IPCA-15 encerra dezembro em alta de 0,79%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) disparou 0,79% em dezembro, mais do que dobrou em relação à taxa de 0,38% de novembro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado, fechou o ano em 6,46%, acima dos 5,85% contabilizados em 2013. Em dezembro de 2013, a variação do IPCA-15 havia sido de 0,75%. 
 
Em dezembro, os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,56% em novembro para 0,94% em dezembro) e Transportes (de 0,20% para 1,59%) exerceram forte pressão sobre o índice e foram responsáveis por 66% dele já que, juntos, tiveram impacto de 0,52 ponto percentual (p.p), com os alimentos em 0,23 p.p. e os transportes, em 0,29 p.p.
 
O grupo Transportes teve a maior variação (1,59%) e o maior impacto (0,29 p.p), sendo diretamente afetado pelo item passagens aéreas, que registrou um aumento de 42,42% e 0,19 p.p, o principal impacto do mês. Com a expressiva alta de dezembro, as passagens aéreas saíram de uma queda de 24,78% acumulada de janeiro a novembro para fechar o ano com alta de 7,13%, pouco acima do IPCA-15, enquanto a gasolina ficou em 5,42%, abaixo do índice. A gasolina (2,15% e 0,08 p.p.) também se destacou, refletindo, nas bombas, a complementação do reajuste de 3,00% em vigor desde 07 de novembro. Com isso, o grupo Transportes fechou o ano com variação de 4,15%, também abaixo do IPCA-15.
 
No grupo dos alimentos, o destaque ficou com o item carnes, cujos preços subiram 4,02%, sendo que em Salvador a alta atingiu 7,83% e em Goiânia, 7,81%. Outros itens importantes também ficaram mais caros de novembro para dezembro, como batata-inglesa (27,20%), cebola (9,83%) e refeição fora de casa (1,37%). Considerando o índice no ano, o item carnes, com 22,22%, deteve o mais elevado impacto individual, 0,54 p.p. No grupo Alimentação e Bebidas a alta foi de 7,91% no ano.
 
No grupo Habitação (0,71%) foi a energia elétrica que exerceu pressão. O aumento foi de 1,54% nas contas, por conta, principalmente, da variação de 9,85% registrada na região metropolitana do Rio de Janeiro, tendo em vista o reajuste de 17,75% em uma das concessionárias, em vigor desde 07 de novembro. No ano, a alta da energia atingiu 17,14% e as despesas com Habitação subiram 8,76%, a mais elevada variação de grupo.
 
Exceto os grupos Artigos de Residência (de 0,31% em novembro para 0,05% em dezembro) e Educação (de 0,18% para 0,10%), os demais mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços de novembro para dezembro.
 
Na avaliação regional, os maiores índices regionais foram os de Goiânia (1,33%) e Rio de Janeiro (1,32%). Em Goiânia, a pressão veio dos alimentos consumidos no domicílio (3,87%), impulsionados pelas carnes, que subiram 7,81%, além dos combustíveis (4,24%), com alta de 4,44% na gasolina e 3,15% no etanol. No Rio de Janeiro (1,32%) o maior resultado do mês foi decorrente da energia elétrica (9,85%), que refletiu o reajuste de 17,75% vigente em uma das concessionárias desde 7 de novembro. O menor índice foi o de Recife (0,37%), onde os alimentos subiram 0,03%, bem abaixo da média desse grupo para o país (0,94%).
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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