Desoneração derruba índice de construção civil

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil) apresentou uma deflação de 6,15% em julho, ficando 13,95 pontos abaixo do registrado em junho, quando o total foi de 7,80%. Os dados foram elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com a CEF (Caixa Econômica Federal). Em julho de 2012, o índice havia sido de 0,29%. 

A queda reflete a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil, consequência da lei 12.844, sancionada em 19 de julho de 2013, que estabelece, entre outras disposições, a retirada do cálculo dos encargos sociais dos 20% relativos à contribuição previdenciária incidente na folha de pagamento. A desoneração levou a variação acumulada entre janeiro e julho para deflação de 2,30%, enquanto o total apurado em igual período de 2012 foi de 3,56%. O resultado dos últimos 12 meses passou para -0,30%, ficando 6,84 pontos percentuais abaixo dos 6,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

 
O custo nacional da construção por metro quadrado, que havia sido de R$ 890,76 em junho, caiu para R$ 835,95 em julho, sendo R$ 461,43 relativos aos materiais e R$ 374,52 à mão de obra. A parcela dos materiais teve variação de 0,12%, subindo 0,02 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,10%), já a mão de obra teve variação de -14,68%, caindo 12,69 pontos percentuais em relação a junho (1,80%). De janeiro a julho os acumulados são de 1,68% (materiais) e -6,80% (mão de obra), enquanto em 12 meses ficaram em 3,09%(materiais) e -4,18% (mão de obra).
 
Na avaliação regional, a queda mais expressiva foi registrada pela região Sudeste, com variação de –6,81%, devido a desoneração da folha de pagamento, em julho. Os demais resultados foram de -5,98% (Norte), -5,84% (Nordeste), -6,32% (Sul) e -4,23%(Centro-Oeste). Os custos regionais, por metro quadrado, foram R$ 833,78 (Norte); R$ 780,36 (Nordeste), R$ 875,25 (Sudeste); R$ 849,48 (Sul) e R$ 847,13 (Centro-Oeste).
 
A Região Centro-Oeste ficou com a maior variação nos últimos doze meses: 1,67%. Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Goiás registrou a menor queda entre os estados, com taxa mensal de -1,07%.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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