“Um tiro na Paulista vale bem mais que um tiro em São Miguel”, diz Jorge

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do SP Invisível
 
“Se vocês conseguirem, falem isso pro Haddad, pro Eduardo Suplicy , pro Geraldo Alckmin
 
Meu nome é Jorge. Você consegue uma barraca ou uma roupa de pessoas voluntárias e aí vem o Estado e toma as coisas pra eu voltar pro papelão. Tudo bem que eu não sou dono da rua, mas onde a gente morava, lá no Espigão, eles invadiram e tiraram todos de lá e também não deixam acampar na rua. 
Aqui perto dormia o Wagner, inclusive ele já me falou do trabalho de vocês. Depois que a prefeitura levou todas as artes e tintas dele, ele sumiu. Não é qualquer um que se dispõe a conversar como vocês, eles passam indiferente.
Eu perdi meu documento, mas to afim de um emprego, só que também não é só com emprego que você tira uma pessoa da rua. Precisa de todo um acompanhamento para as necessidades fisiológicas e psicológicas. Não são só problemas financeiros. 
Existem pessoas que não querem sair da rua, pessoas que querem e pessoas que precisam. Tá vendo a Maria ali no chão? Ela precisa. Ela já desistiu dela mesma, precisa de mais ajuda que eu. O problema dela já é espiritual e psicológico, não só físico, habitacional e financeiro. 

A classe média tá tomando o lugar do pobre, o pobre do miserável e o miserável só se fode. Um tiro na Paulista vale bem mais que um tiro em São Miguel. Um tiro em você vale bem mais que um tiro em mim. Eles não querem que você fale comigo. Preferem dar comida pro cachorro do que ajudar as pessoas que estão na rua.” #SPinvisivel #SP

Conheça a história do Wagner, o amigo do Jorge:https://goo.gl/CamdZb

 — em Museu de Arte de São Paulo.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. A divisão internacional do trabalho egoísta em equipe.

    Sejamos “racionais”.

    Faltou ou não faltou “meritocracia”  no Jorge?

    Claro que faltou!

    Portanto, caro Jorge, egoísta que sou, não deveria, mas vou lhe ajudar:

    Seguem algumas “dicas” quentes para você tornar-se um egoísta daqueles,  sair da rua de forma “meritocrática” e viver feliz para todo o sempre:

    Dica quente 1 – Educação. Sim, a educação resolverá todos os seus problemas de “falta de meritocracia”, com ou sem fome, com ou seu casa, com ou sem herança, com ou sem esgoto.

    Mas, deixemos claro. Pelo texto pode-se perceber que você não é “mal educado”. Quero dizer, você é mal educado mas não é mal educado, entende? Ou melhor, falta-lhe a educação do egoísta. Aí então você se tornará um egoísta filantrópico.

    Em suma: seja um egoista e pratique a filantropia( se possível com redução da base do imposto de renda)

    Dica quente 2 – Individualismo / egoísmo / eficiência / utilitarismo / pragmatismo dentro do capitalismo… nessa linha

    Sacou o “ismo”?

    Seja você também um ismo, meu caro! 

    Nesse sentido, faltou egoísmo de sua parte.  Dica quente 2.1:   Para “crescer” não se engane, é preciso ser egoísta.  Duvida?  Pergunte para um economista de escol para você ver se não estou certo, pergunta procê ver…

    Aliás, lembrei-me de um recente episódio: De acordo com o que foi publicado, uma garota, bonita, bem sucedida, bem nutrita, e portanto, egoísta,  de mais ou menos 30 anos, parece-me que num fórum da liberdade no Sul, salvo engano, frisou : Somos todos egoístas e duvidar disso é  bobagem. E foi aplaudida por muitos “egoístas”. Ora, veja você que o egoísmo é a “alma” do negócio.

    Portanto, salve o egoísmo e negue o seu ócio!

    Compreendeu?  Para “crescer” e sair da rua, tem que ter egoísmo na veia meu caro! Isso consta da essência humana.

    É com o egoísmo de cada um que a mão invisível do “deus” vai te levantar, sacudir a poeira, e dar a volta por cima. Mas o deus fará isso por você “egoisticamente”.

    Curiosidade: 

    O egoísmo pode lhe tirar da rua e , paradoxalmente,  pode lhe convocar para voltar para rua.  Assim, com muito egoísmo e depois de  ‘devidamente” educado  egoisticamente,  você pode “ir pra rua” com seus “amigos”. Eles vão lhe convocar:  Vem pra rua,  Jorge!

    Dica quente 3 – Depois de apreender o egoísmo na veia sugiro-lhe  entrar numa ‘empresa” egoista moderna para trabalhar  em equipe.

    Isso mesmo! Você deve ser egoista e ao mesmo tempo trabalhar em “equipe”. 

    Se possível, fazer parte de um “time”.  Um time “dos sonhos”. Um time só de atacantes sem goleiro, sem defesa e sem meio campo!

    Um time de egoístas  em equipe. Compreende?

    E a partir daí, deixe estar, deixe fazer, deixa que a mão invisível acaricie seus glúteos egoísta!  Essa é a essência humana da ordem e do progresso, devidamente “positivados”.

     

    Compreendeu Jorge? Salve Jorge!

     

    Seja você mesmo um “empreendedor” do futuro.

     

    Ah! por fim:  Ajuste-se! Rapaz.

     

    Saudações 

     

    Obs: tem mais dicas, porém, não vou lhe passar assim, de mão beijada. Se desejar um consultoria , contrate-me. Informo-lhe que o meu contrato e de adesão e quaisquer problemas serão resolvidos com “arbitros” com reputação ilibada e indicados por mim.

     

     

  2. O tíulo desse post é

    O tíulo desse post é perfeito,As aspas são desnecessárias.

          Infelizmente , no mundo inteiro é assim.

              Sem pesquisar, de orelhada,aconteceu hoje ou ontem:

               Um cara foi decapitado em Lyon  na França, e o agressor preso finha uma bandeira do I E ,—nem notícia é.Li por acaso num rodapé.

                E se fosse em 

    Champs-Élysées ?

  3.  
    PREFIRA UMA OBRA ORIGINAL

     

    PREFIRA UMA OBRA ORIGINAL DO WAGNER, A UMA MERCADORIA FALSIFICADA DE SHOPPING CENTER

    Não restam dúvidas,  histórias de brasileiros como as dos senhores Jorge e Wagner, são mais enriquecedoras, legítimas e originais, que as historietas fantasiosas, quando não, inteiramente falsificadas. Aquelas, onde nulidades, são forjadas pelos artífices a soldo dos Marinhos, Civitas, et caterva, a se transmutar em utilitárias celebridades da política Nacional. Não trato aqui, das celebridades fabricadas para o mercado do entretenimento. Menos ainda, trato do rendoso negócio & comercialização da fé. Fiquemos com o poder terreno.

    Nas oficinas das famílias tradicionais de falsários da mídia, que peças disformes e insignificantes, são engendradas, desamassadas e modeladas. Nas fornalhas e nas bigornas, debaixo de intensas marretadas dos artesões e artífices da casa, que conseguem reciclar o ferro-velho, e fabricar esses artefatos conservadores. Especializados em travar o país.

    Resfriadas, as peças seguem para expedição. Onde são embaladas e despachadas para os pontos de venda, precedidas de laudatória campanha publicitária. Até premiações são forjadas, para dar “um grau” nas peças, agregando valor à mercadoria. Ai, surgem tipos tais como: Moro, Eduardo Cunha, Aécio, FHC, e outros tantos pastiches. Produzidos para comercialização nos pontos de vendas, em: Shopping Center, nas Feiras Livres, Super Mercados, até mesmo em bancas de mascates, ambulantes, etc. É ai, que azucrinam diuturnamente os ouvidos dos “consumidores,” aos berros, convocado-os para irem ao golpe, digo, irem às compras.

    Orlando

     

  4. Preferem dar comida para cachorro…

    Eh isso mesmo seu Jorge, a luta esta fratricida. Haddad, porque do Alckmin não da para esperar nada de nada, veja esses casos… Porque a policia tira dessa gente o tão pouco que eles possuem! Seu Jorge – apesar da situação absolutamente terrivel – ainda se preocupa com os “irmãos” de rua, na mesma situação fisica que ele, porém psicologicamente destruidas. 

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