IGP-DI perde força e atinge 0,58% em julho

Jornal GGN – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) perdeu força no mês de julho e atingiu 0,58%, abaixo do total de 0,68% visto em junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador reverteu a deflação de -0,55% contabilizada em julho de 2014. Com isso, a taxa acumulada ao longo de 2015 é de 5,11%. Em 12 meses, o IGP-DI variou 7,43%.

Ao longo do período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de 0,43% em junho para 0,61% em julho. O índice relativo a Bens Finais ficou em 0,26%, abaixo dos 0,34% apurados no mês anterior, devido ao movimento do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,43% para -0,95%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,44%, ante 0,38%, no mês anterior.

A variação do grupo Bens Intermediários subiu de 0,15% em junho para 0,60% em julho, devido ao avanço do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,21% para 0,76%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de 0,60%. No mês anterior, a variação foi de 0,11%.

Entre as Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de 0,92%, em junho, para 1,07%, em julho. Os destaques no sentido ascendente foram soja em grão (de 0,89% para 6,51%), milho em grão (de -2,55% para 5,12%) e mandioca/aipim (de -6,57% para 1,22%). Em sentido descendente, os itens de destaque foram minério de ferro (de 6,74% para -0,44%), bovinos (de -0,23% para -2,10%) e suínos (de 6,33% para -0,85%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de 0,82% em junho para 0,53% em julho. O núcleo do IPC registrou taxa de 0,58%, ante 0,71%, apurada no mês anterior.

Sete das oito classes de despesa componentes do índice reduziram suas taxas de variação ao longo do período, sendo que a contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Despesas Diversas (3,70% para 0,30%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item jogo lotérico, cuja taxa passou de 29,26% para 0,00%.

Outros grupos que perderam força no período foram Educação, Leitura e Recreação (de 0,87% para -0,07%), Transportes (de 0,39% para 0,00%), Vestuário (de 0,48% para -0,33%), Alimentação (de 0,88% para 0,79%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,56%) e Comunicação (de 0,47% para 0,21%). Os itens que influenciaram cada classe de despesa foram passagem aérea (de 13,14% para -16,66%), automóvel novo (de 0,86% para -0,40%), roupas (de 0,60% para -0,30%), alimentos prontos congelados (de 2,80% para 0,58%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,06% para 0,37%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,63% para 0,10%), respectivamente.

Em contrapartida, apenas o grupo Habitação (de 0,88% para 1,03%) apresentou acréscimo em sua taxa, sendo que o destaque partiu do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,00% para 3,62%.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, taxa de variação de 0,55%, abaixo do resultado do mês anterior, de 1,84%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,23%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,80%. Em junho, este índice registrou alta de 3,28%.