IPCA-15 avança e fecha maio em alta de 0,86%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Total acumulado no ano atinge 4,21%, abaixo do visto em 2015

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ganhou força e atingiu 0,86% em maio, resultado 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,51% de abril, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desde 1996, quando o IPCA-15 apresentou alta de 1,32% em maio, não havia registro de taxa mais elevada para os meses de maio.

Mesmo com a aceleração do índice de um mês para o outro, o acumulado no ano está em 4,21%, abaixo dos 5,23% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 9,62%, mais do que os 9,34% a que havia atingido nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 a taxa havia sido 0,60%.

A prévia da inflação foi afetada pelos alimentos, cujos preços aumentaram 1,03%, e os remédios, que subiram 6,50%. Juntos, contribuíram com 0,48 ponto percentual (p.p.) e foram responsáveis por mais da metade da taxa do mês, 56%.

No grupo alimentação e bebidas (de 1,35% para 1,03%), que deteve 0,27 p.p. do índice, produtos básicos na mesa das famílias continuaram em alta, com destaque para a batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%). Nos remédios, os 6,50% em maio após os 2,64% de abril resultam em um aumento de preços de 9,31% nestes dois meses, reflexo do reajuste de 12,50% em vigor a partir do dia 1º de abril. No mês, o item remédios, com 0,21 p.p., deteve a maior contribuição individual. Com isto, saúde e cuidados pessoais foi para 2,54%, a mais elevada variação de grupo, ante 1,32% no mês anterior.

A taxa de água e esgoto, item do grupo habitação (de -0,41% para 0,99%), também se destaca entre as principais contribuições, com 0,13 p.p., vindo logo após os remédios. A alta atingiu 9,03% no mês, sob pressão da variação de 35,93% na região metropolitana de São Paulo, expressando os efeitos do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, aliado ao fim da concessão de bônus por redução e de ônus por aumento de consumo de água, que vinha sendo praticada pelo Programa, passou a vigorar, em 12 de maio, reajuste de 8,40% sobre o valor das tarifas. Ainda na taxa de água e esgoto, foram incorporados aumentos nas regiões metropolitanas de Fortaleza (8,42%), Curitiba (5,53%), Recife (1,35%), e Belo Horizonte (0,46%).

Entre os demais itens que pressionaram o índice do mês, os principais foram cigarro (3,70%), telefonia celular (3,40%), automóvel usado (2,38%), TV, som e informática (2,38%), roupas de cama, mesa e banho (2,08%), leitura (1,85%), automóvel novo (1,11%), artigos de limpeza (1,10%), plano de saúde (1,06%), roupa feminina (1,05%), artigos de higiene pessoal (0,92%), mão de obra pequenos reparos (0,87%), empregado doméstico (0,87%), condomínio (0,81%), serviços médicos e dentários (0,79%) e roupa masculina (0,71%). Quanto aos itens que se apresentaram em queda no mês, os destaques foram as passagens aéreas, com -8,59%, e etanol, cujo preço do litro ficou 8,54% mais barato.

Sobre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Fortaleza, com 1,19 %, pressionado pela taxa de água e esgoto (8,42%), com reajuste de 11,96% em 23 de abril, e pela energia elétrica, com 6,86%, tendo em vista o reajuste de 12,97% no valor da tarifa em vigor desde 22 de abril, combinado com queda de 8,40% da parcela referente à taxa de Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Os menores índices foram os de Brasília (0,55%) e de Goiânia (0,58%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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