Os dois indicadores de mercado de trabalho mensurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) perderam força no mês de abril – para a entidade, os resultados mostram menor ritmo de contratações e acomodação da taxa de desemprego.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3% em abril, atingindo assim sua menor variação desde agosto de 2011, quando a queda registrada chegou a -4,2%, considerando dados sazonalmente ajustados. O índice antecipa os rumos do mercado de trabalho do país ao combinar séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.
Os componentes que mais contribuiram para o recuo do IAEmp em relação ao mês anterior foram os indicadores que medem a expectativa do consumidor em conseguir emprego nos meses seguintes, da Sondagem do Consumidor; e o ânimo empresarial para contratação nos próximosmeses, da Sondagem da Indústria, ambos com variação de -4,9%.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,6% em abril na comparação com o mês anterior, considerando-se dados ajustados sazonalmente, o que foi considerado um sinal de acomodação após o aumento de 3,8% observado no mês anterior.
As classes que mais contribuíram negativamente para o recuo do ICD em abril foram a dos consumidores que possuem renda familiar de até R$ 2,1 mil, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -3,3%; e dos que possuem renda familiar entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, com queda de 3%. O ICD é calculado a partir dos dados desagregados – em quatro classes de renda familiar – da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
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