IGP-10 sinaliza desaceleração durante janeiro, diz consultoria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O resultado do IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) ficou abaixo do esperado pelo mercado, e deve afetar as projeções para os outros índices a serem divulgados durante o mês. 

Segundo os economistas da LCA Consultores, a variação do IGP-10 ficou abaixo dos 0,62% inicialmente estimados, e também inferior à mediana das expectativas coletadas pela Bloomberg (+0,60%), em um intervalo entre +0,39% e +0,77%. 

“O conjunto de preços agropecuários entrou em deflação nesta leitura, movimento que, projetamos, se intensificará ao longo de janeiro, destacadamente por conta de soja, batata-inglesa e leite in natura”, dizem, ressaltando que as projeções consideram taxas mais amenas para o IPA-Industrial, com destaque para a desaceleração que a consultoria projeta para Produtos alimentícios e bebidas e Produtos derivados do petróleo e álcool, bem como pela intensificação da deflação estimada para Artigos do vestuário. 

Por outro lado, a alta prevista para o grupo Educação (que, pela metodologia da FGV, tem pico em janeiro), e as maiores pressões esperadas pela LCA para os grupos Despesas Diversas (elevação do IPI de cigarros) e Transportes (mudança da alíquota de IPI de automóvel novo), apontam para aceleração do IPC ao longo deste primeiro mês de 2014. 

“Em resumo, por a LCA esperar que o IPA-Agropecuário intensifique sua deflação e que o IPA-Industrial perca fôlego, a LCA projeta que os IGPs desacelerem ao longo de janeiro, com o IGP-M em +0,46% e o IGP-DI em +0,41%”. 

O resultado também ficou abaixo do projetado pela corretora Concórdia. Ao comentar as leituras dos outros IGPs a serem divulgados no mês, a corretora diz que os combustíveis e a Educação continuarão exercendo pressão. 

“No caso da Educação, a aceleração reflete os reajustes nas mensalidades escolares no começo do novo ano. Pela metodologia empregada pela FGV, o pico da inflação nesse grupo fica concentrado entre janeiro e fevereiro. A pressão dos combustíveis ainda reflete o reajuste autorizado pelo governo no final de 2013, que continuará influenciando os indicadores de inflação em janeiro”, afirma a Concórdia, projetando um IGP-M de 0,60% em janeiro.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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