IGP-M atinge 0,74% na segunda prévia do mês

Jornal GGN – O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 0,74% durante o segundo decêndio de junho, ficando bem acima da variação de 0,01% vista no mesmo período de coleta em maio, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) atingiu 0,60% no segundo decêndio de junho, revertendo a variação de -0,20% contabilizada no mesmo período do mês anterior. Tal desempenho foi afetado pelo índice referente a Matérias-Primas Brutas e ficou em 1,10%, acima dos -0,64% vistos no mês anterior, por conta do desempenho apurado pelos itens soja em grão (de 1,94% para 9,83%), milho em grão (de -7,19% para -1,45%) e aves (de -9,30% para -4,33%). Em sentido oposto, destacam-se minério de ferro (de 6,17% para 0,52%), café em grão (de 0,47% para -3,81%) e cacau (de 7,48% para 0,36%).

Já o grupo Bens Intermediários saltou de -0,19%, em maio, para 0,64%, em junho, devido ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,20% para 0,96%.

A taxa dos Bens Finais recuou de 0,15% para 0,14%, por conta da desaceleração apresentada pelo subgrupo bens de consumos não duráveis exceto alimentação e combustíveis, cuja taxa passou de 0,78% para 0,28%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atingiu 0,38% no segundo decêndio de junho, ante 0,31% no mesmo período do mês anterior. A principal contribuição para o acréscimo da taxa partiu do grupo Habitação, que subiu de 0,12% para 0,66% por conta do desempenho dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -1,13% para 0,01%) e móveis para residência (de -0,51% para 1,28%).

Outras três classes de despesa avançaram no período: Transportes (de -0,04% para 0,13%), Comunicação (de -0,14% para 0,15%), e Vestuário (1,05% para 1,13%), por conta dos itens tarifa de ônibus urbano (-0,73% para 1,25%), tarifa de telefone residencial (-1,17% para 0,00%) e tênis masculino (-0,24% para 1,63%), nesta ordem.

Em contrapartida, os grupos que reduziram suas taxas de variação foram Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,40% para 0,53%), Despesas Diversas (de 0,28% para 0,04%), e Educação, Leitura e Recreação (0,06% para 0,02%), com destaque para os itens medicamentos em geral (de 3,09% para 0,19%), serviço religioso e funerário (de 0,54% para 0,01%) e show musical (de 2,90% para -1,33%), respectivamente.

Já o grupo Alimentação manteve o resultado de 0,22% visto na apuração de maio. Entre as pressões de alta, destaca-se o item carnes bovinas (de -0,99% para 0,82%) e, em sentido descendente, restaurantes (de 0,73% para 0,46%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 2,41% no segundo decêndio de junho, acima dos 0,64% contabilizados em maio. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,64%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,50%. O índice que representa o custo da Mão de Obra atingiu 4,05% no segundo decêndio de junho. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,85%.