FGV projeta em -4,1% a queda do PIB em 12 meses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultados podem sugerir “discreta estabilidade na atividade econômica”

Jornal GGN – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula em 4,1% a queda do Produto Interno Bruto (PIB) acumulada em 12 meses até janeiro último. A estimativa do Monitor do PIB-FGV sinaliza uma piora do PIB em relação ao resultado consolidado de 2015 (-3,8%). A taxa mensal, em relação a janeiro de 2015, registrou uma redução de 6,1%, o maior recuo neste tipo de comparação desde o início da série do Monitor do PIB-FGV em 2000.

Já na comparação com dezembro de 2015, houve um aumento de 0,13% em janeiro deste ano. Como na passagem de novembro para dezembro já havia sido registrada uma alta de 0,06%, os resultados podem sugerir uma “discreta estabilidade na atividade econômica”, segundo a FGV.

Das 12 atividades que compõem o PIB, apenas a agropecuária (+1,5%) e a eletricidade (+2,7%) não apresentam taxas mensais negativas contra igual mês do ano anterior. Os piores resultados são da indústria de transformação (-14,4%), comércio (-13,1%) e transportes (-10,5%).

Em termos da demanda, a pesquisa mostra que a taxa de variação acumulada em 12 meses de todos os componentes se tornam mais negativos até janeiro, à exceção das exportações que se torna mais positiva (+6,7%) e o consumo do governo que diminui a queda de -1% para -0,9%: o pior resultado é o da Formação Bruta de Capital Fixo      (-14,3%).

O Consumo das Famílias apresenta queda de 4,3% na taxa acumulada de 12 meses, até janeiro de 2016. Seu principal componente, os Serviços (transportes, outros serviços, aluguéis, etc.), inicia o ano de 2016 com taxa acumulada de 12 meses negativa em 1,4%.

O segundo componente mais importante, os bens não duráveis (alimentos, bebidas, combustíveis, etc., com 27%, em média de participação), apresenta na mesma comparação taxa negativa de 2,9%. O agregado dos bens semiduráveis (vestuário, borracha, plásticos, etc.) registrou -8,4%, enquanto que o agregado de bens duráveis (veículos, eletrodomésticos, nacionais e importados) inicia o ano de 2016 com queda de 17,3%.

As Exportações apresentam, na taxa acumulada de 12 meses até janeiro, um crescimento de 6,7%. Segundo a pesquisa, dois aspectos chamam a atenção: o crescimento da taxa dos produtos industrializados desde novembro, alcançando em janeiro 6,1% e os ótimos desempenhos dos produtos agropecuários (18,0%) e da extrativa mineral (17,5%).

As Importações, cujas taxas acumuladas em 12 meses eram elevadas, começaram a desacelerar a partir de janeiro de 2014, se tornam negativas a partir de outubro de 2014 e iniciam 2016 com queda de 15,5%, até janeiro. A taxa acumulada em 12 meses até janeiro do corrente ano de produtos industrializados importados caiu 16%. Os destaques nessa categoria são os bens de consumo duráveis (-26,3%), os bens de capital (-18,1%) e os bens intermediários (-17%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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