Inflação puxa inadimplência e derruba vendas em 16 meses

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A inadimplência e as vendas do comércio aumentaram 1,97% e 2,24%, respectivamente, em maio, conforme demonstra indicador mensal do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em comparação com mesmo período do ano passado. Esses são os menores patamares de crescimento desde janeiro de 2012, quando teve início o registro da nova série histórica da entidade.

Com a alta dos preços houve diminuição do crescimento das vendas em maio, e o aumento do custo de vida levou o brasileiro a consumir com consciência, adequando melhor o orçamento frente a um novo cenário econômico, apresentando um resultado para maio, em comparação com mesmo mês do ano passado, de desaceleração da inadimplência, fechando em patamar recorde, de 1,97%. Na comparação mensal, maio ante abril, a inadimplência cresceu 2,22%.

As vendas cresceram menos em relação ao ano passado, 2,24%. Os economistas do SPC Brasil avaliam que esse resultado está relacionado à pressão inflacionária do primeiro trimestre de 2013, principalmente no setor de alimentos. Ana Paula Bastos, economista da entidade, comenta que esse crescimento menor está calcado na ação do brasileiro, que “já começa a diminuir os gastos, principalmente no supermercado e em compras parceladas de maior valor agregado”.

Na comparação com abril deste ano, o número de consultas realizadas no SPC, que dimensiona a atividade do comércio nas compras a prazo, aumentou 1,59%. A entidade avalia que a elevação se deve à comemoração do Dia das Mães, a segunda data mais lucrativa para o comércio.

O acumulado do ano, de janeiro a maio de 2013, frente ao mesmo período de 2012, as vendas registraram crescimento de 7,5%. De acordo com Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número confirma a expectativa de crescimento de 6% para as vendas do comércio em 2013, já descontados “os possíveis efeitos de desaceleração do setor varejista, causados pela inflação e por futuros aumentos da taxa Selic”.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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