IGP-M perde força e fecha maio com queda de 0,13%

Jornal GGN – Depois de avançar 0,78% em abril, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) perdeu força e variou -0,13% em maio, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em maio de 2013, este índice não registrou variação. Com o resultado, a variação acumulada no ano chega a 3,22%, enquanto o índice em 12 meses variou 7,84%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Um dos destaques do período ficou com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apresentou taxa de variação de -0,65%, revertendo o avanço de 0,79% contabilizado no mês anterior. A avaliação dos componentes mostra que o índice relativo aos Bens Finais variou -0,41%, em maio, bem abaixo dos 2,49% registrados no mês anterior, por conta da desaceleração do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 10,45% para -3,08%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,10%. Em abril, a taxa foi de 1,28%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários caiu de 0,18% em abril para -0,27% em maio, por conta da queda do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,05% para -0,51%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,29%, ante 0,14%, em abril.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -1,37% em maio, ante -0,06% em abril. Os principais responsáveis pela desaceleração foram os itens bovinos (de 4,22% para -0,15%), minério de ferro (de -3,20% para -6,10%) e milho em grão (de 2,64% para -2,49%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como soja em grão (de -1,66% para 0,10%), café em grão (de -1,71% para 4,59%) e laranja (de -15,82% para -7,99%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atingiu 0,68% em maio, ante 0,82% em abril, influenciado pelo decréscimo do grupo Alimentação, que caiu de 1,62% para 0,81% devido à desaceleração do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 8,71% para 1,26%. Outros grupos que perderam força no período foram Vestuário (de 1,09% para 0,49%) e Transportes (de 0,53% para 0,45%), afetados pelos itens roupas (de 1,41% para 0,59%) e gasolina (de 0,88% para 0,03%), respectivamente.

Por outro lado, os grupos que avançaram no período de pesquisa foram Habitação (de 0,55% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,97% para 1,16%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,00% para 0,38%), Comunicação (de -0,03% para 0,20%) e Despesas Diversas (de 0,43% para 0,65%). Os itens de destaque em cada uma dessas classes de despesa foram tarifa de eletricidade residencial (de 0,43% para 3,20%), medicamentos em geral (de 1,49% para 2,05%), passagem aérea (de -14,30% para -1,24%), tarifa de telefone residencial (de -0,41% para 0,50%) e jogo lotérico (de 0,00% para 3,73%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,37% em maio, acima dos 0,67% registrados em abril. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,47%, ante 0,93% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 2,20%, em maio. No mês anterior, este índice registrou taxa de 0,42%.