Transações correntes tem déficit de US$ 6,9 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O volume de transações correntes no mês de março apresentou um déficit de US$ 6,9 bilhões e, segundo os dados do setor externo divulgados pelo Banco Central, a perda acumulada ao longo de 12 meses chegou a US$ 67 bilhões, equivalente a US$ 2,93% do PIB (Produto Interno Bruto). O balanço de pagamentos do período registrou superávit de US$ 3,3 bilhões.

A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$ 9,9 bilhões no mês, com destaque para a entrada decorrente de investimento estrangeiro direto, que chegou a US$ 5,7 bilhões, e para a aplicação em carteira, de US$ 3,9 bilhões. Já a conta de serviços perdeu US$ 3,7 bilhões, um acréscimo de 14,8% sobre o contabilizado no mesmo mês de 2012.

Na análise por indicador, as despesas líquidas com viagens internacionais subiram 27,5% ante março de 2012, ficando em US$ 1,271 bilhão, devido ao aumento de 15% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior, e à redução de 4,9% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil.

Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se as elevações de 1,5% nas despesas líquidas com aluguel de equipamentos ante o ano anterior, e de 18,6% com o segmento de seguros.

Em sentido inverso, houve recuo de 29,8% nas despesas líquidas com computação e informações, e de 15,3% com royalties e licenças, 15,3%. As receitas líquidas de outros serviços somaram US$ 746 milhões, e as despesas líquidas com transportes somaram US$ 709 milhões, acréscimo de 11,5% ante o ano anterior.

O envio de renda para o exterior somou US$ 3,5 bilhões no mês, pouco acima dos US$ 2,4 bilhões ocorridos em março do ano anterior. As despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram 39% ante 2012 e atingiram US$ 2,7 bilhões, enquanto as despesas líquidas de juros somaram US$ 811 milhões, ante US$443 milhões no mesmo período do ano anterior. As saídas líquidas de renda de investimento direto ficaram em US$ 2,1 bilhões, superiores ao US$ 1,1 bilhão observado no mês equivalente de 2012.

As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$ 909 milhões, crescimento de 10,7% na mesma base de comparação, enquanto as de renda de outros investimentos avançaram 11,7% e atingiram US$ 539 milhões.

As transferências unilaterais registram ingressos líquidos de US$ 204 milhões, abaixo dos US$ 313 milhões apurados em março de 2012. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$ 154 milhões, recuo de 10,4% no mesmo período comparativo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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