convença o Tribunal de Contas dos estados de que um diretor só precisa de boa vontade pra contratar professores “especiais” – isso se vc os encontrar no mercado.

    Não dá pra acusar quem quer que seja nessa questão, ou pelo menos criticar os ocupantes de cargos. Alguém merecesse críticas e eu diria que seria o ser humano, que de humano tem cada vez menos. Pouco importa o cargo ou a posição, somos mesquinhos e ordinários.

    Há que se fazer uma autocrítica, cada um de nós, pra vermos até onde vai essa nossa “coragem”.

  43. Pimenta não arde nos outros

    Bem vindos ao mundo maravilhoso de Luis Nassif e seus comentaristas.

    A discussão dos direitos e deveres alheios está tão boa e inclusiva que a recomendei a um amigo, no entanto ele não poderá participar, porque não encontrou neste espaço nenhuma ferramenta inclusiva que permita a ele, deficiente visual, utilizá-lo.

    Uma pena, ele teria muito a dizer sobre suas experiências inclusivas.

    Isso parece coisa de comunista que vive de exploração imobiliária.

    Benza Deus.

  44. Com esta discussão toda,

    Com esta discussão toda, queria questionar a Nassif e colegas, que possuem mais conhecimento de causa:

    1) Quantos deficientes existem no país? Qual o grau de deficiência de cada um?

    2) Qual o custo de cada deficiente para o Estado? Qual o custo total de um programa de inclusão?

    3) Sabendo o custo total, onde estão as metas? A União repassará verbas a Estados e Municípios?

     

  45. Eis aí o velho Nassa

    Ele voltou.

    Como naquele filme “Um homem de família”, com a Téa Leoni e Nicolas Cage, a meninha (filha de ambos) constata que o personagem (Jack Campbell) era mesmo seu paí e diz: Então, voce voltou (após ter sido abduzido por alienígenas, na cabeça dela, naturalmente)?

    Voltaste à origem, ó turco?

    É isso aí, Nassif.

    Chute o pau da barraca e mande estes conservadores, no caso das APAES, do direito de receber verbas públicas e privadas e, principalmente, .do “status” de serem dirigentes de organizações que cuidam de deficientes, sempre com holofotes da mídia e reconhecimento da sociedade, pelo seu prestigioso trabalho.

    Mas, esses, Nassif, se esqueceram dos deficientes, dos interesses dos deficientes, e passaram a se preocupar apenas com os holofotes das mídias.

    Se pudessem, se instalariam numa esquina do sistema solar e impediriam a terra de continuar a girar em torno do sol, parando o tempo e perpetuando assim sua glória de defenderem os deficientes.

    Na verdade, suponho, que estes dirigentes das Apaes, é que precisam de uma escola especial, para se reintegrarem à sociedade contemporânea.

     

     

  46. Nada substitui a vivência com os pares de sua geração

     

    Vou aqui contar a experiência de nossa família. Tenho um filho com síndrome de Down de 18 anos, que este ano termina o ensino médio numa escola comum. Estudou sempre nesta escola comum que é a escola também de seus 2 irmãos mais novos. Ele quer ir à  festas e baladas sozinho, e vai. Ele quer voltar da escola de ônibus sozinho, e volta. Ele quer beber bebidas alcoólicas nas festas com os amigos, e bebe. Ele quer prosseguir os estudos fazendo faculdade, e está fazendo uma série de vestibulares para que consiga. Ele tem planos para o futuro. Parecem fatos corriqueiros e sem importância? Não são! Seus desejos, suas expectativas diante da vida, suas frustrações do dia a dia são as mesmas dos amigos de sua geração. Nenhum ambiente educacional que o separasse / segregasse desta convivência possibilitaria este crescimento e amadurecimento. O cotidiano com os pares de sua geração é fundamental para qualquer ser humano. A questão da Educação Inclusiva vai além das questões pedagógicas e do aprendizado em sala de aula. E não estou minimizando a importância da aquisição de conteúdos: é tão importante quanto. Alguns vão dizer: “Ah, vcs tiveram sorte em encontrar esta escola…” Não, não tivemos. O percurso foi construído junto. E nem sempre foi cor de rosa, posso garantir. Mas mesmo um processo em construção da educação inclusiva, talvez (ainda) com mais falhas do que qualidades, é melhor do que ter as crianças sendo educadas separadamente. Quando estava para terminar o fundamental 2, fomos chamados pela escola (esta mesma em que estudou a vida toda!!) para que soubéssemos que “ele não poderia fazer o ensino médio, pois além de um conteúdo complexo que ele dão daria conta nem de um décimo, os amigos iriam se afastar e ele entraria em sofrimento. Procurem outros caminhos!”. Bom, o nosso caminho foi denunciar ao Ministério Público, e com isto garantimos a continuidade de seus estudos, amizades, desenvolvimento, maturidade, autonomia…Ninguém aprende a nadar fora da água. Ninguém enfrenta um desafio dentro de um camarote (pra usar uma palavra em voga das últimas semanas…). Ninguém adquire experiência fazendo cursos. A inclusão só acontece com a criança dentro da sala de aula. A escola se prepara com as crianças com deficiência lá. Nem todas as crianças com síndrome de Down vão responder às mesmas estratégias. Nem as crianças autista. Ou as surdas. Ou as cegas. Ou as com desenvolvimento típico. Cada uma na sua singularidade. Não é difícil de entender! As escolas precisam considerar que podem fazer um bom trabalho se acreditarem e contarem com o apoio da educação especial para estratégias específicas. As famílias precisam acreditar que o melhor para os seus filhos é estar na escola comum, com todos (aliás, escolher o caminho da escola especial exclusivamente, fere um direito humano). Sem esta da escola não estar preparada! No fundo sabemos do caos que está nosso sistema educacional: para todos. Então, vamos brigar para melhorar esta realidade! Brigar para que a escola atenda bem as crianças com e sem deficiência! Não podemos justificar a continuidade da segregação baseada nesta premissa do “não está preparada”. Se o atendimento não está bom, reclame, denuncie, ajude, procure parcerias! Mas não impeça que seu filho vá para a escola comum. A meta 4 do PNE precisa ter sua redação inicial garantida. Os defensores do “preferencialmente” justificam que as famílias e as pessoas com deficiência tem que ter assegurado a sua escolha: escola especial ou comum. Não se esqueçam que o “preferencialmente” também permitirá às instituições de ensino escolher se querem ou não seu filho. Ou seja, se você deseja matricular seu filho numa escola, esta escola poderá utilizar este termo como justificativa para a negação da matrícula. Portanto gente, vamos assegurar o direito  à educação de todos, com todos. A educação é um direito, a inclusão escolar é um direito. E não tem nada que a substitua. Em janeiro tem a viagem da formatura pra Bahia. Ele vai.

  47. Aqui, está se considerando

    Aqui, está se considerando especial apenas a pessoa portadora de necessidades especiais “clássicas”: surda, cega, com paralisia cerebral, autismo, dificuldade motora, etc. Porém o universo especial é bem mais amplo, nele estão não só os que apresentam uma limitação física, mas também desde o DI (aquele com deficiência intelectual) até o superdotado. As salas de recursos criadas pelo Governo Federal visam atender a esse universo inteiro. Conseguirão dar conta? Não sei, penso que da maior parte sim, de outra talvez não. Eu não consigo ver, por exemplo, um superdotado sendo atendido pela APAE.

    Por outro lado, existem algumas pessoas que, num determinado momento, estão num nível de deficiências que requer cuidados mais de enfermeiros que de educadores, nesse caso, a APAE tem papel importante.

    Em todos os casos, a inclusão só ocorre se há interação entre “normais” e especiais. E o lugar apropriado para essa interação acontecer é a escola regular.

     

  48. direito de estudar na mesma escola junto com o irmão e amigos

    Defendo a inclusão porque tenho uma filha com 9 anos de idade que cursa o 3º ano do ensino fundalmental é estudiosa sua média é 9,8  assim como os demais colegas da classe ela lê, escreve  acessa a internet frequenta as festas de aniversario com os colegas, o shopping, cinema ,  compra o lanche sozinha  na cantina  da escola  paga e recebe  o troco é fam do one direction ,  chiquititas e Justim Bieber,   pratica natação joga basquete enfim faz tudo que uma criança de 9 anos faz.   A diferença é que ela tem um cromossomo a mais ela tem sindrome de Down . frequenta a escola regular desde os dois anos curriculo igual só a metodologia é adaptada .

     Se eu seguisse a opinião da maioria dos que postaram os comentarios nesse blog minha filha teria que frequentar uma escola especial no caso dela seria a APAE e lá estaria esperando completar 14 anos ou mais para ser alfabetizada foi isso que uma “professora especializada” da instituição tão defendida pela preparação  que possui  me falou,  e seria tratada como uma eterna criança dependente  até para calçar um simples sapato. 

    Concordo que a escola regular precisa melhorar, não só para as crianças com deficiência , mas para a grande parte da população. Contrariando  os defensores das ditas escolas especiais, a realidade é que  mesmo sem a preparação adequada  eu conheço  e convivo com  crianças que assim como minha filha estão evoluindo  junto com outras crianças da mesma idade , porque a escola é um espaço de convivência  de socialização e não apenas de transmissaõ de conhecimento .

    conheço jovens que estão concluindo o ensino médio que fizeram o ENEM , outros que estão cursando e ou concluiram uma faculdade. Jovens com sindrome de Dowm, paralizia cerebral  e deficiência visual, e não conheço um que tenha estudado na APAE  que tenha concluido o ensino fundamental.

    Tenho visto nas redes sociais  vorazes defensores da escolas especiais,  a grande  maioria  nunca visitou nem sabe onde fica  não conhece de perto o seu funcionamento, nem  sua  metodologia . e não sabe nada  sobre a  inclusão, não convive com pessoas deficientes  .

     Alguns chegam a nos xingar . viramos inimigo número um que tem que ser combatido .

     Somos pais de crianças com deficiência  lutamos pela inclusão porque amamos e  acreditamos nas habilidades e potencialidades e na  capacidade de aprender e desenvolver  dos nossos filhos e não queremos que sejam visto como eternos coitadinhos, doentes e cidadãos de segunda classe ,percebemos na convivência diaria que muitos dos   limites não são  impostos pela deficiência mas sim pelo preconceito, não estamos querendo o encerramento das APAES como vem sendo equivocadamente alardeado. 

    O que queremos é que seja garantido aos nossos filhos  o direito dado pela convenção da ONU (e que esperamos pacientemente quase 10 anos para que o estado e as escolas se preparassem) que nossos filhos com deficiência possam frequentar a mesma escola  que os irmãos, amigos , vizinhos  frequentam e que eles possam ser respeitados como cidadãos. lutamos pelo direito de viver em uma sociedade inclusiva .

  49. Coloca o dedo na ferida mesmo, Nassif!

    Obrigada por representar o que muitos dos que convivem com deficientes percebem! A inclusão é importantíssima para todos da sociedade. Os que a repelem fazem os mesmos discursos para todas as mudanças, como quando a mulher foi inserida no mercado de trabalho ou quando o regime escravocrata acabou. Essa “politicagem” em detrimento do que é melhor para sociedade é o fim da picada! Temos que acabar com esse “apartheid” entre ditos “normais” e deficientes, e a escola, certamente, é o melhor caminho. 

  50. Reserva de mercado
    Blá blá blá blá….e começa de novo a discussão, por que querem fechar a minha escola especial que cuida com tanto carinho daqueles “coitadinhos” que sofrem na escola comum, por que estão tirando dos pais o direito de escolher que tipo de escola colocar os filhos…
     Não duvido que realmente cuidem com carinho (apesar de conhecer inúmeros casos escabrosos de carinho pelas verbas públicas e nenhum pelas pessoas depositadas lá dentro), mas também não educam de fato. Não custa nada lembrar algumas questões nada desprezíveis. A primeira e mais importante é que a educação formal (regular, comum…ou o nome que se queira dar à educação que TODOS recebem) é um direito inalienável da criança e não dos pais. Não é uma opção dos pais dar ou não dar essa educação aos filhos. Seria a mesma coisa que dizer que os pais tem a opção de manter vivos ou não seus filhos (a vida é outro direito inalienável da pessoa e não dos seus responsáveis). Segundo, é dever do estado seja como fornecedor de serviços educacionais, seja como fiscalizador dos serviços de educação privados, garantir que todos tenham esse direito com qualidade. Se os professores ou escolas se dizem não preparados cabe a nós cobrar que o sejam (se bem que, na maioria das vezes isso é só uma desculpa para rejeitar alunos, professor que não está preparado para educar qualquer criança não serve nem para educar a minha filha que não tem deficiência). A educação especial não pode ser confundida com escola especial. Escola especial é sinônimo de segregação, a começar do fato que a maioria se classifica por algum tipo de deficiência.
    Considerando que a escola especial está prevista na lei, a mesma lei diz que a educação especial é COMPLEMENTAR e não substitutiva. Escola especial que pretenda substituir a escola comum deve ser fechada sim, não é essa a sua função. Não é essa sua competência legal. O fato da educação (como um todo) ser de baixa qualidade não desqualifica a inclusão, desqualifica a educação. O que não significa que vamos tirar nossos outros filhos da escola, não é mesmo? A escola, da forma que está não trabalha a potencialidade de ninguém, só se preocupa em treinar copistas para o vestibular. Não conheço todas as escolas especiais do país mas conheço uma quantidade imensa delas, boas e ruins. Curiosamente, só as melhores é que se preparam para ter funções complementares, as piores continuam querendo segurar seu mercado a qualquer custo. Se as escolas especiais querem ter uma função educacional importante essa será de dar Atendimento Educacional Especializado e de dar apoio às escolas comuns.  Qualquer outra coisa será apenas perpetuar a segregação.

  51. APAES – Inclusão

    Tenho observado este debate e tenho me mantido calado e só me preocupando com o desenvolvimento das minhas ações com a promoção e inclusão social do deficiente e de comunidades desfavorecidas através do desporto e da arte. Todavia hoje tenho vontade de comentar este artigo.

    Eu tenho 59 anos, tive paralisia cerebral, sou formado em Direito, mas á 40 anos que trabalho com grupos de risco e em particular com deficientes os últimos 30 anos. Como português a maior parte de meu trabalho foi feito na Europa e devido a funções que desempenhei tive contato com a maioria dos paises da Comunidade Europeia e de seus caminhos na abordagem da questão da pessoa com deficiência.

    Agora que estou vivendo e continuando a minha luta aqui tenho observado com respeito a tentativa que o Brasil faz para acertar na melhor forma de tratar o tema. Eu sei que cada pais tem seu tempo e seu caminho e por isso me tenho mantido focado nas nossas oficinas e ações.

    Porém vou deixar aqui algumas interrogações, que espero que sejam um contributo no sentido de se fazer cada vez mais um melhor trabalho onde todo o mundo coopera pois a luta é longa.

    1 – Será que todos os deficientes podem ser abrangidos pelas salas multifuncionais? Inclusivamente os deficientes intelectuais severos e profundos, os com multideficiência misturada com doença mental?

    2 – Qual a formação técnica que os professores têm sobre como abordar os diferentes tipos de deficiência e o grau de exigência que ele deve ter? Por exemplo uma criança com paralisia cerebral não deixa de ser criança e pode ser preguiçosa no estudo e deve ter uma exigência igual á dos outros alunos.

    3 – Por ventura alguém pensou que os alunos com deficiência também tem de ter atividade física de recuperação e ou de manutenção? Pois as salas de multifuncionais não prevê isso e em muitas mesmo os não deficientes tem condições precárias.

    4 – Será que não se está a pretender que a escola também seja um espaço de bem estar, cultura e lazer inclusivo?

    5 – E depois dos 17 anos o que acontece com os deficientes ficam fechados em casa? Ou pior, vagueando pelas ruas sendo vitimas do descaso e muitos deficientes intelectuais vitimas de abuso e uso como aviõezinhos pelos traficantes.?

    6 – Estão conscientes de como funciona a sexualidade dos deficientes intelectuais? Ou ainda pensam que deficiente é assexuado?

    Estas são só algumas questões que talvez devam ser aprofundadas e que o Governo e as APAES talvez pudessem ver se não estarão a ser radicais demais nas suas abordagem, o mundo da deficiência tem várias cores e todos seremos poucos para pintar este novo quadro.

  52. Comentário posto acho q p/ engano no tópico sobre o Sarau

    Do Antônio Carlos Gomes

    “Caro Nassif, sou seu admirador já há muitos anos eu tinha cabelos pretos e você muito mais cabelo.

    Sou pai adotivo de um portador de necessidade especial. Hoje meu filho tem 24 anos. Sempre esteve na APAE porem ele não é portador da síndrome de DOWN, meu filho é deficiência mental. Foi nos perguntado por uma juíza de SP se gostaríamos de adotar uma criança, filho de uma mãe especial (mental também) que poderia ou não ser portador dos mesmos problemas da mãe, minha mulher não titubeou e imediamente adotamos. Meu filho tinha aproximadamente 25 h de vida,a mãe já tinha em poder da avo materna outros 6 filhos que nos foram informado,ela só tinha 26 anos a época.

    Descrevo isto só para mostrar quantos problemas existem, e a lei simplesmente nivela por baixo e nós na sociedade temos casos e casos.

    Meu filho chegou a ser incluído, e não deu certo como a maioria dos casos que não são sindrome de DOWN.

    Você podera chamar especialistas que dirão como dizem que a inclusão é o melhor caminho. Em tese tambem sou favoravel, mas aqui não podemos tratar como fosse discriminação a não inclusão. Os casos de sindrome de DOWN em sua grande maioria podem e devem ser incluido.

    As APAES são sinonimo de DOWN e pelo menos aqui na região onde moro que é São Roque/SP a maioria dos fregueses é portador de outras patologias que não DOWN.

    Tenho um caso concreto aqui em São Roque que é ilustrativo. UMA MÃE DE UMA PORTADORA DE DOWN MATRICULOU SUA FILHA EM UMA ESCOLA PARTICULAR E A FILHA SIMPLESMENTE NÃO PASSA DE ANO POIS NÃO CONSIGUIA APRENDER.A DIRETÓRIA DA ESCOLA RESOLVEU ENTÃO COLOCAR A MENINA PARA UM FAZ TUDO E FICA NA ESCOLA PASSANDO O TEMPO.SATISFAZ A MÃE E NÃO INCLUI A FILHA.Acredito que não é simplesmente a inclusão e sim todo um conjunto de soluçãoes.

    Então caro NASSIF, é melhor ver os que fazem as leis e determinam(até de boas intenções)conversar e ver que há casos e casos. Se você quizer posso descrever uma serie de necessidades que os portadores de DOWAN e MENTAL e outras patologias, que não aparecem em lugar algum e são extremamente necessárias. Uma delas e sobre a gravidez destas meninas e que não existe comprometimento de autoridade alguma em pensar que a sociedade é uma coisa só. Não podemos laquear trompas antes de x idade, porem para as portadoras de necessidades não pode ser o mesmo critério, mas a sociedade não tem olhos para isto.

    Agradeço sua atenção e desejo felicidades.” 

    E olhem a resposta IMBECIL que ele recebeu (de uma moça identificada apenas como Christiane): 

    “O Portador Caiu!

    É expressão que foi abolida pela Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU.

     Vê-se que o Senhor vem de outra era: a era da exclusão!

    Meu filho tem síndorme de Down e estuda em escola regular! Jamais o colocaria numa APAE porque ele não seria suficientemente estimulado e porque eu não quero “escondê-lo” do mundo!”

     

     

  53. Evoluir

     As escolas especiais foram muito importantes para as pessoas com deficiência, mas como tudo na vida evolui, hoje este espaço segrega as pessoas com deficiência. O novo assusta e portanto as pessoas continuam insistindo em escolas especiais. Trabalho com inclusão há mais de 10 anos e tenho muitos exemplos de pessoas com deficiência que estão felizes estudando junto com os demais, se formaram em um curso superior e estao empregadas, algo impossível na escola especial.

  54. educação inclusiva (Nassif)

     

    A favor da luta pela educação inclusiva na sala de aula regular para todos, cabe a frase abaixo de Jean Paul Sartre:

    “En lugar  de pensar en términos de elite y decir al niño: ‘Tú nunca formarás parte, tú eres un pequeño salvaje’, se le dice: ‘Eres un hombre, la cultura te pertenece, puedes trabajar con los demás”. Y cuando se sabe ayudarlo, lo logra (Sartre, 1968)

    1. APAE

      Oi Clauco eu tenho uma Sobrinha “sou Dutor” ela aos 1 ano e 8 meses teve uma crise convusiva e comesol a tomar cartenala, ela ficou absolutamente normal até os 9 anos, mas não conseguia frequentar a escola normal,  uma dia a mão e estava sumida a 8 anos apareceu e levou ela para passar uns dias da casa dela terrepenta ela me trouxe a menina desmaiada e completamente desorientada levei ela no ps e voi feito um teste que comprovou que ela havia tomado 10 compromidos de Cardenal de uma vez, ela vicou internata por 45 dias dai em diante eu percebi que ela vicou abobada , os medicos não me esplicarão nada mas… comcluimos que como ela não veio a Obito pela over tose ela vicou com sequelas ai ela voi colocada em uma sala de inclução, vicou 2 anos, so piorou deiche ila alguns anos não me lempro avondade fazia tudo no tempo dela, a menina acortou pra vida começou atá a converçar e o que ela mais costava de fazer ela cortar figurina de jornal e colar em uma folha de sufite com uma agilidade imprecionante que nem eu conseguia. em 2004 eu mudei para Alfenas MG os fisinho me aconselharam a coloar ela na APAE, pronto começou o Tormento a menina começou a recretir de tal foema que ficou inrrevercivel, bom ela ficou 8 anos na APAE de Alfenas, mutei para carmo do Rio Claro divemos uma serie de problemas a minha vo que me ajudava a cuidar da menina veio a falecer, como nos tiamos visitas freguente de assistem social por conta da minha vo eles me aconselharão a colocar a menina na apae por que era muito bom e tinha os medicos que eu precisava, la vai o tondo novamente cometer o mesmo erro, ela ficou um ano “2013” a menina ficou igual a um sumbi, nas feria eu consegui fazer com que ela voltase a ficar na sala sunto com toda a familia assistinto televição….. quanto ela começou a freguentar a APAE em 2014 logo na primeira semana percebi que ela tinha ficadodenovo como um sumpi fui até a diretoria não tinha ninguem como sempre, consegui falar com a assistente social no patio e comuniquei que eu iria cancelar a matricula da minha sobrinha, ela relutou e pediu masi 15 dia, passadp uma semana não aguentei e fui novamente falar com ela e pedir o cancelamento da matricula, a reação dela foi absurta ela fez eu assinar um termo de responsabilidade e o mesmo seria emcaminhado ao Promotor da Cidade, aleganto que a APAE e Responsavel por todas as Pessoas com Deviciencia, não tei ovidos levei como uma simples ameaça, pasado 30 dias recebi uma convocação do Promoto e resuminto ele me obrigou a re-matricular a minha sobrinha na Apae, e ela esta já a 2 dias… eu te contei esta histori para saber quanto seus pais tiraram seu irmão da apae passou por isso e se você tem alguma sujestão para que eu consiga reverter esta situação sento que minha sobrunha hoje esta com 27 anos e njão responte a nenhu estimuli esterno, ela só fas o que quer na hora que ela que e se vor contrariada fica acresiva e resna feito uma onça brava….Aguarto um comentario Gratro 

  55. educação especial vs. inclusiva?

    Quem defende a tese de que a escola comum não está preparada para receber todas as pessoas com deficiência está do mesmo lado de quem defende que as pessoas com deficiência *conseguem* participar da escola comum. A educação, instituição normalizadora avessa às diferenças, hierarquizadora, “gueto de crianças”, do que precisa? FUNDEB restrito ao ensino fundamental? Classes especiais, metodologias adaptadas? Formação especializada? Seria preciso ir além da oposição entre educação especial e educação inclusiva e perceber que precisamos mudar a *educação*.

  56. Eu sou Obrigado a Matricular minha Filha na APAE

    Luiz eu tenho uma Sobrinha de 27 anos freguentou a APAE 9 anos e só piorou, cancelei a matricula dela, e tepois de 30 dias fui chamado na promotoria de minha cidade e fui obrigado a rematricular a minha sobrinha na APAE bena de desobediencia “Cana” o que devo fazer, sendo que a minha sobrina não responte a nenhum estimulo esterno, ela so far o que que na hora que quer, minha esposa tem que tar banho, trocar a flauda, colocar a roupa é como uma menina de 3 meses a unica coisa que ela faz sozinha e comer mas mesmo assim elar 1h e 30 m para almoçar e não fala só sabe dizel ” então ta então ” não interege com nata… só anda se for conduzida remedio tem que dar com um aplicador pois ela não toma comprimido. e muitas ouras coisas. se alguem tiver uma sujestão do que devo fazer vou ficar muito grato … estou realmente desisperado em resolver isso meu e-malo [email protected] 

  57. Olha tenho uma filha down ela
    Olha tenho uma filha down ela tem 6 anos entrou na apae com 6 meses ela não fala nada mas vitoria sempre foi uma criança gorda então para mim ficava dificil leva-la sempre a fono* que a atendia colocava mimha filha em uma sala com brinquedos e ficava batendo papo com outra atendente isso me irritava depois tive que tira la pois me mudei para minas mas com a certeza de que voltaria para o es minha filha operou de tetralogia de fallot com 3 anos e ainda não andava os medicos me recomendaram a apae novamente blz ai fui e tal mas vitória começou a andar com 4 anos e eles falavam que ela não andava era mole ue eles não estavam nem vendo que minha filha andava depois disso vitoria saiu dos atendimentos todos fono fisio estimulação e ficou só na pedagogia cá pra nós se for p minha filha ficar so na escola da apae ela fica na regular poxa agora vieram cheios de conversinha e tal o conselho tutelar ate veio na minha casa quero ver no que vai dar eles acham que é facil ficar carregando uma criança de 25 kilos nos bracos pra la e pra cá .

    1. Minha filha tem 8 para 9 anos

      Minha filha tem 8 para 9 anos de 5 para 6 anos eu a pus na APAE da minha cidade,até então sempre confiei nos profissionais de la quando me dei por conta minha filha estava na mesma, disseram que ela tinha deficiencia intelectual etc,etc…outras pessoas começaram a me alertar de que minha filha não tinha deficiencia nenhuma e isso que foi dito por eles é para eles terem crianças para atender lá ,para não ficarem sem emprego,etc,etc…começei a olhar os profissionais com um olhar mais crítico ,fiquei desolada, na classe os professores não ensinavam nada, entravam crianças novas voltavam a ensinar as mesmas coisas que minha filha já sabia não ponhavam em outra sala com crianças mais avançadas uma porque não tem e eles querem passar a impressão de pessoas super atenciosas e não são não é educação especial porque minha filha continua atrasada do mesmo jeito então,para mim dá na mesma,o fisioterapeuta mandava ela fazer todas as coisas enquanto ele ficava sentado só observando se voce fosse conversar com o psicologo ele meio que se irritava, a fono e a t.o. não falava o que ensinava para minha filha sempre com as portas fechadas voce nao sabe o que se passa então o que decidi vou por em outra escola e tirar ela de lá ,depois que disse isso, meu Deus como conversavam comigo alegando como sempre a deficiencia da minha filha ,eu falava em que voces estão a ajudando, em nada ,voces não mandam tarefa para ela fazer em casa, minha filha está sempre aprendendo o que já sabe, sinceramente, eles é que são deficientes e não nossos filhos!!!!!!!!!!!!!!!!

  58. É muito fácil falar de inclusão.

    Ouço falar muito de inclusão, sou professora leciono no ensino fundamental II e médio, trabalho com alunos com vários problemas sociais, finaceirose e familiares.

    Cada sala tem em média de 30 a 40 alunos ou até mais:

    Tenho que ser a professora que passa o conteúdo porque temos meta para cumprir no idesp. (Tenho que ensinar Matemática, estudei para isso)

    Tenho que entender o aluno e os seus problemas pessoais. ( Trabalho de um psicólogo, que a escola não tem)

    Se o aluno falta com educação tenho que ficar quieta  e não posso corrigi-lo ( Trabalho dos pais, educação vem da casa)

    Será que o professor está com a verdadeira função na escola de ensinar, ou ele está fazendo a função de família, de educar, e de prepara-ló para a vida, quem prepara os alunos para a vida são os país eu ensino Matemática.

    Além disso tudo no meio desses 30 a 40 alunos querem colocar alunos que necessitam de cuidados especiais para fazer a inclusão, se vcs soubessem o problema de bulling que ocorrem dentro da escola, a falta de educação que os alunos tem, vcs jamais iam pensar desse tipo.

    Inclusão é colocar um aluno com deficiência auditiva na sala normal, com uma professora interlocutura, para poder repassá-lo o conteúdo, isso é inclusão. 

    Há essas pessoas que defendem que as crianças especias tinham que estar nas escolas públicas, só pergunto uma coisa. 

    Os seus filhos estudam no estado ou no particular?

    Se respondeu que é no estado, pergunte quantos vezes ele já ouviu um aluno mandar o outro tomar no cú, xingou o outro de filha da puta. Será que as crianças especiais estão preparadas para ouvir isso?

     

     

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