Famílias reduzem intenção de consumo no mês de março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Indicador apresenta sua primeira redução em 2016

Jornal GGN – As famílias pretendem reduzir seu nível de consumo em março, segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,6% na comparação com fevereiro, ficando em 77,5 pontos, em uma escala de 0 a 200 – o índice permanece menor que 100 pontos, ou seja, abaixo do nível de indiferença. Na comparação anual, o recuo foi de 29,9%.

Todos os componentes do índice perderam força em ambas as comparações, com destaque para o indicador Nível de Consumo Atual, que atingiu a mínima histórica de 53,3 pontos. “A confiança do consumidor está diretamente ligada à estabilidade do quadro político e econômico. A contração nas vendas do varejo está em linha com o enfraquecimento da confiança observado na ICF”, ressalta Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC, em comunicado.

O componente Nível de Consumo Atual registrou o menor valor da série iniciada em 2010, ao atingir um total de 53,3 pontos. Em relação a fevereiro, a queda foi de 4,4%, enquanto que, na comparação anual, foi de 38,4%. A maior parte das famílias, 59,2%, declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.

Outro item que também apresentou o menor nível da série foi o de Compras a Prazo, com 73,2 pontos – uma retração de 2,1% na comparação mensal, e de 35,5% em relação a março de 2015. Fatores como o elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego puxaram a deterioração na intenção de compras a prazo.

Impactado pela alta taxa de juros, o item Momento para Duráveis apresentou queda de 2,2% na comparação mensal. Em relação ao mesmo período de 2015, o componente recuou 46,2%. A maior parte das famílias, 72,1%, considera o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis.

Os únicos dois componentes do índice que ficaram acima da zona de indiferença, de 100 pontos, foram os relativos ao emprego. Ainda assim, o Emprego Atual, com 105,7 pontos, registrou queda de 0,6% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a retração foi de 16,3%. O percentual de famílias que se sente mais segura em relação ao emprego é de 30,7%, ante 31,1% em fevereiro de 2016. Já a Perspectiva Profissional, com 103 pontos, caiu 0,2% em relação ao mês passado, e 15,7% na comparação com março de 2015.

Na base de comparação mensal, os dados regionais revelaram que a maior retração ocorreu na região Sul (-4,2%). Já a região Nordeste foi a que apresentou a avaliação menos desfavorável, com queda de 0,6%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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