Temas LGBTT serão abordados em aulas no Reino Unido

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Guillaume Paumier

Jornal GGN – Enquanto no Brasil o ano de 2017 foi dominado por ideias como “Escola Sem Partido” e outros retrocessos do ponto de vista da inclusão e dos direitos humanos, a grade curricular de escolas do Reino Unido passarão a abordar temas LGBTT em 2019, nas aulas de educação sexual.

A disciplina, que há mais de uma década não sofre alterações de conteúdos, também irá tratar de assuntos como pornagrafia online e passará a ser obrigatória nas escolas. O programa de educação do Reino Unido, segundo reportagem da revista Galileu publicada em 20/12/2017, ainda pretende escutar pais e jovens para decidir outros temas à serem abordados durante as aulas. 

Do Galileu

Escolas do Reino Unido incluem temas LGBT+ nas aulas de educação sexual

Os estudantes do Reino Unido vão passar por uma mudança na grade escolar a partir de setembro de 2019. O currículo das escolas incluirá de forma orbrigatória a disciplina de educação sexual, dando um foco mais abrangente aos assuntos LGBT+.

 
Há 17 anos, a disciplina, que já era ministrada de forma facultativa, não tinha nenhuma atualização — ou seja, além de gênero, também não incluía temas crescentes como sexting e pornografia online.
 
O Departamento de Educação do Reino Unido está lançando um programa de oito semanas que deve ouvir alunos, pais e professores sobre que outros assuntos devem ser incluídos na pauta.
 
“Sabemos, através de pesquisas com jovens LGBT+, que a maioria não aprende nada sobre esses assuntos nas aulas de educaçao sexual, o que os deixa mal informados sobre como lidar com decisões sobre relacionamentos, saúde e bem estar”, afirmou ao The Telegraph um representante da organização Stonewall, que promove atividades educacionais para discutir temas relacionados à sexualidade.
 
Segundo o relatório Teacher’s Report, 50% dos professores de escolas primárias afirmam ter conhecimento sobre bullying homofóbico dentro da sala de aula. Além disso, sete a cada dez professores afirmam que os alunos usam linguagem homofóbica.
 
A ideia do governo é que dados como este sejam reduzidos através da educação. 
 
(Com informações de IFLScience!

 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Cada sociedade com as suas prioridades

    Dependendo da etapa evolutiva de cada sociedade as prioridades vão aparecendo e são tratadas na ordem e na medida em que cada comunidade achar certa. 100 anos atrás o Reino Unido estaria preocupado, provavelmente, com o que aqui no Brasil devíamos nos preocupar hoje.

    Mas, as elites brasileiras gostam de furar o espaço/tempo e possuem muita disposição para trazer aqui, agora, algumas modernidades que acontecem lá fora, atropelando as prioridades que aqui temos, e que normalmente são as prioridades que aqueles países da Europa já tiveram há quase 100 anos. Isso ocorre também no ambiente político, onde alguns partidos surgem com cara de modernos, querendo pular etapas. Elites brasileiras querem ser do 1º mundo de graça, agora, viajando para Miami, sem fazer o dever de casa, sem construir a nação, sem promover o desenvolvimento justo para todos os cidadãos.

    Por outro lado, parte da esquerda brasileira quer discutir assuntos que hoje se discutem em mesas de bar, em Paris. Sem antes combater a miséria, a fome, o saneamento básico das comunidades, o pleno emprego, e etc., não adianta ser modernoso com o que outros fazem ou pensam, pois aqueles estão anos na frente do nosso tempo.

    Os problemas sociais do Brasil surgem desse fato, as elites (de direita ou de esquerda) querem ser gratuitamente do 1º mundo, sem fazer as tarefas prioritárias (para toda a população, não apenas para eles) que os outros países já fizeram. Brasil não caminha junto, mas as suas elites correm na frente tentando chegar a uma meta que nem sequer é nossa.

    No tema aqui postado, a prioridade é escola pública integral; para todos; gratuita e de qualidade; com professores excelentemente bem pagos. Sem isso resolvido, estaremos apenas querendo pular etapas, espertamente, também nesta importante área da educação. A turma LGBT deveria esperar um pouquinho para que os jovens aprendam sequer a identificar, escrever e soletrar as letras da sigla. 

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