Índice de confiança melhora, mas pessimismo continua

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Condições atuais melhoram, mas dados da FecomercioSP seguem baixos

Jornal GGN – Em fevereiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 95,2 pontos, alta de 7% ante o mês anterior, quando registrou 89 pontos. Contudo, a comparação anual aponta queda acentuada (-15,6%), segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A escala de pontuação do indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

Segundo a entidade, o aumento do ICC foi motivado pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos indicadores que compõem a pesquisa. O ICEA registrou alta de 16,5% no comparativo com janeiro, ao passar de 57,1 pontos para 66,5 pontos em fevereiro. Já em relação ao mesmo mês de 2015, quando o índice registrou 109,7 pontos, houve queda de 39,3%.

O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), por sua vez, subiu 3,6%, ao passar de 110,3 pontos em janeiro para 114,4 pontos em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2015, o IEC sofreu leve queda de 0,6%. A alta mensal ainda pode ter sido influenciada por fatores sazonais, como o aumento do salário mínimo.

Na análise anual, os fatores responsáveis pela trajetória negativa do ICC continuam os mesmos: o mercado de trabalho com sinais cada vez mais claros de deterioração – aumentando, assim, a insegurança do consumidor em relação ao seu emprego – e a perda do poder de compra, resultado da combinação de ganhos de renda mais modestos e crédito mais caro.

Em uma análise segmentada do ICEA, os consumidores de 35 anos ou mais foram os que mais aumentaram a confiança com a situação atual da economia em fevereiro – alta de 23,7% ante os dados de janeiro, passando de 50,8 para 62,9 pontos. No caso das pessoas que ganham menos de dez salários mínimos e daquelas que recebem mais de dez salários mínimos, o aumento do ICEA foi parecido em fevereiro (16,6% e 16,3%, respectivamente).

Em relação ao futuro, os consumidores que ganham dez salários ou mais foram os únicos que registaram queda do IEC (recuo de 1,4% em relação ao mês passado, ao passar de 109,7 para 108,2 pontos em fevereiro). Entre os consumidores que ganham menos de dez salários mínimos, houve alta de 6% (117,3 pontos, ante 110,6 em janeiro).

De acordo com a FecomercioSP, apesar da confiança do consumidor subir em fevereiro e manter a trajetória positiva dos últimos três meses, essa melhora deve ser avaliada levando em consideração a magnitude do indicador, ainda dentro da zona do pessimismo. “Assim, é possível dizer que as oscilações registradas desde dezembro estão dentro da normalidade e apontam mais para uma acomodação no patamar de pessimismo do que para uma tendência de recuperação da confiança”, diz a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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