Confiança do consumidor ganha força em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Melhora das expectativas futuras influenciaram desempenho no período

Jornal GGN – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,5 pontos entre abril e maio, ao passar de 64,4 para 67,9 pontos, segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado segue-se a quedas de 1,4 ponto em março e 2,7 pontos em abril.

O destaque do mês foi a melhora das expectativas em relação aos meses seguintes: o Índice de Expectativas (IE) avançou 5,3 pontos, a maior alta desde outubro de 2011, quanto o IE subiu 6,2 pontos. Com a alta, o índice atingiu 71,1 pontos, o maior desde junho de 2015 (73,1). O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,8 ponto, atingindo 65,5 pontos.

Entre os quesitos que integram o ICC, a maior contribuição para a alta do ICC no mês foi dada pelo indicador que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes, que subiu 14,4 pontos ao passar de 86,0 para 100,4 pontos,  o melhor resultado desde dezembro de 2013 (100,4). A parcela de consumidores projetando melhora avançou de 20,0% para 29,9%; a dos que preveem piora recuou de 35,2% para 24,4%.

Em relação ao momento presente, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação financeira da família subiu 2,7 pontos em maio. O resultado reflete uma acomodação após o indicador ter recuado nos dois meses anteriores e atingido o mínimo histórico em abril (56,9 pontos).

A análise por classes de renda apontou aumento de confiança em todas as classes de renda. A melhora mais expressiva ocorreu no índice dos consumidores de maior poder aquisitivo (renda familiar superior a R$ 9,6 mil mensais). Para esses consumidores, o ICC aumentou 9,3 pontos, com perspectivas mais otimistas em relação à economia, às finanças pessoais e quanto à intenção de compra de bens duráveis.

De acordo com o levantamento, o resultado geral da pesquisa mostra que a confiança do consumidor continua baixa em termos históricos e com tendência indefinida para os próximos meses. O avanço pontual do IE em maio parece ser explicado por uma leitura favorável, por uma parcela dos consumidores, em relação às perspectivas da economia após a mudança no comando político. Este tipo de efeito costuma ser captado em situações similares e tende a perder a força ao longo do tempo, principalmente caso a economia não dê sinais efetivos de melhora.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Sei……Só se for o

    Sei……Só se for o ICC:Índice de Confiança dos Coxinhas essa melhora referenciada na mudança do comando político. 

    Qual cenário diferente se tem pela frente? Qual variável econômica com viés positivo? 

    Bom, se a corrupção “acabou”, é possível mesmo que já já estejamos num Éden econômico. 

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